Originally Posted by Rogerio77:
Eu sempre penso, quando vejo este Super Pershing, que eles encheram a frente dele de blindagem, mas se acertassem um dos cilindros de recuo que ficava bem exposto sobre a torre, já era o armamento principal. E duvido que a blindagem destes cilindros aguentassem muita coisa...
E tem mais.
Um tanque tem que ter velocidade, blindagem, armamento e dirigibilidade, não necessariamente nessa ordem, para sobreviver em campo de batalha, além, é claro, de uma tripulação bem treinada às rotinas do carro.
O Pershing era um veículo com 46,17t, um motor Ford de 500hp e um torque por tonelada de 10,8hp/ton, tendo como velocidade máxima 20mph ou 32km/h, em estrada, não off road, isso com um canhão padrão de 90mm.
Para efeito de comparação, o Tiger I Ausf E pesava 56t, tinha um motor Maybach HL 230 P45 V-12 de 700hp e um torque por tonelada de 12,5hp/ton que lhe permitia, em estrada, a velocidade de 36,8 km/h.
Agora, acrescente ao Pershing padrão uma blindagem frontal reforçada, uma nova arma, molas externas para recuo(mais tarde substituídas por um sistema interno hidro-pneumático), mecanismo de elevação reforçado e a soldagem de grande contrapeso da parte traseira da torre (na soma total de 7 ton), tudo isso mal distribuído e você terá um veículo realmente ficando na situação de "pato sentado" em um campo de batalha, pois seu torque por tonelada cairia para 9.43hp/ton e a velocidade máxima cairia bem abaixo de 26km/h.
Para se ver o quanto isso era sem sentido, ou estúpido, um Sturmpanzerwagen A7V alemão, carro de combate da Primeira Guerra, tinha o peso de 30ton, um motor de 200hp, um torque por tonelada de 6,66hp/ton e uma velocidade máxima de 15km/h.
Na verdade, os projetistas americanos, como o fazem até hoje, são partidários da força bruta. Alguns desse canhões de 90mm T15E1 chegavam a ter velocidade de boca de 1143m/s, podendo, com munição HVAP, penetrar 220mm de blindagem RHA (rolled homogeneous armor) a 914m.
Além do mais, a blindagem e a arma até poderiam ser acrescentados, mas o que não se sabe é o resultado da rotina de fogo a que o canhão teria submetido o restante do carro e como os protocolos de manutenção teriam sido também alterados.
Enfim, foi mais uma experiência de buscar de um carro de combate invencível, não para a época mas para o futuro imediato, já sendo previsto os embates pelos 4 cantos do mundo com os ditos países comunistas.
Abs.