Troque-se o motor!!!
A AMX International tentou emplacar outras versões do AMX para exportação. Um delas foi o AMX-T, que foi oferecido como LIFT (Lead-in fighter trainer).
Entre as boas características do AMX-T, estavam a ótima manobrabilidade em baixas altitudes (limites de acelerações +7.33g e -3.6g) e voo alto subsônico (550 nós ao nível do mar), além da ótima visibilidade do cockpit.
O AMX-T também requeria menos manutenção que outras aeronaves de treinamento a jato e a presença de uma APU (Auxiliary Power Unit) na aeronave possibilitava a operação autônoma em aeródromos distantes, sem muita infraestrutura.
AMX-T Venezuela: Os AMX da discórdia.
By Vinna
O AMX-T, a versão biplace do AMX para treinamento avançado foi desenvolvida pela Embraer para a Venezuela, e seria muito mais capaz como avião de ataque do que os treinadores avançados atuais e também podendo desempenhar muito bem o papel de treinadores avançados. A versão previa refinamentos tecnológicos que o colocariam ao nível dos melhores do mundo.
Com armamento moderno, comporia uma segunda linha de defesa importante e de baixo custo, já que manteria as características operacionais do AMX A-1 de ataque já em operação na FAB (Brasil) e na AMI (Itália). Esperava-se um treinador subsônico com velocidade nivelada acima de 600km/h em qualquer configuração armada. Teria um cockpit maior e sua principal característica seria a tecnologia embarcada de quarta geração como o sistema Databus MIL STD-1553B com monitores de exibições head-up e multi-funções; GPS, radar multi-modos, e sistemas de controle de vôo mecânicos para o acaso de falha no sistema hidráulico.
Integrada pela Embraer e pela Elbit, essa versão do AMX receberia uma série de equipamentos de última geração utilizados pelo ALX, novo caça de ataque leve. Entre eles destacam-se compatibilidade com NVG (Night Vision Goggles - Óculos de Visão Noturna), um HUD grande angular, novos MFD e atualizações em seus sistemas de contramedidas eletrônicas e de aviônicos. Haveria ainda a possibilidade de integração do radar Scipio de fabricação nacional. Outras possibilidade de modificação ventilada a época foi a substituição dos motores Rolls-Royce RB-168 Spey Mk 807 por uma versão sem pós-combustão do Eurojet EJ200, acrescentando mais potência e consequentemente aumentando suas performances.
O AMX-T havia sido selecionado pela Força Aérea Venezuelana (FAV) para substituir o velho T-2A Buckeye na fase de treinamento avançado. O negocio com o Brasil para a venda de aeronaves AMX acabou não dando em nada, por causa das reticências de Washington com o fornecimento de equipamentos eletrônicos de origem americana que são parte dos componentes do avião brasileiro.
O Brasil sequer pode recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para arbitrar a interferência do governo americano na venda de 24 Super Tucano para a Venezuela (US$ 230 milhões) e os 12 AMX-T (US$ 260 milhões) já que a entidade não discute operações que envolvam fornecimento de equipamentos militares.
Depois disso a Venezuela foi barrada por Washington na sua tentativa de compra de aeronaves de transporte C-295 da EADS/CASA. E Chavez afirmou que se não obtivesse sue aviões da Europa recorreria ao Brasil. Novamente o Brasil não pode atender ao pleito do Presidente Venezuelano por nova intervenção americana. Depois disso Chaves passou a recorrer à Rússia e a China como fornecedores de armamentos para as forças armadas venezuelanas.
A venda para a Venezuela, do AMX seria a primeira para um país que não a Itália ou Brasil. Só o anuncio da medida fez aumentar o número de pedidos de informação sobre a aeronave em um mercado que tem como maiores rivais aviões de treinamento avançados otimizados para ataque.