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EmpresÁrios e representantes de instituiÇÕes públicas e privadas se reuniram no Quarto Comando AÉreo Regional (IV COMAR), em São Paulo (SP), para debater a instalaÇão do Museu AeronÁutico em São Paulo, na região do Campo de Marte, zona norte da cidade. A reunião ocorreu na quinta-feira (29/1).

 

"É uma grande soluÇão cultural que vai gerar emprego e renda, alÉm de valorizar a região que tem tudo a ver com aviaÇão", disse o superintendente regional da Infraero, Willer Larry Furtado. Ele lembrou que a Área do Campo de Marte foi a primeira infraestrutura aeroportuÁria de São Paulo, nos anos 20, e hoje abriga mais de 40 hangares, alÉm de sediar o tradicional Aeroclube de São Paulo e o Grupamento de Radio Patrulha AÉrea da PolÍcia Militar, o Águia.

 

De acordo com Comandante do IV COMAR, Major-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, o projeto estÁ no inÍcio e jÁ conta com a participaÇão efetiva do Museu da TAM e da FundaÇão Santos Dumont, que vão ceder seus acervos. "Nossa ideia É trazer para a maior cidade do paÍs toda a riqueza da aviaÇão brasileira, alÉm de preservar e resgatar a histÓria aeronÁutica", afirmou.

 

A reunião contou com a participaÇão do Comandante João Francisco Amaro, Presidente do Museu TAM, que explicou a necessidade de transferÊncia do acervo de mais de noventa aeronaves em exposiÇão em São Carlos, a 230 quilÔmetros da capital do estado. Segundo ele, a mudanÇa para São Paulo aumentaria o número de visitantes, alÉm de ampliar o espaÇo destinado às aeronaves expostas.

 

A iniciativa jÁ conta com o apoio de instituiÇÕes de renome como a TAM, a AssociaÇão Brasileira de AviaÇão Geral (ABAG), a Helibras, dentre outras. "Estamos na fase de composiÇão da GovernanÇa do Museu para apresentar o projeto às esferas governamentais de São Paulo", ressaltou o Comandante do IV COMAR.

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se entendi, vão transferir o acervo do Museu da TAM para cá, é isso????

 

 

quem irá gerenciar isso?

 

 

se for ficar nas mãos da gestão pública....

 

..... melhor devolver ou doar todas essas aeronaves pra outros paises pois já sabemos bem no que vai dar......

 

 

uma pena, mesmo sendo longe, o museu da TAM tinha uma estrutura até que razoavel.

Originally Posted by Anderson Salafia:

se entendi, vão transferir o acervo do Museu da TAM para cá, é isso????

 

 

quem irá gerenciar isso?

 

 

se for ficar nas mãos da gestão pública....

 

..... melhor devolver ou doar todas essas aeronaves pra outros paises pois já sabemos bem no que vai dar......

 

 

uma pena, mesmo sendo longe, o museu da TAM tinha uma estrutura até que razoavel.

Concordo plenamente. O Asas é um ótimo lugar, boa estrutura, aeronaves muito bem cuidadas. Se o acervo for entregue à gestão pública, passo a temer pelo destino das aeronaves, muitas delas em plenas condições de vôo.

 

Armando

A idéia é incrível,porém me faz pensar o por que?

 Imagino que para a empresa TAM,que hoje faz parte de um grupo e não apenas tem como dono a família Amaro, isso representa um custo muito grande e não podem continuar com esse gasto.

 Não acho que eles vão ceder o acervo deles e virem as costas.Eles devem amarrar bem a coisa para não se perder(ou quase),como aconteceu com o acervo do Ibirapuera.

 Mas de qq forma,vindo para um lugar tão histórico,o próprio local fica preservado também.

Creio que esta idéia é  justamente esta; a de trazer o museu para um local como a capital onde um público maior que pudesse custar sua operação.

 

Seria bom se nesta idéia conseguissem trazer o acervo do Museu Matarazzo em Bebedouro e o remanescente do acervo do Ibirapuera, mas tbem não acho que a TAM deva trazer tudo para cá, deve ser apenas uma parte de seu acervo.

 

Pelo que entendi, por alto, deverá ser um museu público ou seja, mantido por alguma esfera publica (não sei se governo estadual, municipal e/ou FAB?), mas o principal é que embora publico, a Tam e outras seriam "patrocinadoras" de peso; a TAM cedendo acervo que, convenhamos, pode ser ótimo mas está "escondido", longe do grande público lá nos cafundós da pqp, dificil de se chegar e ir lá sem grande esforço financeiro e de tempo. Assim, tal museu já nasceria com um apoio e acervo de peso, e facilmente se tornaria um atrativo turistico a mais em SP; e a TAM se divulga muito mais em propaganda com uma visitação mais abrangente, pois afinal a TAM já investiu muito tempo e $$$ num acervo ótimo, mas cuja visitação deve ser muito acanhada em números totais, ficando muito aquém do que poderia ser, e longe dos grandes centros, do grande público (e da mídia), como eu entendi. Assim, tal acervo ainda seria associado a TAM, mas de uma maneira muito mais eficaz, e o museu já nasceria hospedando um baita acervo, cedido, que o tal museu se comprometeria a manter em bom estado de conservação e apresentação, com apoio financeiro diversificado.

Seria isso?

Eu, como museólogo, sou totalmente a favor de museus com gestão eficaz, inclusive financeiramente. Chega de se criar museus públicos que só dão despesa, não geram nem a mínima parte de sua renda, não tem previsão orçamentária para longos períodos (como na França) e nem são interessantes para vultosos patrocinios privados, como nos EUA; e assim vivem a míngua, dependendo de verbas públicas que nunca vem, que por sua vez para serem designadas dependem totalmente da "consideração" que não tem, de um governo central que nunca ve importancia real ou prioridade nos museus - apesar dos discursinhos "bonitos" e lemas estupidos ("bra$il, país educador"... sem museus?? Fala sério!!).

O pessoal aqui no bra$il é muito burro, ainda não percebeu que museu -seja do que for- , arte, história, ciencia, aviação, tem um publico cativo e interessado que quer "consumir" boas exposições em bons museus, e pagaria de bom grado um valor de 10 a 15 reais de ingresso ou até mais em casos especificos, para ter acesso a bons museus nos seus temas preferidos; assim como vão ao cinema, teatro etc... (guardadas as reduções e/ou gratuidade a idosos, crianças, grupos de escola etc...)

Não é a maior parte da população é claro, mas há uma massa crítica sim, se percentualmente pequena, numericamente grande. Depois, qdo paga p/ entrar, valoriza, sabe que vale algo; de graça, ou com preço vil, parece que não vale nada, que é porcaria. Nem relógio trabalha de graça.

Todo brasileiro qdo pode vai no Louvre, paga caro e acha o máximo. E mesmo que os museus mais eficientes não se mantenham sozinhos com sua visitação e merchandising, devem criar ambiente e condições para atrair patrocinios, que sejam efetivamente interessantes aos patrocinadores de alguma forma, tanto os pontuais, como os continuados.

Vide rede do Smithsonian e seus sponsors que vão desde a confeitaria da esquina que fornece salgadinhos nos eventos, até IBM e outras...

Meus 2 Euros de opinião...

E o acervo do Museu de Bebedouro que está a céu aberto quem vai salvar?

Segue arte da reportagem retirada do blog "Hangar do Vinna"

"Entretanto, um museu mais antigo e com um acervo muito importante está instalado desde 1968 na cidade de Bebedouro/SP. Esse museu, o Museu de Armas, Máquinas e Veículos Antigos Eduardo André Matarazzo, não somente possui uma coleção de aeronaves antigas e representativas da aeronáutica brasileira como também inúmeros carros e veículos antigos. Apesar da importância do acervo, grande parte dele está em estado praticamente de abandono, especialmente as aeronaves que estão expostas ao ar livre. Tais aeronaves nunca passaram por uma restauração e estão muito deterioradas, o que põe em risco sua existência no futuro.
Lá está, por exemplo, o único exemplar existente de um SAAB Scandia no mundo, o PP-SQR (foto abaixo), um dos 18 operados pela VASP ate meados dos anos 1960. Somente 18 aeronaves Scandia foram produzidas, e a Vasp operou todos, incluindo o protótipo. Pela importância histórica e raridade, essa aeronave merecia uma restauração cuidadosa e um espaço coberto para exibição.
Algumas aeronaves menores, como um Fairchild PT-19 e um Gloster Meteor F-8, estão na parte coberta do museu em muito melhor condição. O PT-19 ostenta a curiosa matrícula PP-GAY. Na área externa, estão preservados um DC-6A, o PP-LFB, que operou pela Vasp, o único DC-6 existente no país, e um Curtiss C-46 Commando, matriculado PP-VCE, com as cores de seu último operador, a Arruda, mas que deixa ver, devido ao desgaste pelo tempo, as cores da Varig no fundo. No Brasil, só existe outro C-46, um no MUSAL. Também estão lá o Scandia e um Vickers Viscount 701 da VASP, o PP-SRO.Da Varig, o museu tem o único Convair 240 existente no Brasil, o PP-VDG, e um Douglas DC-3, o PP-VBK. Ainda existem um North American B-25J da FAB e um Lockheed Lodestar, o PP-CGV, que pertenceu à Arruda.
O Museu ainda possui, fora os aviões citados, dois North American T-6 (um T-6D e um T-6G), um Beech C-45, um Lockheed TF-33A, um Rearwin 9000 Sportster (PP-TEE), um CAP-4 (PP-RXI), um HL-1 (PP-TVX) e um helicóptero Westland/Sikorsky S-51 Dragonfly. Fora os aviões, o acervo de carros antigos, veículos militares, canhões e outras peças é de valor inestimável. Em 2006, uma enchente danificou gravemente grande parte do acervo, em especial os carros antigos. É evidente que a administração do Museu não tem condições financeiras e técnicas de restaurar as aeronaves e nem de oferecer melhores condições de exposição, com cobertura. É necessário uma atitude ativa do poder público ou de grandes empresas para que se preserve esse importante patrimônio histórico. Eduardo André Matarazzo, o criador do Museu, morreu em 2002 e sua filha Patrícia ficou encarregada de administrar o acervo. Seus esforços estavam sendo coroados de sucesso quando ocorreu a inundação de 2006, o que dificultou bastante sua iniciativa de preservar o acervo do museu. Em 24 de julho de 2009, a Prefeitura de Bebedouro firmou um compromisso com o Museu de fornecer segurança patrimonial, poda da grama e das árvores e limpeza geral. Um esforço mais efetivo do poder público se torna necessário, entretanto, para que as belas aeronaves preservadas possam recuperar o brilho que tinham quando estavam transportando passageiros e carga pelo Brasil afora."

Particularmente não vejo com bons  olhos a transferência do acervo do museu da TAM para esse projeto. Os aviões da Fundação Santos Dumont estavam abandonados e depredados, muito aqui vão se lembrar disso. Das aeronaves do MUSAL, algumas estão ótimas, outras razoáveis, outras já necessitando de restauro. Algumas a céu aberto, se deteriorando.

 

O maior receio: que esse rico acervo fique nas mãos e sob a responsabilidade do governo. Todos nós sabemos o desenrolar dessa história.

 

Abraços

Last edited by Armando Vieira
Originally Posted by mariolucio:

E o acervo do Museu de Bebedouro que está a céu aberto quem vai salvar?

Ele já está a salvo. Pertence a família Matarazzo e ninguém pode toma-los deles. Se não fosse pelo museu de Bebedouro não haveria nenhum Saab Scandia no mundo. E quanto ao fato de haverem aviões ao tempo, no mundo todo museus têm aviões ao tempo, o importante é que estão lá, quando e se for possível, dá uma limpeza e pinta, eles são de metal, não são de papel.

Claro que uma ajuda de empresários e entusiastas é sempre bem vinda. 

Originally Posted by Rogerio77:
Originally Posted by mariolucio:

E o acervo do Museu de Bebedouro que está a céu aberto quem vai salvar?

Ele já está a salvo. Pertence a família Matarazzo e ninguém pode toma-los deles. Se não fosse pelo museu de Bebedouro não haveria nenhum Saab Scandia no mundo. E quanto ao fato de haverem aviões ao tempo, no mundo todo museus têm aviões ao tempo, o importante é que estão lá, quando e se for possível, dá uma limpeza e pinta, eles são de metal, não são de papel.

Claro que uma ajuda de empresários e entusiastas é sempre bem vinda. 

Concordo plenamente.

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