A foto é apenas para mostrar o anel de ajuste, o dispositivo de ajuste já foi mostrado em varias fotos anteriores.
Isso aí.
Olha aqui tem em destaque os anéis.
Muito bom o site: http://www.lonesentry.com/manu...e-markings-fig75.jpg
Este ai me parece colorizado
Augusto e Fravin, obrigado pelas explicações. Não sabia antes como funcionava esse dispositivo e como eram acionadas as espoletas.
Inicialmente:
Flak -FlugAbwerKanone - canhão antiaéreo do exercito
PAK - PanzerAbwerKanone - canhão antitanque do exercito.
Como escreveu o Fravin, os Flak 8,8cm eram fabricados com as mesmas características todos, mudando apenas o tipo de tubo (único ou em duas seções) e, próximo ao fim da guerra, a simplificação dos reparos. Podiam ser usados indistintamente nas duas funções.
Havia PAKs de 8,8cm no que se refere ao calibre a às características balísticas e munição, mas na função antitanque.(inclusive montados em veículos/tanques)
Quanto às espoletas, existe uma grande variedade de tipos: de proximidade, de altitude, de impacto, de inercia, que atuam por desaceleração brusca, etc. Cada uma com um uso especifico.
Na 2GM os alemães usaram três grupos de espoletas: percussão na extremidade, percussão na base e de tempo.
Os dois primeiros para os antitanques e artilharia de campanha e os de tampo para a artilharia antiaérea.
A regulagem da espoleta era feito levando-se em conta a altitude do alvo, a velocidade do projetil, que indicava o tempo de retardo necessário.
Eram regulados manualmente ou por dispositivos (como o do 8,8) ligados aos computadores de tiro.
Valls
Nessa foto, no deserto, ele foi usado como antitanque, tem o tubo de uma só peça e tem o dispositivo de regulagem das espoletas ( e certamente tem os relógios no outro lados).
Valls
Coitadas, não eram de ninguém? Foram criadas em orfanato?
Pulha!!!
Eu acho que elas eram operadas pela Luftwaffe...
Fravin,
Esse é a pergunta do milhão. De concurso público !
O que eu já li é que o 8,8cm era usado pelas unidades da Luftwaffe no papel antiaéreo.
Li também que o seu uso com antitanque "aconteceu" na campanha da França, quando os Paks 36 de 3,7cm eram inúteis contra os tanques franceses e os Matildas ingleses.
Depois disso, acredito que os 8,8cm foram distribuídos para a Whermacht também, até haver os Paks de 5,0 e de 7,5 disponíveis em quantidade.
Valls
Outra coisa, que gerou dúvida mais acima.
Pak: 36 de 3,7cm
38 de 5,0cm
40 de 7,5cm
43 de 8,8cm
36 é o ano de seu projeto e 3,7cm o calibre.
Flak 18 do desenvolvimento do modelo da 1GM de 1918, dai Flak 18 de 8,8cm
e Flak 36 do modelo d 1936,com a alteração do tubo em três seções, dai Flak 36 de 8,8cm.
Valls
Assef, ele está em uma elevação, me parece que o local foi escavado para criar um pequeno platô para apoiar o canhão.
Essas elevações circundavam as estradas costeiras. Provavelmente eles colocaram o canhão ali para impedir de ser visto por veículos na estrada. Será?
Eu li um livro romanceado muito bacana sobre a guerra no deserto, um certo senhor do LRDG escreveu.
Nesse livro o cara descreve como os caras do LRDG e SAE usavam essas elevações para se esconderem. Muito bacana o livro.
Li esse daí esses dias. De novo...
Pelo que eu me lembro o 88, nesta montagem, sempre foi uma arma da Luftwaffe podendo ocasionalmente ser usada como antitanque. Os canhões do exercito para este uso eram o 37mm e depois o 50mm e o 75mm. Só mais pro fim da guerra desenvolveu-se um 88 para uso específico anti carro.
No livro do Von Luck tem uma passagem muito interessante de uma discussão enter ele e o comandante de um 88 que se recusava a usar o canhão contra os tanques inimigos.
Os soldados na foto são britânicos, o canhão parece ter sido capturado e não existe qualquer perigo imediato.
Boa tarde.
A camuflagem de um veículo, aeronave, navio, construção, enfim o que seja, militarmente falando, busca não primordialmente esconder o objeto da camuflagem, mas alterar as suas formas, tornando-o mais difícil de ser localizado e, principalmente, identificado.
Não podemos achar que meia dúzia de galhos vão esconder uma arma instalada no seu reboque e com um cano de 3.6 a 3.96m.
Esse sistema de camuflagem denomina-se disruptive patterning e vai fazer seu surgimento no campo de batalha pela mão hábil de pintores franceses em 1915, em especial, Lucien-Victor de Scevola que, promovido de soldado a capitão numa penada só, passou a supervisionar 10000 homens pintando tudo o que havia de equipamento ao longo do Fronte Ocidental.
Grandes pintores franceses da época passaram pelas suas equipes e, ao menos, quinze deles foram mortos.
Também foi idealizada uma roupa para snipers baseada nessa mesma busca de alteração da forma do motivo a ser escondido.
No caso presente, o posicionar do canhão acima buscava uma base estável para uma arma que, em posição de tiro, pesava 5300kg, disparava projeteis de 9.65 a 10.2kg a uma velocidade de boca de 850m/s (8.8cm Flak 36/37).
Mas, principalmente, era buscada uma posição à frente da duna que dava máxima alteração da sua forma, com pintura adequada, ao fazê-la menos visível ao inimigo, seja terrestre ou aéreo.
Em determinadas situações em que o solo era muito duro para aprofundar o embasamento da arma, surge a formação de um anel de sacos de areia, toras de madeira e barro, concreto e outras alternativas, sempre que possível, procurando diminuir ao máximo a silhueta dela.
Mesmo assim, colocando-a de forma inteligente, o 8.8cm era mortal aos que não se acautelavam.
Vejam os dois Sherman abaixo, silhuetas contra o céu, um alvo perfeito para uma arma em que distância de 1000m fazia dela simplesmente mortal.
Devemos nos lembrar também que disparar uma arma tão grande como o 88mm ou qualquer outra arma pesada, seja canhão ou blindado, do alto de uma duna, ou outra elevação qualquer, irá fatalmente gerar, além de uma silhueta muito mais difícil de ser camuflada contra o céu, como se vê nos dois Sherman acima, o surgimento de fumos do disparo e poeira que ajudam a marcar a sua posição. Quanto maior a duna atrás, mais o resultado dos disparos de uma arma são dissipados sem revelar, de imediato, a sua posição.
Para comprovar isso, vemos o observador de tiro, na ponta de seta, na foto abaixo, afastado da arma para não ter sua visão obscurecida pela fumaça e poeira resultante do disparo desse 8.8 cm.
Outro dado interessante é que o 8.8cm estava pronta para disparar uma cadência de 20 tiros por minuto, do momento de parada do reboque até o primeiro disparo, em... dois minutos.
Espero ter ajudado.
Abs e um bom fim de semana anos e nossas famílias.
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Pra mim, uma das melhores demonstrações do poder do 88mm foi esse teste, feito pelos soviéticos.
Dispararam um Pak 43 contra um Kingtiger com torre Henschel, a 400 metros de distância.
É a marca de número 25. Ela entrou, fez um buraco de 140 x 170 mm na frente da torre, que tinha 180mm de espessura a 80º.
E não satisfeito, atravessou a torre e ainda reteve energia suficiente para sair pela traseira, que tinha 80mm a 70º de inclinação!
E ainda quebrou a solda.
Uma arma delicada.
fernando, boa tarde.
Mas aí é covardia...
Possivelmente foi um PAK 43/41 L71 que, com um cano de 6,36m, disparava uma granada antitanque de 10.2kg com 1000m/sec. de velocidade de boca e penetrava 163mm a 1000m.
Imagina toda essa força em 400m. Devia penetrar mais 350mm...
Aqui um PAK 43 L/71
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Um mimo, né, Artemius?
Mas depois que desenvolveram os projéteis APFSDS, só aço não adianta.
Eu acho essa foto particularmente impressionante, já que mostra o estrago que um desses sabot faz.
No caso, é um projétil TK-276 sul-coreano.
Aí, dispararam um desses contra um bloco de 180mm de espessura com 18º de inclinação, o que dá uma espessura na horizontal de 580mm.
O projétil atravessou que nem manteiga.
E lembro de já ter lido que o novo sabot que os americanos tem desenvolvido atravessa o equivalente a 750mm de aço! É bem mais que o cinturão blindado de um encouraçado!
Na primeira Guerra do Golfo, um Abrams foi atingido por algo parecido na lateral.
Fez um pequeno furo, feriu tripulantes e deixou os irmãos do norte sem saberem ao certo o que tinham tido pela frente.
Acreditaram que foi um RPG-22 melhorado que, num tiro de sorte, penetrou na lateral do M1.
Até hoje, porém, nada foi dito sobre esse incidente que parou um monstro de 62 ton.
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No livro do Afrika Korps, da coleção Flamboyant, há a descrição do trabalho de colocar os 8,8 em posição no passo de Halfaya, onde ocorreu uma das maiores batalhas contra os tanques ingleses.
O autor relata que qualquer coisa no deserto, que tivesse uma altura maior que 1 m, à distancia parecia maior e o oposto ocorria também. Dai os alemães normalmente utilizarem os wadis, leitos de rio secos,
(https://en.wikipedia.org/wiki/Wadi) que formavam posições baixas para esconder o bicho, ou então abriam os buracos usando martelos pneumáticos. Trabalho geralmente feito pela engenharia italiana, que era muito boa para isso.
Na batalha de Halfaya, os ingleses só descobriram os acht- acht quando já estavam na mira deles. Nessa batalha (Batlleaxe) perderam cerca de 12 tanques.
Na foto em questão, parece que o lado esquerdo era formado de sacos de areia cobertos com uma lona, imitando o lado direito.
Valls
São tipos de projetil diferentes.
O anterior é um APFSDS - armour piercing fin stabilized discading sabbot, ou munição flecha.
https://en.wikipedia.org/wiki/...zed_discarding-sabot
Já esse é um HEAT - high explosive anti tank, mais conhecida com carga oca.
https://en.wikipedia.org/wiki/...ve_anti-tank_warhead
Valls
São tipos de projetil diferentes.
O anterior é um APFSDS - armour piercing fin stabilized discading sabbot, ou munição flecha.
https://en.wikipedia.org/wiki/...zed_discarding-sabot
Já esse é um HEAT - high explosive anti tank, mais conhecida com carga oca.
https://en.wikipedia.org/wiki/...ve_anti-tank_warhead
Valls
Eis o artigo.
'Something' Felled An Abrams Tank In Iraq - But What?
Mystery Behind Aug. 28 Incident Puzzles Army Officials
By John Roos
Army Times
11-2-3
Sim, é claro que são munições diferentes, mas não foi isso que assinalei.
Assinalei que o Exército dos Estados Unidos e o Pentágono, através dos serviços responsáveis, bem como o contratante civil do veículo, não conseguiram uma explicação para algo muito semelhante ao funcionamento de um Sabot mas que não se comportava a partir da sua entrada no veículo como um Sabot.
Aparentemente, digo, aparentemente, até o impacto da munição misteriosa na lateral do veículo, ela parecia ter-se portado como APFSDS, mas que
após a entrada no carro, tinha um comportamento balístico completamente diferente.
O orifício de entrada tinha ao redor de 8cm e seu derradeiro repouso na blindagem interna da torre não mais de 5cm.
O risco para a tripulação, além de ferimentos, é que tal objeto misterioso, do tamanho de uma apontador de lápis, em alta velocidade, atingisse algum dos racks de munição, provocando uma explosão catastrófica, com a perda do veículo e da sua tripulação.
Mas até hoje não uma posição oficial americana quanto ao incidente.
Abs.
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São tipos de projetil diferentes.
O anterior é um APFSDS - armour piercing fin stabilized discading sabbot, ou munição flecha.
https://en.wikipedia.org/wiki/...zed_discarding-sabot
Já esse é um HEAT - high explosive anti tank, mais conhecida com carga oca.
https://en.wikipedia.org/wiki/...ve_anti-tank_warhead
Valls
Eis o artigo.
'Something' Felled An Abrams Tank In Iraq - But What?
Mystery Behind Aug. 28 Incident Puzzles Army Officials
By John Roos
Army Times
11-2-3
Sim, é claro que são munições diferentes, mas não foi isso que assinalei.
Assinalei que o Exército dos Estados Unidos e o Pentágono, através dos serviços responsáveis, bem como o contratante civil do veículo, não conseguiram uma explicação para algo muito semelhante ao funcionamento de um Sabot mas que não se comportava a partir da sua entrada no veículo como um Sabot.
Aparentemente, digo, aparentemente, até o impacto da munição misteriosa na lateral do veículo, ela parecia ter-se portado como APFSDS, mas que
O artigo se refere a uma hollow charge, que que não usa sabbot.
Originalmente, o post do Sr. Melzi foi sobre um APDSFS, não uma hollow charge.
Além disso, cada uma tem características de penetração diferentes.
Valls