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CenÁrio: Estreito de Surigao, perto de Samar.

Data: 25 de Outubro de 1944.

Oponentes:

Lado japonÊs: 4 encouraÇados (incluindo o Yamato), 6 cruzadores pesados, 2 cruzadores leves e 11 destrÓieres.

Lado americano: 3 destrÓieres.

 

Ao invÉs de misturar as histÓrias, vou contar a de cada um dos 3 barcos.

 

USS Johnston (DD-557)

 

 

Manhã de 25/10/44. Um dos pilotos que haviam saido em patrulha naquela manhã, reporta ter avistado uma grande frota japonesa tão logo o sol nasceu. Ao saber do tamanho da frota que navegava direto para eles, o oficial de artilharia do Johnston, Tenente Robert C. Hagen, disse depois: “Sentimo-nos como Davi em frente a Golias. E sem a atiradeira.”

Em menos de um minuto, o Johnston comeÇou a lanÇar fumaÇa, tentando ocultar os seis porta-aviÕes de escolta da vista dos artilheiros japoneses.

“Tão logo comeÇamos a lanÇar fumaÇa, os japoneses comeÇaram a atirar seus obuses, e o Johnston tinha que ziguezaguear entre as colunas d’Água. NÓs fomos o primeiro destrÓier a fazer fumaÇa, o primeiro a comeÇar a disparar e o primeiro a lanÇar um ataque de torpedos.”

Nos primeiros 20 minutos, o Johnston não podia retornar o fogo, jÁ que os navios japoneses ainda estavam fora do seu alcance dos seus canhÕes de 5 polegadas.

Sem esperar por ordens, o comandante do Johnston, Ernest E. Evans, ordenou que o navio saÍsse da formaÇão e rumasse direto contra os japoneses, que vinham em trÊs linhas. A primeira, formada pelos destrÓieres, a segunda por um cruzador leve e trÊs pesados e a terceira, pelos quatro encouraÇados. Pelo Leste, avistou mais trÊs cruzadores e vÁrios destrÓieres.

Tão logo o alcance se reduziu para 10 milhas, o Johnston abriu fogo contra o navio mais prÓximo, o Kumano, acertando vÁrios disparos. Em cinco furiosos minutos, o Johnston disparou cerca de 200 tiros contra o inimigo, e sob o comando do oficial de torpedos,  Tenente Jack K. Bechdel, fez um ataque. LanÇou os 10 torpedos que carregava, e fez meia volta, lanÇando uma pesada cortina de fumaÇa. Saindo da fumaÇa 1 minuto depois, o Kumano pode ser visto queimando furiosamente, com sua proa arrancada, sendo forÇado a se retirar. Nessa altura, o Johnston jÁ havia sido acertado por 3 projÉteis de 14 polegadas do Kongo, seguidas de perto por 3 impactos de 6 polegadas, ou vindas de um cruzador leve, ou do armamento secundÁrio do Yamato, que o atingiram na ponte. Esses impactos resultaram na perda de toda a potÊncia de um dos motores e das trÊs torres, alÉm de incapacitar o girocompasso.

Uma chuva caiu providencialmente, e o Johnston mergulhou nela, para uns poucos minutos de rÁpidos reparos. A ponte fora abandonada, e o Comandante Evans, que havia perdido dois dedos da mão esquerda, foi para o controle secundÁrio para continuar comandando o navio.  

As 7:50, o Almirante Sprague ordenou que os destrÓieres fizessem uma corrida de lanÇamento: “Garotos, ataquem!”. O Johnston, incapaz de manter sua posiÇão com seu motor danificado, e jÁ tendo gasto seus torpedos, ainda assim conseguiu manobrar para prover apoio de fogo para os outros destrÓieres. Saindo de uma cortina de fumaÇa, quase colidiu com o Heerman. As 8:20, o Johnston assinalou um cruzador da Classe Kongo saindo da fumaÇa, a apenas 7000 jardas. O destrÓier abriu fogo, registrando múltiplos impactos na superestrutura do navio japonÊs. O fogo vindo do encouraÇado errou totalmente o Johnston.

Logo o Johnston viu  que o porta-aviÕes de escolta Gambier Bay estava sendo atingido por um cruzador inimigo, e se engajou contra esse cruzador, na tentativa de atrair o fogo para si, e para longe do porta-aviÕes. Conseguiu 4 impactos no cruzador e então, teve que romper contato, jÁ que o esquadrão de destrÓieres japoneses foi avistado aproximando-se dos porta-aviÕes de escolta.

O Johnston engajou o primeiro destrÓier, atirando atÉ que este recuasse, passando então a atingir o segundo, atÉ que os japoneses se retiraram do alcance das armas do Johnston antes de lanÇar seus torpedos, que, graÇas  a distância que foram lanÇados, não atingiram nenhum alvo. A sorte dele então acabou. Ficou sob fogo cerrado de vÁrios navios inimigos e, quando mais precisou, seu motor restante parou, deixando o Johnston parado na Água.

 

SOB ATAQUE POR TODOS OS LADOS.

 

Os navios inimigos se aproximaram para um abate fÁcil, disparando tiro apÓs tiro, no destrÓier estropiado. O Johnston levou um tiro que inutilizou um dos canhÕes dianteiros, danificou o outro, e sua ponte não passava de um emaranhado de ferros incandescentes, em parte graÇas a explosão do seu paiol de muniÇão de 40mm. Evans, que nessa altura comandava o navio perto do ventilador de popa, gritava ordens para os homens abaixo, por uma escotilha aberta, que manobravam o leme manualmente.

Em uma das baterias, um tripulante gritava “Mais cartuchos! Mais cartuchos!”, enquanto disparava, tentando ainda manter os japoneses longe dos 5 porta-aviÕes de escolta sobreviventes. “NÓs estÁvamos agora em uma posiÇão onde nem toda a valentia e os colhÕes do mundo poderiam nos salvar, mas percebemos que cada minuto que ganhÁssemos, poderiam salvar os porta-aviÕes. Por volta das 9:30 nÓs estÁvamos mortos na Água, e nem mesmo os japoneses poderiam errar. Eles fizeram um tipo de semicÍrculo que girava ao nosso redor, atirando na gente como Índios atirando contra um cÍrculo de carroÇas. Nossos motores e a sala de controle de incÊndio estavam fora de aÇão. HavÍamos perdido toda a potÊncia, e mesmo o comandante sabia que estava terminado. As 9:45, ele deu a ordem mais triste que um capitão pode dar: “Abandonar o navio!”. As 10:00, o Johnston rolou sobre si e comeÇou a afundar. Um destrÓier japonÊs chegou a menos de 1000 jardas e disparou um tiro final, para garantir o afundamento. Um sobrevivente alega ter visto o capitão japonÊs prestando continÊncia enquanto o Johnston afundava. Esse foi o fim do USS Johnston. Apenas 141 dos 327 tripulantes se salvaram. O Comandante Evans não estava entre os sobreviventes.

O USS Johnston recebeu uma Presidential Unit Citation. O Tenente-Comandante Ernest E. Evans foi agraciado postumamente com a Congressional Medal of Honor. AlÉm disso, o USS Johnston recebeu outras seis Battle Stars por seus serviÇos na WWII.

 

USS HOEL (DD-533)

 

 

Quando a chuva caiu, o Johnston jÁ havia sido atingido, mas o Hoel ainda se empenhava em lanÇar fumaÇa para ocultar os porta-aviÕes de escolta. As 7:06 veio a ordem do Almirante Sprague para que os destrÓieres iniciassem uma corrida de lanÇamento de torpedos.

O Hoel obedeceu instantaneamente, rumando para o encouraÇado mais prÓximo, o Kongo, então a 18000 jardas (16500 metros). Quando chegou a 14000 jardas (12800 metros), abriu fogo contra o inimigo, enquanto continuava avanÇando atravÉs das colunas d’Água levantadas pelos projÉteis de 14 polegadas (356 mm) do Kongo.  O impacto em sua ponte, que destruiu todo o sistema de intercomunicaÇão não conseguiu tirar o Hoel de seu curso rumo ao inimigo, atÉ que tivesse lanÇado uma salva com metade de seus torpedos a um alcance de 9000 jardas (8200 metros). Ainda que não tenha sido atingido por nenhum torpedo, o Kongo perdeu terreno na perseguiÇão aos porta-aviÕes, jÁ que foi forÇado a fazer manobras bruscas para evadir-se dos cinco torpedos. Minutos depois o Hoel sofreu impactos diretos que danificaram trÊs de suas torres, pararam um dos motores, e privou-o de seu controle do fogo Mark-37, o radar FD e o controle direcional da ponte. Apesar disso, o Hoel virou para encarar a linha de cruzadores pesados japoneses. Quando estava a não mais de 6000 jardas (5500 metros) do cruzador lÍder, Haguro, o destemido destrÓier lanÇou a outra metade de sua salva de torpedos, que correram “quentes, diretos e normais”. Foi recompensado pela visão de largas colunas de Água vindas de seu alvo. Apesar dos registros japoneses negarem qualquer impacto desses torpedos, não hÁ outra explicaÇão para o efeito gÊiser observado.

O Hoel viu-se agora avariado e cercado por inimigos. O Kongo estava a apenas 8000 jardas (7300 metros), e a coluna de cruzadores a apenas 7000 jardas (6400 metros). Durante a prÓxima hora, o navio prestou seu último serviÇo, atraindo o fogo inimigo para si, e para longe dos porta-aviÕes. Finalmente, as 8:30, depois de ter recebido mais de 40 impactos, um impacto de 8 polegadas (203 mm) destruiu seu motor remanescente. Com a sala de mÁquina sob a Água, o Comandante Leon S. Kintberger ordenou a tripulaÇão que se preparassem para abandonar o navio. O fogo japonÊs continuou mesmo enquanto os tripulantes abandonavam o navio, sÓ parando quando o Hoel girou sob si e afundou, as 8:55.

TambÉm recebeu a Presidential Unit Citation, que se juntou as outra cinco Battle Stars por serviÇos prestados.

 

USS Samuel B. Roberts (DE-413)

 

 

 

 

Era um destrÓier de escolta classe John C. Butler, menor que os destrÓieres convencionais, desenhados para proteger comboios contra submarinos e aeronaves. Levava apenas dois canhÕes de 5 polegadas, que poderiam danificar, mas não afundar navios grandes, e trÊs tubos de torpedo.

No dia da batalha, seguindo a ordem do Almirante Sprague, o Samuel B. Roberts, comandado pelo Tenente-Comandante Robert W. Copeland, virou e rumou para os navios japoneses, passando pelo danificado Johnston. Com apenas dois canhÕes de 5 polegados, um a frente e um a rÉ, e sÓ 3 tubos de torpedo Mark-15 (um a menos dos que as PT boats levavam), avanÇou contra o cruzador pesado Chokai. O Capitão anunciou: “Estamos fazendo uma corrida de lanÇamento. O desfecho É duvidoso, mas cumpriremos nosso dever!”. Usando fumaÇa como cobertura, o Roberts avanÇou atÉ 4000 metros do Chokai, ficando sob fogo das torres dianteiras de 8 polegadas. O Roberts estava tão prÓximo que os projÉteis passavam por cima dele, muitos atingindo o porta-aviÕes Gambier Bay. Uma vez dentro do alcance, o Roberts lanÇou seus 3 torpedos, com um deles, aparentemente, atingindo o alvo. Os marinheiros gritaram como se fosse um jogo, a despeito dos tiros caindo ao seu redor. O Roberts lutou a queima-roupa pela prÓxima hora, disparando mais de 600 tiros de 5 polegadas, e sempre que possÍvel, atingindo a superestrutura do Chokai com disparos dos Bofors de 40mm  e os Oerlikon de 20mm. As 8:51, finalmente os japoneses acertaram dois disparos, o segundo dos quais, destruiu o canhão traseiro. Com seu único canhão, o Roberts conseguiu deixar em chamas a ponte do cruzador Chikuma e destruir a torre 3 deste, antes de ser atingido por 3 projÉteis de 14 polegadas do Kongo. Os impactos abriram um buraco de 12 metros de comprimento e 10 de largura, ao lado da sala de motores nº 2. O Roberts comeÇou a fazer Água, e as 9:35 foi dada a ordem de abandonar o navio. Afundou 30 minutos depois, levando 89 tripulantes.

Os 120 tripulantes sobreviventes se amontoaram em 3 botes por 50 horas, antes de serem resgatados.

Em meio a batalha, o Samuel B. Roberts, projetado para alcanÇar 23-24 nÓs (43-44 km/h), alcanÇou 28,7 nÓs (53 km/h), simplesmente ignorando todas as limitaÇÕes dos motores, e sem prestar atenÇão aos alarmes, todos no vermelho!

A Presidential Unit Citation uniu-se a outra Battle Star por serviÇos prestados que o Roberts recebera.

 

 

https://en.wikipedia.org/wiki/Battle_off_Samar

Original Post

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Excelente texto, sobre um dos episódios mais marcantes da Guerra do Pacífico.

 

Deve ser mencionado que os japoneses cometeram um grave erro de interpretação, confundindo os lentos porta-aviões de escolta com os grandes e velozes porta-aviões de esquadra da USN. Dessa forma, seu comandante, Kurita, temendo que eles escapassem, ordenou um ataque imediato, sem organização. Agindo assim, ele perdeu imediatamente o controle de seus navios e expôs os maiores aos torpedos dos destroyers norte-americanos.  Caso ele tivesse percebido quais eram os seus adversários reais, teria tempo para organizar seus navios, com os destroyers na frente e os pesados atrás, não dando chance aos norte-americanos. Certamente poucos destes escapariam. E Kurita, adicionalmente, estaria em melhores condições para alcançar os navios de desembarque (seu objetivo) e promover um massacre. 

Last edited by paulors
Originally Posted by Ayres:

Quantos sobreviveram do segundo barco

 

Do USS Hoel, apenas 83 marinheiro sobreviveram. 253 morreram.

 

Do USS Johnston, dos 327 marinheiros, 141 sobreviveram. 

 

E do USS Samuel B. Roberts, 120 dos 215 marinheiros sobreviveram.

Originally Posted by fernando frota melzi:
Originally Posted by Ayres:

Quantos sobreviveram do segundo barco

 

Do USS Hoel, apenas 83 marinheiro sobreviveram. 253 morreram.

 

Do USS Johnston, dos 327 marinheiros, 141 sobreviveram. 

 

E do USS Samuel B. Roberts, 120 dos 215 marinheiros sobreviveram.

Valeu pela informação

Fotos da batalha.

 

Dois dos destróieres, mas sem identificação, lançando uma cortina de fumaça, enquanto projéteis caem próximo deles.

 

 

Foto tirada a bordo do porta-aviões de escolta USS Kitkun Bay, mostrando impactos próximos de sua popa.

 

 

Outra foto tirada a bordo do Kitkun Bay, mostrando o USS Gambier Bay sendo enquadrado pelos projéteis japoneses. No círculo a direita, um dos cruzadores japoneses.

 

 

 

 

Tem mais fotos aqui:

 

http://www.ussgambierbay-vc10.com/combatPhotos.php

Last edited by fernando frota melzi

cara, que batalha hein!!!!

 

agora incrivel como àquela altura da guerra os americanos só tivessem disposto de três destroieres para proteger alguns NAes de escolta... e aonde estavam as aeronaves operadas por eles afinal, poderiam ter se lançado contra o atacante!

 

 

Enfim, isso mostra a bravura com que os homens que lutaram na WWII agiam, com total desprendimento, dispostos a sacrificar a propria vida para salvar seus colegas. A iniciativa do primeiro destroier em se lançar, mesmo sem ordem, contra o inimigo mostra isso. Além do fato de, diante de uma ordem para tal, retornar à linha de frente mesmo ciente de que estava sem condições de combater, quanto mais sair vivo dali!

agora incrivel como àquela altura da guerra os americanos só tivessem disposto de três destroieres para proteger alguns NAes de escolta... e aonde estavam as aeronaves operadas por eles afinal, poderiam ter se lançado contra o atacante!

 

 

Halsey caiu na cilada que os japoneses armaram e correu para o norte atrás dos porta-aviões japoneses de Ozawa (praticamente sem aeronaves), que serviram de isca para atrair para longe os grandes porta-aviões da USN e sua escolta de couraçados rápidos. Ninguém imaginava que os japoneses iriam aparecer depois da surra que a esquadra de Kurita havia tomado na véspera, perdendo o Musashi e outros navios. Ela havia sido vista se retirando, mas regressou à noite a apareceu de surpresa. O plano japonês funcionou, mas Kurita acabou não atacando a frota de desembarque, objetivo dessa bagunça toda.

 

Last edited by paulors

caramba, vários fatores se somaram para este cenário muito favorável aos japoneses (embora não creio que a perda de alguns CVEs americanos fosse prejudicar o esforço de guerra aliado) e ainda assim, no final, não lograram sucesso em atacá-los.

Por sinal caro Melzi tomei a liberdade de reproduzir esse EXCELENTE tópico nas duas comunidades que administro lá no Facebook, juntamente com o comentário do nosso amigo Paulo RS - dando os devidos créditos aos autores, naturalmente

Originally Posted by fernando frota melzi:

Fique a vontade! 

Melzi, por sinal gostaria muito que você fizesse parte do meu grupo lá, acho que és meu amigo no Face e vou te adicionar parceiro, não sei se o Paulo tem perfil no Facebook, mas também gostaria dele  lá nos meus grupos, enriqueceria ainda mais o debate por lá !

Caso entres (o convite também é estendido ao Melzi e a todos que querem debater  SERIAMENTE o tema sem os problemas das maiorias das comunidades virtuais que tratam sobre o tema (moleques nazi, zoadores, troladores etc...) o endereço é esse, mas de antemão digo que pra mim seria uma grata satisfação te receber lá caro Paulo, a ti e ao Melzi também   https://www.facebook.com/groups/segundaguerra/

Duas curiosidade: o cruzador pesado japonês Chokai, afundado nesta batalha, provavelmente é a belonave que está mais profunda no oceano. Seus destroços encontram-se a cerca de 8100m de profundidade. Além disso, quando afundou, parte de sua tripulação foi resgatada pelo destróier Fujinami e este, dois dias após resgatar os sobreviventes do Chokai, foi afundado com perda total de sua tripulação e também com as do cruzador.

Chokai

 

Fujinami

 

https://en.wikipedia.org/wiki/..._cruiser_Ch%C5%8Dkai

 

https://en.wikipedia.org/wiki/...e_destroyer_Fujinami

Last edited by Milan

Outro detalhe: os náufragos do navio aeródromo Gambie Bay relatam que viram o capitão do Fujinami, Tatsuji Matsuzaki, proibir sua tripulação de dispararem contra eles. Além disso é relatado que ele prestou continência aos americanos ao passar com seu navio por eles.   

Ótima matéria Fernando!!!

 

Ela veio bem a calhar, pois por uma feliz coincidência, estou me preparando pra iniciar a montagem do USS Johnston, usando o kit do USS Fletcher da Tamiya, já que eram da mesma classe.

 

 

Outro que também pode fazer ele, é esse da Trumpeter. Vou dar uma olhada, e se for melhor que o da Tamiya, então vou adiar a montagem e comprar este:

 

 

Já comprei canhões de metal, photoeched a rodo, inclusive das antenas,e já tenho todas as tintas pra ele... Pena não haver convés de madeira.. Aí sim ia ficar um porrete...

 

Quase nenhuma modificação é necessária, mas me parece que vou precisar adicionar uma área adicional na popa do navio, com duas antiaéreas, coisa que não existe no kit original, mas não é nada complicado...

 

Minha maior dúvida, é se o Johnston tinha ou não algum tipo de camuflagem, pois nas fotos ele parece não ter nenhuma, muito embora, estas fotos parecem ter sido tiradas no começo de carreira, e na época da batalha, muitos navios já possuíam camuflagem...

 

Desde adolescente que eu sonhava em poder montá-lo, pois nessa época, eu estudava como interno numa escola em Petrópolis, e à tarde, logo depois do estudo dirigido, podíamos sair para o centro, e eu então ia sempre num sebo, onde comprava vários livros da coleção da Renes, e um dos primeiros que comprei, foi justamente o da Batalha do Golfo de Leyte, e foi então que fiquei fascinado por esse naviozinho... O curioso, é que o diretor do colégio, tinha o rosto igualzinho o do comandante do destróier!!!

 

Não tenho a mesma habilidade dos colegas aqui, e tampouco tenho o hábito de montar navios, mas vou tentar fazer o melhor possível...

 

Grande abraço a todos.

 

Pena não haver convés de madeira.

 

Acho que vc não vai precisar dele. Dá uma conferida no esquema de pintura, pois tenho a impressão de que todas as superfícies horizontais eram pintadas.

 

Boa montagem!!!

 

[  ]s

Last edited by paulors

José Luiz,

 

Pelas referências que tenho aqui, o Johnston usava a Measure 21 quando foi afundado (todo azul).

 

http://www.shipcamouflage.com/fletcher_class.htm

 

http://www.shipcamouflage.com/measure_21.htm

 

Vertical Surfaces:

Navy Blue 5-N  All Vertical surfaces without exception. 

Horizontal Surfaces:

Horizontal surfaces, Deck Blue, 20-B.

Wood Decks.

Wood decks except on submarines and carriers shall be darkened to the color Deck Blue.  Deck Blue paint shall be used in lieu of stain for this purpose.

Canvas Covers.

Canvas covers visible from the outside vessel are to be dyed a color corresponding to Deck Blue.

Notes:

The camouflage painting need not be exact or carried into corners.  Small gear, wires, rigging, and areas permanently in shadow, as under boats, etc., need not be painted with the camouflage colors. 

 

There is no objection to exact or careful painting which may be desired for the sake of good appearance at close range.

 

All bright or shiny objects, no matter how insignificant, shall be painted, covered, or removed.

 

Glass windows shall be covered or removed, especially during the day in sunny weather, and at night when anticipating searchlight discovery.  Insofar as conditions permit, similar precautions shall be taken on airport lenses.

Last edited by paulors
Originally Posted by Milan:

Outro detalhe: os náufragos do navio aeródromo Gambie Bay relatam que viram o capitão do Fujinami, Tatsuji Matsuzaki, proibir sua tripulação de dispararem contra eles. Além disso é relatado que ele prestou continência aos americanos ao passar com seu navio por eles.   

 

Esse Capitão era um verdadeiro guerreiro.

Essa ação ocorreu em 25/10/44, e no dia seguinte, os navios japoneses foram atacados pelas aeronaves dos porta-aviões de Halsey, que voltaram a todo vapor. Foto do Kumano, no momento que foi atingido por uma bomba de 227 kg lançadas por um dos aviões do USS Hancock. O Johnston, no dia anterior, já havia arrancado um pedaço de sua proa com um torpedo.

No dia 26, ele foi atingido por 3 bombas de 227 kg.

Sobreviveu, e foi para Manila para reparos, onde foi atacado novamente quando ainda atracado.

Voltou ao serviço em 04 de Novembro, e quando em missão de escolta de comboio no dia 6, cairam numa emboscada feita por 5 submarinos americanos, o Batfish, Guitarro, Bream, Raton e Ray, que lançaram um total de 23 torpedos contra o comboio, dois dos quais atingiram o Kumano.

Teve que ser rebocado para as Filipinas para reparos, em 25 de Novembro, foi atacado por aeronaves do porta-aviões USS Ticonderoga, e depois de ser atingido por 5 torpedos e 4 bombas de 227 kg, adernou e afundou em águas rasas.

Um barco casca grossa, tanto que o Almirante Halsey disse que se havia um navio que ele lamentava ter tido esse destino, foi o Kumano.

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