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CAOS NO CAMPO WHEELER

 

Antes do inÍcio da guerra, os pilotos da forÇa aÉrea do exÉrcito americano consideravam o HavaÍ como o melhor lugar para prestar serviÇo militar. Seu perÍodo de trabalho diÁrio era curto, as acomodaÇÕes no campo Wheeler eram confortÁveis, e existia muita diversão nas horas livres.
AlÉm disso, eles estavam pilotando o melhor caÇa que o “Tio Sam” possuÍa na Época. Entre estes pilotos estava o segundo tenente Francis S. Gabreski, do 45º esquadrão de perseguiÇão/15º grupo de perseguiÇão, que foi designado para esta unidade em abril de 1941, assim que concluiu a academia.
Gabreski É um exemplo tÍpico das centenas de pilotos de caÇa do exÉrcito que estavam afiando suas habilidades nos cÉus do HavaÍ enquanto as nuvens escuras da guerra se aproximavam deles no final de 1941.

 

 

Os americanos depositavam confianÇa no caÇa P-40. Esta foto foi tirada sobre as ilhas havainas em agosto de 1941.

 

Quando os japoneses finalmente atacaram, apenas uma pequena porÇão destes pilotos teve a chance de revidar o ataque.
Apesar de toda a estrutura militar organizada para defender Pearl Harbor, as forÇas americanas foram - como comentou um jornalista - pegas com as calÇas arriadas.
Os comandantes da Marinha e do ExÉrcito receberam o “alerta de guerra” de Washington, DC no dia 27 de novembro. Baseados na falta de respeito pela capacidade militar dos japoneses, e na auto confianÇa no poder de ataque aÉreo das forÇas americanas estacionadas na ilha de Oahu, decidiu-se que o grande perigo que eles corriam era o da sabotagem.
Desta maneira, foi ordenado que os caÇas e bombardeiros fosse retirados das Áreas de proteÇão e dispersão em volta das bases aÉreas, e alinhados em grupo em frente aos hangares para facilitar a vigilância.
Uma estaÇão de radar americana captou a formaÇão japonesa se aproximando, o horÁrio: 7h05. Os aviÕes japoneses foram confundidos com uma formaÇão americana de Boeing B-17 que estava para chegar apÓs um longo vÔo desde o continente.
Muita discussão tem sido gerada por causa da falha em acionar o alarme aÉreo, mas a verdade É que um alerta de pouco mais de 40 minutos teria feito pouca diferenÇa para a defesa de caÇas poder reagir.
Naquela manhã a forÇa de caÇas americanos não passava de um “dragão banguelo”, pois os caÇas P-36 e P-40 baseados no campo Wheeler tinham suas armas removidas por questão de seguranÇa e armazenadas em uma Área fechada no hangar principal.
O tempo requerido para reinstalar e municiar as armas destes caÇas, junto a baixa capacidade de ascenÇão destes caÇas, teria feito este alerta ser apenas acadÊmico.
às 7h49 o comandante Fuchida deu a ordem de ataque. Os vinte e cinco Aichi D3A1 do tenente Sakamoto, que estavam a apenas 20 quilÔmetros do campo Wheeler, imediatamente se dirigiram para o ataque. às 7h51 a formaÇão japonesa se dividiu em dois grupos que atacariam pelo oeste e pelo leste. Oito caÇas do porta-aviÕes Soryu providenciavam a cobertura aÉrea.

 

 

A base Wheeler em chamas. Observe no centro da foto um “Val” atacando.

 

O tenente Akira Sakamoto ficou pasmo com a visão que teve da cabine de seu “Val”. Voando a cerca de 3.000 metros de altitude, ele não conseguia acreditar no que via. LÁ embaixo, estacionados asas com asas, dezenas de caÇas P-36 e P-40 - a principal forÇa de defesa de caÇas das ilhas havaianas.
Eram 7h51 e nenhum caÇa interceptor americano estava no ar, nem mesmo a anti-aÉrea fora acionada. O ataque japonÊs contra a fortaleza americana tinha conseguido surpresa total. Em questão de minutos, os pilotos japoneses largariam suas bombas de 250kg com precisão cirúrgica sobre os caÇas em Wheeler.
ApÓs lanÇarem suas bombas sobre os hanagres e a linha de vÔo, iniciou-se o ataque rasante para metralhar os caÇas sobreviventes. Durante vinte minutos eles circulavam a base em sentido anti-horÁrio, atirando em tudo que podesse parecer um alvo valioso. O lÍder da escolta de caÇas, tenente Kiyoguma Okajima, apÓs uma rÁpida passagem de metralhamento, decidiu conduzir seus caÇas contra outro alvo de maior valor, pois a destruiÇão em Wheeler jÁ era considerÁvel. Ele voou para o sul para atacar a base Ewa, dos fuzileiros navais.
às 9h15 uma ala de sete caÇas do porta-aviÕes Kaga metralhou o campo Wheeler.
às 9h30 cerca de dezesseis D3A1 “Val” do porta-aviÕes Kaga tambÉm metralhou a base.
A espessa fumaÇa escura que subia dos caÇas em chamas encobriu duas fileiras de caÇas americanos a oeste do campo e no final da linha de vÔo.

 

 

Davis (3 vitÓrias oficiais) e Gabreski (28 vitÓrias oficiais) iriam sobreviver a segunda guerra mundial. Sakamoto perdeu a vida na batalha das ilhas Santa Cruz, em 26 de outubro de 1942.

 

Pilotos americanos que estavam dormindo em seus alojamentos foram acordados pelo estrondo das bombas com suas explosÕes.
Muitos correram para a linha de vÔo e tentaram ajudar as equipes de apoio em terra. Conseguiram ligar e taxiar trÊs caÇas P-36 e um P-40 longe de outros aviÕes em chamas.
ApÓs a formaÇão japonesa se afastar, a calmaria permitiu levar estes caÇas para abrigos apropriados. Utilizando seu veÍculo pessoal, um destes pilotos, o segundo tenente Emmett Davis, se dirigu ao hangar principal para buscar as metralhadoras .50 e .30 para seu caÇa P-40.
Quando o trabalho estava quase pronto, um “Val” atacou. Davis relembra: “Um bombardeiro “Val” tentou nos metralhar no abrigo, mas penso que este avião estava sem muniÇão. Ele passou voando bem baixo, menos de 15 metros de altura. O artilheiro traseiro estava olhando para nÓs, com uma expressão odiosa em sua face.

 

 

DestruiÇão no campo Wheeler. Um P-40 destroÇado e um P-26 que sobreviveu ao ataque.

 

ApÓs terminar de municiar o caÇa, eu acionei o motor e decolei na direÇão oeste do campo. ApÓs recolher o trem de pouso, eu me dirigi para as montanhas a oeste da base. Acionei minhas armas com uma rajada curta. Um milagre aconteceu: todas as metralhadoras funcionaram.
Contatei por rÁdio o Centro de Comando de CaÇas (CCC) e informei estar voando. Solicitei instruÇÕes e deram a ordem para eu voar atÉ a ponta Barbers, localizada na costa oeste de Pearl Harbor, para investigar a informaÇão de um desembarque inimigo naquela Área. Voei atÉ lÁ e nada vi. ApÓs informar o CCC, dei uma boa olhada em Pearl Harbor, que tinha vÁrios navios em chamas atracados no Battleship Row. Observei muita fumaÇa subindo da base Ewa. Outros trÊs caÇas conseguiram decolar de Wheeler e consegui me reunir ao grupo formado pelos pilotos Gabreski (P-36), Shifflet (P-40) e Lawrence (P-36), todos do meu esquadrão 45º.
Contatei o CCC informando que liderava uma formaÇão de quatro caÇas. Fomos orientados a voar na direÇão da base Hickam, para escoltar alguns B-18 que decolariam para localizar a frota japonesa. Quando nos aproximamos de Pearl Harbor, as armas anti-aÉreas da Marinha comeÇaram a atirar em nÓs. NÓs manobramos e retornamos ao campo Wheeler. Informei ao CCC que primeiro eles precisariam acalmar os artilheiros da Marinha antes que a escolta pudesse ser realizada.
Aterrissamos e abastecemos nossos caÇas. Eu liderei outras duas patrulhas naquele dia. Todas ocorreram sem grandes incidentes.
Apesar de 25 pilotos conseguirem decolar, jÁ era tarde demais para interceptar os atacantes japoneses que se afastavam retornando aos seus porta-aviÕes.

 

TraduÇão livre: JaponÊs (24/07/2010)


BIBLIOGRAFIA:
1. PEARL HARBOR 1941, The day of infamy, by Carl Smith and David Aiken.
2. P-40 WARHAWK ACES OF THE PACIFIC, by Carl Molesworth.

Last edited by japonês
Original Post

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Originally Posted by japonês:

Texto revisado.

 

Japonês

Oi, Sidney.

 

As revisões são muito importantes?

 

É que tinha acabado de formatar o texto em Word. Gostaria de saber pois se for o caso vou "control C/control V" em tudo novamente.

 

Luciano

Oi Luciano,

 

São erros ortográficos. Na última vez que postei estes artigos eu já tinha revisado os textos on-line, mas não consegui salvar nos arquivos que tinha em meu computador. Como voltei a postar os textos antes de serem revisados on-line, ficaram os erros.

São poucos mas quando se lê novamente se percebe. Coisa que não conseguimos perceber quando estamos escrevendo ou traduzindo, uma vez que na mente estão os dois textos, tanto em português quanto em inglês. 

É incrível como passam erros e não percebemos.

Desta vez eu prometo que vou salvar os textos revisados... Se assim não fizer vou torcer pela Portuguesa no próximo ano... kkkkkk

 

Japonês.

Valeu, Sidnei.

 

Entendi perfeitamente. Já fiz algumas traduções particulares e é como vc disse, sua cabeça fica com ambos os textos "aparecendo" na sua frente ao mesmo tempo e não se nota pequenas falhas. Eu mesmo corrigi algumas quando passei os textos a limpo para o Word.

 

Abração,

Luciano

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