Amigos, recentemente fui à Itália e quis conhecer onde lutaram nossos pracinhas.
Já havia ouvido várias histórias daqueles que lá lutaram, pois no meu quartel tem um museu da FEB e era ponto de encontro desses heróis.
Como militar, era uma forma de cultuar nosso passado, homenagear aqueles que que eu conhecia e forma de conhecer o famoso "Teatro de Operações da Itália".
Bem vamos a tristeza, o monumento de Pistóia, não fica em Pistóia, fica numa cidadezinha logo ao lado.
Você chega lá graças a boa vontade dos habitantes e graças a uma boa pesquisa na net, porque não existe nenhuma placa indicando o caminho.
O local tá limpo, arrumado, mas meio que jogado, está lá por estar lá, basicamente é isso.
Depois fui em busca de Monte Castelo, que fica numa cidadezinha chamada Gaggio Montano, e por que lá existe também um monumento feito em homenagem aos brasileiros.
Busca-se daqui pra lá e nada de encontrar, até que acidentalmente entrei num pátio de uma fábrica e acabei achando uma pessoa que sabia do monumento, mas não sabia pra que servia (normal).
Cheguei no local, assim como o monumento de Pistóia, largado, só que com um agravante, cheio de mato.
Triste fui pra Montese, atrás do famoso museu de lá, cheguei e nada, o museu fechado, e ninguém sabia a hora de quando iria abrir.
Foi o dia mais triste que tive na viagem.
O esquecimento não é somente nosso, lá fora também o esforço, o sangue e a dor dos nossos pracinhas, vai ficando relegado. Talvez reflexo de nossa pouca procura daqueles que lá tombaram, pois diferentemente do americano que foi em massa lutar para livrar a europa dos nazistas, aqui foi uma minoria de pé rapados.
Afinal a maioria dos brasileiros da época ( e os atuais) não tinham as condições para ir visitar onde o irmão, filho ou marido havia morrido, por isso o ocaso dos poucos monumentos erguidos em suas homenagens.
É um desabafo de quem viu, conhece e vivenciou um pouco da história da FEB e dos febianos.
Abraços a todos