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DivisÕes Alemãs (9)

 

42ª Divisão JÄeger

Podemos traÇar suas origens na 187ª Divisão de Infantaria baseada na Áustria atÉ setembro de 1942, quando foi re-designada como 187ª Divisão de Infantaria. A unidade foi mandada para a CroÁcia e foi renomeada 42ª Divisão JÄeger em 22 de dezembro de 1943. Depois de participar da OperaÇão Margarethe, a ocupaÇão militar da Hungria em marÇo de 1944, retornou à IugoslÁvia em maio. Em julho de 1944 para a ItÁlia, onde permaneceu pelo resto da guerra. Participou do contra-ataque do Eixo em Sommocolonia contra o 1º Batalhão do 6º RI. Rendeu-se aos britânicos em abril de 1945. O distintivo da unidade É uma besta em um escudo.

 

232ª Divisão de Infantaria

Criada em agosto de 1944, foi incorporada ao ExÉrcito da Ligúria, na ItÁlia, onde lutou atÉ o fim da guerra. Participou do contra-ataque do Eixo em Sommocolonia ao lado da 42ª JÄeger e a italiana Monterosa. Foi a adversÁria da FEB na batalha de Monte Castelo. Recebeu vÁrios veteranos da frente russa e era uma espÉcie de tropa de montanha. Um de seus emblemas É um tridente vermelho.

  

94ª Divisão de Infantaria

A 94ª Divisão de Infantaria foi formada em setembro de 1939, como parte da 5ª Welle (Onda) de mobilizaÇÕes, armada com equipamentos tchecos. Participou da OperaÇão Barbarossa, sendo destruÍda em Stalingrado em 29 de janeiro, com muitos prisioneiros. Reformada em marÇo de 1943 em Lorient, foi mandada para a ItÁlia. ApÓs sofrer pesadas baixas em Cassino, sÓ restando os caminhÕes e pessoal de apoio, a divisão proveu reforÇos para a 305ª Divisão de Infantaria. Reduzida a um quadro e elementos de suprimentos, a a divisão foi refeita em agosto de 1944 como parte da 24ª Welle da Divisão Schatten (sombra) Schlesien. Rendeu-se aos americanos ao sul dos Alpes em Abril de 1945. Seu escudo tem duas espadas cruzadas encimadas por um ponto preto, outro tem apenas uma espada com um ponto preto à direita, tambÉm tem um emblema de um cacho de uvas e outro de uma vela acesa.

 

114ª Divisão JÄeger (Ligeira)

Formada em abril de 1943, seguindo a reorganizaÇão e re-designaÇão da 714ª Divisão de Infantaria. A 714ª foi formada em maio de 1941, e transferida para a IugoslÁvia (SÉrvia e Estado independente da CroÁcia) para conduzir operaÇÕes anti-partisan e de seguranÇa interna. Foram envolvidos na OperaÇão Delphin, uma operaÇão anti-partisan na CroÁcia, que durou de 15 de novembro a 1º de dezembro de 1943. O objetivo da missão era destruir os elementos guerrilheiros das ilhas dÁlmatas ao largo do centro da DalmÁcia. Foi uma operaÇão anfÍbia que contou com a presenÇa dos comandos brandenburg, mas os guerrilheiros conseguiram evitar contato com os alemães e a operaÇão não obteve sucesso. A divisão foi transferida para a ItÁlia em janeiro de 1945, para reforÇar a frente de Anzio. A divisão ainda estava servindo na ItÁlia quando foi destruÍda em combate em abril de 1945. Foi citada nominalmente no Tribunal de Nuremberg por crimes de guerra. Um dos seus emblemas mostra um soldado de bonÉ montanhÊs puxando uma mula montanha acima.

 

29ª Divisão Panzergrenadier (Divisão Falcão)

Inicialmente chamava-se 29ª Divisão de Infantaria. Veterana da invasão da PolÔnia, a 29ª participou da OperaÇão Barbarossa onde lutou nas batalhas de Minsk, Smolensk, Briansk e perdeu boa parte de seus veÍculos e teve vÁrios mortos e capturados durante o contra-ataque soviÉtico frente à Moscou. Foi mandada para o Grupo de ExÉrcitos Sul, onde tomou parte na Batalha de Stalingrado, sendo destruÍda pelo 21º ExÉrcito SoviÉtico. Foi reconstruÍda na FranÇa com o nome de 29ª Divisão Panzergrenadier e mandada para a campanha da SicÍlia; na ItÁlia lutou em Salerno, Anzio, San Pietro e Vale do Rio PÓ. Foi destruÍda em abril de 1945, fazendo parte do LXXVI Panzerkorps, pelo 8º exÉrcito Britânico entre o PÓ e as montanhas dos Apeninos.

 

 334ª Divisão de Infantaria "Phalange Aphricaine"

Uma nova 334ª Divisão de Infantaria foi refeita em Bordeux, no sul da FranÇa, em julho de 1943, depois que a 334ª original se rendeu na TunÍsia. Como todos os seus regimentos retirados de Nurnburg, a divisão passou por 3 meses de treinamento intensivo e foi transferida para o Grupo de ExÉrcitos C, na ItÁlia, em novembro de 1943. Resistindo em pesadas aÇÕes defensivas, a divisão foi reduzida a Kampfgruppe (forÇa-tarefa de tamanho variÁvel, geralmente valor batalhão) em maio de 1944, mas permaneceu engajada na Linha GÓtica continuamente atravÉs de setembro de 1944, recebendo o grosso da investida aliada atravÉs do Passo de Futa. Lutou posteriormente na estrada FlorenÇa-Bolonha como parte do XIV Panzerkorps, recebendo um breve descanso no AdriÁtico em dezembro de 1944. Ainda reduzida, a divisão participou da defesa de Bolonha em Fevereiro de 1945 com uma forÇa efetiva de apenas 2.600 homens. A 334ª Divisão de Infantaria foi finalmente dizimada no final de abril, junto de boa parte do LI Gebirgkorps, na última ofensiva aliada na frente italiana.

 

90ª Divisão Panzergrenadier

Uma das melhores unidades do Eixo, a 90.leichte-Afrika-Division foi a única divisão alemã a ser formada na África, e foi formada especialmente para a captura de Tobruk. Sua histÓria É longa e interessante, participando de todas as batalhas da campanha do Afrikakorps desde os ataques aos arredores de Tobruk em novembro de 1941 atÉ o último ato na TunÍsia em maio de 1943, perdendo milhares de homens, sendo conhecida pelos aliados como uma unidade dura e determinada despertando o interesse da inteligÊncia britânica. Era vista pela 2ª Divisão de Infantaria Neozelandesa como sua arqui-rival, por terem se enfrentado vÁrias vezes. Seu 361º Regimento era formado por ex-legionÁrios alemães que serviram à FranÇa antes de 1940. A 288ª Unidade de Infantaria Blindada era originalmente conhecida como 288ª Unidade Especial, ou “Sonderverbande 288”, uma forÇa de comandos treinados em operaÇÕes noturnas, infiltraÇão e guerra em ambiente desÉrtico e montanhoso. Militares da unidade que não estavam presentes no momento da rendiÇão e homens a ser transferidos para ele foram logo desviados para a Sardenha, onde formaram uma nova divisão, inicialmente chamada Divisions-Komando Sardinien e depois, em julho de 1943, recebeu o nome de 90ª Divisão Panzergrenadier (motorizada), com novo emblema (mapa da Sardenha em branco com uma espada na diagonal em vermelho). Foi movida para a CÓrsega antes de ser transferida para o norte da ItÁlia. Lutou em Anzio, cercanias de Roma, e nas linhas CÉsar e GÓtica e no Vale do Rio PÓ. Mandada para o sudeste da fronteira franco-italiana, foi destruÍda ao sul de Bolonha e seus remanescente foram capturados pela ForÇa ExpedicionÁria Brasileira junto do ExÉrcito da Ligúria em Collecchio-Fornovo di Taro. Seus homens usavam a “Sardinienschild” no lado esquerdo do peito, um distintivo estilizado da Sardenha com uma espada cruzada.

 

305ª Divisão de Infantaria

A 305º viu extensa atividade na linha de frente durante a Segunda Guerra Mundial. A divisão foi parte da 13ª onda de mobilizaÇÕes de outubro a novembro de 1940. Em dezembro do mesmo ano, a divisão estava baseada fora de Ravensburg, Alta SuÁbia no Bodensee. Unidade de guarniÇão, fez parte do VII ExÉrcito na FranÇa, na região da Bretanha. Em fevereiro de 1942, iniciou-se o processo de tranformaÇão de divisão de guarniÇão para divisão de campo, em marÇo recebeu todo o armamento e em julho jÁ estava na Rússia, incorporado ao 6º ExÉrcito. A partir de agosto a divisão entra em combate com forÇas soviÉticas ao redor de Stalingrado e na cidade propriamente dita. A 305ª deveria ser a divisão a guarnecer a cidade de Stalingrado apÓs sua queda, o que não se concretizou. A divisão foi destruÍda no setor norte da cidade em janeiro de 1943. PouquÍssimos sobreviventes e feridos conseguiram se evadir da cidade. As últimas unidades da 305ª divisão viram aÇão em 1º de fevereiro de 1943, prÓximo a fÁbrica de tratores no setor norte de Stalingrado. Em marÇo do mesmo ano, a divisão foi reformada na Bretanha e de abril atÉ julho em Artois. Quando ficou pronta foi enviada ao norte da ItÁlia em agosto e incorporou no Grupo de ExÉrcitos B em La Spezia, de setembro a outubro de 1943. Servindo posteriormente no Grupo de ExÉrcitos C, 10º ExÉrcito, em Pescara, Bolonha, Vale do PÓ e Gardasee onde se rendeu aos americanos da 88ª prÓximo a Trento no final de Abril de 1945. Apelidada de Bodensee Division e Baden-WÜrttembergische Division, seus emblemas tÊm motivos de Água, incluindo um que É uma sereia, por causa do lago de Bodensee.

 

148º Divisão de Infantaria

A 148ª era uma divisão de reserva, composta por trÊs regimentos de infantaria (281, 285 e 286) e um regimento de artilharia, usada na ocupaÇão do sul da FranÇa e lutou na ItÁlia em 1944 e 1945, lutando nas batalhas do Rio PÓ. Foi cercada e vencida pela Divisão ExpedicionÁria Brasileira na batalha de Collecchio. Renderam-se junto dos remanescentes da 90ª Panzergrenadier e da Divisão Bersaglieri ItÁlia. Seu comandate Fretter-Pico e Carloni renderam-se na manhã do dia 30, sendo escoltados pelos Generais FalconiÈre da Cunha e ZenÓbio da Costa atÉ o QG do 5º ExÉrcito em FlorenÇa. PossuÍa emblemas de Águias e um de uma cruz sobre um crescente apontando para cima.

 

DivisÕes Italianas (3)

 

 

1ª Divisão Alpina Monterosa

Entre as melhores unidades da RSI, os alpini italianos eram soldados experientes que construÍram excelente fama nas batalhas na região do Isonzo, na Primeira Guerra Mundial. Os alpinistas italianos participaram da malfadada expediÇão à União SoviÉtica. O Batalhão Brescia desta divisão que guarnecia a cota 906, tomada pelo 1º Batalhão do 6º RI. Participaram do contra-ataque em Barga e foram um elemento indispensÁvel na OperaÇão Tempestade de Inverno (OperaÇão Wintergewitter) que destroÇou a 92ª Divisão Búfalo.

 

3ª Divisão de Infantaria Naval “San Marco”

Parcela considerÁvel das tropas de elite italianas decidiu, por questão de honra, não trocar de lado. Entre estes estavam os fuzileiros navais San Marco e os comandos anfÍbios da X MAS. Como a maior parte da Reggia Marina desertou, a marinha da RSI era 1/20 da marinha Co-Beligerante. A Divisão AnfÍbia “San Marco”, portanto, ficou ao controle do exÉrcito da RSI. Participou na Batalha de Sommocolonia e da OperaÇão Wintergewitter.

 

Divisão ItÁlia

A mais fraca das quatro divisÕes da RSI (a Divisão Littorio não enfrentou a FEB). Foi colocada no 14º ExÉrcito, onde fosse mais improvÁvel que fosse atacada. Em fevereiro de 1945, a 92ª Divisão Búfalo investiu contra a Divisão ItÁlia, no que foram repelidos. Os soldados dessa divisão eram os famosos bersaglieri, infantaria ligeira italiana, grandes ciclistas militares que foram fundamentais na batalha de Vittorio Veneto em 1918 que obrigou Viena a pedir a paz. Incorporados à massa alemã que se retirava em direÇão aos Alpes BÁvaros, foi cercada e capturada pela ForÇa ExpedicionÁria Brasileira em Fornovo, com seu general, Mario Carloni.

 

http://www.portalfeb.com.br/dados/adversarios-da-feb/

Last edited by Milan
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Interessantissimo, aliás cai por terra o mito (surgido com o sr. Willam Waack e o seu famigerado "As duas faces da Glória") de que a FEB só enfrentou na Itália divisões cansadas, inexperientes e de segunda linha, nada mais falso, valeu mesmo por compartilhar parceiro! 

Last edited by MÁRCIO PINHO

Prezados,

Como nosso amigo, Marechal Milan muito bem explicou, as unidades alemãs e italianas que lutaram contra a FEB estavam muito bem armadas e com moral alta. Um detalhe pouco conhecido é que o Teatro de Operações do Mediterrâneo. principalmente o front italiano cobrou mais vidas da infantaria Aliada do que qualquer outro com exeção da front russo. Ainda mais, a Itália não era um "Teatro Secundário" e sim uma importante peça estratégica na defesa da retaguarda alemã e assim foi mantida pelos Aliados como um sangradouro de recursos para desafogar tanto a frente russa quanto as defesas da França logo após o Dia D. A FEB permitiu aos franceses se deslocarem mais rápidamente para participarem da libertação de seu país e a criatividade do Estado Maior brasileiro deixou sua marca no cerco e rendição da 148 de infantaria alemã e divisão Itália. este movimento é estudado até hoje na academia de West Point como exemplo do emprego dinâmico da infantaria e artilharia. 

Originally Posted by João Henrique:

Prezados,

Como nosso amigo, Marechal Milan muito bem explicou, as unidades alemãs e italianas que lutaram contra a FEB estavam muito bem armadas e com moral alta. Um detalhe pouco conhecido é que o Teatro de Operações do Mediterrâneo. principalmente o front italiano cobrou mais vidas da infantaria Aliada do que qualquer outro com exeção da front russo. Ainda mais, a Itália não era um "Teatro Secundário" e sim uma importante peça estratégica na defesa da retaguarda alemã e assim foi mantida pelos Aliados como um sangradouro de recursos para desafogar tanto a frente russa quanto as defesas da França logo após o Dia D. A FEB permitiu aos franceses se deslocarem mais rápidamente para participarem da libertação de seu país e a criatividade do Estado Maior brasileiro deixou sua marca no cerco e rendição da 148 de infantaria alemã e divisão Itália. este movimento é estudado até hoje na academia de West Point como exemplo do emprego dinâmico da infantaria e artilharia. 

Verdade verdadeira caro João Henrique, por sinal  o responsável pelo excelente site "O Lapa Azul" já havia abordado sobre o tema das unidades alemãs na Itália que a FEB combateu, numa crítica sobre o infame livro "As Duas Faces da Glória", do jornalista William Waack. Não eram "fraquinhas" e nem de segunda linha como se poderia supor  http://olapaazul.com/2012/04/1...-parte-i-os-alemaes/

 

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