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Estava pesquisando sobre o PzKpfw III ausf L que vou montar no GB Wehrmacht Heer quando encontrei este texto na net falando a que ponto o T-34 foi supervalorizado, alguns pontos eu discordo, jÁ outros...

 

 

T-34 - Verdades e mitos
Não hÁ dúvida de que o T-34 foi um dos mais importantes tanques da II Guerra Mundial e atÉ 1943 o mais poderoso carro de combate mÉdio. A partir de Junho de 1941 ele colocou pela primeira vez os alemães numa situaÇão de inferioridade tÁtica, quando colocados numa situaÇão de combate de um para um. Os carros de combate Panzer III armados com canhÕes de 37mm e 50mm não tinham como enfrentar o T-34. Igualmente problemÁtica foi a situaÇão da infantaria alemã, cujas principais armas anti-tanques (tambÉm de 37mm e 50mm) não estava devidamente armada para enfrentar o carro de combate soviÉtico.

Os alemães registraram que o T-34 tinha uma velocidade superior aos tanques alemães Panzer III e Panzer IV. A torre do T-34 girava mais depressa e o T-34 conseguia perfurar a blindagem dos carros alemães mais leves a distâncias de 1,000m. Ao contrÁrio, os relatÓrios alemães chegaram a afirmar que os seus tiros com armas de 37mm sÓ eram eficientes a distâncias de 50 metros.
No entanto, vÁrios especialistas tÊm vindo mais recentemente - e especialmente apÓs o colapso da União SoviÉtica - a lanÇar luz sobre as qualidades do T-34, chegando à sua maioria a conclusÕes um pouco menos entusiastas que aquelas que eram normais nas anÁlises sobre as viaturas da II guerra mundial. As primeiras dúvidas aparecem a propÓsito do numero disponÍvel de tanques. As fontes soviÉticas afirmaram claramente que o insucesso inicial do T-34 se deveu ao fato de haver apenas pequenas quantidades espalhadas pelas unidades blindadas, mas pequenos números É uma afirmaÇão relativa, pois o exÉrcito soviÉtico contava em 1941 com um total de 24,000 tanques pesados, mÉdios e leves.

 

Porque se perderam tantos T-34, mesmo quando gozavam de uma superioridade total? 
Recentemente, jÁ depois da dÉcada de 90 do sÉculo XX, a superioridade tecnolÓgica do tanque T-34 tem sido escrutinada e vÁrias questÕes tÊm sido colocadas sobre a utilidade do T-34 especialmente na fase inicial da guerra, em que o blindado soviÉtico praticamente não tinha um único opositor à altura.
Sabemos que a maioria dos tanques alemães estavam equipados com canhÕes de 50mm ou 37mm e o único tanque com um canhão de 75mm era o Panzer IV, equipado com um canhão de cano curto e de baixa velocidade, praticamente inútil contra tanques a distâncias superiores a 250m.
Sabemos que o numero de carros de combate T-34 disponÍveis em 1941 era relativamente alto, atingindo o milhar de unidades, e que atÉ ao final de 1941, as fÁbricas soviÉticas produziram mais 2,134 tanques T-34/76, enquanto que as fÁbricas alemãs, somando os Panzer III e Panzer IV produziram apenas 1,388 carros de combate.
TambÉm não se confirma (apÓs a anÁlise dos dados soviÉticos), a ideia de que os T-34 e os KV-1 estivessem dispostos em pequenos números e espalhados.
Quando comparamos os pequenos números de tanques soviÉticos com o número disponÍvel de tanques alemães, encontramos quase tantos tanques T-34 no exÉrcito vermelho, quanto a soma de todos os tanques Panzer IV (com canhão de baixa velocidade) e Panzer III (com canhão de 50mm) disponÍveis em todo o exÉrcito alemão.
Quando a Alemanha invadiu a URSS em 1941 estavam disponÍveis pelo menos 950 exemplares do tanque mÉdio T-34/76. Os alemães dispunham na mesma altura de 517 tanques Panzer IV (canhão de 75mm de cano curto) e apenas parte deles estavam na frente russa.

Sabemos que a maioria dos carros de combate modernos, T-34 e KV-1 se encontravam concentrados em quatro grandes unidades blindadas soviÉticas, a saber, a 4ª e 7ª divisão de tanques pertencentes ao 6º corpo mecanizado por um lado e a 8ª e 22ª divisÕes de tanques, pertencentes ao 4º corpo mecanizado por outro.
Estas quatro unidades blindadas soviÉticas eram as mais poderosas unidades blindadas do mundo em 1941. Sozinhas, tinham mais tanques pesados e mÉdios, que todo o exÉrcito alemão.
No entanto, gozando de uma superioridade numÉrica e tecnolÓgica, durante 1941, foram perdidos 2300 tanques T-34. Não hÁ para este fato uma explicaÇão lÓgica, que permita explicar porque razão o melhor tanque do mundo, sem ter um opositor à altura, perdeu tantos exemplares (75% da frota produzida em 1941).
A resposta mais obvia seria uma de duas: Ou os militares alemães eram super-homens, ou os militares soviÉticos eram absolutamente burros.
Na verdade, nenhuma das duas possibilidades se apresenta como razoÁvel, quando analisamos os dados sobre a qualidade de construÇão do T-34.
É absolutamente verdade que a facilidade de construÇão foi sempre um argumento em favor do T-34, mas são conhecidos relatos sobre reencontros entre T-34 e tropas alemãs, em que se realÇa a qualidade da blindagem, mas onde tambÉm salta à vista a inutilidade do armamento.

 

Torre para dois homens

O T-34 equipado com arma principal de 76,2mm recebeu vÁrios modelos de torre e o primeiro modelo, tinha um canhão diferente dos restantes.

 


HÁ vÁrias crÍticas muito duras dirigidas pelos militares soviÉticos ao T-34 desde o inicio.
Os generais soviÉticos chamaram de "tanques para caÇar pardais" os T-26 e aos BT-7, justificando assim a perda de milhares de carros de combate deste tipo, escondendo, porÉm que tanto os T-26 quanto os BT-7 eram superiores à maioria dos carros alemães.
De entre as crÍticas estÁ a da torre para apenas dois homens, que caracterizava os tanques soviÉticos e onde o comandante tinha que atuar como municiador da peÇa principal.
Ora, o T-34 sofria exatamente do mesmo problema. A torre era demasiado pequena (o problema não foi resolvido senão em 1943) e apenas dois homens a ocupavam.
Este arranjo reduzia dramaticamente a eficiÊncia do veÍculo.
A somar a isto, a peÇa de 76,2mm utilizada tinha aparentemente alta velocidade, mas na maioria dos casos disparava muniÇão explosiva. Soma-se a isso, um conjunto de dispositivos de tiro e pontaria de muito mÁ qualidade, que encravavam com grande facilidade.
É por esta razão, que em muitos casos os comandantes soviÉticos atropelavam a artilharia alemã, pois não conseguiam disparar eficazmente a arma principal.
Mas mesmo quando os problemas foram sendo resolvidos, outro problema apareceu, resultado do grande aumento da produÇão e da reduÇão de custos por unidade que as fabricas soviÉticas conseguiram atingir durante a guerra. Este aumento da produÇão acabou por levar a uma reduÇão geral na qualidade do carro de combate durante o conflito.
Em termos genÉricos, a qualidade inicial de construÇão do T-34 de 1940 era apenas razoÁvel. A qualidade do aÇo produzido na União SoviÉtica era inferior à dos outros paÍses europeus, principalmente por causa da obrigatoriedade de cumprir as estabelecidas metas dos planos quinquenais, que em muitos casos eram atingidas à custa de uma reduÇão na qualidade do produto.
PorÉm, os tanques ainda assim eram capazes de resistir aos disparos dos canhÕes anti-tanque de 37mm e mesmo de 50mm a distâncias menores. JÁ os canhÕes de 75mm e o poderoso canhão de 88mm alemão, podiam destruir o T-34 com mais facilidade.

 

Na imagem acima, um carro T-34 com um orifÍcio lateral provocado por um disparo inimigo. Normalmente a perfuraÇão É igual ao diâmetro do projÉtil, exceto se a qualidade da blindagem for muito mÁ. A Área circundante à do impacto, não aguentou a pressão e tambÉm cedeu. Este problema indica uma deficiÊncia na qualidade da fundiÇão.


Ao longo do conflito, os soviÉticos enfrentaram constantes problemas com a qualidade dos componentes e para complicar as coisas durante 1942, os alemães introduziram modificaÇÕes nos seus Panzer IV que continuaram ao serviÇo durante toda a guerra.
Estas modificaÇÕes incluÍam as suas caracterÍsticas saias laterais de proteÇão, que davam ao Panzer IV uma blindagem genericamente superior ao T-34, nomeadamente por causa da superioridade do seu canhão de 75mm.

 

Metas de produÇão

Para conseguir cumprir as metas (quem não cumprisse podia ser acusado de traiÇão e ser fuzilado) cometiam-se todo o tipo de atropelos no fabrico de materiais e esses problemas refletiam-se na qualidade do equipamento. Os soviÉticos conseguiram oficialmente bater vÁrios recordes de produÇão, com o fabrico de um T-34 com apenas 3.000 horas de trabalho, embora esses valores nunca tenham sido verificados.
O que pode ser, no entanto verificado É o grande numero de carros de combate T-34 que foram destruÍdos pelos alemães, que destruÍram veÍculos russos pelo menos na proporÇão de 1 para 3 e na fase inicial da guerra destruÍram carros T-34 numa proporÇão de 6 para 1.

Os problemas com a qualidade continuaram mesmo depois do final do conflito e chegaram a ser documentados ainda durante o perÍodo soviÉtico. TambÉm É geralmente aceito que, sem a necessidade de atingir as mesmas metas de produÇão, a qualidade geral dos T-34 aumentou.

 

Fonte: http://www.gamevicio.com/i/noticias/141/141166-a-historia-do-tanque-t-34

Original Post

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O texto tem partes boas, mas alguns erros também, por exemplo:

 

Estas modificações incluíam as suas características saias laterais de proteção, que davam ao Panzer IV uma blindagem genericamente superior ao T-34, nomeadamente por causa da superioridade do seu canhão de 75mm.

 

 Esta s saias laterais tinham apenas 5mm de espessura e não serviam como blindagem contra canhões, seu uso era destinado a evitar as minas magnéticas e principalmente os fuzis anti tanque soviéticos PTRD e PTRS.

 

No entanto, gozando de uma superioridade numérica e tecnológica, durante 1941, foram perdidos 2300 tanques T-34. Não há para este fato uma explicação lógica, que permita explicar porque razão o melhor tanque do mundo, sem ter um opositor à altura, perdeu tantos exemplares (75% da frota produzida em 1941).

 

Não basta ter o melhor equipamento. é preciso saber usa-lo. Os tanques franceses eram superiores aos alemães, talvez de uma forma anda mais enfática, no entanto fora varridos por blindados muito inferiores. É um mito que as batalhas envolvem grandes quantidades de combates entre tanques, na verdade eles são bastante raros. Tanques são armas ofensivas e em geral estão sendo usadas pelo lado que ataca.

 

 As grandes perdas de tanques soviéticos no inicio do conflito não se deram por combate entre tanques, o que os alemães evitavam devido ao equipamento inferior, as perdas se deram pelo simples fato de grandes unidade soviéticas terem sido isoladas, cercadas e  posteriormente destruídas ou forçadas a se render, pela infantaria.

 

 

O texto tem alguns pontos relevantes, a torre de dois homens, a deficiência do sistema ótico, eram realmente problemas. Mas faltou o principal (ou pelo menos não vi) a falta de rádios, que prejudicava em muito a coordenação dos movimentos de combate.

Last edited by Augusto

A partir da colocação do Augusto (a falta de rádio embarcado) vou fazer uma pequena postagem para explicar por que rádios ou comunicações podem causar danos, muitas vezes, irreversíveis, a um exército.

As forças armadas alemãs estavam, nos anos 1930, bem à frente dos demais exércitos no que tangia às comunicações e a arte de comando operacional.

Os fundamentos do emprego de formações blindadas alemãs diferia dos demais exércitos mundiais, inclusive nos tempos atuais.

Desde o começo do emprego de unidades blindadas, os alemães tinham como principio fundamental essencial de sucesso, o emprego de tanques como elemento ofensivo. Isso era claro, fosse a situação operacional/tática, ofensiva ou defensiva.

Von Manstein personaliza fortemente esse conceito ao demonstrar, em campo de batalha, com maestria, como formações blindadas alemãs obtinham grandes sucessos, seja em ações de contra-ataques, seja em um contexto de retirada geral.

Para os alemães, o tanque era e ainda é, uma arma sempre ofensiva, até mesmo em situações sem esperança. Mesmo em espera, o objetivo final seria sempre passar sobre o inimigo.

Não nos esqueçamos também que o sistema de meritocracia funcionava no exército alemão, fazendo com que, ao final da guerra, inúmeros comandantes superiores, de divisões à exércitos, eram oriundos do comando de pequenas unidades.  Ou seja: tinham experiência de campo.

Mas para que isso funcionasse, um sistema de comunicações adequado e funcional deveria existir para que, pequenas e grandes unidades, realizassem manobras de combate bem sucedidas.

Os tanques russos foram famosos, nos primeiros anos de guerra, pela inexistência de comunicações entre seus veículos, deixando-os, em combate, praticamente a mercê das ideias intuitivas dos seus comandantes, o que quase sempre os levou ao desastre.

Os russos, além disso, vinham de um expurgo sangrento feito por Stalin, que deixou acéfalos importantes áreas do exercito vermelho, inclusive da arma blindada. Homens com longas fichas de experiência foram chacinados por conta de fantasias do grande líder.

 

O Expurgo do Exército Vermelho (*)
Número dos expurgadosPostos militares
3 dos 5Marechais
14 dos 16Comandantes-de-exército de I e II classe
8 dos 8Almirantes
60 dos 67Comandantes-de-corpos-de-exército
136 dos 199Comandantes-de-divisão
221 dos 397Comandantes-de-brigada
11 dos 11Vice-comissários de defesa
75 dos 80Membros do Soviete Militar
528 dos 783Altos oficiais e funcionários do setor militar
De 30 mil a 40 milForam detidos ou fuzilados (o equivalente 1/5 da oficialidade)


(*) É provável que a dimensão desse violento expurgo se devesse a um acerto de contas de Stalin com Trotski, visto que foi o seu rival quem forjou o Exército Vermelho durante a guerra civil de 1918-20. O objetivo final seria a stalinização total da organização militar, que até então ficara fora dos expurgos que abateram o partido e a polícia secreta ao longo dos anos trinta. (Fonte: Robert Conquest - O Grande Terror, pag. 478-9)

 

Assim, demorou até essas vagas serem preenchidas com homens com perfis adequados. Quando isso aconteceu, a guerra começou a sofrer a inflexão inevitável.

Com objetivos nebulosos de emprego de blindados, com má orientação operacional e tática, com tripulações com pouca ou nenhuma experiência em blindados, com más comunicações coletivas e individuais, não é de se surpreender que, não apenas no início da guerra mas durante toda ela, o exército russo e mesmo alguns aliados tenham colhido tantos insucessos quando o assunto tratou-se de  blindados e seu emprego em ações de combate.

Wittman, quando destruiu a coluna canadense na França, em Villers-Bocage, aproveitou-se de uma falha do comandante canadense que não posicionou cada veículo com 100 metros de intervalo, o que os alemães procuravam fazer sempre que possível, a menos que situação operacional e tática exigisse o contrário.Abs.

Last edited by artemius111

O Ju-87 G1, armado com dois canhões de 37mm Flak 18 e blindagem reforçada surge somente a fevereiro de 1943, fazendo uma aeronave já obsoleta renascer das cinzas.

Já o Henschel HS-129A, com 2 metralhadoras MG17 e 2 canhões de 20mm, teve seus primeiros testes operacionais em junho de 1940. O HS129B entrou em serviço em Janeiro de 1942, com um motor mais potente e um conjunto de sistemas de armas variando desde 4 metralhadoras MG 17 até 1 canhão MK 101 de 30mm, passando pela conformação de bombardeio terrestre. Foi somente no verão de 1942, que cada uma das Geschwader de caças do fronte russo formou uma Staffel antitanque equipada com o HS-129B,

Ou seja, a criação e a presença dessas duas aeronaves de ataque ao solo no Fronte Oriental ajuda mas não explica o fracasso inicial das formações blindadas russas e mesmo os desastres que ainda ocorreram no restante do conflito.

Abs.

Last edited by artemius111
Originally Posted by artemius111:

Os russos, além disso, vinham de um expurgo sangrento feito por Stalin, que deixou acéfalos importantes áreas do exercito vermelho, inclusive da arma blindada. Homens com longas fichas de experiência foram chacinados por conta de fantasias do grande líder.

 

O Expurgo do Exército Vermelho (*)
Número dos expurgadosPostos militares
3 dos 5Marechais
14 dos 16Comandantes-de-exército de I e II classe
8 dos 8Almirantes
60 dos 67Comandantes-de-corpos-de-exército
136 dos 199Comandantes-de-divisão
221 dos 397Comandantes-de-brigada
11 dos 11Vice-comissários de defesa
75 dos 80Membros do Soviete Militar
528 dos 783Altos oficiais e funcionários do setor militar
De 30 mil a 40 milForam detidos ou fuzilados (o equivalente 1/5 da oficialidade)


(*) É provável que a dimensão desse violento expurgo se devesse a um acerto de contas de Stalin com Trotski, visto que foi o seu rival quem forjou o Exército Vermelho durante a guerra civil de 1918-20. O objetivo final seria a stalinização total da organização militar, que até então ficara fora dos expurgos que abateram o partido e a polícia secreta ao longo dos anos trinta. (Fonte: Robert Conquest - O Grande Terror, pag. 478-9)

 

Assim, demorou até essas vagas serem preenchidas com homens com perfis adequados. Quando isso aconteceu, a guerra começou a sofrer a inflexão inevitável.

Com objetivos nebulosos de emprego de blindados, com má orientação operacional e tática, com tripulações com pouca ou nenhuma experiência em blindados, com más comunicações coletivas e individuais, não é de se surpreender que, não apenas no início da guerra mas durante toda ela, o exército russo e mesmo alguns aliados tenham colhido tantos insucessos quando o assunto tratou-se de  blindados e seu emprego em ações de combate.

 

Para mim este é um ponto fundamental, o Grande Expurgo promovido por Stalin que culminou com a falta de liderança no front no inicio da Operação Barbarossa

Originally Posted by Ric Ardo:
Originally Posted by artemius111:

Os russos, além disso, vinham de um expurgo sangrento feito por Stalin, que deixou acéfalos importantes áreas do exercito vermelho, inclusive da arma blindada. Homens com longas fichas de experiência foram chacinados por conta de fantasias do grande líder.

 

O Expurgo do Exército Vermelho (*)
Número dos expurgadosPostos militares
3 dos 5Marechais
14 dos 16Comandantes-de-exército de I e II classe
8 dos 8Almirantes
60 dos 67Comandantes-de-corpos-de-exército
136 dos 199Comandantes-de-divisão
221 dos 397Comandantes-de-brigada
11 dos 11Vice-comissários de defesa
75 dos 80Membros do Soviete Militar
528 dos 783Altos oficiais e funcionários do setor militar
De 30 mil a 40 milForam detidos ou fuzilados (o equivalente 1/5 da oficialidade)


(*) É provável que a dimensão desse violento expurgo se devesse a um acerto de contas de Stalin com Trotski, visto que foi o seu rival quem forjou o Exército Vermelho durante a guerra civil de 1918-20. O objetivo final seria a stalinização total da organização militar, que até então ficara fora dos expurgos que abateram o partido e a polícia secreta ao longo dos anos trinta. (Fonte: Robert Conquest - O Grande Terror, pag. 478-9)

 

Assim, demorou até essas vagas serem preenchidas com homens com perfis adequados. Quando isso aconteceu, a guerra começou a sofrer a inflexão inevitável.

Com objetivos nebulosos de emprego de blindados, com má orientação operacional e tática, com tripulações com pouca ou nenhuma experiência em blindados, com más comunicações coletivas e individuais, não é de se surpreender que, não apenas no início da guerra mas durante toda ela, o exército russo e mesmo alguns aliados tenham colhido tantos insucessos quando o assunto tratou-se de  blindados e seu emprego em ações de combate.

 

Para mim este é um ponto fundamental, o Grande Expurgo promovido por Stalin que culminou com a falta de liderança no front no inicio da Operação Barbarossa

Permitam-me, seguir pelo pensamento do Ricardo, pois o tópico, sem essa abordagem, passará uma mensagem, talvez, totalmente incorreta, quanto ao real potencial do T-34.

 

No excelente estudo, Stalin, Triunfo e Tragédia, o Coronel-General Dmitri Volkogonov relata que Stalin, ao ver que o exército russo levou 4 meses para subjugar o pequeno exército finlandês, escolheu Voroshilov, Comissário da Defesa, como bode espiatório das mazelas da Guerra do Inverno.

Voroshilov era um tolo, incompetente, prepotente e adulador (bem parecido com os nossos ministros, não achas?)

Para substituí-lo, em Maio de 1940, assumiu S.K.Timoshenko, promovido também ao posto de Marechal da URSS. Sua primeira grande decisão, ratificada por decreto do Sovnarkom em 6 de junho de 1940, foi a organização do corpo mecanizado com duas divisões blindadas e uma divisão motorizada. Apenas 6 meses antes a administração do corpo blindado fora desmantelada.

Em final dos anos 1930, uma comissão nomeada por Stalin chegou a conclusão de que o Comissariado da Defesa ainda não resolvera o problema do emprego operacional das forças na guerra moderna e de que a situação fora agravada pelo grande número de jovens e inexperientes integrantes dos quadros.

Entre maio de 1937 e setembro de 1938, 36.761 homens foram expurgados do exército e mais de 3.000 da marinha. Como resultado, foram afastados todos os comandantes de distritos, 90% dos chefes e vice-chefes dos estados-maiores regionais, 80% dos comandantes de corpos e de divisões e 90% dos oficiais de estado-maior.
A consequência foi uma sensível queda da qualidade intelectual dos oficiais.

No início de 1941, apenas 7,1% dos oficiais em comando tinham frequentado uma escola de alto estudos militares, 55,9 % só tinham formação secundária, 24,6% haviam sido formados em cursos compactos e 12% dos oficiais e do pessoal político não tinham qualquer instrução militar.

Mesmo em junho de 1939, haviam 2.500 oficiais pendentes de decisões de afastamento.

No verão de 1941, 75% dos oficiais e 70% dos comissários políticos estavam em suas funções havia menos de uma ano.

A espinha dorsal do exército russo não tinha, portanto, a necessária experiência de comando.

Abs.

Ric Ardo,

 

São tantas as variáveis externas, que talvez o único modo de ter certeza de qual blindado era melhor, é colocando um à frente do outro.

 

Que eu saiba havia uma quantidade razoável de T34s no início da invasão alemã, mas eram dos primeiros modelos, que ainda apresentavam muitas falhas mecânicas. Isto somado à inexperiência das tripulações não ajudava muito o T34 ser melhor, se é que foi.

 

Já os alemães estavam bem treinados e conheciam problemas principais de seus veículos. Contudo, os próprios alemães logo reconheram o T34 como uma ameaça, procurando adaptar ou criar soluções para enfrenta-lo.

Penso que a partir daí começou uma corrida desenfreada, talvez vencida muito mais pela quantidade, do que pela qualidade.

 

Alguns números aproximados de produção, para ponderarem:

60.000 T34s

50.000 Sherman

30.000 Pz III + Pz IV

 

A diferença é descabida, mesmo considerando outros 8.500 Tigers e Panthers, a quantidade de T34s e Shermans é impressionante, é mais do dobro de toda produção Alemã durante a guerra.

 

Tanto que muito se fala em Sherman, que também dizem não ser tão bom assim, mas nesta quantidade, não tem conversa.

 

Seria o Sherman melhor que o Panzer III e IV ou mesmo T34?

 

São tantas as variáveis externas, que talvez o único modo de ter certeza de qual blindado era melhor, é colocando um à frente do outro.

 

PlastiAbraços

considerações  de  qualidade - blindagem x  poder de fogo x mobilidade x facilidade de  manutenção x numeros de reposição x  custo... no final, apesar de qualidade e  balistica -blindagem dos alemães  serem  melhores (afinal era  diferente ficar  dentro de  um tiger levando um  tirinho de 75 mm  em vez de  voce  ficar  dentro de  um  sherminha levando um tirinho de 75 ou 88 mm- um você  só ouvia o  barulho, no outro  você  virava um churrasquinho  instantaneo ...), o final , como resultado  final, já  sabido que os blindados  alidos  no final esmagaram os  alemães, fica  a frase  do titio  stalin..." a  quantidade  tem  em si própria sua  qualidade...."

considerando-se como sendo   uma  guerra de  atrito  material e de  recursos  humanos... apesar  da  considerações,  acabou  preponderando o preparo industrial...plastiresiabços, paulo r. morgado - sp - sp

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