Normandia 2014

Irei acompanhar ! Vai ser mais um excelente tópico ! 

Com certeza será uma bela narrativa. Acompanhando....

P.S: vai vender alguns potinhos de areia?

Se trouxer um pouco mais de areia desses lugares, pode ter certeza que compro.

Acompanhando o passeio histórico.

Dia 1

Um canhão Bofors de 40mm na Pegasus Bridge

O monumento dos franceses aos primeiros locais liberados pelos aliados em 6 de junho: as margens do Canal de Caen

O local exato onde os três planadores Horsa aterrissaram levando o Major Howard, e seu destacamento, a Companhia D do Segundo Batalhão Oxfordshire e Buckinghamshire.

Vista do ponto de aterrissagem dos planadores Horsa em direção à ponte sobre o Canal de Caen.  Parece incrível, mas os planadores pararam a uma distância de 50m do objetivo, um feito difícil ao se levar em conta o fato de ser noite, em território inimigo e desconhecido.

C O N T I N U A

Raguenet,

Agradeço muito por compartilhar esta experiencia unica.

Aguardo a continuação..

Abraços

Castro

Dia 1

Um dos canhões alemães de defesa da ponte.  Originalmente ele não estava neste local.

Perto da ponte, existe o Mémorial Pegasus.  Indo para lá, vi que a rua onde está o museu tem o nome do major Howard.  Bela homenagem.

Dentro o museu, exposição de armas alemãs...

... e de armas inglesas.

Tem essa metralhadora pesada Vickers também.

Esse Jipe está muito bem conservado.  Repare a camuflagem no estilo "Mickey Mouse".

O pedaço do leme de um planador Horsa original.  Você pode ver de qual parte do Horsa é este pedaço na foto ao lado com o círculo branco.

Pedaços originais de um Horsa onde se pode ver um pneu, a prancha de madeira que serve como trem de pouso e a peça de engate entre o planador e o avião que o rebocava.

Capacete do major Howard o qual recebeu um tiro dias mais tarde.  O major ficou apenas ferido.

E, é claro, há manequins com uniformes de pára-quedistas, tanto americanos quanto ingleses.

C O N T I N U A

Amigos: agradeço as palavras de incentivo.  Valeu mesmo!

E Armando e Ayres, realmente estou pensando em, quem sabe, vender um pouco dessa areia???

Abrsssss,

Raguenet

Opa, na hora.... é só avisar para a gente separar o "cascalho".

Abraços, tenha uma ótima viagem.

Armando

Zerinho corta tudo!!!!!! Já tô separando a grana

Belas fotos, deve estar sendo um ótimo passeio, e que continue assim.

Grande abraço

Ayres

Dia 1

Um detalhe que eu desconhecia.  Cada pára-quedas tinha uma cor específica para a sua carga, podendo variar entre Caqui (para os militares) / Azul (mantimentos) / Amarelo (material médico) / Vermelho (armamento) / Branco (equipamentos variados).

Na parte de fora do museu, um Centaur Britânico...

 ... e a ponte original que estava no Canal de Caen.

Tem também esta reprodução de um Horsa.  O bicho é muuuuuuito grande.

Visitando a primeira praia do Desembarque: Sword.  Reparem que o monumento tem com base a cúpula de um bunker!

Imagens da praia de Sword.

E fazendo a primeira coleta: areia da praia de Sword!

Fiz estas três fotos a partir da praia de Sword, mostrando como deveria ser a visão dos soldados franceses e ingleses quando desembarcaram há 70 anos.  Claro que deve haver diferença desde este tempo até hoje, mas é possível ter uma boa percepção a partir deste ângulo.

C O N T I N U A

Excelentes fotos Araguenet, servem de provocação para uma aventura na Normandia.

Abraços

Dia 1

Indo da praia Sword para a praia Juno, há esta estátua.  Ela marca um evento pitoresco durante o desembarque na Normandia.  Em um setor da praia, foram desembarcados soldados escoceses comandados pelo Brigadeiro Lord Lovat, comandante do 1st Special Service Brigade. Durante a tomada do objetivo, Lovat pediu para que o soldado Bill Millin tocasse a sua gaita de fole enquanto avançava.  E assim foi.  Entre os estrondos das bombas e dos tiros, os escoceses seguiram Millin no seu avanço ao interior.

 Em outro ponto da praia de Juno, há esse Sherman DD, sem a sua cobertura, é claro.

Chegando no museu Juno Beach Center, encontrei este canhão britânico de 25 libras.  O museu é em homenagem aos soldados canadenses que participaram do desembarque e da guerra como um todo.  Infelizmente não fiz fotos dentro do museu.

Me deparei com esse obstáculo de praia fabricados pelos alemães.  Fiquei do lado dele enquanto faziam a foto de modo a mostrar o tamanho dele em  comparação a um ser humano.

A praia de Juno, onde desembarcaram os canadenses e os Commandos dos Royal Marines.  A areia é um pouco mais grossa e há bastante cascalhos.

Pegando a areia da praia de Juno.

Para chegar na praia, você passa por esta reprodução da rampa de um barco Higgins ou de LCA (Landing Craft Assault).

Este foi o fim do primeiro dia. Daqui voltei para Caen onde estava hospedado.

C O N T I N U A

Belas fotos, belo passeio. Aproveita bem. Acompanhando...

Dia 2

Segundo dia de Normandia.  O roteiro incluía visita ao Museu Memorial de Caen, ao Hill 112 (a sudoeste de Caen) e visita à cidade de Falaise.

Entrada do Museu Memorial de Caen.  O Museu é mais dedicado à paz, no sentido de mostrar a guerra como um todo e que este estado de destruição não se repita.

No saguão de entrada, uma visão impressionante: uma réplica de um  Typhoon pendurada.  É impressionante o tamanho do bicho, principalmente para nós modelistas que muitas vezes perdemos a percepção do tamanho real de uma aeronave.

Dentro do museu, além dos uniformes mais conhecidos, há também uniformes japoneses...

... e russos.

Um item interessante: um certificado francês de não pertencimento à raça judia de 1941.

De repente me deparo com um Katyusha em perfeito estado.  E devidamente fotografado!

Um outro item interessante: um jogo para crianças americano da década de 1940 chamado "Bomb Tokyo" usado para instigar o estado de beligerância entre os EUA e Japão.

Um item que eu nunca pensei em ver: a cruz em madeira de um tenente alemão morto durante a Batalha da França.

Em outra parte do museu, um exemplo da criatividade dos franceses.  Dois tanques de combustível auxiliares de Focke-Wulf 190 que foram adaptados para se construir uma balsa!

Uma Zundapp KS750 em excelente estado de conservação.

C  O N T I N U A

Raguenet

Muito boas as fotos e sua perspectiva dos acontecimentos na Normandia, grande ideia de pegar areia das praias, agora você guarda um pedacinho real da historia recente.

obrigado por compartilhar conosco.

sds

Leandro Castro

Dia 2

Saindo de Bayeux, fomos procurar o famoso Hill 112, uma elevação localizada a sudoeste de Caen que tem uma grande importância estratégica.  A partir do seu topo, é possível ter uma boa visão de toda a região em volta.  Em um terreno praticamente plano (como é o caso deste trecho da Normandia), qualquer elevação mais proeminente está sujeita a ter uma vantagem sobre o inimigo.  Não é exagero dizer que, quem ocupasse o Hill 112, tinha o domínio da Normandia.

A batalha que se seguiu para dominar o Hill 112 também é chamada a Verdun da Normandia em alusão à batalha da Primeira Guerra Mundial notória pelo alto número de vítimas.

Abaixo seguem fotos do local:

Na volta ao Hotel em Caen, descobrimos uma loja não muito grande de plastimodelismo no centro da cidade.  Influenciado pelo fato de ter visto o Typhoon no Memorial de Caen, acabei achando kit na escala 1/24 da Airfix... Bem, consegui negociar o bicho e agora é rezar para levar de volta ao Brasil sem ser parado na alfândega!

Fantástico.

Dia 3

Saindo de Caen, fomos para Arromanches visitar tanto a praia de Gold quanto o cinema 360 graus.

No caminho, encontramos essa pequena praça onde há um Sexton.  O espaço se chama Robert Kiln.  É uma homenagem do filho, Matthew Kiln, ao pai e aos soldados ingleses que desembarcaram aqui:

Indo para o cinema, passamos por este penhasco onde, ao fundo, é possível ver os restos dos Mulberry, portos artificiais utilizados para poder fornecer suprimentos às tropas aliadas já que na região do desembarque não há portos naturais:

Pegando areia na praia de Gold.  Reparem como este dia a maré estava alta:

Após pegar a areia, subindo pela rua que sai da praia, descobri que essa rua chama-se Pista Inglesa.  Ela serviu como acesso da praia para os veículos militares que eram desembarcados na praia:

De Arromanches, seguimos para Bayeux onde fizemos a primeira parada... Cemitério dos soldados do Reino Unido:

E depois, visita ao museu de Bayeux.  Na entrada, Churchill, M10 e um Hetzer:

Dentro do museu não era permitido tirar fotos... pena!  Mas na parte da tarde, fomos para a bateria alemã de Longues-sur-mer:

C O N T I N U A

Aparentemente os cemitérios são bem cuidados.

Sempre acompanhando

Ayres

Ayres: nos dois cemitérios que eu fui, eles são muuuuuuito bem cuidados.

Abrs,

Raguenet

Raguenet

Impressionantes fotos que mostram respeito, carinho e preocupação de preservar a hiostoria. Monumentos impecaveis como se tudo estivesse funcionado ainda hoje, tudo limpo e bem organizado, dá prazer visitar um lugar assim. Novamente parabém pelas excelentes fotos.

Espero muito que compre outros kits e acho que não terá problemas ao entrar no Brasil.

Abraços

Leandro Castro

Valeu Castro.  Realmente em todos os lugares que eu fui tudo é no mínimo decente (arrumado, limpo, organizado).  Claro que, em todos os lugares (excetuando os localizados a céu aberto) se deve pagar para entrar.  Mas não me importo com isso, desde que tudo tenha uma infra-estrutura mínima.  Nesse caso, vale a pena pagar.

Ah... eu já voltei para o Lisarb e consegui entrar com o kit.  Carregando na mão, claro, mas sem ser importunado na alfândega...

Abrs,

Raguenet

Cara, que viagem essa, parabéns. Sempre acompanhando.

Obrigado por compartilhar as fotos da sua viagem.

Está excelente a narrativa.

Plastiabraços

Paulo

Dia 3

De Bayeux, fomos ver o cemitério americano em Colleville-sur-mer.  Chegando lá, pudemos ver alguns Mullberry ao longe na praia de Omaha:

Depois, fomos visitar o cemitério americano propriamente dito.  São 9.387 soldados americanos mortos + 307 desconhecidos.  O lugar é um paradoxo.  Ao mesmo tempo que se olha os nomes dos soldados inscritos na cruz e imagina-se o que eles passaram, se olha em volta e se vê um local que evoca uma paz e uma tranquilidade impressionantes:

De lá fomos para o Hotel em Sainte-Marie du Mont, cidade perto de Saint-Mère Église e que foi palco de combate entre pára-quedistas americanos e soldados alemães.

C O N T I N U A

Dia 4

Neste dia saímos de Saint-Marie du Mont e nos encaminhamos para Point du Hoc, o penhasco pelo qual as Companhias D, E e F do Segundo Batalhão dos Rangers escalaram o paredão de 30 metros para atacar as casamatas onde deveriam estar 6 canhões GPF 155mm K418(f) operados pelo Segundo Regimento de Artilharia Costeira do Exército Alemão.

O local sofreu um duro bombardeio dos navios aliados antes do desembarque.  Ainda hoje, o solo está pontilhado de crateras formadas pelas explosões dos obuses da marinha.

Depois de Point du Hoc, hora de ir visitar a praia de Omaha, mas antes, uma passada no museu...

C O N T I N U A

Amigo,

Estou literalmente viajando no tempo com esse tópico...

Impossível não imaginar os dias naquele tempo !

Valeu por compartilhar !

Abs !

Pois é Bruno: se olhando as fotos você já tem essa impressão, imagina estando lá.  A sensação é incrível!

Abrs,

Raguenet

ARaguenet, no ano que vem estarei indo na Normandia com meu bando (esposa e barrigudinho), poderia passar algumas dicas.

Um grande abraço

Faria: isto depende de quantos dias você vai ter para visitar.  Eu passei cinco dias o que foi suficiente para ver muita coisa.  Mas sei também que deixei de visitar um monte de lugares também interessantes.  Depende também de qual época você vai estar lá.  Primavera? Verão?  Outono? Inverno?

Abrs,

Raguenet

Raguenet, vou estar na Normandia no dia 03 Jun e vou ficar 5 dias. Ficarei baseado em Bayeux e de lá me deslocarei em direção aos pontos históricos.

Faria: te mandei por in-box um resumo do roteiro.

Abrs,

Raguenet

Impressionante, ainda existem as crateras das bombas aliadas. 

Parabéns novamente pelas fotos e grato por compartilhar esta experiência unica.

Um abraço

Leandro Castro

Muito legal eu poderia ir para ai e deixar minha mulher em Paris rsrsrsr

Ponte Pegasus local onde onde dizem que o primeiro soldado alidado foi morto na invasão com um tiro no pescoço.

Curioso que em Pointe du Hoc os canhões  foram retirados 02 dias antes da invasão para uma posição mais ao interior ou seja oa alemães sabiam que a invasão era iminente.

Este terreno é do governo dos EUA por isso deve estar tão bem conservado, notem que mantém o deck de madeira dos bunkers em perfeito estado, imagine no Brasil, ia estar tudo pichado, mijado, cheio de lixo e com cara se drogando, vergonha.

Dia 4

Ao final da visita ao Museu de Omaha, um achado interessante.  Bem na saída está exposto um Flak 38 de 20mm, o qual alegadamente foi usado na defesa da praia de Omaha.  Abaixo uma foto do canhão:

Ele está em excelente estado de conservação.  O problema é que, ao me aproximar atrás, na posição do artilheiro, me deparo com escritas em português na mira!  Está escrito lá: SEGUIR O ALVO / LOCALISADOR (sic) / BATERIA / ACUMULADOR.  Vocês podem verificar na foto abaixo.

Várias dúvidas então se formaram na minha mente: teria sido esse canhão usado por algum país de língua portuguesa após a guerra?

Ou será que teria sido parte da compra de material bélico alemão por parte dos brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial?  A informação que possuo (passível de ser verificada) é de que este material foi efetivamente enviado para o Brasil mas foi interceptado pela Marinha Real Britânica no Mar do Norte e confiscado.  Outra informação dá conta que efetivamente  Brasil comprou vários equipamentos de guerra dos alemães mas que, com o envolvimento cada vez maior da Alemanha na guerra, esses foram requisitados para seu uso no front.  E dos poucos que foram liberados, nem todos conseguiram chegar ao Brasil.

Bem... fica a dúvida.

C O N T I N U A

Essa do canhão é fora do normal

Nunca li que o governo brasileiro havia comprado algo nesse calibre da Alemanha. Sempre falam no 88. Isso é um achado.