Skip to main content

Eu já tinha lido sobre esse, mas não conhecia a foto.

O Tiger I "231" do Tenente Zabel, do schwere Panzer-Abteilung 503, foi atingido 252 vezes por tiros de diversos calibres, durante combates perto de Semernikovo, nos arredores de Rostov-sobre -Don em 11 de Fevereiro de 43.

Dirigiu ainda 60km para uma área de retaguarda, e depois, foi mandado de volta para a Alemanha, note que já está com as esteiras para transporte. Aonde achei essa foto dizia que ele foi mantido assim, como exemplo para as novas tripulações sobre como o Tiger era resistente.  Tiger ‘231’ of Leutnant Zabel from schwere Panzer-Abteilung 503

Attachments

Images (1)
  • Tiger ‘231’ of Leutnant Zabel from schwere Panzer-Abteilung 503
Original Post

Replies sorted oldest to newest

Os Tigres iniciais tinham um aço de muito boa qualidade. Com o desenrolar da guerra, e a falta de elementos de liga, esse aço caiu muito de qualidade.

Certamente, os Tigres "late" não aguentariam punição semelhante. Há fotos mostrando a chapa frontal de Panteras e Tigres II rachada por impactos, comprovando isso.

Valls

Tem uma foto em um livro da Arm and Armour (acho, ACHO q é no D day to Berlin)onde um King tiger tomou um tiro de 75mm na lateral e a blindagem simplesmente rachou e caiu toda, parecendo qdo damos uma pancada muito forte em uma parede com reboco...Lembro q a legenda dizia q isso se devia ao fato da liga metálica ser pobre em níquel...

Bradley posted:

Tem uma foto em um livro da Arm and Armour (acho, ACHO q é no D day to Berlin)onde um King tiger tomou um tiro de 75mm na lateral e a blindagem simplesmente rachou e caiu toda, parecendo qdo damos uma pancada muito forte em uma parede com reboco...Lembro q a legenda dizia q isso se devia ao fato da liga metálica ser pobre em níquel...

 

Não lembro de ter visto fotos de Kingtigers com esse problema, mas já vi várias de Panthers. 

É que a blindagem era de uma liga de aço, que, dentre outros componentes, tinha molibdênio, mas a escassez do elemento fez com que os alemães tivessem que recorrer a outros, como níquel e cromo, que até mantiveram a dureza, mas o aço ficou quebradiço.

panther armour1panther armour2

Attachments

Images (2)
  • panther armour1
  • panther armour2

ai vareia !!! 

no caso de calibres menores (75, 76 e 85mm) até adiantava, mas para o 152 mm do JSU, não. A blindagem mais grossa sem os elementos de liga, que davam a capacidade de absorver a energia de um tiro dele, rachava também.

Valls

 

Agora "Casca Grossa"mesmo foi este aqui do Batalhão 502! Chegou ao campo de batalha em novembro de 42 e foi destruído pela tripulação na primavera de 44, após destruir ele próprio mais de 100 tanques russos, sob diversas tripulações!Começou como número 3, recebeu camuflagem de inverno, passou a nº 113, recebeu a cor DY, passou a nº14 e terminou como nº113 novamente! Legal que como recebeu as pinturas no campo, estas desbotaram e deixam aparecer a pintura inicial! Deve ser legal pro modelista!

que até mantiveram a dureza, mas o aço ficou quebradiço.

O termo correto é Tenacidade, a nova liga podia ter a mesma dureza mas ter perdido parte da Tenacidade que é a capacidade de um material absorver energia sem fraturar.

Last edited by Augusto
fernando frota melzi posted:

 "note que já está com as esteiras para transporte"Tiger ‘231’ of Leutnant Zabel from schwere Panzer-Abteilung 503

Se me perdoam a ignorância... O que vem a ser "esteiras para transporte"?

Claro, são as lagartas usadas para transportar o tanque que ao chegar ao front eram substituidas pelas lagartas "de combate". Isso dá pra intuir.

MAS... Em quê umas diferiam das outras? Qual o motivo de sua utilização?

É ou era uma prática comum para todos os tanques e/ou todas as forças???

Hoje em dia ainda se procede assim?

eram mais estreitas, como as da foto acima.

Nas fotos a diferença pode ser percebida olhando a roda tratora. As de transporte têm a mesma largura e as "de combate" têm um excesso lateral.

Como os Tigres eram mais largos do que as pranchas de transporte ferroviário, quando transportados eram trocadas as lagartas e removidas as rodas de apoio externas. Isso você pode perceber na mesma foto pelos flanges delas que estão visíveis.

Nessa foto você pode ver os dois tipos.

Valls

Last edited by Valls

quanto a ser uma prática comum, acho que não, até porque dá um trabalho do ca.....o, e só poderia ser feito na retaguarda. Os Tigres até levavam um cabo de aço menor, fixado na lateral esquerda para essa troca.

Algo parecido, acho, ocorria com o BT 5 russos, mas por razão distinta.

Era derivado do modelo Christie de suspensão, que podia rodar com ou sem as lagartas.

Atualmente isso não existe mais.

Valls

E em várias situações na Rússia, tiveram que desembarcar e combater com as esteiras de transporte , pois a estação estava sendo atacada! As esteiras só foram trocadas depois do combate!

Cara um tiro de SU 152 com ou sem liga dependendo da distância imobilizaria o tanque com ou sem penetração e acho que poderia inclusive matar toda a tripulação só pelo impacto.

 

Uma característica q o obus de 152mm tinha é q mesmo q não penetrasse nos blindados alemães, com certeza os inutilizaria o blindado - e a tripulação ficaria seriamente incapacitada - muitas, permanentemente.

 

abraço a todos

 

 

Cada projétil pesava quase 50 kg, sem contar o propelente, então, realmente, só a porrada bruta, sem firulas como carga moldada, já era o bastante mesmo.

 

Uma comparação, o projétil perfurante de 88mm do Tiger I pesava 10,2 kg e tinha uma carga explosiva de 60 gramas. O resto era o material perfurante.

O mesmo tipo de projétil do Su-152 pesava 48,8 kg e tinha uma carga explosiva de 660 gramas. 

 

Calculando a energia cinética do impacto do 88 mm, que pesa 10,2 kg e tem uma velocidade de saída de 773 m/s na boca do cano, enquanto o de 152mm, com seus 48,8 kg tem uma velocidade de saída de 600 m/s.

 

No caso do 88mm, seria KE = 0,5 x 10,2 x(773)², que dá 3.047.397,9 Joules.

 

No caso do 152, seria KE = 0,5 x 48,8 x (600)², que dá 35.136.000 Joules.

 

Quase 10 vezes mais energia cinética no impacto! 

Só uma observação, que acabei de reparar. Quando fiz essas contas aí em cima, errei na do SU-152. O resultado correto são 18.360.000 Joules, metade do que eu tinha colocado, mas ainda assim, mais de 6 vezes maior que a potência do impacto do 88mm.

 

Assef posted:

Só sei que quando jogo WOT com o Tiger, não sobra muito do Su-152! Kkkkk

Aí não tem graça. O Tiger dispara uns 6 tiros enquanto o 152 dispara o dele. Se escapar do primeiro tiro, o russo já era.  Sem contar que o Tiger dá voltas ao redor dele. 

Na vida real, não achei nenhuma foto de impacto do projétil do 152 em um Tiger, mas achei essa, num Elefant, na placa frontal, com 200mm de espessura, o dobro da do Tiger, e disparado num campo de provas a 1000 metros. Quebrou a blindagem, e apesar de não ter penetrado, deve ter jogado tanto fragmento de metal pra dentro que acho que não escaparia ninguém da tripulação.

elefant impact

Attachments

Images (1)
  • elefant impact

Há um livro que narra a experiencia de uma tripulação, de um Sturmgeschutz III se não me engano, e que comenta o terror da tripulação durante um ataque com os impactos contra a blindagem. O efeito nos tripulantes, como tímpanos estourados e até surtos de loucura, isso sem falar na expectativa de serem estourados !

Tem uma passagem onde o cara diz que a sensação de receber um impacto, para a tripulação seria o mesmo que estar dentro de um sino no momento da badalada ! 

Valls

Last edited by Valls

Sobre a pressão de estar dentro de um tanque, no link abaixo tem uma entrevista com Fritz Langanke, que era comandante de Panther. 

Olha o que ele fala em certo ponto:

WWII: Can you describe the scene around your tank?

Langanke: Some 20 to 30 meters in front of us a group of paratroopers had been mowed down by the first air attack. Among those pilots must have been some extremely queer characters. Time and again they buzzed this group and fired into the dead bodies. They flew just above the treetops, so they must have seen all the details. Slowly the limbs were torn off, the intestines were spilled. It’s one of the most terrible impressions I remember from the war. The gunner had a view out of the tank with his sighting telescope and its narrow field of vision. That, unfortunately, was pointed at this group of dead soldiers. In this tremendous stress we all had to suffer, the horrible sight tipped the scale, and he cracked up. Hollering and swearing, he wanted to get out. He was for a short while out of his mind. I drew my pistol and stuck the barrel in his neck, hollered back at him and told him to stop playing the crazy idiot. He immediately got back to normal. This man was one of the finest comrades we had, absolutely reliable, sturdy and imperturbable. But I am sure every man exposed long enough to really extreme pressure will have a weak moment.

WWII: Você pode descrever a cena ao redor do tanque?

Langanke: Há uns 20 ou 30 metros em frente de nós um grupo de paraquedistas havia sido ceifado pelo primeiro ataque aéreo. Entre esses pilotos devia haver alguns tipos extremamente esquisitos. De novo e de novo eles atacavam esse grupo e atiravam nos corpos. Eles voavam na altura das copas das árvores, então eles viam todos os detalhes. Lentamente, os membros foram arrancados, os intestinos se derramvam. É uma das mais terríveis impressões que me lembro da guerra.O artilheiro tinha visão para fora do tanque através de sua mira telescópico em um estreito campo de visão. Isso, infelizmente, estava apontado para o grupo de soldados mortoes. Nesse tremendo stress que todos estávamos sofrendo, a horrível visão ultrapassou a escala, e ele surtou. Gritando e xingando ele queria cair fora. Estava fora de si. Eu saquei minha pistola e enfiei o cano no pescoço dele, xinguei-o de volta e disse para parar de bancar o louco idiota. Ele imediatamente voltou ao normal. Esse homem era um dos melhores camaradas que tínhamos, totalmente confiável, robusto e imperturbável. Mas eu tenho certeza que qualquer homem exposto tempo o bastante a uma pressão realmente extrema vai ter um momento de fraqueza.

 

A entrevista completa está aqui:

http://www.historynet.com/oper...of-roncey-pocket.htm 

Last edited by fernando frota melzi

para morrer dentro do tanque mesmo se  não fossem os estilhaços do obus ou da blindagem. que  voavam para dentro  (isso  se  a  gasolina do  motor ou de recepiente internos oua  propria munição  interna não resolvesse explodir)......bastava o "blast injury" (lesão  da explosão  ou  ondad e choque... ....a  energia propagada pela onda de  choque atraves da explosão em contato com a massa  de ar no interior do tanque ou dos orgãos internos  dos  seus ocupantes.(vale também para liquidos como o sangue interno) pode  levar a ruptura de  orgãos internos,,,  não somentedos  tecidos  cerebrais (concussão ou  edema cerebral difuso ),podia  levar    dos timpanos , que  levaria a surdez mas também a  forma aguda de desorientação e  labirintitie impedindo rapidoabandopno do veiculo ,pode  levar a rupturas ou  graves hematomas -sangramentos quer dos intestinos, do coração... ,do figado ,,rins...e mesmo  com destruição dos tecidos pulmonares.... plastiresiabços,  paulo r morgado , sp -sp 

Brumbar posted:

E eu pensando que o ruim dos tanques era o forno no verão e o freezer no inverno...

o bom ou o ruim de estar dentro de um tanque vai depender sempre de quem você estiver enfrentando.  

.... se for um garoto com um estilingue é mole, mas se for um russo com um 152mm ou um RPG , aí  f....u.  

Valls

É o que eu já havia dito. Por um lado, você vai estar dentro de um lugar super protegido. Por outro, exatamente por isso, vai ser o alvo de tudo o que o inimigo tiver de mais potente. 

fernando frota melzi posted:

É o que eu já havia dito. Por um lado, você vai estar dentro de um lugar super protegido. Por outro, exatamente por isso, vai ser o alvo de tudo o que o inimigo tiver de mais potente. 

 e nem por isso vai estar 100% protegido.

Valls

paul morgado posted:

é  o que o valls  conhece  bem....

a eterna luta  da blindagem  contra o obus - foguete....

em geral sempre sobra para a  carne....   plastiresiabços-  paulo r  morgado 

 A blindagem sempre perde. E pobre de quem estiver dentro. 

BigBag posted:

Muito legal esse tópico justamente depois de assistir Fury hoje a tarde.
Várias passagens do filme retratam essas coisas todas... menos o duelo com o Tiger o resto é bem próximo haha.

 

Reparou que os artilheiros alemães eram todos cegos?

Na cena onde os tanques estão avançando no campo, acertam um tiro só, e de raspão. Na cidade, a queima roupa, a mesma coisa. Se os caras fossem tão ruins assim de pontaria, a guerra tinha acabado em 41. 

Na cena do Tiger, o problema é que se fizessem do jeito certo, o Brad Pitt morria no primeiro tiro, já que se pegassem uma coluna de lado, o procedimento era acertar o que vem na frente, para bloquear os que estão atrás, mas lá, ele começou pelo último.

E os soldados da SS são todos retardados que ficam correndo na frente da metralhadora de um Sherman avariado. Isso porque estão com um monte de Panzerfausts.

Mas, mesmo assim, é um filme legal.

 

.... se for um garoto com um estilingue é mole, mas se for um russo com um 152mm ou um RPG , aí  f....u.  

Valls

Pode ser um russo, pode ser um talibã no afeganistão, um maluco do ISIS no iraque ou na síria... algum guerilheiro com rpg em algum fundão da africa, o mundo está cheio de lugares ruins para os tanquistas...

Nos anos 80 eu fiz desenhos para um jornal sobre Economia, cujo dono era um português que lutou em Angola. Ele me contou que comandou um blindado Panhard sobre rodas, e que uma vez ficou sob fogo direto de projéteis anticarro  em uma trilha estreita. A cada impacto o veículo saltava do chão, e exatamente como foi dito acima, parecia estar com a cabeça dentro de um balde, com alguém marretando pelo lado de fora. E os tiros não paravam.

Ele me contou que a tripulação, com feridos, deu duro para tirar o carro do matadouro, sempre disparando de volta. Durante o combate todos perderam o controle das funções do corpo, sem se dar conta. Só perceberam o fedor ali dentro quando voltaram para a base. A limpeza do interior do Panhard levou mais de dois dias.

Posso imaginar ligeiramente o que aconteceu com quem virou alvo de um ISU-152. No jogo War Thunder, ele despacha um Tigre direto para o Valhalla, com todo mundo dentro. Acho que nem chega a doer.

Last edited by Carlos Chagas

No Iraque, que tinha os AML90 da Panhard ate receberem os Cascavéis, eles chamavam o veiculo de "peido com canhão de 90 ". Conheci o carro por dentro e por fora na base onde trabalhávamos e, realmente, o bicho é muito pequeno. O motor parece o de um fuska de tão pequeno e mal cabem três pessoas dentro. Duas na torre e o motorista na frente. Eles diziam também que o veiculo era muito instável, principalmente com a torre girada a 3 ou 9 horas.

Em Angola o Exercito Português usava ele também. No Museu do MPLA em Luanda tinham um estourado. Fico imaginando essa cena que o Carlos contou. Deviam ser armas pequenas. Se fosse um RPG ele não estaria vivo para contar essa história.

Valls

Havia lido que esteiras largas foram empregadas inicialmente pelos russos, pois assim distribui mais o peso do tanque pelo terreno, fazendo inclusive trafegar bem pela neve, os alemães parece que observaram e copiaram.

E tenho um cunhado português que lutou nas guerras coloniais, ele tripulou um blindado destes e contando que quando retornou a base com o blindado mesmo ainda andando deram perda total, fugiu entrando num cargueiro que vinha para o Rio, onde residia seus pais.

Incluir Resposta

×
×
×
×
Link copied to your clipboard.
×