Em 21 de Agosto de 1961, o Douglas DC-8-43, matrÍcula 9604Z, com uma tripulaÇão de fÁbrica comandada pelo piloto William Magruder e composta pelo co-piloto Paul Patten, Engenheiro de VÔo Joseph Tomich e Engenheiro de Teste de Voo Richard Edwards foi para a Base da ForÇa AÉrea dos Estados Unidos, em Edwards, CalifÓrnia, fazer um teste de voo prÉ-entrega.
Durante o teste, o capitão Magruder teve a ideia de se fazer um teste de estresse, durante o qual tentariam passar a barreira do som com a aeronave.
Era uma ideia inteligente, do ponto de vista mercadolÓgico, mostrar que a aeronave podia sobreviver a tal exigÊncia e não se desmanchar toda.
A Boeing, concorrente da Douglas no mercado do jatos comerciais, nunca iria tentar tal coisa com o 707 porque não iria querer estar em segundo.
Houve toda uma preparaÇão, para se saber a carga a ser levada, o ângulo de mergulho, a altitude mÁxima para iniciar o mergulho e a altitude para se iniciar a recuperaÇão. O Departamento de Aerodinâmica da Douglas preparou um conjunto de cartas especiais. A aeronave foi abastecida com combustÍvel para apenas ½ hora de voo, para que ela estivesse bem leve.
No dia 21 de Agosto, Magruder levou a aeronave a 15,800m e iniciou um mergulho controlado durante 16 segundos, quando iniciou a recuperaÇão. Durante esse mergulho, a aeronave marcou 1,062km/h (Mach 1.012).
O processo de recuperaÇão não foi fÁcil pois o elevador emperrou e o estabilizador , ao ser solicitado, tambÉm não funcionou pela carga sobre ele. Magruder forÇou mais o ângulo de mergulho e aliviou a carga sobre o estabilizador que passou a funcionar e recuperou a aeronave do mergulho, isso jÁ a 10,600m.
Foi um recorde supersÔnico não oficial e um recorde de altitude para uma aeronave comercial. Levou ao redor de 10 anos para os SST os batessem.
A aeronave foi entregue a empresa Canadian Pacific como CF-CPG.
Ambas as fotos abaixo tiradas em 1977, mostram o antigo CF-CPG em serviÇo ativo tantos anos apÓs seu voo Épico.
Nessa foto, vemos, muito a propÓsito do TÓpico sobre as cinco turbinas de um 747 de Qantas aqui no Site, o uso de um pod 5, entre o motor dois e a fuselagem, para transportar um motor extra.
O fato digno de nota nesse dia, alÉm da marca supersÔnica da aeronave, foi o acompanhamento de luxo que o DC-8-43 teve no inicio do teste, no F-104 tripulado pelo Gal. Chuck Yeager, o primeiro homem a romper a barreira do som, no X-1.
O X-1...
e Chuck Yeager e o X-1.
Abs. aos que acompanharam.