HÁ poucos dias, um veterano da Xª Flottiglia MAS, afirmou em entrevista a uma revista italiana que os mergulhadores de combate da Regia Marina italiana foram os responsÁveis pelo explosão que culminou com o naufrÁgio do couraÇado Novorossiysk, da Marinha SoviÉtica.
Um dos maiores mistÉrios do sÉculo XX, Ugo d’Esposito manteve por quase 60 anos. O ex-mergulhador do Gruppo Gamma, da Xª Flottiglia MAS, e ex-agente do Servizio Informazioni Militare, Sicherheitsdienst des ReichsfÜhrers-SS e especialista em comunicaÇão criptografada, admitiu a uma revista que a explosão do navio de guerra soviÉtico Novorossiysk, foi obra dos italianos.
Segundo Ugo d’Esposito, nem mesmo os horrores da guerra e a humilhante derrota fez com que os ex-membros do Gruppo Gamma se separassem.
A maior parte de sua vida, o Novorossiysk carregou outro nome: Giulio Cesare. Durante a Primeira Guerra Mundial, o Novorossiysk não tomou parte de aÇão alguma, mas durante a Segunda Guerra Mundial, o navio fazia a escolta de comboios. Participou de combates com navios da britânicos como o HMS Warspite, navio este que conseguiu ocasionar um certo dano depois de ser atingido por uma granada de 381mm. Ele tambÉm ocasionou grandes danos aos destrÓieres HMS Hereward e HMS Decoy.
Durante a ConferÊncia de Teerã, no final de 1943, Stalin exigiu que a URSS estivesse na partilha da Marinha Italiana e que o Giulio Cesare seria do seu paÍs.
Em 1947, quando a Marinha SoviÉtica se apoderou do navio, o mesmo jÁ tinha quase 40 de serviÇo ativo. Ademais, ele era navio mais poderoso da Marinha SoviÉtica. Na ItÁlia, a perda do navio foi considerada uma desgraÇa e o Julio Valerio Scipione Ghezzo Marcantonio Maria dei principi Borghese ou simplesmente Julio Valerio Borghese, comandante da Xª Flottiglia MAS, jurou se vingar dos soviÉticos a todo custo.
"Aqueles que foram da Xª Flottiglia MAS não queriam que o navio fosse repasso para os soviÉticos e juraram destruÍ-lo. Eles fizeram todo o possÍvel para afundÁ-lo", disse Ugo d’Esposito à revista italiana 4ARTS.
Ele falou sobre vÁrios assuntos em sua entrevista, mas revelaÇão mais sensacional feita por D' Esposito, certamente, diz respeito à alegaÇão de que ele e seus companheiros afundaram o encouraÇado Novorossiysk no porto de Sevastopol , em 1955, por um comando da Xª Flottiglia MAS, hoje dissolvido.
Esta hipÓtese tem circulado por anos sem encontrar uma confirmaÇão oficial, pois a causa da explosão nunca foi esclarecida e os documentos sobre esse assunto ainda não estÁ totalmente desclassificado. Em apoio a isso, É importante mencionar uma investigaÇão da revista russa Itoghi - data de 25 de outubro de 2005 - que documenta cuidadosamente os fatos que vieram confirmar a hipÓtese do naufrÁgio do navio por um comando da Xª Flottiglia MAS. Oito comandos da Xª Flottiglia MAS, sob as ordens dos serviÇos italianos e agindo em nome da OTAN, instalaram explosivos na quilha do navio fazendo-o afundar em 29 de Outubro de 1955.
Hoje, o relato de D' Esposito, pessoa que esteve diretamente nos acontecimentos, sÓ vem a confirmar o excelente trabalho investigativo da Itoghi.
Repercursão
O depoimento de D' Esposito jÁ repercuti muito na Rússia. AliÁs, jÁ repercutiu bem mais que o especial da revista russa Itoghi. Veteranos do Novorossiysk estão pretendendo iniciar um pedido formal de investigaÇão internacional.
No último dia 26 de agosto, a agÊncia de notÍcias russas, publicou um artigo em que o ex-artilheiro aÉreo do Novorossiysk e presidente do Conselho de Veteranos, Viktor Saltikov, diz que "se as notÍcias sobre a sabotagem dos italianos se confirmarem, o prÓximo passo serÁ o inicio de um julgamento em um tribunal internacional por perdas e danos contra o Estado Italiano.
Segundo Saltikov muitos homens tiveram danos permanentes e foram incapacitados.
Saltikov tambÉm salientou que "a Rússia, como sucessora legal da União SoviÉtica, em caso de confirmaÇão de sabotagem, tem o direito de exigir que a ItÁlia compense o custo do navio de guerra, que agora É igual ao custo de um cruzador movido a energia nuclear".
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