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Caro Augusto;

Boa didática,
Boas fotos,
Boas dicas.

E acima de tudo um grande incentivo aos novatos como os mais experientes.

Parabéns pela sua iniciativa e humildade, pois o "Conhecimento não se guarda, passa-se adiante ! "
Mais uma vez obrigado por todas as palavras gentis. Legal !!!

Estou terminando o interior

As grades da parte traseira foram substituídas pelos PE. A montagem destes PEs, da forma como vem, é muito trabalhosa e o resultado não é lá estas coisas, pelo menos com a minha capacidade de lidar com eles.

Resolvi também tirar o volante de PE e voltar com o volante original do kit. O de PE era fino demais e ficou meio estranho.






Aí Augusto

Tem um ditado que diz, "Quem sabe faz, quem não sabe ensina". Eu nunca acreditei muito nisso e voce vem mostrar que sabe fazer e sabe ensinar simplesmente porque é didático. Me passa a impressão que a mesma paciência que tem para montar e detalhar voce também tem para explicar e mostrar. Qualidade importante para nós que estamos aprendendo sem ver ao vivo.

Parabéns e continue assim,
Estou acompanhando atentamente,

"Divino Mestre" como diria um grande humorista.

Abs

Sérgio Martins
Prezado Augusto,

Só agora consegui ler esse tópico integralmente e com a calma necessária. Tudo o que podia ser dito já foi registrado pelos colegas. Excelente!!! Uma verdadeira aula, que deve ser salva para futuras referências. Parabéns!!!

Abraços,

Paulo Roberto
Fala Augusto!

Eu vi que vc usa um alicate(sprue cutter) de cabo laranja para cortar as pecas da arvore. Estou querendo comprar um parecido na Spruebrothers. O seu modelo é um desses modelos da Xuron?

Xuron 410A Ultraflush Cutting Shear


Xuron 420T Angled High Precision Shear
Esses dois modelos sao mais baratos que o da Tamyia mas nao tenho certeza se são os mais indicados. Voce poderia me indicar um modelo?

Muito Obrigado
Miguel
Eu tenho 2 alicates da Xuron, o 410A e o 440 PET, nunca encontrei nada tão bom por aqui, valem cada centavo. Na época que eu comprei, com o dolar alto, só peguei estes dois, mas com os preços de hoje compraria todos Maneiro !!!!
Aproveito mais uma vez para agradecer as mensagens de apoio, e lembro que tudo que está feito aqui não é única, e talvez, nem mesmo a melhor maneira de se fazer as coisas, é só a minha maneira.

A melhor forma de aprender é sempre arriscar um pouco. Captou ???
Last edited by Augusto
quote:
Seu gugu tá um perigo! Muito bom material didático, até para alguns modelistas mais experientes, não existe cachorro velho que não aprenda truque novo!

Parabéns Augusto!

Joker

[quote]


Faço as palavras do Joker as minhas
Augusto belo tutorial, Parabens....
Legal foram as ferramentas usadas...muito legal
+ uma vez parabéns.

[]s
Renato
Hora de lidar com as esteiras a parte mais chata de kits nesta escala. As soluções aqui podem não ser exatamente as mesmas para escalas maiores, então eu sugiro uma olhada nestes artigos.

http://www.webkits.com.br/news/templates/news.asp?articleid=81&zoneid=24

http://www.webkits.com.br/news/templates/news.asp?articleid=394&zoneid=14

As lagartas que vem no modelo, não são grande coisa e não vou utilizá-las, mas como este tipo de lagarta em forma de cinta é a solução preferida, principalmente por iniciantes, vamos ver como trabalhar com elas.



Para separar das árvores usamos o mesmo alicate de corte reto que foi mostrado aqui



Em geral este tipo de lagarta tem em geral pinos para servirem de trava (existem outros sistemas também)



O primeiro passo é passar os pinos pelos furos e inverter a posição da lagarat para que a parte interna fique virada para fora.



Assim podemos usar uma pinça para cabar de puxar os pinos para a posição correta.






Agora precisamos fixar a junta. Antes disso é recomendável retirar todos os materiais inflamáveis da bancada.



O negócio então é aquecer uma peça metálica de preferência que tenha uma superfície curva. Não é preciso aquecer muito.



Com a lagarta presa encostamos a parte curva nos pinos pressionando levemente. É importante a parte curva para garantir que o metal tocará apenas o pino sem atingir a lagarta.





Com a lagarta fechada é hora de mexer no modelo para poder ajustá-la da melhor forma. Em geral os dentes da roda tratora não encaixam na lagarat o que dá uma pe´ssima aparência. (a lagarta fica afastada da roda). Então o negócio aqui e retirar os dentes que ficarão em contato com ela.

Primeiro marco os dentes que serão retirados, observar fotos do veículo real é importantes nesta fase.



Usando mais uma vez o alicate de corte reto, retiro os dentes.



Neste caso, como em muitos outros, a esteira ficou tencionada demais.



O aspecto real deveria ser este



Existem várias formas de contornar este problema. Pode-se colara as esteiras nas rodas, ou usar pequenos calços para forçá-la para baixo. Mas neste caso eu faria isto com linhas.

Primeiro passa-se a linha por um elo da lagarta (claro que vai se usar uma linha com a cor mais parecida possível com a da lagarta, eu usei uma clara para dar contraste)



Passamos a linha por dentro das rodas



F azemos um nó em volta do eixo. Neste caso apenas tracionei a linha com os dedos já que não vou usar esta lagarta.





Colocando a linha em dois ou três pontos se consegue uma aparência bem realista.

Neste caso como a lagarta é um pouco curta a junta sofre alguma deformação. O segredo é deixar a junta na parte de baixo e usar um pouco de “lama” ou “sujeira”. Pode-se também encher a falha com cola branca. Depois de pintado vai aparecer muito pouca coisa.

Por estes problemas é que prefiro as esteiras injetadas, montadas em partes, conhecidas como Link and Length , o que significa elos e trechos contínuos. Vamos ver isso na próxima atualização.
Last edited by Augusto
quote:
Por estes problemas é que prefiro as esteiras injetadas, montadas em partes, conhecidas como Link and Length , o que significa elos e trechos contínuos. Vamos ver isso na próxima atualização.


Prezado Augusto,

Concordo 100% e já aboli definitivamente as lagartas e tb as rodas em vinil. Além da questão do aspecto que vc mencionou, tenho receio de como esse material irá se comportar ao longo do tempo, já que existem casos onde ele "derreteu".

De qualquer maneira, a sua explicação sobre o uso das lagartas de vinil é preciosa.

Abraços,

Paulo Roberto
Pode parecer loucura, mais o que mais me chamou a atenção em um kit de militaria foram as lagartas LBL!!!

To montando um Sherman Firefly Vc

Acabei hoje as danadas Maneiro !!!! ~

esse tipo de lagarta dá um aspecto bem realista ao kit!
A alternativa para a lagarta de borracha, neste caso, é um substituto em resina.




Lagartas de resina, principalmente nesta escala, são muito difíceis de trabalhar. Infelizmente neste caso não há como fugir deste trabalho, mas eu não recomendo para ninguém que não tenha bastante experiência com este material.

Como a resina não pode ser colada com as colas fusoras de estireno restam duas opções: Cola tipo bonder ou cola branca. A bonder funciona bem, mas deixa muito pouco tempo para posicionar corretamente as peças. Já a cola branca, que também funciona bem, demora muito para curar e dá uma junta mais frágil. Neste caso, em que o bom alinhamento é importante, eu preferi a cola branca.

Primeiro dei uma lixada nas rodas de forma a retirar qualquer diferença entre elas, é importante para que a lagarta, que é rígida, fique plana.




Testado o alinhamento começo a colar os links, um a um, começando pelas rodas tratoras ou tensoras.







Feitas as rodas vamos aos trechos longos.






As peças individuais são coladas uma ou duas por vez e então eu deixo a cola branca secar bem antes de passar para as próximas. Isto porque a cola demora muito a dar resistência, e posicionar os elos sem afetar os demais é muito difícil. Com isso toda esta última semana foi gasta apenas na montagem das lagartas, que ainda não estão completas.

Caso estas esteiras fossem de estireno o trabalho seria facilitado já que a cola própria tem todas as vantagens. Dá tempo para posicionamento das peças, seca rápido e forma uma junta bem resistente.
Lagarta de resina link by link
colada com cola branca

Jesus... Maria... José...

esse kit depois de pronto, nunca poderá
cair no chão, será uma tragédia

Augusto, pode depois de colado e posicionado
e seco, soldar com gotas de bonder????
quote:
Originalmente publicado por Valter:
Lagarta de resina link by link
colada com cola branca

Jesus... Maria... José...

esse kit depois de pronto, nunca poderá
cair no chão, será uma tragédia

Augusto, pode depois de colado e posicionado
e seco, soldar com gotas de bonder????


Boa Pergunta, pois a soldagem com a cola branca fica muito frágil e com o tempo não pode soltar ????

Abraços Borelli
quote:
esse kit depois de pronto, nunca poderá
cair no chão, será uma tragédia


A cola branca usada é a mesma do início do tópico. A junta que ela proporciona é maleável mas não frágil. Neste sentido uma junta com superbonder, apesar de mais dura (e por isso mesmo), é mais frágil.

Lembrem-se que o vidro é muito mais duro que o plástico e no entanto quebra com muito mais facilidade.

Saindo da física e voltando ao modelo, eu passo sim um pouco de Tekbond 721, mas apenas nas juntas entre os elos de forma a dar mais rigidez no conjunto.(ainda vou mostrar isso)

Eu tenho alguns modelos de resina montados quase que só com cola branca e nunca tive problemas de soltar as peças,
Augusto,

Se me permite uma sugestão, em casos assim costumo usar silicone no lugar de cola branca.

Dá quase o mesmo resultado, também é relativamente fácil de tirar se houver problema e pode ser usada com materiais diferentes.

Apenas o posicionamento fica mais fácil por ter mais consistência, seca um pouco mais rápido e também permite alguma "flexibilidade".

PlastiAbraços
Quando eu uso estes tipos de materiais diferentes, eu faço uma colagem por etapas;

Eu estabilizo a colagem com bonder, mas não confio na rigidez da bonder, pois é um ótimo adesivo de contato , mas com baixa resistência, como disse o Augusto.

Eu colo com bonder, para estabilizar as peças e, depois, "soldo" tudo com Araldite Hobby (10 minutos), pois o epóxi é muito resistente e apresenta uma certa flexibilidade, o que torna o trabalho perene e seguro.



Manipule o araldite em uma placa de plástico e, com um palito fininho, vá "costurando" as junções com mínimas porções de epoxi rápido....

É o melhor casamento entre os dois mundos das colas : a rápida e a resistente...

E isto serve para plástico, resina, metal, o caray !!!!
Rubens

O silicone me parece muito viscoso para um bom resultado, mas é uma sugestão.

Serra

Eu detesto mexer com araldite, e muito pegajosa e viscosa, difícil de esconder nesta escala. Vale lembrar a Tekbond oferece uma resistência bem maior que a bonder comum, já que é para uso industrial. Em par com a cola branca funciona muito bem.

Mas fica ai mais uma sugestão válida.

Como eu já disse tem vários caminhos para se obter o mesmo resultado.
Falta pouco agora para entrar na fase de pintura, mas antes falata acrescentar uns poucos detalhes.

O veículo real tem umas alças laterais para facilitar o acesso ao veículo mas no kit elas são representadas apenas por peças sólidas de plástico.





Vou substituir isso por alças feitas de fios de cobre. O primeiro passo é retirar as peças sólidas e fazer os furos para colocar as novas alças. Os furos foram feitos com a broca já mostrada anteriormente então não vou repetir esta parte.



Para fazer as alças cortei vários pedaços de fios de cobre esticado como já mostrei antes.



Para dobra as alças sempre do mesmo tamanho uso a seguinte técnica

Primeiro num alicate liso e cônico eu faço uma pequena marca com caneta pilot , na posição que tem largura que eu quero.



Coloco o fio de cobre no alicate seguindo a marca.



Então, segurando firme, dobro as pontas com os dedos.





Depois só encaixar nos furos feitos. Eu colei tudo com tekbond 721, que dá uma junta forte e sem marcas.





Claro que não é tão simples assim, as vezes as dobras não ficam perfeitas ou os furos não foram feitos igualmente espaçados, mas com um pouco de paciência e fazendo pequenos ajustes dá para se conseguir um bom resultado. Numa escala maior isso é muito mais fácil de fazer.

Vale também lembrar que, como para quase tudo nesse hobby, existe uma ferramenta específica para fazer estas alças. Quem sabe um dia compro uma.

http://www.ares-server.com/Ares/Ares.asp?MerchantID=RET...ype=Product&ID=83139

Tem também para fazer círculos, um dia, quem sabe, pego está também.


http://www.ares-server.com/Ares/Ares.asp?MerchantID=RET...ype=Product&ID=83374
O kit está ficando muito bacana, o PE e as adições feitas estão dando outra vida Legal !!!

Só o volante é que parece estar em outra escala, tá desarmonioso em relação ao resto.

Abraços
quote:
Só o volante é que parece estar em outra escala, tá desarmonioso em relação ao resto.


Essas fotos muito próximas distorcem um pouco as proporções, o volante realmente é meio grosso mas não tanto quanto na foto e vai ficar ainda menos visível quando pintado de preto. De qualquer forma é melhor que o de photoetch que era apenas uma barra chata.
Last edited by Augusto
Faz tempo que não passo por aqui, está ficando muito bom mesmo. Agora fiquei com mais medo da esteira do meu Que saco !!!!
Mas fazer o que né, a que vem no kit é ridícula.
Augusto tá dando gosto ver essa montagem. continue postando. O meu devo reativar em breve, já que arrumei aquelas telinhas.
quote:
Augusto, você poderia passar a borda desse volante de PE numa gota de teckbond, como fez com as alavancas.
Só uma sugestão.


Eu tentei isso, mas fica irregular e o efeito é mais desagradável a vista do que o volante do modelo.
quote:
Originalmente publicado por Augusto:
quote:
Augusto, você poderia passar a borda desse volante de PE numa gota de teckbond, como fez com as alavancas.
Só uma sugestão.


Eu tentei isso, mas fica irregular e o efeito é mais desagradável a vista do que o volante do modelo.


Seu Gugu, o senhor pintou esse volante com a C.A. ao redor? Talvez depois de receber uma tinta ficasse melhor, já que daria uma dimensão ao volante, já que a C.A. é transparente.
Últimos passos antes de entrar na pintura.

Tinha deixado os olhais que suportam o para brisa do kit original mas eram absurdamente grossos, troquei pelo de PE, ficou bem melhor.

Antes



Depois



Coloquei as maçanetas nas tampas traseiras.



Aqui, só como curiosidade , uma experiência que estou fazendo para dar mais realismo a capota.

Marcos

Não vai dar não, minha idéia é seguir com a pintura no mesmo passo a passo da montagem e isso toma muito tempo principalmente com as fotos. Vou pedir ao Sidney para mudar o tópico de lugar.
Augusto, você cortou os dentes da roda tratora pra poder montar a esteira? Porque parece que elas não encaixam de jeito nenhum. Essa esteira de resina realmente da um trabalho do cão. a minha está com vários links quebrados. Arrrghhhh!!!!
Vamos aos que espero sejam os detalhes finais da montagem.

A luz notek tinha um pino absurdamente grosso, Usei uma parte do próprio pino para fechar o buraco de dei acabamento com uma lixa. Depois substitui o resto do pino por um fio de cobre.








Fiz também as antenas nos para-lamas do mesmo modo que foram feitas as alavancas de mudança.





Espero ter tempo neste fim de semana para começar a falar de pintura.
Olá Augusto, belo trabalho, estou acompanhando.
Uma dúvida, espero que não seja besta, mas qual a finalidade daquele objeto parecido com um capacete alemão? (Luz Notek?)

Sempre fiquei curioso com isso, espero que não seja uma pergunta besta.

Abraços
Não é não, eu mesmo levei um bom tempo para descobrir o que é.

Trata-se de um farol de comboio. Ele projeta um facho de luz certa distância na frente do veículo. Assim o motorista mesmo no escuro consegue manter a distância de segurança sem precisar ligar os faróis, basta manter o facho sempre logo atrás do veículo a sua frente.
quote:
Olá Augusto. Estou acompanhando seu GB e por enquanto estou aprendendo muito. Gostaria de saber onde consigo aquela furadeira manual e as brocas bem pequenas. Obrigado


Daniel

Estas ferramentas você encontra em lojas que vendam material para joalheiro/relojoeiro.
Augusto, voltei a montar modelos em 2007, e realmente fico extremamente feliz e ver um tópico me ajudando e ensinando tanto quanto o seu. Espero ansiosamente chegarmos na parte a pintura !
Augusto parabéns.
Tenho que confessar que entrei no forum com uma finalidade, montar meu compressor, para uso em madeiras, metal, desenhos e etc, mas depois desse tópico, como não me embreagar com essa cachaça.
Essa atitude só enriquece o Hobby, porque aumenta o leque de pessoas fascinadas querendo aprender e também divulgar, e com isso, maiores as chances de virerm novas lojas, produtos e consequentemente melhores preços.
Parabéns.
Desde já muito obrigado por este excelente tutorial. No entanto estou com algumas duvidas. Sendo eu um iniciado apenas utilizo pincel na pintura. Como voçê já colou todas as peças, pintando a pincel não irão ficar zonas de dificil acesso por pintar? Esse tipo de construção não serve só para quem pinta a aerografo?
Continuação de um excelente trabalho
Que bom que estejam apreciando o trabalho e peço mais uma vez desculpas pela falta de atualizações. Quase sempre eu faço esta montagem aproveitando as manhãs de sábado onde a luz ajuda nas fotos. Infelizmente tenho trabalhado quase todos os sábados e isto esta me deixando sem tempo.

A pintura eu vou fazer basicamente usando aerógrafo mas vários detalhes vão ser pintados com pincel. Sei que tem muita gente que só usa pincel e pensei mesmo em fazer este modelo usando apenas o pincel, mas como faz muito tempo que não faço isso não sei se ia ficar bom. Além disso aerógrafo é um passo quase que obrigatório para quem quer evoluir na qualidade dos modelos. Ainda assim como alguns detalhes vão ser feitos com pincel acho que vai dar para ter uma idéia de como fazer.

Aproveitando vou colocar um texto que já estava pronto.

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Bom esta parte será apenas teórica já que vou falar de alguns conceitos. Não tinha certeza se devia passar por este estágio, mas como estou sem tempo para fotos lá vai.

Desde que eu me lembro tenho ouvido que antes da pintura de deve dar uma lavada no modelo, de preferência com água e sabão neutro. O objetivo é livrar o plástico de agentes desmoldantes e outras impurezas que possam interferir com a adesão da tinta. O fato é que eu nunca lavei um kit na vida e mesmo usando tintas acrílicas, que são conhecidas pela baixa capacidade de aderência, nunca tive qualquer problema.

Neste caso meu conselho é: Lave o modelo, prudência e caldo de galinha nunca fez mal a ninguém como já dizia minha santa avozinha. No entanto muito cuidado para não perder pequenas peças que podem se soltar no banho, recomendo fazer isso numa bacia ou pelo menos numa pia com tampa.

Outra coisa muito falada é o primer, então vamos entender o que é isso e para que serve. O primer é basicamente um promotor de adesão, ele permite aumentar a aderência de uma tinta a uma determinada superfície aumentando assim sua resistência.

No caso de pintura com tintas automotivas, que não aderem bem ao plástico o primer é fundamental, sem ele a pintura vai se soltar ao menor esforço. Não vou entrar em detalhes aqui, pois não é a minha praia e tem gente muito mais gabaritada aqui apara falar sobre isso.

No caso das tintas acrílicas o primer pode ser de alguma ajuda, mas dependendo da qualidade da tinta não é necessário.

No caso de tintas esmalte é totalmente dispensável.

No entanto usa-se o termo primer para descrever um outro processo que nada tem que ver com a adesão da trinta. Um efeito que se pode notar fazendo qualquer experiência é que tintas claras mostram muito mais os detalhes e, por conseguinte, os defeitos, do que tintas escuras. Então uma forma de se verificar com facilidade pequenos defeitos na montagem é dar uma primeira camada de tinta clara e fosca, ou semi-fosca, sobre o modelo, em geral um cinza claro. Isso vai ajudar a identificar pequenos defeitos principalmente se o plástico for escuro. Além disso, vai facilitar a cobertura quando se usar tintas como o amarelo e o branco que são de difícil aplicação sobre fundos escuros. Se esta tinta cinza for um primer real (promotor de adesão) melhor ainda. Deve-se apenas ter o cuidado de fazer uma camada bem fina para não encobrir pequenos detalhes do modelo sob as várias camadas de primer+tinta.

Ai vem a pergunta: Eu uso primer? Nunca.

Por que? Porque tenho uma preguiça danada, mas eu recomendo que se use. Maneiro !!!!
quote:
Ai vem a pergunta: Eu uso primer? Nunca.

Por que? Porque tenho uma preguiça danada, mas eu recomendo que se use.


É isso aí Augusto,
Também nunca usei e pelo mesmo motivo!
Costumo passar um cinza claro nas regiões onde quero ver se aconteceu algum problema. Como você explicou acima.
Aproveito aqui para lhe agradecer o apoio e a carona no domingo. Gostei muito de conhecer o pessoal da APRJ e espero revê-los em outubro.
Grande abraço,
Brettas
Finalmente de volta ao trabalho.

Descobri que durante este tempo parado um link da esteira sumiu, felizmente tinha feito um molde de silicone para esta eventualidade e fiz um link extra com JET.





Antes de começar a pintura é preciso isolar algumas áreas e para isso vou usar um produto conhecido como máscara líquida. Muitos já devem ter ouvido falar de Maskol, que é o produto importado mais conhecido fabricado pela Humbrol, no entanto existem similares nacionais bem mais em conta. Neste caso vou usar a máscara líquida da Corfix.



Estas máscaras líquidas são terríveis para os pinceis, se secar entre os pelos será uma luta para limpar depois. Um truque que aprendi aqui no fórum foi mergulhar o pincel em água com detergente antes de colocar no líquido da máscara. Isto evita que ele grude nos pelos.



Aqui uma pequena demonstração de como funciona.

Pegue o líquido com o pincel.



Espalhe uma camada generosa no local que pretende proteger.




Quando ele perder a coloração já estará seco, o que acontece em alguns minutos. Quando o serviço estiver pronto é só levantar uma das bordas e puxar.






Cuidado porque estas máscaras são frágeis, depois de aplicada sempre tome cuidado para não esbarrar nelas.

Usando a máscara protegemos o vidro e os instrumentos antes de iniciar a pintura.






Vamos então a pintura utilizando o aerógrafo. Neste caso vou usar tinta acrílica da Tamiya que considero a melhor tinta específica para o Hobby. Muito fácil de trabalhar e permite pequenos retoques sem deixara qualquer marca. Ideal para iniciantes.



O primeiro passo para uma boa pintura é usar corretamente a tinta, e a primeira coisa a fazer é misturar bem o conteúdo do pote. Repita este mantra: Misturar, misturar, misturar. E quando estiver cansado misture mais um pouco. Antes de usar a tinta todo o pigmento, aquela coisa mais grossa que fica no fundo do vidro, deve estar totalmente dissolvido. Nenhum sinal dele deve aparecer quando você tira o misturador do pote.

Como eu disse, misture.



Até que a coisa saia assim.



Agora passamos ao solvente, neste caso álcool isopropílico, que pode ser encontrado em lojas que vendem produtos químicos ou eletrônicos, é usado para limpeza de contatos elétricos. Existe um diluente próprio da Tamiya para estas tintas, mas a diferença de resultado não compensa o gasto extra.

Primeiro coloco o diluente no copo do aerógrafo




Depois vou acrescentando a tintas aos poucos sempre mexendo bem.



Até atingir uma consistência bem líquida quase como água. Ou, como alguns gostam de falar, como leite.


Obs. Se o seu aerógrafo não permite destacar o copinho como o meu, faça a mistura em um outro pote e depois coloque no aerógrafo.

Com uma tinta assim bem diluída vou usar uma pressão baixa, pouco menos de 15 lbs. Ajuste a pressão sempre com o gatilho do aerógrafo pressionado, ou seja, soltando ar. (lógico que antes de por a tinta)


Antes de usar a mistura no kit é sempre bom fazer um teste sobre alguma sucata para ver se não deu nenhum problema na diluição.

Então começamos a pintura. A dica aqui é manter o aerógrafo sempre em movimento, eu fico o tempo todo fazendo pequenos círculos, isso evita o acúmulo de tinta em um só lugar e os incômodos escorrimentos. No começo este movimento contínuo pode parece um pouco difícil, mas com o tempo você automatiza este procedimento e vai começar a fazer mesmo sem perceber.

Com a tinta assim diluída o cobrimento vai ser lento, não tenha pressa. Vá mudando a ponto de aplicação de forma a distribuir igualmente a tinta sem tentar cobrir uma única área de uma só vez.







Como se pode ver tintas acrílicas não aderem bem as partes de metal, então vamos suspender a pintura por enquanto para tratar estas aéreas antes de atingir a cobertura final.

Hora de limpar o aerógrafo, uma das tarefas mais chatas porém muito importante para quem usa esta ferramenta.

Depois de tirar todo a tinta do copo eu encho com o solvente e misturo com um pincel grosso para dissolver tudo o que já estiver meio seco ali..





Com o copo ainda cheio recue a agulha de forma a deixar o bico do aerógrafo totalmente livre, isto vai facilitar a saída de pequenos pedaços de tinta eventualmente já secos. Só então pressione o gatilho.



Depois de uma ou duas borrifadas recoloco a agulha no lugar e continuo a operação de limpeza. Repita o procedimento até que o solvente saia totalmente limpo. Controlo isso usando um pedaço de papel absorvente na frente do jato.


Algumas pessoas recomendam um procedimento chamado retrolavagem. Eu não faço isso nem recomendo fazer, mas como em quase tudo no hobby é uma questão de opção pessoal.

Continua....
Caro Augusto,

Uma dica que eu vi num folder de um fabricante de tintas, é que, quando voçê põe o solvente no copo do aerógrafo para dissolver o que ficou (sempre com pincél de cerdas macias), o importante é jogar o conteúdo do mesmo fora, sem borrifá-lo nem que tenha que fazê-lo mais de uma vez. E só quando estiver bem limpo, aí sim enchê-lo com o solvente e seguir o procedimento borrifando quantas vezes for necessário até que o líqüido saia limpo.
Segundo eles esse procedimento, apesar de cansativo asegura vida longa ao aerógrafo e seus componetes pois reduzem ao máximo a posibilidade de um corpo sólido passar pelo sistema o que pode causar o entupimento e o desgaste da agulha.
Já quanto a retro-lavagem eles à aconselham só se o solvente em questão tiver qualidades lubrificantes.
quote:
o importante é jogar o conteúdo do mesmo fora, sem borrifá-lo nem que tenha que fazê-lo mais de uma vez


Ruba

Acho que este é mesmo o procedimento correto, mas existem 3 motivos para eu não fazer assim.

1- Se você mexer bem a tinta e usar bem diluída a chance de ficar algum resíduo sólido no copo é mínima.

2- O Meu aerógrafo em particular retém aos resíduos no fundo do próprio copo.

Veja a foto:



3- Para esvaziar sempre o copo teria de ter um recipiente para receber o solvente, e seria mais uma tranqueira na minha bancada.

Dito isto acho que a sua observação é muito válida e recomendo que se faça assim como você descreveu.
Para facilitar a adesão da tinta acrílica sobre as partes em metal vou usar um primer para metais da Corfix. Ele pode ser encontrado em várias cores e eu recomendo uma cor neutra como o cinza o que vai interferir menos com a tinta de cobertura. Comprei este vermelhão nem sei porque, mas como é o que está à mão vai este mesmo.




O primer é bastante grosso e deve ser diluído com água para ficar mais fácil de aplicar usando um pincel.





Agora é deixar secar e prosseguir com a pintura.

esse primer é uma tinta acrílica, que adere muito bem ao plástico, vc poderia também usar o primer para pet e metais acrilex na cor branca, diminuiria bastante esse contraste do fundo vermelhão ... ficou tipo uma pré sombra
Valter

Acho que você pulou uma parte, eu já disse que não uso primer no plástico. Legal !!! Ainda que usasse não seria este que é muito grosso e nada diluído com água vai bem no aerógrafo. Mr. Surface seria uma escolha melhor.

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