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GRIPEN NG BR: SuÉcia recebe os primeiros engenheiros brasileiros que vão trabalhar no novo caÇa da FAB

Gripen at Emmen air base, Switzerland. January 2013.

Gripen NG Demonstrator / Foto: Peter Liander

Um grupo de 46 engenheiros e tÉcnicos brasileiros comeÇa a trabalhar na SuÉcia a partir do dia 19 de outubro. Eles são funcionÁrios das empresas Embraer, de São JosÉ, e AEL Sitemas, de Porto Alegre.

Embora alguns engenheiros da Embraer jÁ estejam na sede da sueca Saab, os 46 profissionais serão oficialmente os pioneiros para o inÍcio do programa de fabricaÇão dos caÇas supersÔnicos Gripen NG, que serão produzidos pela Saab para equipar a FAB (ForÇa AÉrea Brasileira).

O contrato de compra dos jatos inclui transferÊncia de tecnologia para o Brasil, sob a coordenaÇão da Embraer.

ComeÇa a valer agora, na prÁtica, o contrato entre o Brasil e a SuÉcia, efetivado oficialmente hÁ duas semanas.

Serão 36 caÇas supersÔnicos Gripen NG de última geraÇão, capazes de voar duas vezes a velocidade do som.

A última pendÊncia do contrato, o financiamento, tambÉm foi concluÍda hÁ um mÊs. O contrato É de US$ 4,7 bilhÕes, dos quais US$ 245,3 milhÕes são para a compra de armamentos para os jatos.

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Gripen NG Demonstrator / Foto: Katsuhiko TOKUNAGA

Grupos. Os tÉcnicos e engenheiros brasileiros irão em grupos ao longo dos prÓximos anos. Em outubro, irão 44 funcionÁrios da Embraer e 2 da AEL. Segundo a Embraer, atÉ 2020, a empresa vai enviar 280 funcionÁrios para a sede da Saab para atuar no projeto.

De acordo com a Embraer, irão para a SuÉcia engenheiros e operadores de produÇão, de 2015 a 2020. A empresa informou que a permanÊncia dos funcionÁrios na SuÉcia pode durar de 6 a 24 meses.

Segundo a Saab, o tempo de permanÊncia do primeiro grupo na SuÉcia deve ser de 12 meses. No inÍcio, haverÁ uma variedade de treinamentos teÓricos e a maioria dos tÉcnicos e engenheiros tambÉm irÁ participar do treinamento prÁtico (on-the-job), no desenvolvimento do Gripen –uma formaÇão mais especializada dentro do mesmo projeto que os engenheiros da Saab.

ProduÇão. A Embraer serÁ a responsÁvel no Brasil pelo programa de transferÊncia de tecnologia. A Embraer tambÉm vai coordenar as atividades de produÇão dos caÇas no Brasil. A empresa serÁ responsÁvel pelo desenvolvimento completo da versão de dois lugares do Gripen NG. A montagem final dos jatos serÁ feita na fÁbrica de Gavião Peixoto.

A AEL É responsÁvel pelo programa de sistemas avi-Ônicos do Gripen. A empresa foi confirmada no programa em fevereiro, quando assinou com a Saab um contrato para a transferÊncia de tecnologia.

A AEL foi selecionada para fornecer o WAD (Wide Area Display), o HUD (Visor Frontal) e o HMD (Helmet Mounted Display – capacete com visor), que serÁ integrado ao Gripen NG para o Brasil como parte do contrato F-X2.

O trabalho da AEL deve durar quatro anos e inclui o desenvolvimento, a integraÇão e o trabalho de produÇão, que serão realizados em Porto Alegre. A integraÇão do sistema serÁ feito pela SAAB e pela Embraer.

Marco. Para a Saab, a chegada dos tÉcnicos e engenheiros brasileiros É um marco no programa dos caÇas para a FAB.

“Este importante acontecimento marca o inÍcio formal do programa Gripen NG brasileiro. Agora vamos trabalhar a toda velocidade para garantir as entregas no prazo determinado”, afirmou HÄkan Buskhe, presidente e CEO da Saab.

Perfil. O Gripen É uma aeronave de combate multimissão, capaz de realizar todas as missÕes ar-ar e ar-solo, incluindo tarefas especializadas, como de inteligÊncia, vigilância, aquisiÇão de alvos e reconhecimento e guerra eletrÔnica.
O Gripen estÁ equipado com os mais modernos sensores e sistemas de missão, incluindo um radar de varredura eletrÔnica ativa e um sistema de busca e rastreamento infravermelho. O caÇa deve substituir os F-5 da FAB.

Gripen NG Demonstrator with Iris-T, Meteor and GBU10 - Photographer Katsuhiko TOKUNAGA 18

Gripen NG Demonstrator / Foto: Katsuhiko TOKUNAGA

Primeiros caÇas chegam em 2019
A entrega dos caÇas supersÔnicos Gripen NG deve comeÇar em 2019 e terminar em 2024. A montagem final dos jatos no Brasil serÁ feita na fÁbrica da Embraer em Gavião Peixoto. Dois pilotos brasileiros –Gustavo Pascotto e Ramon Forneas– foram os primeiros a serem treinados para pilotar o caÇa, na SuÉcia. Outros pilotos da FAB devem ser treinados.

divider 1FONTE: O Vale – EDIÇãO:  Cavok

IMAGENS: Meramente ilustrativas

 

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Fico orgulhoso de ver estas coisas.

É de encher os olhos.

Este tipo de investimento vale a pena, pois ativa uma indústria de alta tecnologia e fomenta o desenvolvimento interno.

A evolução tecnológica da indústria brasileira aeronáutica que começou com o Bandeirante (eu diria com o 14Bis), acaba de oficialmente abrir mais uma página em sua história.

Originally Posted by Lussari:

Fico orgulhoso de ver estas coisas.

É de encher os olhos.

Este tipo de investimento vale a pena, pois ativa uma indústria de alta tecnologia e fomenta o desenvolvimento interno.

A evolução tecnológica da indústria brasileira aeronáutica que começou com o Bandeirante (eu diria com o 14Bis), acaba de oficialmente abrir mais uma página em sua história.

Lussari,

 

Faço minhas suas palavras

É exatamente isso que alguns colegas aqui, que preferiam outros vetores para o FX nao entendem...

 

Pela primeira vez o Brasil vai ter acesso a esse tipo de tecnologia em posição de parceria ativa, e vai assimilar know-how que pouquissimas nações  possuem, alem do que vai ser parceira de uma nação neutra, que nao tem razões para limitar, resgtringir ou negar acesso a essas tecnologias, e que tem um histórico de boa convivencia comercial com outros países...

 

Tivéssemos fechado com franceses, Americanos ou Russos, estaríamos a mercê de suas tendencias ideológicas, limitações em armamentos, em qualidade, em logística, e nunca teríamos a mesma posição de parceria que teremos com a Suécia...

 

Sem falar que o Gripen, com todas as capacidades e possibilidades de melhoria e crescimento, ainda será muito mais barato de produzir, operar e manter que quaisquer adversários...

 

Realmente da um orgulho de saber que a FAB, finalmente, vai estar realmente bem servida, e que as possibilidades futuras sao promissoras  para a defesa aérea, Industria aeronáutica e comércio aeronautico brasileiros...

 

Edilson 

Last edited by Jaguar (Edilson C. Araujo)

Edilson,

 

Para complementar:

1. Mesmo que diversos componentes sejam americanos, é quase certo que os fornecedores já estejam no Brasil fornecendo para a Embraer.

 

2. A cultura empresarial dos americanos é de resultado, se não atinge o que quer, fecha o negócio e vai embora. A cultura europeia é mais de criar laços mais permanente. Ambas têm seus pró e contras, não existe melhor.

 

3. A SAAB já está no Brasil há décadas com a Scania, logo sabe que é parceria para ficar.

 

4. A FAB vai querer um volume considerável do Gripen, pois será o virtual substituto do AMX e F5M. Eu estimo uns 150 aviões por baixo. Se fosse dos outros concorrentes, se restringiria a Anápolis e precisaria de outro avião para as demais bases de defesa rápida.

 

5. Para o governo americano é um bom (eu diria um baita) negócio. Boa parte dos componentes são americanos. O Brasil é um bom parceiro bilateral (apesar da esquerda rabanete insistir o contrário) dos EUA. Além de que a Embraer ter uma unidade lá. Decolando o Gripen aqui, com certeza vai ser incorporado na USAF (já imaginou pintado como Agressor? uau...)  lá. vide os Super Tucanos.

 

6. A Embraer encurta o prazo de desenvolvimento e o custo de pesquisa de um jato supersônico militar hoje. Amanhã terá as bases de um jato supersônico civil, seja executivo ou interregional.

A proposta americana também tinha suas vantagens:

 

_ A Boeing acenava com uma parceira pra promover o KC-390 como concorrente do Lockheed C-130, se os EUA comprassem mesmo que um numero simbólico ia ser um aval para o avião;

_ O Super Hornet é um avião pronto, até o futuro dele já é sabido o que ele vai ter de novidade, provavelmente a versão brasileira seria parecida com os últimos produzidos, que tem características em comum com o EF-18 Growler;

_ A EMBRAER ia ter como retorno a produção de peças para os Super Hornet, reforçando a parceria;

_ Se os EUA quisessem poderiam oferecer um financiamento quase a fundo perdido, com taxas insuperáveis.

 

Também acho que o Gripen foi uma boa escolha, mas o Super Hornet não seria ruim, ruim mesmo só o Rafale.

Last edited by Cesar de Aquino
Originally Posted by Cesar de Aquino:

A proposta americana também tinha suas vantagens:

 

_ A Boeing acenava com uma parceira pra promover o KC-390 como concorrente do Lockheed C-130, se os EUA comprassem mesmo que um numero simbólico ia ser um aval para o avião;

_ O Super Hornet é um avião pronto, até o futuro dele já é sabido o que ele vai ter de novidade, provavelmente a versão brasileira seria parecida com os últimos produzidos, que tem características em comum com o EF-18 Growler;

_ A EMBRAER ia ter como retorno a produção de peças para os Super Hornet, reforçando a parceria;

_ Se os EUA quisessem poderiam oferecer um financiamento quase a fundo perdido, com taxas insuperáveis.

 

Também acho que o Gripen foi uma boa escolha, mas o Super Hornet não seria ruim, ruim mesmo só o Rafale.

Cesar,

 

A Boeing, como empresa americana, tem um comportamento de fazer parcerias para ganhar dinheiro. Não deu com o EF-18, vai sem ele.

Nos projetos de defesa dos EUA é normal as empresas trabalharem juntas ou associadas em um projeto interessante.

O KC-390 tem uma solução de custo x benefício que muito interessa à Boeing. O governo americano teria dificuldade em vender alguns de seus cargueiros pesados, mas o da Embraer seria um ótimo negócio para fornecer aos aliados e terceiro mundo, para emprego militar e humanitário.

No mundo aeronáutico bons projetos não sai do forno todo dia e a Embraer tem três pãezinhos bastante apetitosos no mercado: Super-Tucano, ERJ170/190, e o KC-390.

Eu concordaria plenamente com você, mas a Lockheed, que é americana, tem o C-130J, e ela tem um histórico "agressivo" de condução de vendas de seus produtos, ela é "cachorro grande"... que o KC-390 é melhor que o C-130J eu não tenho duvida, o problema é saber se é tão melhor a ponto de ter uma vantagem que seja boa o suficiente para superar o peso da influencia da Lockheed.

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