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Ola pessoal,

Mais uma vez fugindo da minha praia de dioramas 1/35. Neste ano dando uma volta pelo mercado livre deparei-me com uma moto Yamaha RZ250 1/12 da tamiya por um precinho muito bom (veio sem caixa, instruções e os decais não deram para aproveitar, daí o valor baixo).

Acabei comprando a dita cuja. Só tinha montado uma moto quando tinha uns 13 anos (isto a muiiiiito tempo atrás) então foi bem divertido. Poderia escolher entre duas opções de cores, preta ou branca, e acabei optando pela última. O resultado foi este.

 

Como sempre, veio aquela ideia: porque não fazer um pequeno diorama para colocar a motinha? Meu último veículo civil (e segundo) foi um bel-air 57 que também fiz um Dio para o mesmo, e a base era uma lata de óleo da Texaco, ai resolvi seguir na mesma temática pois acho que vai ficar legal na prateleira (quando fizer uma eh eh). Pelo formato da moto, onde o comprimento e altura são mais significativos que a largura, resolvi aplicar o mesmo conceito na escolha da lata e então optei por latas com formatos de retangulares. Procurando achei uma lata da Shell de fabricação inglesa (Shell Mex) que li ser da década de 20/30. A lata tem dimensões de 10 ½” de altura, 8 ½” de comprimento e 3 ½” de largura (cerca de 27x22x9 cm, arredondando) . Embora vermelho e preto não sejam minhas cores favoritas, acabei gostando do visual da dita cuja.  Algumas imagens da lata.

Selecionada a lata, partiu criação. A ideia geral foi reproduzir a lata aproximadamente na 1:1, sendo que teria uma parte interior móvel, de forma que eu pudesse fazer a cena do diorama e depois colocá-la dentro da lata.

 

 

Original Post

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Com estireno fiz a confecção das duas partes da lata. No topo da lata existe o bocal e uma alça. Para o primeiro peguei uma lata de chá mate leão e cortei o bocal da mesma, colando com cianoacrilato no topo da mesma. A alça fiz em estireno. Também existe uma parte em relevo no topo da lata com o nome da companhia e o logo da shell. Com evergreen  meio-cilindro fino fiz as letras e o logo foi no estilete mesmo. Para dar uma texturizada na chapa superior e da base, com um pincel grosso velho apliquei resina a base de água. Comprei um pote de um litro disto há alguns anos e vai durar a vida inteira (ou até o bagulho estragar). Isto também ajuda a fixar as letras e tiras que colei, bem como preencher as frestas nas letras.


 

A letra S meu deu um baita trabalho, até que lembrei que tinha pedaços de cordão de silicone que emprestei de brinquedos da minha filha, ai ficou fácil.

Tudo pronto, uma camada de primer da colorgim e depois tinta spray preta, também da colorgim. Nas parte de topo e fundo depois do preto apliquei alumínio em spray da acrilex. A parte de dentro também foi pintada de preto.

Como a lata/diorama vai ficar  deitada, tive que trabalhar na arte da parte traseira e da que ficará para cima. Consegui uma imagem com o logo da Shell, mas os textos não batiam com a lata que pesquisei, assim editei a imagem e plotei na minha impressora epson jato de tinta. Como não tinha papel decal, usei folhas de etiquetas transparentes da Pimaco. O problema é a cor branca. No caso da lata tive que pintar de branco a região onde colei as etiquetas para que as cores ficassem corretas, mas o resultado acho que ficou bem legal.

Depois isto veio o processo de envelhecimento. Muita tinta marrom, marrom com  preto, laraja e gun metal, aplicadas com aerógrafo e usando a técnica do laquê. Também usei patina metal da corfix para alguns locais. O resultado foi este:

mais uma

Agora o diorama. Pensei em fazer a moto  dentro de uma oficina, com bancadas e ferramentas, mas o espaço e o tempo que levaria para fazer as ferramentas em skretch fizeram com que eu mudasse de idéia. Então optei por fazer uma parede de alvenaria para testar o técnicas de envelhecimento neste tipo de material, com uma parte de madeira. Aqui a inspiração veio dos trabalhos brilhantes de Marcel Ackley 

Vale a pena conferir o trabalho dele. E ai mais um dilema: deixar a moto como está ou envelhece-la. Fiquei tentado a envelhecer, mas gostei tanto do jeito que ela ficou que vou deixá-la assim, até mesmo porque o branco vai dar um destaque da moto na cena. Quando for colocá-la em definitivo na cena apenas vou dar um pequeno ar de usada, com um pouco de poeira e óleo no motor. Envelhecer fica para a próxima. Vai ser como se alguém tivesse estacionado ali.

Estou na parte do dio, vou fazer fotos de como está atualmente e depois atualizo.

Inté.

Você tá de sacanagem!? 

Ficou MUITO legal essa lata! Parabéns pelo trabalho!

Se me permite opinar, ela combina com uma moto mais desgastada, até uma um pouco mais antiga do que a montada...

Acompanhando!

Obrigado pessoal,

Hélcio, fico pensando nisso, mas como só tenho esta montada, vai a ela mesmo.

Confesso que fazer isto numa escala grande como 1/12 foi bem diferente do que trabalhar com 1/35. O autor citado usa muito aquarela para pintar as madeiras e fazer efeitos. Nunca usei aquarela mas resolvi testar e comprei um conjunto de tinta aquarela da Sakura.

Fiz um parte da cena em alvenaria e outra em madeira. Para a parte em alvenaria o bom e velho gesso e as madeiras de balsa.

Pintei as madeiras na cor cinza e variações de tons de cinza. Achei interessante e acho que vou continuar tentando, parece promissor. Deixei secar bem a aquarela e dei uma camada de verniz, pois depois usei a técnica do laque (que usa água e podia misturar toda a aquarela) para obter o efeito de descascado. Pintei de diferentes tons de azul a madeira e depois com auxílio de um pincel com cerdas mais grossas fui fazendo o descascado da coisa. Na janela apliquei a mesma técnica só que com um tom de verde. A janela foi feita de papel cartão e as molduras em balsa.

Molde para o gesso:

Resultado do gesso já esculpido e com a balsa colada, já colada com bonder na peça que vai dentro da lata:

Ainda com o gesso não totalmente curado esculpi os tijolos como se a parede estivesse com o reboco caído. A pintura dos tijolos também foi feita com a tinta aquarela, já a parede com as acrílicas convencionais (tamiya e hobbycores). Vários drybrush tradicionais para os efeitos de desgastado.

As placas foram impressas em papel adesivo e coladas em chapas de estireno, sendo depois envelhecidas. Pregos são bastões de estireno finos, onde furo a madeira/estireno e depois colo o bastão. Na vegetação usei corda de sisal verde para os tufos de matos maiores, o chão fiz de gesso e pintado em cor de solo e depois apliquei grama estática como meu aplicador tabajara feito de raquete de matar mosquito. Tem um arbusto que fiz com esponja e flocos verdes . Colei algumas folhas que juntei na rua. Ainda tenho que deixar o piso com mais cara de sujo e acho que vou aplicar um pouco de detritos para isto.

Já quase todo pintado. tenho que trabalhar ainda nas rachaduras, pois ficaram muito escuras.

com a moto (provisória)

Na minha ideia da lata queria fazer com que parecesse que tinha vazado um pouco de óleo. Então fiz a poça com durepoxi e o escorrido com um sprue esticado na vela. Com tinta 3d da acrilex fiz os movimentos do óleo caindo. Depois pintei com tinta esmalte preta. A vinheta dentro da lata. Fiz um sistema que posso retirar a vinheta e ainda deixe uma canaleta para colocar uma chapa de estireno transparente para fechar e evitar a entrada de pó.

Aqui o efeito do escorrido de óleo:

Este é o estágio que parei. Tenho que fazer algo para preencher a cena do lado de trás da moto. Já fiz uma caixa de madeira em estireno e acho que vou fazer a frente de uma bomba de gasolina. Também penso em fazer como se fosse um galho de árvore para preencher o topo da cena.

é isto.

Guto Veiga

Nossa que trabalho
Mil parabéns pelo trabalho, de mestre mesmo, ainda estes dias estava pensando em fazer uma lata de óleo para dar de presente para o meu sogro.
Já me deu uma ideia.
Grande abraço 

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