Boa noite.
Modernamente, os veículos de combate que portam canhões não precisam ter freio de boca em virtude do tipo de munição que disparam.
O freio de boca em um veículo de combate portanto canhão e torre da Segunda Guerra tem como objetivos:
- ajudar a diminuir o recuo da arma dentro do compartimento de combate. Com isso, não havia a necessidade de um espaço muito amplo para conter uma arma de grande calibre, como um 88mm;
- preservar o sistema de amortecimento interno da arma, localizada dentro do compartimento de combate e que também fazia parte do trabalho de compensação de recuo da arma. Eram os cilindros de recuo localizados ao longo do cano, à frente da culatra, juntamente com as hastes de recuperação;
- preservar o anel de rotação da torre. Se o recuo não fosse amortecido em parte pelo freio de boca, rapidamente, haveria danos ao anel de rotação e a torre fatalmente emperraria em dado momento;
- ajudar a preservar a suspensão do veículo do recuo da arma e das vibrações resultantes de uma arma desequilibrada e instável.
- melhorar a estabilidade de arma, diminuindo a vibração do conjunto, resultante dos disparos, possibilitando com isso uma melhor taxa de disparos por minuto e um menor desgaste interno do cano e dos seus elementos operacionais.
Os veículos sem torre não teriam necessidade desse dispositivo por estar a arma fixada a superestrutura do veículo que, pela espessura da blindagem e peso total, faria o papel do freio e atuaria na neutralização do recuo, juntamente com o sistema de recuo interno.
Essa é uma área muito interessante e explica muita coisa sobre veículos de combate com canhões em torre ou não.
Abs.