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Estou reorganizando a Kitcumba e revendo alguns kits e topei com algo inusitado...

Não é novidade os problemas que podem ocorrer com peças de borracha tais como endurecimento, decomposição em pasta, fluidos, etc. após alguns anos, mas abrindo a caixa de um kit com pouco mais de 30 anos me deparei com as lagartas grudadas na árvore...

       

Imaginei que a borracha estava fragmentada e fui retirando, e para minha surpresa o que estava danificado era o plástico.

A lagarta de borracha estava integra, flexível e sem danos. Algum tipo de reação química ocorreu entre a borracha e o poliestireno, o que derreteu e manchou o plástico...

Olhem a impressão da lagarta que ficou na peça de plástico...

Separei a lagarta e a coloquei em um invólucro de plástico grosso. Recomendo que façam isso ao guardar por muito tempo o kit, com as partes em borracha (pneus, lagartas, etc) para evitar problemas e conservar. Também é bom colocar a folha de decal dentro de um invólucro plástico.

Last edited by Wolf
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Boa dica eu vou pesquisar meus modelos mas acho que não tenho quase nada com este tipo de lagartas e guardado por muito tempo,tenho alguns kits da Dragon e da Tamiya com pneus de borracha,mas um só tem mais de vinte  anos.Tenho a impressçao que existe akgum tipo de solvente na borracha e com o tempo ele pode soltar derreter algo proximo,alguem que entende de quimica poderia explicar.

Essa situação é conhecida dos plastimodelistas de aviação devido a alguns kits de procedência asiática dos anos 1990, nomeadamente as séries 1/48 de F7F Tigercat (AM/Ertl) e P-38 Lightning (Hobbycraft/Academy), que continham a inovação (na época) de incluir pneus de borracha em kits de aviação. Infelizmente esses pneus eram embalados junto com as demais peças num único bag e os efeitos disso logo seriam sentidos.

Começou a ser percebido em modelos prontos, nas vitrines, que, algum tempo depois de montados, começavam a apresentar deformidades inexplicáveis nos trens de pouso; e tocou o alerta para os kits nas caixas. Aí o estrago era maior e o efeito aleatório, pois os pneus, soltos dentro do bag, devoravam tudo feito de estireno em que tocassem.

HTC que importou uma quantidade desses kits (junto com outros kits das mesmas marcas, sem a “inovação”), distribuiu e teve em estoque por anos essas minibombas-relógio sem tomar qualquer providência, ou indicar a outros que o fizessem, provavelmente por desconhecimento do problema.

Assim que, até hoje, se vê por aí kits dessa época vendidos sem as transparências, ou vendidos com canopies vacuform (os malditos pneus adoravam as transparências originais...), com pneus/rodas de resina em lugar das originais, ou outras substituições... ou ainda kits completos, peças nas árvores, que modelistas mais conscientes, muito decepcionados, venderam como sucata porque tinham um belo pneu de borracha fundido com o plástico bem no meio de uma asa, ou com os canopies derretidos...

Houve ainda quem, tendo comprado e percebido que era algo de resolução não muito simples, quis se livrar do problema passando adiante esses kits como “zerados”, sem avisar o comprador seguinte, uma prática vergonhosa...

As fábricas levaram ainda mais tempo para corrigir o problema e só já neste século Academy providenciou uma árvore extra de estireno com pneus e rodas para seus kits. No caso do F7F da AMT, uma nova árvore com pneus e rodas só apareceu na década passada quando a Italeri relançou o kit numa bela edição com decais Cartograf.

Hoje há, novamente, um revival dos pneus de vinil em vários kits e desconheço se causam algum tipo de reação nas peças de plástico, como seus antecessores. Kits modernos são mais bem embalados, elementos separados, de modo que se forem “plastic eaters” só se saberá depois de montados os modelos. Eu, que me escaldei na aventura dos anos 1990, não me arrisco (e nem gosto do aspecto desses pneus) e substituo todos por maravilhosos conjuntos de resina, muito mais detalhados e adaptáveis ao weathering do resto do modelo.

Segue um texto de internet que traduzi e adaptei, explicando o problema. Ele trata de pneus, mas se aplica aos demais itens.

"A questão é que esses pneus flexíveis possuem um material incluído na mistura chamado "plastificante" que é o que torna o vinil flexível. Não existe um único tipo de plastificante, existem muitos tipos diferentes. Com o passar do tempo, esse material escoa para a superfície do pneu e alguns deles reagem com o estireno e fazem com que ele se dissolva (não se trata de derretimento, pois o derretimento acontece com o calor, isso é "dissolver").

O verdadeiro problema é que as fórmulas plásticas não são controladas de maneira real. Um moldador pode e irá variar os constituintes do que está moldando durante um ciclo de produção à medida que as condições mudam ou à medida que um ou outro constituinte se torna mais ou menos disponível. É por isso que é quase impossível dizer que os pneus de uma empresa ou kit serão um problema. Isso pode acontecer com praticamente qualquer kit usando materiais flexíveis.

Ultimamente, a maioria das empresas se tornou mais consciente do problema  e parece que - aparentemente - estamos vendo menos casos deste tipo, mas os kits antigos ainda sofrem com isso com muita frequência.

Um problema semelhante acontece quando pneus velhos começam a rachar (o caminhão LRDG da Tamiya era famoso por isso) e é quando um dos componentes do pneu flexível tem algo volátil nele. Com o tempo, ele evapora ou a exposição ao ar ou aos raios UV causa mudanças no material do pneu, que encolhe ou racha.

Ainda assim, nem todos sofrem desses problemas, pois tenho um caminhão LRDG antigo onde os pneus não dissolveram nem racharam e foi construído nos anos 70. Por outro lado, também comprei rodas de resina para minha próxima construção LRDG..."

Apenas para relatar minha experiência pessoal, isso aconteceu com um caminhão antigo da Revell Brasil, e o pneu dissolveu, grudando na prateleira de madeira do armário. Já tive problemas similares com elásticos, que derreteram dentro do lugar onde os guardava, formando uma gosma inseparável com os clipes que estavam junto.

Em resumo, cheque seus kits que possuem partes de borracha/vinil mais antigas e, se possível, providencie substitutos de plástico ou resina. O Bertolim, da Electric Products,  tinha vários sets de pneus em resina à venda.

[  ]s

Sidney

Last edited by Sidney

Essa situação é conhecida dos plastimodelistas de aviação devido a alguns kits de procedência asiática dos anos 1990, nomeadamente as séries 1/48 de F7F Tigercat (AM/Ertl)

Eu montei um desses lá pelo período Cretáceo, e anos depois, os pneus haviam dissolvido e  e só não estragaram a prateleira porque era de vidro. Mas, se não me engano, na parte plástica do trem de pouso não aconteceu nada, só nos pneus mesmo. A consistência deles ficou parecendo com plástico derretido, quando encostava, esticava aquele fio.

Nunca testei ou vi alguém fazer, mas poderia uma camada de resina, tinta, primer, etc. colocada sobre a peça de borracha evitar que acontecesse problemas futuros?  Os pneus dos kits de carros de F1 da Tamyia, Ebro, etc não deram problemas até hoje... devem ter uma composição mais responsável...

Olha se é um componente que esta dentro do vinil,pintar não resolve,se não me engano há alguns anos tive problema com pneus de vinil da Italeri que melaram,como não sei onde coloquei os kits,não tenho como checar.Agora tive problemas com pneus de vinil em Um BTR 70 Dragon acjho que este o modelo os pneus racharam,talvez um dia eu refaça o kit e coloque rodas em resina se eu achar com preço razoavel,outro kit que me lembro que racharam os pneus foi um Tamiya Lrdg e tambem se achar rodas em resina a preços razoaveis talvez compre.

Vinil (Vinil => Policloreto_de_vinila) e borrachas são diferentes. Este caso de fluidos que saem do material acontece apenas com borrachas.  Peças de vinil que me deram problemas depois de anos foi o ressecamento, ficam quebradiços e perdem a flexibilidade, mas foram poucos, no geral a peça de vinil é bastante durável e resistente quando produzida com qualidade.

Last edited by Wolf

Wolf,

Também é questão de sorte (ou lote?)...

Tive alguns kits que isso aconteceu depois de montados, as lagartas "fundiram" nas rodas, em compensação tenho nas minhas sobras, algumas rodas do caminhão Revell 1/40 inteiras, se bem que a maioria se perdeu (montei uns 3 ou 4 deles), para garantir que não afetem outras, estão embaladas num saco plástico

Mas foram muito poucos, uma dúzia talvez, que eu me lembre, coincidência ou não, a maioria era Airfix HO/OO e alguns Italeri (Zvezda)...

Além é claro de antigos Revell, que nem considerei na estimativa acima...

Meu último caso foi um Tiger Tamiya 1/35 que nem montei, ele tem um "tubo de borracha" para usar nos filtros, que "derreteu" e ficou parecido com uma "gelatina", por sorte estava dentro da carcaça, então o "buraco" não ficará visível.

Então todo cuidado é pouco, já que nem a Tamiya se salva deste tipo de problema!

PlastiAbraços

Sim Rubão, temos que tomar cuidado e a minha intenção ao postar foi a de alertar e propor uma solução.  Tive problemas com as lagartas de alguns kits da Revell 1/72 de borracha e que foram fabricados na China. Entrei em contacto com a Revell alemã e critiquei ao ponto de irrita-los, mesmo porque eles negavam que foram fabricados na China mas tem a identificação no lado interno que eu fotografei e enviei para provar. No final eles enviaram-me 4 lagartas para os respectivos kits.

tive  um  problema  com a s rodas  de um opel maultier  da italeri,  deixei  separado , isolado  , pois  o derretimento  marcou um pouco  do leito da  cabine,  lixar  e deixar  algo  escondendo , gateando a  falha  vai ser aparte da  solução

....outra  maneira  também  seria,  a de se  tendo  um kit  borrachoso, se  tentar  fazer  uma  copia  em resina  e /ou  gesso  de dentista,  tem um tutorial de  como fazer   copia  com  material  k 27  ododntologico  do panzer serra  daqui mesmo da  webkits, ou  outros  inumeros  modelos  de  copia  na  internet, you tube...   copiar  assim que  possivel, para se  evitar derretimentos em datas  futuras e  incertas..

.as  vezes  ocorrem  não so em  rodas mas em  esteiras... e  esteiras  e  chato, pois ou se  canibaliza de outro  kit, ou vai  ter de apelar pra  aftermark ,  copias  em  resina, metal...so  que  nos  tempos de   preços de agora,  vai  custar  dois pares de  corneas,  tres  rins,   quatro pulmões. e  a alma......

plastiresiabços  paulo r  morgado  sp - sp

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