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Os filmes Tora! Tora! Tora! (1970) e o recente Pearl Harbor (2001) sugerem - em sua descriÇão dos eventos - que apenas dois pilotos da USAAF foram os únicos defensores que conseguiram decolar seus caÇas P-40 sobre a ilha de Oahu. TambÉm distante da verdade, estÁ a descriÇão dos combates aÉreos entre os caÇas sobre o porto propriamente dito.

Reportagens de jornais e entrevistas feitas meses apÓs estes combates, com o segundo tenente George S. Welch e o segundo tenente Kenneth M. Taylor, são a base para a maioria das histÓrias de sua aÇão em 7 de dezembro de 1941. Muita da discussão que tem sido gerada sobre os acontecimentos deste dia É baseada nestas fontes, mas encontraremos a verdade nos registros do Kodochosho (relatÓrio de combate) japonÊs, com as testemunhas americanas que observaram do solo os eventos e os combates, e com os primeiros relatos oficiais de Welch e Taylor. É possÍvel com estes documentos obter uma anÁlise única e detalhada que segue:

ApÓs os ataques iniciais, os aviÕes japoneses da primeira onda se afastaram. Os encouraÇados atracados no Battleship Row em Pearl Harbor tinham sido torpedeados, bombardeados e estavam afundando. Os marinheiros no porto estavam atordoados com o inesperado ataque. Irritados, eles tentavam apagar os incÊndios que grassavam nos navios ou salvar os feridos. O descanso que tiveram alguns artilheiros posicionados com suas armas anti-aÉreas foi muito breve - cerca de 30 minutos - quando mais aviÕes japoneses chegaram sobre porto. A segunda onda de ataque japonesa iria atacar! Desta vez seriam quatro unidades de Bakugekiki (bombardeiro de mergulho) dos porta-aviÕes japoneses Soryu, Hiryu, Akagi e Kaga ... que atacariam nessa ordem. O D3A1, assim denominado pelo estÊncil na fuselagem, era um bombardeiro de mergulho melhor do que o Ju-87 alemão utilizado na Europa. Os aliados mais tarde atribuiriam o nome de cÓdigo "Val" para este avião.

 

PEARL HARBOR E OS PRIMEIROS DEFENSORES DA USAAF

 

O comandante do grupo aÉreo do Soryu, tenente Takashige Egusa, estava na lideranÇa de todas as unidades de D3A1 que atacariam os navios no porto. Na ausÊncia dos porta-aviÕes americanos, ele escolheu bombardear o USS New Orleans. Seu ala número dois atingiu o USS Cassin, que estava emparelhado com o USS Downes, na doca seca, prÓximos do USS Pennsylvania. O suboficial de primeira classe (PO1c) Ryoichi Takahashi, ocupava a posiÇão de operador de rÁdio/artilheiro do avião posicionado como terceiro ala. Ele viu sua bomba que caiu bem prÓxima do USS Pennsylvania atingir em cheio o USS Downes, diretamente no paiol de muniÇão. Seu piloto, suboficial de terceira classe (PO3c) Satoru Kawasaki perdeu de vista os aviÕes de Egusa e seu ala número 2. Takahashi orientou seu piloto para rumar para o Soryu pelo norte, voando a oeste das Montanhas Koolau.

 

 

Ao passar a leste da base aÉrea do campo Wheeler, observaram dois carros rumo ao norte em alta velocidade. Um carro estava mais distante do outro cerca de dois ou trÊs quilometros... Takahashi ordenou ao seu piloto para metralhar os carros. Eles quase conseguiram atingir o segundo carro conduzido por segundo tenente Harry Brown, com seu companheiro de quarto segundo tenente John Dains, e o oficial executivo do 47º esquadão de caÇa, primeiro tenente Bob Rogers. O carro na dianteira era ocupado pelos segundo tenentes Ken Taylor e George Welch. Todos eram pilotos de caÇa que se dirigiam ao campo de aviaÇão civil Haleiwa, uma pista de terra que se localizava paralela à praia, onde seu esquadrão estava estacionado para treinamento de tiro. Os armeiros tinham apenas muniÇão calibre .30 para municiar estes aviÕes.
Welch e Taylor escolheram dois P-40B e foram os primeiros a decolar direto da Área de estacionamento sob as Árvores. Quando Brown chegou, Dains rapidamente escolheu o prÓximo P-40 que jÁ estava pronto - abastecido e municiado - e decolou. O oficial executivo Bob Rogers, assumiu o comando da base e ordenou a um grupo para manobrar um P-36 que estava protegido prÓximo de algumas Árvores, desta maneira Brown poderia decolar rapidamente. Quando Brown se aproximou do P-36, Kawasaki e Takahashi, que tinham seguido os carros atÉ o aeroporto, se preparavam para metralhar o campo de pouso. Brown se escondeu atrÁs do P-36, que foi o alvo único da passagem de metralhamento. Kawasaki ficou tão entusiasmado que ele acionou a alÇa para soltar uma bomba, que ele não tinha mais! Kawasaki seguiu o rumo norte em direÇão ao oceano e, embora Dains não tenha sobrevivido para dar seu relatÓrio de combate, testemunhas viram ele abater este bombardeiro. Ele perseguiu o bombardeiro de mergulho para leste, atÉ o extremo norte de Oahu, trocando tiros, e depois para sul, onde testemunhas observaram o avião japonÊs ser abatido a leste da pequena comunidade de Kaaawa. Apesar da tabela oficial de crÉditos de vitÓrias aÉreas precisar ser revisada, e se pronunciar oficialmente, John Dains não sÓ conseguiu a primeira vitÓria aÉrea do dia para a USAAF, mas a primeira vitÓria americana da II Guerra Mundial.

 

 

Dirigido por rÁdio para a ponta sudoeste de Oahu, Welch no comando do P-40B número "160" e Taylor no "155", localizaram a segunda unidade de bombardeiros de mergulho que atingiu os navios... Aichi D3A1 baseados no porta-aviÕes Hiryu. ApÓs atacar com bombas os navios em Pearl Harbor, eles deveriam metralhar os aviÕes estacionados na base aÉrea de Ewa, pertencente aos fuzileiros navais. Welch se aproximou de um "Val" do porta-aviÕes Hiryu, pilotado por PO1c Hiroyasu Kawabata, cujo operador de rÁdio/artilheiro, CPO Masao Ishii, não viu o caÇa americano se aproximando. Welch danificou o tanque de combustÍvel do "Val" localizado na asa esquerda. O vazamento de combustÍvel foi tal que mais tarde Welch fez uma alegaÇão de vitÓria aÉrea. Welch rapidamente notou que uma de suas quatro metralhadoras calibre .30 tinha enguiÇado. Apesar da grande perda de combustÍvel, Kawabata conseguiu conduzir o bombardeiro de volta para o Hiryu.
Taylor perseguiu um bombardeiro de mergulho japonÊs para o leste, ao longo da costa sul. O "Val" do porta-aviÕes Hiryu era pilotado pelo PO2c Koreyoshi Sotoyama, tendo como seu operador de rÁdio/artilheiro, o aviador de primeira classe (F1c) Hajime Murao. Este avião - cÓdigo de cauda BII-233 - atacara o USS Pensilvânia. Tentando evitar Taylor, Sotoyama voou na direÇão de um Boeing B-17E que estava se aproximando para o pouso. Eles foram seguidos por mais dois "Val" do porta-aviÕes Hiryu, que tentavam dar combate ao P-40 e assim livrar seus companheiros da perseguiÇão. Taylor atingiu o avião BII-233, que explodiu e caiu na mata prÓximo da praia Ewa. Os corpos dos dois tripulantes foram enterrados mais tarde por soldados do ExÉrcito americano em uma fenda nas rochas vulcânicas ao lado dos destroÇos... e os corpos ainda estão enterrados neste local - perdidos - pois a lÁpide foi removida hÁ muito tempo.

Outra unidade de bombardeiros de mergulho japoneses chegou assim que Welch voltou a voar sobre a base aÉrea de Ewa. Estes D3A1 pertenciam ao porta-aviÕes Akagi, e foram a terceira unidade de bombardeiros de mergulho a atacar o porto. Eles tiveram como alvo o USS Raleigh. Welch escolheu atacar o D3A1 (cÓdigo de cauda AI-211) pertencente ao ala número dois do Buntaicho (comandante de esquadrão) Tenente Zenji Abe. O piloto do D3A1 manobrou drasticamente à esquerda, para alertar seu artilheiro de cauda para que se defendesse. Um tiro atingiu atrÁs do banco de Welch, incendiando o compartimento de bagagem. A breve fumaÇa causou um certa preocupaÇão em Welch. Ele rompeu o contato com o avião japonÊs e se dirigiu para uma nuvem. Neste exato momento Taylor chegou ao local de combate. Taylor conseguiu ferir mortalmente o artilheiro e atingir do motor. O avião caiu no oceano, prÓximo da praia, a sudoeste da base aÉrea de Ewa. Welch tambÉm recebeu o crÉdito por esta vitÓria.

 

 

Esta aviation-art do artista Jack Matthews estÁ baseada nas pesquisas do historiador David Aiken e descreve essa vitÓria.

 

Quando o "Val" caiu, seu piloto, PO2c Gen Goto, saiu da cabine e resgatou o seu operador de rÁdio, PO2c Michiji Utsugi, retirando-o dos destroÇos e trouxe-o para terra. Utsugi morreu e foi sepultado em terra em uma improvisada cova rasa. PO2c Goto usando duas pistolas Nambu (a dele e a de Utsugi), lutou com os soldados do 55º de artilharia costeira atÉ o dia 9 de dezembro, terÇa-feira, quando finalmente foi morto.
Com pouca muniÇão, Dains, Taylor e Welch se dirigiram para a base aÉrea localizada no campo Wheeler. Dains chegou lÁ primeiro e disse ao armeiro que participou de um combate aÉreo. O armeiro observou alguns buracos causados por balas na fuselagem do P-40. Dains rapidamente voltou ao ar no exato momento em que Welch aterrissou. Um sargento se aproximou do avião de Welch e perguntou sobre suas necessidades... Welch respondeu "muniÇão"... e o sargento o orientou a taxiar atÉ um hangar prÓximo. Dois armeiros abasteceram o avião de Welch, cÓdigo lateral "160", com cintos de muniÇão calibre .50. Taylor tambÉm tinha aterrissado. Welch entrou no hangar e encontrou um par de macacÕes para vestir por cima de suas calÇas do traje social, e voltou para o avião. Taylor tinha um major berrando com ele por ter decolado sem ordens enquanto os armeiros municiavam o P-40 cÓdigo lateral "155". Neste momento aviÕes japoneses comeÇaram a metralhar o campo Wheeler. Taylor acelerou seu motor e atropelou uma pequena carreta de transporte de muniÇão. Os dois P-40 decolaram pela pista de grama, em direÇÕes opostas. Taylor jÁ estava disparando suas armas antes que seu P-40 saÍsse do chão.
Existia uma abundância de alvos. Eram bombardeiros de mergulho do porta-aviÕes Kaga. Esta foi a última unidade que atacou o porto, e teve como alvo principal o USS Nevada durante sua tentativa de deixar o porto. Welch usou de potÊncia mÁxima para subir virando para a esquerda. Um "Val" inimigo tentou perseguir Welch por cerca de 10 segundos, disparando o tempo todo. Logo em seguida, abandonou a perseguiÇão, manobrando para a esquerda. O avião japonÊs não conseguiu acompanhar a rÁpida ascensão do P-40 de Welch.

Welch finalmente viu Taylor "imprensado" entre diversos D3A1. Taylor estava recebendo o fogo concentrado do bombardeiro cÓdigo de cauda AII-250. O piloto deste avião era Tenente Saburo Makino, lÍder de todos os bombardeiros de mergulho do porta-aviÕes Kaga, que estava tentando salvar um de seus homens que sofria perseguiÇão de Taylor. As balas calibre 7,7 milÍmetros do avião de Makino atingiram a cabine de Taylor, danificando o controle do trem de pouso e raspando seu braÇo esquerdo, que "não doeu muito". Os fragmentos das balas arruinaram sua calÇa do traje a rigor. Welch se aproximou do grupo, e foi alvo da metralhadora 7,7 mm do artilheiro PO2c Naoto Sato, operador de rÁdio no avião do piloto F1c Gen Ono - cÓdigo de cauda AII-246 - que estava a direita e a frente de Taylor. Ignorando o artilheiro, Welch baixou os flaps para não ultrapassar o avião de Makino. Seu artilheiro/operador de rÁdio, CPO Sueo Sukida, estava filmando os eventos com uma câmera de cinema e teve que parar para acionar sua metralhadora traseira. JÁ era tarde demais. As balas calibre .50 de Welch atingiram o tanque de combustÍvel. O avião caiu imediatamente prÓximo de uma casa na comunidade de Wahiawa, localizada ao lado do campo Wheeler.

 

 

Aliviado da pressão que sofria, Taylor focou no bombardeiro de mergulho do porta-aviÕes Kaga, D3A1 cÓdigo de cauda AII-236, pilotado por F1c Iwao Oka, e operador de rÁdio/artilheiro PO3c Tsuneo Minamizaki. Como Welch deixou o combate, o artilheiro do avião - cÓdigo de cauda AII-246 - mudou de alvo, atirando agora contra o P-40 cÓdigo lateral "155", mas Taylor conseguiu os resultados que queria. O avião AII-236 caiu na rodovia prÓximo da entrada do Corpo Civil de ConservaÇão "Brody" número 2, ao norte da comunidade de Wahiawa.
A formaÇão D3A1 se dispersou. Taylor observou um D3A1 prÓximo e o perseguiu na direÇão norte sobre o oceano, onde foi abatido. Este D3A1 do porta-aviÕes Kaga era pilotado por PO2c Nobuo Tsuda e seu operador de rÁdio/artilheiro era PO1c Fukumitsu Imai.
Welch manobrou e voou de volta para as proximidades do campo Ewa, a sudoeste de Oahu. Ele localizou outro avião japonÊs e assim o descreveu: "bombardeiro leve, trem de pouso retrÁtil, artilheiro traseiro morto ou desmaiado"... e atacou. "Seu artilheiro traseiro estava morto ou desmaiado porque eu não fui alvo do fogo de sua metralhadora". Ele perseguiu o avião por cerca de 8 quilÔmetros alÉm da costa de Oahu, onde conseguiu abatÊ-lo. Este avião era na verdade um A6M2 "Zero" do porta-aviÕes Kaga.
Welch e Taylor finalmente voltaram ao campo de pouso em Haleiwa. Eles entraram no carro de Taylor, e dirigiram para o campo Wheeler. No caminho de volta pararam para observar os destroÇos do AII-236, ao lado rodovia. O comandante do 47º esquadrão, Major Gordon Austin, parou seu prÓprio carro quando viu os dois pilotos ao lado dos destroÇos. Austin tinha voado retornando da ilha de Molokai para a ilha de Oahu. Ele tinha ido atÉ Molokai para caÇar cervos. Ele comeÇou a berrar com os dois por não irem direto para Haliewa, quando eles protestaram.
John Dains retornou ao campo Wheeler apÓs sua segunda missão, e mudou de avião embarcando num P-36 prateado. Ele foi acompanhado por cerca de outros 25 pilotos que decolaram dos campos de Haleiwa e Wheeler. Em seu retorno foi atingido pelo "fogo amigo" de armas automÁticas localizadas no quartel de Schofield, assim como visto no filme "A um passo da eternidade" (1953). O segundo tenente John C. Wretschko, do 47º esquadrão de caÇa, estava voando ao lado do P-40 de Dains, que fazia a aproximaÇão de pouso. O avião de Wretschko recebeu poucos danos, um buraco em sua asa esquerda, mas Dains foi abatido, morrendo dentro do P-36 que se incendiou ao chocar-se no solo, no meio de uma plantaÇão de abacaxi, localizada prÓxima do campo Wheeler.

 

 

Demorou cerca de duas semanas antes que as primeiras condecoraÇÕes fossem entregues. Cada senador e deputado federal em Washington, DC, se esforÇavam para encontrar um "herÓi" nascido em sua "terra natal" (leia base eleitoral!), para elogiar e se possÍvel conseguir entregar uma medalha de Honra. Nesta esperanÇa muitos pedidos de recomendaÇÕes foram feitos no Congresso por estes representantes, mas poucos "herÓis" realmente mereciam estas medalhas por "irem acima e alÉm do seu dever". Depois vieram os prÊmios com base nestas recomendaÇÕes. Em 5 de janeiro de 1942, Welch e Taylor foram agraciados com a medalha "Distinguished Flying Cross". Taylor recebeu uma medalha "Purple Heart" por causa do ferimento em seu braÇo esquerdo. Postumamente, John Dains recebeu uma medalha "Silver Star" e uma "Purple Heart".
Levou quarenta anos atÉ que uma testemunha se apresentasse com o relato sobre o combate aÉreo prÓximo da comunidade de Kaaawa, em Oahu. Este testemunho foi relacionado ao piloto John Dains e com a recente confirmaÇão e identificaÇão do porta-aviÕes japonÊs, o tipo de avião, e os nomes da tripulaÇão. Uma equipe de mergulho, na dÉcada de 1990, observou a cauda de um avião que poderia ser o D3A1 adormecido no lodo do fundo do oceano.
Em setembro 1992, o furacão Iniki removeu fragmentos do bombardeiro de mergulho cÓdigo de cauda AI-211, que foram arrastados e depositados na praia perto da ponta Barbers. Os membros da Sociedade Havaiana de PreservaÇão da AviaÇão e da AssociaÇão POW-MIA (prisioneiros de guerra e desaparecidos em combate) ficaram frustrados ao tentarem localizar - em junho de 2005 - o exato local da queda do bombardeiro de mergulho cÓdigo de cauda BII-233, cujas coordenadas diziam ser a leste do antigo campo Ewa. Eles tinham esperanÇas de localizar e providenciar o enterro da tripulaÇão deste avião japonÊs.

George Welch alcanÇou 16 vitÓrias aÉreas na II Guerra Mundial. Em seguida, apÓs a guerra, ele voltou à vida civil e se tornou piloto de testes da North American Aviation. Diz-se que ele quebrou a barreira do som em um mergulho com o protÓtipo do XF-86 em 1947, pouco antes do famoso vÔo de Chuck Yeager com o X-1. Sua morte veio em 25 de Maio de 1953, na queda de um protÓtipo do caÇa YF-100. Ken Taylor tambÉm teve mais uma vitÓria em janeiro 1943 no PacÍfico sul. Ele continuou a sua carreira militar apÓs a Segunda Guerra Mundial e, finalmente, foi comandante da Guarda AÉrea Nacional no Alasca. O brigadeiro-general Ken Taylor faleceu em 26 de novembro de 2006.

 

Autor: David Aiken
TraduÇão livre: JaponÊs (29/01/2010)

 

BIBLIOGRAFIA:
Revista FLIGHT JOURNAL, June 2007
Revista AIR CLASSICS MAGAZINE, november 1993

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