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Vendedor faz rÉplicas em papel
de carros antigos em Uberaba

Luiz Miguel comeÇou a fazer miniaturas hÁ 11 anos e pretende divulgar arte.
Artesão trabalha por encomenda e faz nova base para cada veÍculo.

 

Alex RochaDo G1 Triângulo Mineiro

 

A criatividade É o meio de transporte preferido do vendedor de autopeÇas Luiz Miguel de Souza Romualdo. É com ela que hÁ 11 anos ele volta no tempo e reproduz miniaturas de relÍquias automotivas com base em papel kraft. O destino final são as estantes de colecionadores, que passaram a fazer pedidos e levaram o artesão a se aperfeiÇoar para manter a fidelidade nos mÍnimos detalhes da parte mecânica e estrutura dos veÍculos.

Luiz Miguel vendedor Uberaba réplica carrinho papel [Foto: Alex Rocha/ G1)Luiz Miguel se inspira em sites e revistas para reproduzir parte estÉtica e mecânica (Foto: Alex Rocha/ G1)

A inspiraÇão maior são sites e revistas especializados, mas ele afirma que a prÁtica comeÇou como diversão na infância. “Quando crianÇa, eu moldava uns carrinhos e caminhÕezinhos em arame de tela de galinheiro. Era estranho, mas me divertia. Depois comecei a fazer em cartolina: desenhava o carrinho inteiro e depois dobrava e colava, mas as miniaturas maiores eu comecei com 16 anos, quando eu trabalhava no comÉrcio e pegava as embalagens para construir”, relatou.

 

Conciliando o artesanato com a profissão, ele afirma que hÁ uma fila de encomendas que ainda estão na ponta do lÁpis. Por esse motivo, o trabalho É sinÔnimo de satisfaÇão e aprendizado, e o dinheiro obtido É apenas um adicional para a renda.

“Não tenho renda fixa com os carrinhos. Dou o preÇo, mas na verdade faÇo as miniaturas por prazer. O custo de cada uma É de cerca de R$100. Em todas eu comeÇo do zero e vou me aperfeiÇoando a cada modelo”, disse.

empresário Luiz Carlos Uberaba miniatura carro Impala automotivo [Foto: Luiz Carlos/ Arquivo Pessoal)EmpresÁrio Luiz Carlos exibe rÉplica em papel ao lado do Impala original (Foto: Luiz Carlos/ Arquivo Pessoal)

O empresÁrio no setor de reparaÇão automotiva, Luis Carlos Carvalho, teve a miniatura do Impala 65 confeccionada hÁ oito anos. A arte se tornou enfeite dentro da relÍquia, que Luis possui hÁ mais 15 anos. Ele destaca que a ideia em ter o xodÓ em tamanho menor É para exibiÇão.

Réplica de carro em Uberaba [Foto: Luiz Miguel/ Arquivo Pessoal)RÉplicas são feitas sob encomenda
(Foto: Luiz Miguel/ Arquivo Pessoal)

“Eu queria uma miniatura para mostrar para as pessoas como seria meu carro em escala menor, jÁ que não se encontra uma rÉplica dele. O trabalho ficou igualzinho, com todas as caracterÍsticas. O resultado É tão importante quanto o carro normal, pois demorou um tempo para ser feito e a expectativa foi muito grande. Ele vai ficar de heranÇa para meus filhos, junto com o grande”, afirmou.

Ainda de carona com a criatividade, Luiz Miguel planeja divulgar as obras na internet e levar a histÓria do automobilismo para mais pessoas. "Não divulgo o trabalho, faÇo mais por indicaÇão: as pessoas veem as miniaturas em alguns lugares, perguntam quem fez e me procuram. Quero divulgar nas redes sociais e pretendo tambÉm construir uma rÉplica fiel em escala maior com todos os detalhes de mecânica e interior para divulgaÇão. Meu sonho É mostrar minha arte para o mundo", concluiu.

Réplica de carro em Uberaba [Foto: Luiz Miguel/ Arquivo Pessoal)Luiz Miguel tenta reproduzir cada detalhe do veÍculo original nas rÉplicas que faz
(Foto: Luiz Miguel/ Arquivo Pessoal)

 

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Tentei me aventurar em montar alguns caminhões,mas desisti devido a complexidade de montar as rodas.Haja paciência!Admiro muito a habilidade de quem monta esta categoria do modelismo e respeito muito pois requer muita dedicação. 

Last edited by mariolucio
Originally Posted by Tripa seca:

Pela complexidade do trabalho, achei muito barato o valor.

Mas infelizmente o trabalho artesanal no Brasil é muito pouco valorizado. Se fosse nos EUA ou na Europa ele poderia pedir umas cinco vezes este valor, e o cliente acharia justo. Tenho um amigo que vive de monte, e muito bem, kits para clientes, mas os preços que ele cobra me deixam até deprimido.

A não valorização é consequência direta da falta de recursos do brasileiro.

 

Aqui, ninguém tem dinheiro para nada.

 

Some-se à isso o preconceito de "pagar por um brinquedinho" e está armado o circo!

 

 

Tem também a tradição de desconsiderar o valor da mão de obra. Aqui se considera que o trabalho individual é algo barato ou mesmo quase sem valor. "Mas você vai me cobrar tudo isso só para fazer esse projeto? Você nem gasta nada!", foram coisas que muito ouvi. E não foi de gente sem dinheiro. Algumas vezes é necessário mandar o vivente à ponte que partiu.

Originally Posted by Foks:

A não valorização é consequência direta da falta de recursos do brasileiro.

 

Aqui, ninguém tem dinheiro para nada.

 

Some-se à isso o preconceito de "pagar por um brinquedinho" e está armado o circo!

 

 

Descordo, brasileiro paga R$ 35.000,00 em carro 1.0.

Originally Posted by Zaitzev:
Originally Posted by Foks:

A não valorização é consequência direta da falta de recursos do brasileiro.

 

Aqui, ninguém tem dinheiro para nada.

 

Some-se à isso o preconceito de "pagar por um brinquedinho" e está armado o circo!

 

 

Descordo, brasileiro paga R$ 35.000,00 em carro 1.0.

Pior é que temos duas verdades aqui! No Brasil quase ninguém gasta dinheiro com "bobagens", pois teoricamente não tem; mas paga-se tudo para ter um carro porcaria. MUITO mais do que um americano ou europeu pagaria!!

Last edited by Richthofen
Originally Posted by Tripa seca:

Tem também a tradição de desconsiderar o valor da mão de obra. Aqui se considera que o trabalho individual é algo barato ou mesmo quase sem valor. "Mas você vai me cobrar tudo isso só para fazer esse projeto? Você nem gasta nada!", foram coisas que muito ouvi. E não foi de gente sem dinheiro. Algumas vezes é necessário mandar o vivente à ponte que partiu.

Concordo plenamente.

Como profissional liberal, da área da saúde, faço cursos todos os anos, compro instrumental e livros caríssimos sempre para ouvir, ao dar orçamentos, essa mesma arenga"mas não vai levar tanto tempo..."

Como já trabalho há muito e tenho um bem precioso bem forte, clientela, nem dou mais bola. Eles acabam voltando e aí não é mais fazer: é refazer.

Quanto ao trabalho do artesão, realmente é uma beleza.

Abs.

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