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Foto de Riany Botelho.

 

Durante a segunda guerra, Irena conseguiu permissão para entrar no Gueto de VarsÓvia como encanadora, e para fazer limpeza de esgoto. Toda vez que ela saia do gueto, escondia uma crianÇa no fundo de sua sua caixa de ferramentas, ou em sacos de lixo. Ela adestrou um cão, para fazer barulho quando ela deixava o gueto, e assim atrair a atenÇão dos guardas nazistas. Ela salvou 2500 crianÇas da morte. Nos momentos finais da guerra, ela foi descoberta, e os nazistas quebraram as pernas e braÇos dela.

 

Cada crianÇa salva tinha o nome escrito em papel, e escondido em uma jarra enterrada no quintal dela. ApÓs a guerra, ela pegou o registro de cada uma das crianÇas, e tentou achar os parentes. As crianÇas que ficaram definitivamente sem parentes vivos foram orientadas para adoÇão. Em 2007 ela foi indicada ao prÊmio Nobel da paz, mas quem ganhou foi o Al Gore, por seu power-point sobre mudanÇas climÁticas...

 

Ela morreu em 2008, e seu trabalho É hoje continuado, em uma organizaÇão que se chama "vida numa jarra" (life in a jar)

 

 http://www.irenasendler.org/

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Originally Posted by Paulão - Tchwrma:

São almas como essa que me restauram a confiança no ser humano.

E quanto ao prêmio, pode ter certeza que ela recebeu um prêmio muito melhor que  o Nobel, lá onde está agora.

 

Um Abração.

Concordo em gênero número e grau meu amigo.

Originally Posted by Ayres:
Originally Posted by Paulão - Tchwrma:

São almas como essa que me restauram a confiança no ser humano.

E quanto ao prêmio, pode ter certeza que ela recebeu um prêmio muito melhor que  o Nobel, lá onde está agora.

 

Um Abração.

Concordo em gênero número e grau meu amigo.

 

Aproveitando o gancho, com intuito único de enriquecer esse tópico, gostaria de lembrar de uma brasileira, que também arriscou a vida para salvar muitas pessoas, durante a 2 guerra, e apesar de não sofrer a punição imposta a Irena, também correu os mesmos riscos, ela é 

Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, 

 também conhecida como ANJO DE HAMBURGO.

Aproveitando a dica do MN:

Morre, aos 102 anos, o anjo de Hamburgo

Paranaense de Rio Negro, Aracy Carvalho era mulher de Guimarães Rosa. O escritor dedicou a ela a obra-prima Grande Sertão: Veredas

O que falar de uma mulher que arriscou a própria vida para salvar desconhecidos? Pelas mãos de Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa sobreviveram certamente mais de cem judeus que foram perseguidos pelo 3.º Reich de Adolf Hitler. Uma delas, Maria Margareth Bertel Levy, aos 102 anos, teve o privilégio de conviver com Aracy no Brasil até o último dia 21, quando faleceu aos 102 anos.

Margareth era como se fosse da família, pois só tinha Aracy e o filho dela como conhecidos e a quem poderia recorrer (o marido já havia falecido e os parentes morreram ainda durante a Segunda Guerra Mundial). Aracy estava tão ligada a Margareth que coincidentemente foi hospitalizada, também aos 102 anos, no dia seguinte à morte dela. Foi uma luta travada nos últimos cinco anos para sobreviver ao Alzheimer. Na madrugada da última quinta-feira, porém, por falência múltipla dos órgãos, a amiga de Margareth também partiu.

As duas moravam no mesmo bairro em São Paulo e eram assistidas pelo único filho de Aracy, Eduardo Carvalho Teff, 81 anos. “Elas tinham uma ligação espiritual muito forte. Nos tornamos a família desta senhora aqui no Brasil e minha mãe tinha um apego muito grande a ela. Pode ser coincidência [a morte das duas em data tão próximas], mas também um mistério da vida”, afirma.

Foi em Hamburgo, na Alemanha, que as amigas se encontraram. Margareth foi buscar ajuda no consulado brasileiro, onde Aracy trabalhava como secretária no setor de vistos, para tentar fugir: o marido ficou escondido em casa. Aracy não só conseguiu o visto aos dois para embarcar ao Brasil como também usou o carro com placa diplo­­mática para levá-los ao porto. A despedida foi nas escadas do navio e o reencontro aconteceu no Brasil, alguns anos depois.

Da mesma maneira, Aracy conseguiu embarcar outros vários judeus ao Brasil. Uma determinação do Itamaraty, imposta pelo então presidente Getúlio Vargas, durante o Estado Novo, proibia os judeus de entrar no país a partir de 1937. Sabendo disso, Aracy, como secretária, levava documentos para o diplomata assinar e no meio colocava os vistos de pessoas que pediram ajuda a ela. Os vistos saiam sem o J de judeu, o que ajudou bastante. Alguns ficavam escondidos na casa dela até o momento de sair do país, porque eles eram perseguidos também nas ruas.

Grande amor

Aracy teve a chance não apenas de salvar vidas no consulado, como também de encontrar seu grande amor. Foi lá que ela conheceu o seu segundo marido, o escritor João Guimarães Rosa, que dedicou a ela uma de suas obras mais famosas: Grande Sertão: Veredas. Ele era cônsul-adjunto do consulado brasileiro em Hamburgo. Ambos eram desquitados e começaram uma nova vida juntos.

“Esta paranaense de Rio Negro praticou o bem em condições extremamente desfavoráveis. Foram tantas as pessoas que ela permitiu viver que digo que ela tem um ato de humanismo incomparável”, afirma o presidente da B’nai B’rith, Leon Knopfholz. No ano passado a B’nai B’rith, entidade judaica, criou o prêmio “O anjo de Ham­burgo”, em homenagem a Aracy. São reconhecidas as pessoas que se dispõem a lutar contra o racismo das mais diversas maneiras. Ela também teve seu nome inscrito no Jardim dos “Justos entre as Nações” do Museu do Holo­causto de Israel.

“Minha mãe foi, na verdade, historicamente a expressão dos direitos humanos”, diz Teff. Além de salvar judeus, Aracy também deu asilo, no Brasil, ao compositor Geraldo Vandré, em 1968, quando ele foi perseguido pelos militares durante a ditadura.

Ela deixou quatro netos e oito bisnetos. Sua vida, ainda tão pesquisada, deve virar tema de um filme e de um livro biográfico, sem data para sair.

 

http://www.gazetadopovo.com.br...b9q5k2ujw2mvzkru2iby

Last edited by Flávio Oz

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