Meu caro Filipe,
Não sabemos das circunstâncias, se isso de fato aconteceu e é baseado numa foto real, ou se apenas se trata de um exercício da imaginação do autor...
Quanto a ser improvável, não é bem assim... É provável que estivessem buscando algo em particular, talvez criminosos de guerra, o que poderia até mesmo justificá-los num cruzamento a fim de fazer um reconhecimento de quem passasse por lá. Num cenário real, isso seria perfeitamente plausível, pois esta foi uma das missões do SAS após o fim dos combates, procurar e capturar, criminosos de guerra em fuga.
Quanto ao Jeep, após a campanha da África, vários veículos foram transferidos para outros teatros de operações, tais como a Sicília e a Normandia. Assim foi com as barcaças de desembarque que foram utilizadas no Dia D e, anteriormente utilizadas no Mediterrâneo.
Segundo o que apurei desse kit, ele é uma versão "Euro" do utilizado no deserto pelo SAS. Isso pode ser observado pela ausência do filtro que ficava junto a grade frontal, pela ausência da pá e picareta na lateral do motorista, ausência das placas utilizadas para desatolar e pela presença de dois grande tanques na traseira ao invés dos vários galões de água e magazines de munição... Segundo a própria Dragon, uma das versões de camuflagem é de um Jeep utilizado no Noroeste da Europa em 1945, todo em verde-oliva, enquanto a outra é em verde e preto Mickey Mouse.
Conforme eu citei no segundo parágrafo, é fato pouco citado na história da WWII que, após o fim dos conflitos, vários grupos de insurgentes nazistas ainda criavam problemas, embrenhando-se pelas florestas e realizando pequenos ataques. Várias pequenas revoltas também aconteciam em vários países recém libertados, o que fez, como já citei antes, que vários prisioneiros fossem recrutados formando milícias e forças policiais a fim de liberar tropas para caçar esses ilegais.
Pelo fato de vários destes pertencerem a Juventude Nazista e a SS, tropas como os SAS, eram requisitadas para caçá-los e aos generais em fuga. A busca pelos criminosos nazistas era um dos trabalhos cruciais nos territórios ocupados logo após o fim do conflito, sendo este um dos capítulos menos conhecidos e registrados na história...
Seja como for, a imagem oferece uma cena pouco comum e nada usual, que certamente merece ser representada num belo dio, sem dúvida...