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O perfil colorido do caÇa pilotado por Fujita durante o raide contra o Ceilão, em abril de 1942.

Iyozo Fujita foi um dos dois aviadores navais japoneses que foram reconhecidos como tendo derrubado dez aviÕes inimigos em um dia.
Filho de um mÉdico e de uma parteira, ele nasceu na provÍncia chinesa de Shantung, em novembro de 1917. Ele se interessou em seguir a carreira militar quando estava cursando o ensino mÉdio. Nesta Época sua aptidão acadÊmica o capacitou a entrar na academia naval de Etajima na classe que se iniciou em 1938. O jovem guarda-marinha completou seu curso de vÔo em junho de 1940.

Quando os japoneses atacaram Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941, o então tenente júnior (Lt. JG) Fujita decolou do porta-aviÕes IJN Soryu como lÍder (shotaicho) de uma ala formada por trÊs aviÕes que participou da segunda leva de ataque. Ele metralhou alvos em terra na base aeronaval de Kanehohe e seu caÇa "Zero" foi alvo de uma feroz reaÇão da artilharia anti-aÉrea.
Ao se reunir em formaÇão para o retorno ao seu porta-aviÕes, seu grupo foi atacado por quatro caÇas americanos modelo Curtiss P-36 armados com apenas uma metralhadora 7,7 mm. Um feroz combate aÉreo ocorreu. Os pilotos japoneses ficaram chocados com a agressividade dos pilotos americanos. Fujita conseguiu abater um P-36, mesmo apÓs ter sido atingido no motor pelas balas do lÍder dos caÇas americanos.
Não querendo arriscar sua sorte, Fujita sinalizou para seus subordinados para seguirem para a Área de encontro. ApÓs aterrissar no porta-aviÕes, um dos cilindros do motor de seu avião se soltou.

O ATAQUE CONTRA PEARL HARBOR EM DETALHES

No ano de 1991 Fujita deu uma entrevista falando desta experiÊncia de guerra.


No pÓs guerra, voando como piloto da JAL - Japan AirLines fez a popular rota Japão-HavaÍ-EUA. Em cada vez, ao se aproximar do aeroporto de Honolulu, vinha a sua memÓria o seu primeiro vÔo sobre as ilhas havaianas muitas dÉcadas atrÁs. Naquela manhã parcialmente nublada de dezembro de 1941. Fujita pilotou seu caÇa "Zero" no ataque japonÊs que matou milhares de americanos. Este ataque ficou conhecido como o dia da infâmia por ter sido considerado como traiÇoeiro. Fujita fez as seguintes afirmaÇÕes durante uma entrevista: "Eu sabia que era minha missão como piloto da Marinha japonesa voar para atacar os americanos, mas lÁ no fundo, me sinto culpado e querendo me desculpar"... "Eu apenas cumpri minha missão"... "Não era de minha competÊncia classificar a estratÉgia japonesa como sendo boa ou ruim, nÓs pilotos Éramos apenas peÇas de um jogo"

Passados cinqÜenta anos do ataque, Fujita lembra com detalhes o dia do ataque - a passagem de metralhamento ocorrida na base aeronaval de Kanehohe, o combate com os caÇas americanos P-36, e ter observado seu querido amigo, o oficial superior tenente (Lt.) Fusata Iida, mergulhar seu caÇa contra as instalaÇÕes militares americanas. Fujita exclamou: "Eu me lembro das cenas muito vividamente... esta foi minha primeira experiÊncia de combate".
Fujita se lembrava da Época de preparaÇão na academia militar, de servir por um perÍodo na guerra com a China e depois, ser designado ao porta-aviÕes IJN Soryu quando comeÇou a treinar com o caÇa "Zero". No inÍcio de novembro de 1941, Fujita , na Época um tenente JG, ficou chocado ao ouvir que os planos militares eram de atacar os EUA: "Eu iria lutar contra um inimigo muito poderoso, e pensei que não conseguiria sobreviver ao atacar Pearl Harbor".

A frota de 28 navios, incluindo 6 porta-aviÕes de esquadra, partiram de seu ponto de encontro a noroeste de Hokaido, chegando ao ponto de lanÇamento do ataque a cerca de 200 milhas de Oahu. "Na noite anterior ao ataque, lembro-me que não conseguia dormir um único instante, mesmo apÓs ter bebido 6 garrafas de cerveja".
ApÓs ficar junto com seus companheiros analisando as fotos dos alvos que seriam atacados, Fujita e os outros pilotos foram procurados pelo seu oficial lÍder, o tenente (Lt.) Fusata Iida, que fez a seguinte pergunta ao grupo: "Se vocÊs estiverem em combate aÉreo e forem atingidos no tanque principal de combustÍvel, e sabendo que não conseguirão retornar para seu porta-aviÕes, o que fariam?"

Antes que Fujita ou os outros pudessem dar uma resposta, Iida disse: "Se eu fosse vocÊs, eu jogaria meu caÇa contra um alvo em terra em vez de fazer um pouso de emergÊncia". Os pilotos japoneses não tinham uma segunda opÇão. Fujita se lembra que todos os pilotos de sua unidade não carregaram seus pÁra-quedas durante o ataque a Pearl Harbor. O tenente Iida parecia profetizar o que lhe aconteceria no dia seguinte.
A mente de Fujita estava agitada, e os pensamentos não paravam de vir a todo momento. No passado, em momentos como este, um copo de cerveja ou de sake costumava acalmÁ-lo, por isso comeÇou a beber. Mesmo apÓs as seis garrafas de cerveja, Fujita continuava acordado!
ApÓs o tÉrmino da madrugada, a primeira leva de ataque decolou às 6h15.

Como parte da segunda leva de ataque, Fujita acomodou-se no cockpit de seu caÇa "Zero", e sÓ neste momento os pensamentos de morte abandonaram sua mente. Esta seria a primeira vez em que testaria seu treinamento de combate e estava ansioso para colocar em prÁtica o que aprendeu. Em seu bolso estava um talismã: "Eu não acreditava nisso, mas meu amigos sim então eu pensei em carregÁ-lo", disse Fujita.
Fujita decolou uma hora depois, como parte da segunda leva de ataque. ApÓs quase duas horas de vÔo, observou ao longe a costa havaiana, cuja silhueta era visÍvel e marcada pela quebra das ondas nas praias. Ele estava seguro que voava sobre territÓrio inimigo. Ele contornou a ilha e observou os estragos causados pela ataque da primeira leva japonesa. O esquadrão do IJN Soryu era formado por oito caÇas "Zero", que mergulharam para atacar a base de aerobotes "Catalina" em Kanehohe. Utilizando seus canhÕes de 20 mm, causaram grande estrago. Durante a passagem de ataque, o fogo antiaÉreo inimigo parecia vir diretamente contra seu avião mas rapidamente saiu do mergulho e voltou a subir, e se posicionar em formaÇão sobre a base americana. Neste momento, o lÍder das alas do IJN Soryu, oficial tenente (Lt.) Fusata Iida, sinalizou para seus pilotos para se reagruparem a grande altitude. Usando de sinais manuais, este lÍder informou que tinha sido atingido no tanque de combustÍvel principal, e que não conseguiria retornar ao IJN Soryu. Apontando para baixo, indicou que faria um ataque suicida final.

Fujita descreve dramaticamente este momento: "Ele acenou com a mão se despedindo com um sayonara. Sua face não tinha mudado de expressão, Ele estava muito calmo". ApÓs este momento, o tenente (Lt.) Fusata Iida mergulhou em direÇão a base de Kanehohe, indo se chocar contra um morro dentro da base.
O prÓximo alvo do grupo de sete caÇas, agora sob o comando de Fujita, era a base aÉrea de Bellows, prÓxima dali. Fujita então comeÇa a ouvir estampidos de balas atingindo seu caÇa, eram quatro P-36 americanos que estavam atacando. Os pilotos japoneses entraram em formaÇão de batalha. Um dos caÇas americanos se dirigia contra Fujita, que motivado pelo exemplo de seu lÍder, pensou em se chocar com a caÇa americano. Mas no último momento o caÇa americano se desviou. Com seu caÇa "Zero" atingido seriamente, Fujita faz uma manobra radical, dando a impressão ao piloto americano de que tinha sido abatido, e comeÇa a perseguir outro P-36 que atacava um de seus companheiros. "Eu consegui atingir o caÇa americano, mas tambÉm fui atingido, perdendo um dos cilindros do motor", disse Fujita.

Com seu motor trepidando e emitindo sons estranhos, Fujita e outros dois caÇas fugiram da Área de combate. Fujita sentia-se um vitorioso, mas com o motor atingido de seu caÇa, precisava dirigir-se o mais rÁpido possÍvel para seu porta-aviÕes. Todavia, seu avião voava lentamente. Fujita descreve este momento crÍtico: "...meu motor comeÇou a emitir sons estranhos. Meu motor deve ter sido atingido durante o combate aÉreo. Eu estava perdendo velocidade. Meus alas estavam prÓximos de mim e pareciam estar preocupados comigo. Quando eu acionava a vÁlvula de regulagem de nÍvel, o motor voltava a funcionar normalmente. Eu indicava para eles que estava tudo bem, e eles ficavam aliviados. O motor pareceu querer parar por diversas vezes. Eu sempre acionava a vÁlvula de regulagem de nÍvel todas as vezes que isto acontecia. Era como caminhar sobre uma fina camada de gelo"

Não podendo fazer a aproximaÇão padrão para o pouso, ele apenas apontou o nariz de seu avião e fez algumas preces enquanto se aproximava do convÉs de voo do IJN Soryu. às 11h45, consegui pousar com um forte solavanco, o cilindro número um soltou-se do motor e caiu. Fujita olhou o painel de instrumentos e o marcador da pressão do Óleo estava em zero. Saltando fora do cockpit, Fujita, ainda cambaleando, estava feliz por ter conseguido voltar vivo. ApÓs esta difÍcil missão, Fujita se sentiu aliviado: "Foi um sentimento bom, apenas isso. Quando se estÁ lutando em uma guerra, deve-se pensar de maneira bem simples... Eu tive muita sorte de retornar... e me sentia realizado por ter cumprido minha missão".
Fujita afirmava que esta sensaÇão de missão cumprida não deve ser glorificada, pois isto seria algo errado, pois muitas vidas pereceram nestes combates.


Foto do segundo avião pilotado por Fujita no inÍcio de 1942. Seu primeiro avião, utilizado no ataque a Pearl Harbor ficou bastante danificado e foi substituÍdo por outro.

1942 - A BATALHA DE MIDWAY EM DETALHES

Os pilotos de caÇa da Marinha japonesa iniciaram o ano de 1942 altamente motivados e com plena confianÇa no caÇa "Zero". Nesta Época, um aviador naval precisaria ter completado entre 50 - 100 horas de tempo de voo e de quatro a cinco pousos em um porta-aviÕes para se qualificar a ser um piloto embarcado na elite da aviaÇão naval japonesa: a Kido-Butai. Mesmo o mais jovem piloto desta forÇa jÁ possuÍa cerca de 500 horas de tempo de voo.

Recentemente promovido, o tenente (Lt.) Iyozo Fujita foi um destes confiantes pilotos que participou das aÇÕes em Midway, pois se baseava nos sucessos anteriores jÁ conseguidos. Destacado para defender a frota, na manhã de 4 de junho interceptou alguns aviÕes americanos, os novos torpedeiros Grumman TBF-1 durante sua patrulha aÉrea de combate (CAP). Direcionado para a posiÇão de interceptaÇão por meio de cÓdigo Morse, Fujita escolheu uma tÁtica de ataque não testada anteriormente: mergulhar contra a parte frontal da formaÇão inimiga, ao invÉs de se posicionar e atacar o grupo inimigo por trÁs. Fazendo uma passagem de tiro constante, ele ficou espantado ao ver dois ou trÊs torpedeiros caindo em chamas e expelindo fumaÇa. "Este É o mÉtodo" - exclamou Fujita, dando assim continuidade aos ataques. Dos 6 torpedeiros americanos apenas 1 conseguiu retornar bastante danificado para sua base na ilha Midway.

Fujita decolou novamente para outra missão de interceptaÇão contra 16 bombardeiros de mergulho SBD-2 "Dauntless" que haviam decolado tambÉm de Midway. Os caÇas japoneses causaram um verdadeiro massacre, com 6 aviÕes americanos sendo abatidos quase que simultaneamente. O restante dos aviÕes americanos consegui evadir-se.
Pousando às 9h30, seu avião foi rapidamente abastecido de muniÇão, e sem descanso, decolou às 9h45 para interceptar um novo ataque que se aproximava, formado por torpedeiros embarcados Douglas TBD-1 "Devastator".



Mais de 30 "Zeros" participaram destes combates que ficou conhecido como a "GRANDE CAP - patrulha aÉrea de combate", mas o destaque ficou para tenente (Lt.) Fujita, que agora voava em sua terceira missão de interceptaÇão naquela manhã. Fujita perdeu o "cafÉ da manhã", e não conseguiu se alimentar nos quinze minutos em que esteve a bordo reabastecendo seu caÇa. Ele jÁ estava exausto e faminto, um estado talvez não muito diferente de seus companheiros de CAP. Seu ala desaparecera, talvez vÍtima dos caÇas F4F e das tÁticas inovadoras do piloto americano Thach. Fujita precisou atacar sozinho. Sua perseveranÇa deu bons resultados, abatendo quatro torpedeiros. Fujita continuou perseguindo os atacantes e se aproximou da linha de tiro da AA do porta-aviÕes IJN Hiryu.

Infelizmente, às 10h25 seu caÇa foi atingido pelo fogo "amigo", incendiou-se rapidamente. Mesmo estando a baixa altitude, Fujita precisou pular de pÁra-quedas no mar, a apenas 200 metros de altitude. Tendo dificuldade de sair do cockpit, saltou e seu pÁra-quedas abriu pouco antes dele cair na Água. Extremamente sortudo, Fujita não sofreu ferimentos na queda livre. Quando se soltou do pÁra-quedas, observou no horizonte trÊs colunas de fumaÇa e fogo, eram os porta-aviÕes IJN Kaga, IJN Akagi e IJN Soryu que ardiam apÓs serem bombardeados pelos americanos. Nada mais podia ser feito por Fujita.
Sendo agitado pelo sobe e desce das ondas, e sem esperanÇa de ser resgatado, Fujita se resignou com a possibilidade de morrer. Mais uma vez, por sorte, ele foi recolhido da Água por um destrÓier, apÓs algumas horas boiando no mar. Este destrÓier se aproximou de Fujita, que comeÇou a fazer sinais com os braÇos. Por um momento, a tripulaÇão do destrÓier Nowaki confundiu Fujita com um piloto americano inimigo, e apontou uma de suas metralhadoras pesadas contra ele. Neste momento um dos tripulantes do Nowaki reconheceu Fujita, pois tinha estudado com ele na academia naval. Trazido ao convÉs do destrÓier, Fujita observou o tamanho da tragÉdia, com muitos tripulantes dos porta-aviÕes japoneses boiando no mar. ApÓs trocar de roupas e comer um lanche, o exausto aviador acabou adormecendo sentado no convÉs do destrÓier.

ApÓs Midway, muitos pilotos sobreviventes foram tirados da linha de frente e enviados para serem instrutores nas academias navais. Fujita lamentou esta decisão: "Retirar pilotos veteranos de unidades na linha de frente causou uma quebra de combatividade. No final, isto foi um tremendo peso para nossos pilotos. Acredito que 10% de nossos veteranos foram mortos na batalha de Midway".
A prÓxima designaÇão do tenente (Lt.) Fujita foi como oficial de divisão do porta-aviÕes IJN Hiyo. Ele participou dos combates ocorridos prÓximo das ilhas Salomão e de Guadalcanal. Em novembro de 1943 foi apontado como lÍder do grupo aÉreo 301, sob a lideranÇa do comandante Katsutoshi Yagi. Com sua valiosa experiÊncia de guerra, o tenente (Lt.) Fujita comandou esta unidade em batalhas aÉreas sobre os cÉus de Iwo Jima, Formosa e na defesa do solo pÁtrio. Ele terminou a guerra na base aÉrea de Fukuchiyama, esperando o ataque final contra as forÇas de invasão americanas... este ataque não aconteceu por causa da rendiÇão japonesa!

O Japão perdeu grande parte de sua capacidade defensiva no final de guerra por causa da falta de combustÍvel para seus aviÕes, alÉm das limitaÇão tecnolÓgicas dos equipamentos dos caÇas. O tenente comandante (Lt. Cmdr.) Iyozo Fujita foi um dos oficiais que se queixou destas limitaÇÕes: "Durante a fase inicial da guerra, nÓs tÍnhamos a impressão que duas metralhadoras 7,7 mm e dois canhÕes 20 mm do caÇa "Zero" eram suficientes e adequados, porÉm mais tarde, este armamento se mostrou insuficiente. Nossos pilotos queriam metralhadoras de calibre pesado, 13 mm ou 15 mm, iguais aos caÇas americanos Grumman, mas foi impossÍvel de consegui-las e eu não sei o porquÊ. Nossas miras eram adequadas apenas para os pilotos veteranos, mas eu solicitei miras mais avanÇadas, iguais as utilizadas nos aviÕes americanos. Novamente não fui atendido. Eu sabia sobre os caÇas alemães Messerschmitt Me 262 (jato) e Me 163 (foguete). NÓs querÍamos eles tambÉm, mas não foi possÍvel conseguÍ-los".

O número total de vitÓrias aÉreas do tenente comandante (Lt. Cmdr.) Iyozo Fujita É incerto, e de acordo com alguns pesquisadores É de 11 vitÓrias. Outras fontes afirmam 42 vitÓrias. O modesto Fujita afirmou o seguinte a este respeito: "Eu atingi muitos aviÕes com minhas balas, mas saber com certeza quantos foram derrubados, eu não sei!" O número de vitÓrias reconhecidas oficialmente pela Marinha japonesa É de 7.
Fujita tornou-se um Ás durante a batalha de Midway, com suas 10 vitÓrias. Ele foi um dos poucos pilotos que participaram do ataque a Pearl Harbor que conseguiu sobreviver.

O PÓS GUERRA



ApÓs a guerra, Iyozo Fujita voou durante 27 anos como piloto de Boeing 747 da Japan AirLines atÉ sua aposentadoria em 1978.
Fujita visitou o Hawaii em 1985, como integrante de um grupo de pilotos japoneses que participaram do ataque a Pearl Harbor. Foi um perÍodo de homenagens aos mortos neste ataque, tanto americanos como japoneses. Fujita ficou muito emocionado e grato por saber que seu amigo o tenente (Lt.) Fusata Iida, foi sepultado com honras militares pelos americanos. Fujita colocou flores no memorial aos soldados americanos que tombaram naquele dia.
Quando perguntado sobre o que pensava sobre os americanos, anteriormente seu inimigo, Fujita não hesitou, e estampando um contagiante sorriso apenas falou; "Eles são amigÁveis. Eles são totalmente amigÁveis!... Eu amo os americanos".
Sobre a guerra ele dizia: "É uma luta entre paÍses, não pessoas. Eu fui um soldado, e fui enviado para lutar em vÁrios lugares pelo meu paÍs".
Fujita foi tambÉm um dos presidentes da AssociaÇão de Pilotos do caÇa "Zero", e o principal palestrante do SimpÓsio da Batalha de Midway, que aconteceu na EstaÇão Naval e AÉrea (NAS) de Pensacola, em 1988.
Fujita faleceu em novembro de 2006, enquanto vivia calmamente sua merecida aposentadoria na cidade de TÓquio.

Sidnei Eduardo Maneta - JaponÊs (12/12/2009)

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:
1. IMPERIAL JAPANESE NAVY ACES 1937-1945, by Henry Sakaida, Osprey Publisihing
2. SHATTERED SWORD, the untold story of the battle of Midway - by Parshall and Tully

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[quote] Fujita se lembra que todos os pilotos de sua unidade não carregaram seus pára-quedas durante o ataque a Pearl Harbor. [quote]

 

É típico. Não sei como isso não causava uma desestimulação nas unidades.

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