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Conforme relatos oficiais da Wehrmacht e do Alto Comando Britânico o primeiro oficial aviador aliado a ser aprisionado pelos alemães foi o 1º tenente Laurence Hugh Edwards, piloto da RAF nascido na Nova Zelândia e derrubado quando fazia um vÔo de reconhecimento sobre o mar do Norte no dia 5 de setembro de 1939. Edwards seria o primeiro de milhares de pilotos a serem capturados pelas autoridades alemãs naquele conflito.

 

Psicologicamente a situaÇão dos pilotos que caÍam em mãos inimigas era muito diferente daquela de outros militares aliados (soldados ou marinheiros). Estes geralmente eram aprisionados depois de uma longa batalha, talvez depois de meses no mar, ou de trabalho pesado no campo.

 

Mas os pilotos em geral sÓ caiam em mãos inimigas poucas horas depois de desfrutar o conforto de um ambiente familiar: o refeitÓrio do quartel-general ou o bar local. Num instante eles se encontravam em casa, junto de amigos e seus entes queridos, porÉm no momento seguinte, ao serem abatidos, eram lanÇados numa terra estranha e misteriosa, e ficavam à mercÊ de desconhecidos e muitas vezes de um destino incerto.

 

Por essa razão os pilotos aliados e alemães nutriam uma grande necessidade de fugir. Uma angústia lhes tomava conta tal como pÁssaros em cativeiro. AlÉm disso, a maioria dos aviadores preferia fugir porque o combate no cÉu lhes dava um sentimento de individualidade que era negada aos combatentes de outras atividades militares na guerra.

 

Prisioneiros e Carcereiros

 

Durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de prisioneiros aliados ficaram confinados em campos de prisioneiros de guerra. Os aviadores em especial ficaram sobre custÓdia da Luftwaffe.

 

A ForÇa AÉrea alemã administrava 7 campos de prisioneiros. Seus oficiais comandantes eram escolhidos diretamente pelo Alto Comando da Luftwaffe. O pessoal dos campos mantinha um grau de respeito profissional para com seus prisioneiros, portanto a atitude dos oficiais e guardas dessas prisÕes não deve ser confundido com os mÉtodos empregados pela SS ou Gestapo.

 

O prÓprio Reichsmarechal Hermann GÖring no inicio do conflito, fez muitas referÊncias ao tratamento cavalheiresco que seria dado aos membros da forÇa aÉrea britânica no que ainda era chamado de A Grande Guerra. Chegou a deixar claro que, enquanto os pilotos aliados estivessem em mãos da Luftwaffe, podiam esperar o tratamento dispensado a cavalheiros.

 

Muitos dos oficiais que serviam nestes campos tambÉm haviam sido pilotos e por isso o relacionamento entre prisioneiros e carcereiros era amistoso, apesar de que a confraternizaÇão entre alemães e aliados ser proibida de acordo com o regulamento.

 

Somente em fins de 1943, com a intensidade dos bombardeios aÉreos contra a Alemanha, realizado por ingleses e norte-americanos É que o tratamento dado aos pilotos capturados tornou-se mais rigoroso.

 

Dulag Luft

 

Dulag Luft, era o centro de inteligÊncia da Luftwaffe. Localizado no sopÉ das montanhas Taunus na cidade de Oberursel, 13 quilÔmetros a noroeste de Frankfurt. A maioria dos aviadores aliados capturados passavam por ele para ser interrogados, antes de ser enviados ao acampamento de trânsito em Wetzlar, onde passavam por uma triagem e então finalmente serem designados a um campo permanente.

 

Todos os aviadores capturados obrigatoriamente ficavam sobre custÓdia da Luftwaffe. Logo que chegavam eram colocados num barracão e despidos e suas roupas eram revistadas. Durante sua permanÊncia em Dulag Luft os prisioneiros eram mantidos em confinamento solitÁrio para evitar que os aviadores capturados combinassem seus depoimentos e forjassem informaÇÕes. A estada mÉdia em isolamento era de uma a duas semanas. De acordo com a convenÇão de Genebra um prisioneiro não podia ser mantido no confinamento solitÁrio para finalidades de interrogatÓrio por mais de 28 dias.

 

Faziam parte do grupo de oficiais interrogadores do Dulag Luft vÁrios oficiais que haviam morado nos Estados Unidos ou CanadÁ. AlÉm de bom domÍnio do idioma, tais oficiais usavam diversos ardis para a obtenÇão de informaÇÕes. Desconhece-se o emprego de tortura ou coaÇão por parte dos oficiais interrogadores. De fato vÁrios deles apÓs a guerra voltaram a viver na AmÉrica e Inglaterra, alguns mantiveram contatos com veteranos capturados da US Air Force e RAF.

 

Os capitães Kurt Waldschmidt e Hanns Scharff eram os principais interrogadores do centro de inteligÊncia. Scharff era professor de literatura antes do conflito. Formado em Psicologia foi convocado a servir no serviÇo de inteligÊncia da Luftwaffe no inÍcio da guerra. O Capitão Scharff tinha a reputaÇão mÁgica de conseguir todas as respostas que necessitou dos prisioneiros de guerra. Sempre tratou seus prisioneiros com respeito e dignidade. Diversos ex-prisioneiros que estiveram sobre sua custÓdia declararam os atos de bondade de Hans Scharff que muitas vezes ordenou que se tratasse dos aviadores feridos ou doentes no perÍodo de seu isolamento. Certa vez interviu em uma aÇão da SS, que transportava 6 aviadores americanos para serem executados por sabotagem. De pistola em punho tomou para si a custÓdia dos prisioneiros. Tal ato honroso foi reconhecido por esses, sendo que em outubro de 1980 foi agraciado com diploma e medalha pelos generais americanos James H. Doolittle e Curtis LeMay por esse ato humanitÁrio.

 

Depois da guerra foi convidado pela ForÇa AÉrea Americana para realizar palestras sobre seus mÉtodos de interrogatÓrio. Scharff não era membro nem simpatizante do partido nazista.

 

Em 1982 foi lanÇado o livro O Interrogador que narra as experiÊncias do capitão Hans Scharff.

 

Waldschmidt tambÉm era professor, lecionava na universidade de Gottingen antes da guerra. Formado em Psicologia era encarregado de interrogar as tripulaÇÕes de bombardeiros. TambÉm era considerado um oficial de boa reputaÇão, tratando seus interrogados com benevolÊncia.

 

Entre 1939 e 1945 mais de 68.000 prisioneiros das forÇas aÉreas inglesa, americana, francesa, canadense e atÉ mesmo alguns pilotos brasileiros estiveram confinados no Dulag Luft. Em Maio de 1945 quando da sua libertaÇão havia 2.457 aviadores aliados detidos no campo.

 

Em 26 de novembro de 1945 os ingleses prenderam e levaram a julgamento 4 oficiais alemães acusados de violaÇão do direito de prisioneiros de guerra britânicos. Eram eles os tenentes Willie Eberhardt e Heinrich Junge, o major Walter Killenger, e o coronel Bohehringer. Killenger e Junge foram sentenciados a cinco anos de prisão. Eberhardt recebeu trÊs anos e Bohehringer foi sentenciado a prisão perpÉtua, porÉm sua pena foi comutada sendo liberto em outubro de 1953

 

RecepÇão aos prisioneiros

 

Depois de designados para um dos campos, os aviadores eram reunidos, e transportados para seu destino em caminhÕes ou em trens. Por todo o trajeto eram escoltados por guardas fortemente armados.

 

Os prisioneiros logo que chegavam ao campo eram levados para salÕes onde eram despidos e suas roupas revistadas minuciosamente. Em seguida eram dirigidos a uma sala de banhos, enquanto suas vestes eram esterilizadas a vapor.

 

Depois do banho, era feita a troca das carteiras de identidade por placas numeradas. Então cada prisioneiro era fotografado. Em seguida os prisioneiros aliados recebiam papel para escrever uma carta aos familiares que seria remetida pela Cruz Vermelha.

 

Concluindo o processo os prisioneiros eram apresentados ao oficial aliado de mais alta patente que passaria a ser seu comandante e representante junto ao oficial em comando do campo.

 

Esse oficial aliado designava os novos prisioneiros aos barracÕes aos quais se acomodariam. Os prisioneiros eram organizados em blocos de 5 homens. Tudo era organizado em razão dos blocos. Recebiam em bloco tudo que fosse distribuÍdo tal como raÇÕes alimentares, pacotes da Cruz Vermelha, cobertores, cigarros, entre outros itens. TambÉm as designaÇÕes de trabalho eram feitas ao bloco.

 

A Vida como Prisioneiro

 

A rotina em um campo de prisioneiros comeÇava cedo. No perÍodo de inverno a alvorada era às 7 horas da manhã (no verão 6 horas), Em seguida todos os prisioneiros deveriam se preparar para a formatura, onde eram contados, em seguida eram emitidas ordens pelo comandante do campo ou seus oficiais auxiliares. Geralmente os oficiais aliados em posiÇão de lideranÇa tambÉm passavam informes e instruÇÕes aos demais prisioneiros.

 

Por volta de 8 horas da manhã os alemães distribuÍam aos prisioneiros Água quente para que a utilizasse para confecÇão do chÁ. às 11 horas era servida a refeiÇão. AtÉ meados de 1943 a Luftwaffe alimentava muito bem seus prisioneiros. Na verdade, havia tanta comida fornecida pela Cruz Vermelha que os alemães davam banquetes de quatro ou cinco pratos diferentes de duas em duas semanas, sÓ para acabar com o excedente.

 

A generosidade dos alemães ao distribuir esses suprimentos entre os prisioneiros era feita em comemoraÇão de aniversÁrios ou festas. Essa realidade mudou muito na fase final da guerra, pois a escassez de suprimentos não permitia mais extravagâncias.

 

Os prisioneiros eram ocupados em vÁrias atividades durante o dia. Equipes eram enviadas para fazer manutenÇão nos barracÕes, ou outros serviÇos de conservaÇão das Áreas do campo. Mas os soldados aliados tambÉm passavam boa parte do tempo em atividades recreativas e culturais.

 

Os comandantes alemães incentivavam os prisioneiros a dedicarem-se a musica. No Stalag Luft 1 o comando alemão forneceu material e instrumentos para que os soldados aliados criassem uma orquestra musical .

 

Os soldados praticavam vÁrias modalidades esportivas, do criket ao futebol. AtÉ mesmo um torneio de Boxe era realizado anualmente nos campos de concentraÇão administrados pela Luftwaffe.

 

Geralmente o comandante do campo abria a temporada de lutas de boxe entre os prisioneiros aliados. Os soldados e oficiais alemães tambÉm assistiam os embates acomodando-se do lado externo da cerca de arame farpado.

 

Depois de um dia cheio, o jantar era servido às 5 horas da tarde. Constava de 300 gramas de pão de batatas, 500 gramas de batatas, queijo ou salsicha.

 

A chamada da noite ocorria por volta das 20 horas. Nesta ocasião os prisioneiros eram contados novamente. Depois de expedido o relatÓrio de contagem os soldados aliados eram obrigados a permanecer no interior dos barracÕes. As 21:00 os guardas passavam e inspecionavam se as janelas estavam bem trancadas, por volta de 21:45 todas as luzes dos barracÕes eram desligadas.

 

Aos domingos era permitido aos prisioneiros a realizaÇão de serviÇo religioso. Geralmente havia entre os prisioneiros padres ou ministros protestantes que executavam essa assistÊncia religiosa. Um barracão no campo era destinado como igreja ecumÊnica, porÉm a grande maioria dos serviÇos eram realizados ao ar livre.

 

A Guarda e os meios de RetenÇão

 

Os campos de concentraÇão, geralmente eram divididos em setores (mini-campos dentro do campo). Cada setor era limitado por 5 cercas de arame farpado de aproximadamente 3 metros de altura. Na Área do setor junto às cercas se localizavam torres de vigia. Em cada torre ficavam dois guardas, que dispunham de uma metralhadora MG 42. AlÉm da arma as torres eram equipadas com holofotes.

 

Cada torre ficava a uma distância de 60 a 100 metros da outra, portanto os holofotes de uma geralmente iluminavam a Área da outra. Grupos de guardas armados geralmente acompanhados de cães circulavam na parte interna e externa do setor. Cada setor mantinha uma guarda em alerta 24 horas por dia.

 

O número de soldados e oficiais de cada setor variava muito do tamanho da Área a ser guardada. Estima-se que durante o dia cerca de 200 soldados faziam a guarda de cada setor, porÉm à noite esse número simplesmente dobrava ou triplicava.

 

Fuga e Evasão

 

Uma das Fugas mais espetaculares da 2ª Guerra Mundial foi à escapada do campo de Sobibor (acampamento mantido na PolÔnia por pessoal da SS) empenhada por combatentes russos e judeus. AtravÉs de um rÁpido ataque centenas de prisioneiros conseguiram escapar, matando diversos de seus captores.

 

HÁ registro de diversas fugas nos Stalag Lufts. Centenas de prisioneiros de guerra tentaram escapar usando os mÉtodos mais variados. Túnel foi o meio mais usado pelos POWs (abreviatura de Prisioneiro de Guerra em inglÊs) em busca da liberdade. Muitos prisioneiros acabaram morrendo durante a fuga.

 

No Stalag 3 ocorreu a famosa fuga do filme Fugindo do Inferno (The Grant Scape titulo original em InglÊs), onde 76 prisioneiros escaparam no meio da noite.

 

A grande fuga do Stalag 3 ocorreu em 24 de marÇo de 1944. Essa empreitada fez com que as autoridades alemãs empenhassem grandes efetivos para recapturar os 76 homens que haviam fugido.

 

Hitler ficou furioso e ordenou que medidas severas fossem adotadas para que se evitassem novas fugas. A SS e Gestapo foram designadas para se encarregar dos prisioneiros recapturados.

 

Foram fuzilados sem nenhuma piedade 50 dos POWs capturados. ApÓs a guerra ex-prisioneiros britânicos construÍram no antigo terreno do campo um monumento em memÓria dos 50.

 

Prisioneiros Brasileiros

 

Diversos militares brasileiros acabaram sendo capturados pelos alemães na campanha italiana. Pelo menos 12 aviadores e 175 homens da FEB. A maioria dos prisioneiros brasileiros foram enviados ao Stalag 7. HÁ registro de 4 tenentes e 1 capitão da FAB no Stalag Luft 3, o restante foram confinados em outros campos.

 

Segundo o cabo Amynthas Pires de Carvalho:

 

De acordo com dados oficiais, 45 brasileiros foram prisioneiros de guerra dos alemães, no Stalag 7 (mantido pelo exÉrcito alemão); dos quais nove eram oficiais e 36 eram praÇas. "Não sei exatamente quantos desses estiveram no Stalag VII A, em Moosburg, mas pelo que me foi possÍvel apurar, esta É a lista dos que lÁ estiveram: Alcides LourenÇo da Rocha - Alcides Ricardino - Amynthas Pires de Carvalho, AnÉzio Pinto Rosa - AntÔnio da Silva - AntÔnio Ferreira - AntÔnio Júlio - Elizeu de Oliveira - EmÍlio Varole - Geraldo da Silva - Geraldo Flausino Gomes - Guilherme Barbosa de Mello - Guilhermino AndrÉ de Morais - HilÁrio Furlan - João Muniz dos Santos - JosÉ Ferreira de Barros Filho - JosÉ Rodrigues - MÁrio GonÇalves da Silva - Miltom BraganÇa - Oswaldo Casemiro MÜller - Oswaldo MaurÍcio Varela - Pedro Godoy - Waldemar Reinaldo Cerezoli. Foram 23 na minha contagem, que pode estar errada ou incompleta".

 

Relato do 1º tenente EmÍlio Varoli, do 11º Regimento de Infantaria, capturado no Monte Castelo e feito prisioneiro no Stalag 7A na localidade de Moosburg – Alemanha.

 

Em fins de janeiro soubemos que um forte contingente de aviadores deveria chegar a Moosburg e comeÇou uma azÁfama tremenda para preparar outros barracÕes destinados a alojÁ-los.

 

Eram perto de 4.000 oficiais da A.A.F., R.A.F., U.S.A.F. e alguns de infantaria que vinham do Stalag Luft-3 em Sagan no norte da Alemanha, evacuados diante do avanÇo russo naquele setor.

 

Chegaram cansadÍssimos e muitos, doentes de tanto caminhar, pois o deslocamento fora efetuado a pÉ por umas centenas de quilÔmetros, tendo sido embarcados num ponto prÓximo de Moosburg. Vinham comandados pelo Coronel Goodrich, da A.A.F., um dos oficiais mais enÉrgicos que jamais encontrei.

 

O corre-corre foi tremendo, pois os alojamentos tiveram que comportar 400 homens em lugar de 200 e todo o espaÇo disponÍvel foi ocupado num abrir e fechar de olhos. Não havia outra soluÇão; devido ao Stalag 7 ter recebido muitos prisioneiros evacuados de outros setores, abrigava naquela ocasião mais de 100.000 prisioneiros de todas as categorias e naÇÕes. Tornou-se, creio eu, o campo mais importante da Alemanha naquela ocasião. [Na verdade, em 1 de janeiro de 1945, o campo jÁ contava com 76.248 prisioneiros, a maior parte deles franceses – 38.000, isso numa Área de 350.000 m2].

 

Eu postara-me junto à entrada para apreciar o movimento e quando regressei ao meu catre, uma surpresa me aguardava. O meu colchão estava repleto de cigarros, meias e outras coisas utilÍssimas que os recÉm-chegados haviam deixado. Mal podia crer no que via e tratei logo de procurar os doadores para agradecer-lhes a gentileza e fui travando conhecimento com um grupo de Ótimos companheiros. Eram aviadores que haviam conhecido o Brasil na passagem, quando de suas viagens da parte dos nossos patrÍcios do norte, aproveitaram aquela ocasião para retribuÍ-las a um brasileiro. DaÍ por diante o meu nome nas barracas passou a ser ‘Brasil’.

 

EvacuaÇÕes

 

Como jÁ citado anteriormente, à medida que os exÉrcitos aliados e soviÉticos avanÇavam pela Alemanha, os comandos responsÁveis pelos POWs precisaram adotar medidas para evacuar os prisioneiros destas Áreas.

 

Diversos comandantes de campos comeÇaram a adotar medidas para desgastar o moral dos detidos, bem como deslocar os prisioneiros para outros estabelecimentos a fim de evitar motins ou tentativas de fuga em massa.

 

As raÇÕes e pacotes da Cruz Vermelha foram drasticamente reduzidos. A partir de fevereiro de 1945 cada prisioneiro recebia diariamente alimentos que representavam apenas 800 calorias (atÉ janeiro eram servidas 1.800 calorias diÁrias). O cardÁpio do almoÇo e janta havia sido alterado para uma sopa pobre, composta de Água quente onde boiavam algumas verduras e de vez em quando uma migalha de carne de cavalo.

 

Apesar das medidas para a evacuaÇão, o exÉrcito soviÉtico cercou o Stalag Luft 1 nas cercanias da cidade litorânea de Barth, no dia 25 de marÇo de 1945, libertando mais de 4.800 prisioneiros aliados.

 

O serviÇo de saúde do exÉrcito vermelho mal equipado, pouco pode fazer pelos prisioneiros que se encontravam com forte anemia, desidratados e com doenÇas respiratÓrias.

 

No inicio de abril de 1945 Hitler ordenou que os prisioneiros aliados sistematicamente fossem deslocados para as cidades estratÉgicas que eram alvos em potencial das esquadrilhas de bombardeiros, para servirem de escudos humanos.

 

GÖring interveio, alegando ao FÜrher que tal procedimento era contra a convenÇão de Genebra e que seria prudente e necessÁrio manter os POWs em seguranÇa para os utilizar como moeda de barganha numa negociaÇão forÇada.

 

Himmler sugeriu que a SS se encarregasse de eliminar o "excesso de contingente" dos campos.

 

O Reichsmarechal Herman GÖring se opÔs energicamente a isso, enviando apressadamente aos campos fortes contingentes da Luftwaffe para garantir a vida dos prisioneiros aliados.

 

Pode-se acusar GÖring de diversos crimes; mas foi por meio dele que se evitou a morte de centenas ou talvez milhares de prisioneiros que estavam sob custÓdia da Wehrmacht em abril de 1945.

 

Em abril diversos campos mantidos pelo ExÉrcito e pela Luftwaffe foram libertados pelos exÉrcitos aliados e soviÉticos.

 

O Stalag 7 em Moosburg, o qual mantinha cativos militares brasileiros, foi libertado por tropas pertencentes ao 3º ExÉrcito de Patton no dia 29 de abril de 1945.

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Nome, posto, nº de série, mais... O problema do interrogatório de prisioneiros de guerra

 

 

Os tedescos tem um sistema bem bom de sugar informação de prisioneiros de guerra aliados. Algumas vezes ele funcionou. A maior parte do tempo, quando os prisioneiros de guerra aliados fincaram pé por seus direitos, ele não deu certo. Mas em alguns casos, nenhum sistema de informação foi necessário – alguns caras só falaram o bico para os tedescos, de graça.


Alguns americanos cresceram ouvindo programas de perguntas, a julgar pela forma loquaz como uns poucos aviadores, abatidos sobre a Alemanha na 2ª Guerra Mundial, responderam as perguntas dos interrogadores alemães. Isto não era uma característica ocupacional só de aviadores, pois houve um igual número de casos onde oficiais e soldados dos Estados Unidos, de todos as forças armadas, pareceram esquecer as aulas de segurança de combate que tinham-lhes sido administradas (ou durante as quais tinham dormido) durante os períodos de treinamento. “Abriram o bico” quando capturados e levados a oficiais da inteligência alemã.

 

Mas, puramente para propósitos de exemplificação, considere o relatório do interrogatório de uma tripulação de aviadores abatidos durante uma missão diurna contra Heidelberg, em março de 1945. A conquista da Alemanha trouxe a luz este documento e outros como este, arquivados em um centro de interrogatório da força aérea inimiga. A tripulação desse bombardeiro Marauder revelou informação confidencial suficiente para encher seis páginas. Tinham voado 48 missões, estavam estourando de idéias e opiniões e as deram de boa vontade, como pode ser visto da riqueza de informações detalhadas que entregaram aos “tedescos”, de graça.

 

Treinamento operacional no campo de Barksdale, Louisiana, rota tomada até a Sardenha, missões contra alvos na Itália e, finalmente, o ataque de precisão contra as instalações ferroviárias de Heidelberg – estes eram alguns dos assuntos discutidos a fundo. “Nas instruções da missão foi cuidadosamente enfatizado que sob nenhuma circunstância a cidade em si deveria ser atingida. Por esta razão uma formação bem pequena foi usada para impedir danos por erros à cidade”, diz o relatório. Não havia alvo alternativo.

 

A última missão foi cuidadosamente descrita – formação, rota, clima, carga de bombas, escolta, defesa antiaérea. Com crescente liberalidade, os aviadores revelaram que “em geral, as formações de Marauders tem pouco a temer da flak [artilharia antiaérea] alemã. Isto era o sumário do inimigo das observações da tripulação: “por razão de sua maior velocidade em comparação com as formações de bombardeiros de quatro motores, os bombardeiros médios aparecem sobre o alvo rapidamente e desaparecem igualmente rápido, sem permanecer sobre a zona de perigo por um período longo de tempo.

 

Enquanto a possibilidade de acertos em uma formação de aviões de quatro motores é estimada em 40 porcento (não abatidos – meramente atingidos), a possibilidade de acerto em um bombardeiro médio é muito reduzida. Como um exemplo, os PG [prisioneiros de guerra] disseram que tinham voltado para base com furos de flak somente uma vez em suas 48 missões anteriores”.

 

Tagarelando livremente, o piloto e navegados, habilmente auxiliados pelo resto da tripulação quando sua vez chegava, deram informações sobre o vôo ao IP [interrogador] e sobre a própria corrida de bombardeio, formação e força, liberação das bombas; navegação e precursores. Foram francos ao revelar que não estavam se gabando de seu equipamento ou realizações: “todos os ataques foram realizados sem precursores. Não havia nenhum a disposição da --ª Ala de Bombardeiros Médios”, diz o relatório, prosseguindo para dizer:

 

“Loran e Diskus: nenhum destes aparelhos de navegação eram conhecidos do navegador. Ele conhecia o nome “GH”, mas somente de ouvir falar, mas era capaz de dizer com certeza que o Diskus não estava em uso na --ª Ala de Bombardeiros Médios”. Seus aviões também não tinham equipamento de alta altitude. Por eles nunca voarem acima de 4.000 metros, mesmo máscaras de oxigênio eram desnecessárias.

 

De informações reunidas durante as entrevistas, o inimigo montou uma imagem completa da organização tática atual. Operações anteriores foram discutidas e a tripulação revelou que eles sabiam de planos futuros. Não tinham ouvido de uma planejada conversão de Marauder para Invaders, entretanto, “a despeito das reconhecidas más características de vôo do B-26, especialmente na decolagem e aterrissagem, não havia probabilidade de mudança em um futuro próximo”, diz o relatório, que conclui com a afirmação sobre o bombardeiro de mergulho B-26: “a algum tempo atrás o B-26 foi usado experimentalmente em bombardeios de mergulho. Ele foi usado dessa forma contra um alvo escolhido na Holanda.

 

De acordo com os relatórios, todos os aviões atacantes foram abatidos por causa da velocidade e taxa de ascensão depois das bombas terem sido lançadas não serem suficientes. Pode ser dito com certeza que no futuro o Marauder só será usado em bombardeios de nível”.

 

Considerou-se que a recreação valia um parágrafo: “o hotel Martinez em Cannes foi requisitado pela Força Aérea Americana para o pessoal de vôo e membros escolhidos das tripulações de terra. Licenças de até sete dias são dadas neste centro de descanso. Depois de sua trigésima missão a tripulação interrogada passou quatro dias no hotel e então voltou para a Sardenha”.

 

O segundo tenente que servia como observador para a tripulação de uma Fortaleza Voadora abatida em março de 1945, a leste de Schmachtenhagen, se tornou o porta-voz durante o interrogatório. Ele revelou cinco páginas datilografadas em espaço simples, com informações, incluindo alvos que ele tinha atacado ao longo de 30 missões e menções a uma visita do General Doolitle e um grupo de congressistas e senadores a sua base em Nuthampstead.

 

Modestamente, ele admitiu que seu esquadrão era famoso por bombardear com precisão milimétrica alvos, usando Meddo e GH. Ele mesmo não tinha tido treinamento como observador de radar, mas muitos alvos de precisão na área da ofensiva de Rundstedt, tais como uma ferrovia e outras pontes foram bombardeadas com sucesso por radar. Ele descreveu uma falha total que custou ao esquadrão sua reputação por bombardeios cegos perfeitos – o observador do radar leu errado o indicador do Meddo e o padrão de bombas foi jogado de forma perfeita, mas 8 km antes de atingir o alvo.

 

Sob o título “Rota de partida e encontro”, o relatório inclui este parágrafo:

 

“Foi dito aos pilotos que se os danos a seus aviões fossem tão severos que um retorno seguro fosse questionável, deveriam rumar para território russo. Instruções especiais sobre quais aeroportos eram apropriados para pousos não foram dados, o PG se lembra que em ataque contra Chemnits, um avião deixou a formação e dirigiu-se para a Rússia. Nada se soube a respeito do destino daquele avião.

 

Os interrogadores alemães estavam sempre alertas para sinais de desconfiança de seus aliados por parte dos Americanos. O relatório de uma detalhada entrevista com um terceiro sargento, metralhador de cintura em um B-17 abatido no mesmo mês, inclui esta afirmação: “até então nenhum regulamento especial nem campos de pouso específicos tinham sido designados para aterrissagens de emergência em território russo, apesar de todas as tripulações terem um interesse justificado em saber onde nas “Estepes Russas” tais aterrissagens podiam ser feitas.

 

O fato que a URSS até então não tinha tido vontade de colocar campos de pouso a disposição do bombardeiros pesados americanos na guerra com o Japão tinha criado ressentimentos, pois esta negativa tinha tido o efeito de alongar a Guerra do Pacífico”.

 

Outro relatório termina com este parágrafo, baseado em um comentário de um oficial: “diferentemente das pessoas de todas as outras cidades na Itália central e meridional ocupadas pelos aliados, a população de Grosseto não tenta esconder seu ódio dos americanos. O oficial americano pensavam que ‘Mussolini realmente fez o seu serviço em Grosseto’. Já tinha havido freqüentes confrontos entre americanos e jovens italianos. Os americanos baseados em Grosseto desejavam que pudessem bombardear a cidade até transformá-la em ruínas e cinzas por causa da atitude não amigável e hostil da população”.

 

O mesmo oficial que lembrava-se que um avião americano tinha sido engolido pela Rússia contribuiu o seguinte sobre as relações RAF-USAAF: “oficiais da RAF dão palestras regulares em Nuthasmpstead a cerca de operações noturnas da RAF. A participação por parte dos oficiais americanos é opcional e não muito ativa.

 

As operações noturnas da RAF são encaradas de forma superficial. Isto era particularmente notável quando as formações de bombardeiros ingleses voavam sobre a base ao anoitecer, no seu caminho para a Alemanha. Um comentário freqüente era que em comparação com as ordenadas formações americanas, as formações da RAF eram um enxame desordenado. O fato que o vôo em formação não era possível a noite não era encarada como uma desculpa válida pelo PG”.

 

Com relação a isto um lamentável fato emerge – um baixo padrão de consciência política prevalecia entre as fileiras das forças combatentes aliadas. Os interrogadores alemães foram rápidos em se aproveitar das possibilidades da técnica do “dividir para conquistar”. Ficaram realmente surpresos com a falta de educação política mostrada pelos PG aliados e pela facilidade com que eles eram capazes de contra-argumentar qualquer justificativa que o prisioneiro tentava apresentar.

 

Em resumo, os interrogadores apresentavam a Alemanha com um viés favorável, delineando as semelhanças entre a Alemanha e os aliados. A Rússia Soviética era a vítima de muitos argumentos. Os americanos, disseram os interrogadores, estavam morrendo em vão, pois no caso de uma vitória aliada, as potências ocidentais iriam descobrir que a tirania bolchevista seria um fait accompli na Europa. Para tudo isso os prisioneiros surpreendentemente ofereciam pouca resistência – simplesmente por causa de sua abismal ignorância de política.

 

Interrogadores alemães, mais tarde capturados por tropas aliadas, fizeram muitas sugestões para as autoridades americanas – notavelmente que punir os prisioneiros que tinham revelado informação confidencial teria o efeito de melhorar a preocupação com segurança por parte das tropas ainda lutando no Pacífico. Não sugeriram, entretanto, que deveríamos tentar doutrinar politicamente para aumentar a segurança. Mesmo os alemães acharam que isso dificilmente funcionaria em uma população democrática.

 

Se o interrogatório de tropas americanas capturadas causou nossa falha de segurança nº 1 no TOE [Teatro de Operações Europeu] e na Europa Mediterrânea, a segurança de documentos era nosso segundo grande meio de dizer ao inimigo o que ele queria saber. Isto foi confirmado pelo oficial de contra-inteligência do II Corpo de Pára-quedistas alemão, um tenente-coronel capturado no bolsão de Falaise em agosto de 1944. Um oficial altamente inteligente, que tinha servido em quartéis-generais na Polônia, França (1940) e Rússia, ele mencionou particularmente que a segurança de documentos americana era absolutamente chocante.

 

De novo e de novo, documentos altamente secretos foram encontrados nos bolsos de PG americanos e em veículos na linha de frente. Este PG se lembrava de uma ocasião em que ele achara com um tenente americano um documento Altamente Secreto dando a reorganização completa das forças americanas logo depois da batalha de Avranches. Quando comentou isso com o tenente, este lhe respondeu: “bem, você não pode guardar tudo isso na cabeça”.

 

O oficial alemão notou que, se as forças aéreas aliadas tivessem permitido que os alemães movessem suas tropas nem que um pouco, esta flagrante brecha de segurança teria nos causado prejuízos incalculáveis, pois muitas posições e movimentos de unidades aliadas foram expostas com grande avanço.

 

Como um comentário adicional, os alemães disseram que as listas de distribuição em quase todos os documentos eram uma das fontes mais valiosas de informação aos alemães. Este oficial, por sua própria boa vontade com o antigo inimigo - ainda inimigo de seu país – provou a verdade de uma declaração feita por um interrogador alemão que disse: “todo o treinamento de segurança é arruinado pelo fator humano”.

 

O centro de avaliação da Luftwaffe escreveu um relatório sobre os papeis encontrados no corpo do Sargento R., morto em ação na área de Berlim em março de 1945.

 

Um diário pessoal continha anotações que davam aos alemães dados a respeito de alvos, tempo e método de ataque, carga de bombas, corrida de bombardeio, agrupamento, clima, aterragens de emergência em território russo e posição de caças.

 

No caso disto parecer inacreditável, reproduzimos uma anotação do diário:

 

Alvo: Berlim, decolagem 06:44 horas. Levantei às 02:40 horas, vesti-me e comi o café da manhã: torradas, xarope, café e laranjas. Peguei meu equipamento. A apresentação sobre a missão começou às 03:45 horas. O alvo para hoje é um pátio ferroviário na cidade de Berlim. Se esperava que fosse um ataque visual, mas também tinham em mente a possibilidade de ter que bombardear através de cobertura de nuvens (Meddo). Se esperava forte artilharia antiaérea sobre o alvo. Nossa carga de bombas era de 12 bombas 45 RDK de alto explosivo e 8 bombas cluster (M17) de 225 kg cada (carga total, de acordo com isto, de 2,34 ton.).

 

Não deveríamos bombardear qualquer alvo a leste de 12º ou a oeste de 8º (isto indicava que a frente oriental tinha avançado para o ocidente – compare isso com a avaliação de documento do Destacamento Stendal, relatório de queda de avião nº VE 1/45, datado de 18 de março de 1945 A.d.A.).

 

No caso de termos que fazer um pouso de emergência atrás das linhas russas, nosso sinal de identificação era inclinar a asa esquerda de 3 a 5 vezes. Nossa escolta de caças nos deveria encontrar quando cruzássemos 7º de longitude. Rolamos na pista 24 e decolamos na direção sudeste, logo ao nascer do sol. Voamos através de uma tênue cobertura de nuvens passando para um céu claro. O sol estava acabando de subir sobre o horizonte. O agrupamento dos aviões começou. O box [formação] superior entrou em formação às 08:50. Colocamos nossas máscaras de oxigênio às 08:10 a uma altitude de 4.300 metros. Nosso grupo operacional cruzou a costa Inglesa às 09:00 horas.

 

Os papeis do 1o tenente L, capturado na área de Müncheberg em março de 1945, continha uma lista de 38 pontos de checagem com os números códigos dados pelo oficial de operações do --º Grupo de Bombardeiros, datado de 1º de fevereiro de 1945. O relatório de avaliação alemão disse: “estes são pontos que aparentemente são repetidamente usados em operações contra a Alemanha (possivelmente também pontos de inflexão). Estes números códigos podiam ser usados em comunicações de rádio assim como nos documentos levados nas operações. Vale notar o uso freqüente de lagos como pontos de checagem, especialmente pontos específicos em um lago”.

 

O valor desta informação para a Luftwaffe, tendo tanto esquadrões de interceptores e a artilharia antiaérea sob seu comando, não precisa ser enfatizado aqui.

 

Os interrogadores alemães concordavam que a única forma possível de resistir ao interrogatório era falar como um papagaio: “meu nome é Silva, meu posto e isso-e-aquilo, meu número é tal-e-qual”. Um homem que fizesse isso era visto como um caso insolúvel e os compromissos do interrogador sendo tais como eram, o PG era largado em um campo permanente. Na verdade, muito poucos prisioneiros foram capazes de manter essa fórmula, mas as instruções oficiais são perfeitas e são respostas que qualquer um com uma educação em segurança deve almejar.

 

O sucesso da manutenção rígida à formula de nome, posto e número de série é demonstrado pela história de um inglês interrogador de prisioneiros que foi capturado pelos alemães na Itália em junho de 1944.

 

Este homem agüentou 9 dias de prisão solitária, período em que foi colocado a ferros, sem nunca abandonar sua declaração original “meu nome é H-, meu posto é tenente-aviador, e meu número é tal e qual”. Ele foi finalmente largado em um campo permanente SEM QUE OS ALEMÃES DESCOBRISSEM QUE ELE TINHA SIDO UM INTERROGADOR.

 

O grupo de interrogadores tentou quebrar a resistência durante nove dias e pelos três últimos dias o manteve continuamente algemado. Um guarda entrava na cela a cada meia hora durante a noite e ligava a luz.

 

Ele não teve chance de se lavar ou barbear durante esses nove dias e disse que o aquecimento da cela produziu um grande desconforto depois de duas hora. Isto foi mudado, entretanto, depois que reclamou.

 

No final de nove dias lhe disseram que tinha perdido a chance de ser tratado como um verdadeiro prisioneiro de guerra e então foi enviado para a prisão criminal em Frankfurt, onde a prisão em solitária continuou por mais três semanas. Dali ele foi levado de tempos em tempos ao Quartel-General das SS em Frankfurt e interrogado.

 

Mantiveram sobre ele uma longa campanha de ameaças, culminando com a declaração, depois de cerca de 20 dias, que seria levado para Berlim e eventualmente provavelmente enforcado. Sua moral continuou inabalada, entretanto, mesmo quando foi apresentado à escolta que o levaria a Berlim e um recibo por ele foi trocado. Seu destino, contudo, só foi um campo Stalag de PG, pois a Gestapo, como os interrogadores anteriores, tinham blefado com sua última carta e perdido.

 

Este oficial finalmente foi repatriado e chegou ele mesmo a interrogar alguns dos homens que o tinham interrogado na Alemanha. Este brilhante exemplo de um prisioneiro que recusou a falar é a maior prova possível da regra de segurança básica: “Nome, posto, numero de série” – e só isso!

 

 

Fonte: Name, Rank, Serial No., Plus. Intelligence Bulletin, Junho de 1946

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