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E o principal:
Na boa escala, é claro!!
cópia do Mangusta!!!????
Max
Tá um bocado diferente do Mangusta
Tem mais a ver com o Eurocopter Tiger do que com o Mangusta, ou talvez um pouco dos dois. Quando um tipo de projeto se mostra bem sucedido, a tendencia é que todos sigam naquela direção, sem que seja propriamente uma cópia.
Esse projeto, se não me engano, nasceu na Kamov, a pedido dos chineses...
E bem facil de perceber como todos os helicopteros de ataque que vieram depois do Apache tem basicamente as linhas dele, ou baseadas nele...ate mesmo a posicao dos sensores, disposicao de armamento, etc...
Parece ser um helicoptero agil...nao sei se completamente armado o seria tanto, ou a capacidade de sensores, etc...
Tem na 1/48 ?
Edilson
Só 1/144 e agora na 1/72. Mas logo vão fazer scale-up pra 1/48...
E bem facil de perceber como todos os helicopteros de ataque que vieram depois do Apache tem basicamente as linhas dele, ou baseadas nele...ate mesmo a posicao dos sensores, disposicao de armamento, etc...
Parece ser um helicoptero agil...nao sei se completamente armado o seria tanto, ou a capacidade de sensores, etc...
Tem na 1/48 ?
Edilson
É aquela coisa que muita gente chama de "cópia" e "plágio", mas na verdade não é bem isso... é uma lógica bem simples: necessidades e requisitos semelhantes, na maioria das vezes, levam a soluções parecidas... agora, o que é mais lógico e econômico ao se iniciar um projeto: partir de um conceito já estudado, testado e aprovado e desenvolver seu projeto com base neste, ou gastar zilhões procurando uma solução aerodinâmica e conceitual completamente invadora para atingir a mesma meta? Não é uma prática nada absurda, e de fato é o que mais ocorre desde que o homem começou a fabricar equipamentos...
Sim, claro...
Mas nao tira (e na verdade aumenta) o merito dos americanos em analisarem tais fatores e chegarem a uma solucao muito a frente dos seus adversarios/concorrentes
...
Edilson
Sim, claro...
Mas nao tira (e na verdade aumenta) o merito dos americanos em analisarem tais fatores e chegarem a uma solucao muito a frente dos seus adversarios/concorrentes
...
Edilson
Sem dúvida, Edilson! Concordo contigo que isso na verdade aumenta os méritos dos americanos de estarem quase sempre na "ponta de lança" quando se trata de inovações e soluções tecnológicas, sejam aeroespaciais ou em tantos outros setores. Os méritos dos EUA são incontestáveis, e nem ouso sofismar contra eles! Só quis manifestar que as "inspirações" e influências observadas em produtos de outras partes são recursos legítimos, dos quais até os próprios EUA já lançaram mão em mais de uma ocasião, e que nem por isso representam necessariamente "cópias" (embora essas também existam bastante por aí...).
Existem alguns fatos interessantes sobre helicópteros de ataque:
- o primeiro gunship dedicado que temos notícia foi o AH-1G Cobra. Basicamente se pega um projeto bom de helicóptero utilitário e praticamente o "espreme", para virar uma aeronave tandem. Assim se diminui a silhueta da aeronave,melhorando, consequentemente a aerodinâmica e a performance, trocando a carga por armamento. Isto foi feito também com o Roivaalk, feito a partir do Super Puma, o WZ-11 feito a partir do Douphin ou, numa escala um pouco diferente, o MI-24 a partir do MI-8. O Irã fez isso criando um helicóptero Tabajara de ataque a partir de um Jet Ranger. A FAB solicitou para a Helibrás uma versão de ataque neste estilo baseado no Esquilo, mas a Helibrás se recusou a fazer dizendo que se quisessem, que comprassem o Tiger (absurdamente mais caro).
- O Apache revolucionou o projeto de helicóptero de ataque ao se adotar a torreta de eletroópticos escravizada no capacete dos pilotos, de modo que se pudesse voar apenas com a imagem do FLIR. Os demais helicópteros voam basicamente com NVGs nos capacetes dos pilotos e A imagem do FLIR é projetada em um MFD, servindo de auxílio à navegação ou sistema de pontaria.
- para missões de ataque, escolta e reconhecimento, utiliza-se basicamente dois tipos de helicóptero. Os gunships propriamente ditos e helicópteros leves adaptados para carregar armamento como o Kiowa Warrior, baseado nomJet Ranger, o OH-6, baseados no MD 530/320 e as versões armadas do Esquilo, Gazelle, Jet Ranger, etc. Algumas forças armadas utilizam versões médias utilitárias armadas como o Puma SOCAT, o AH-60L Harpia 3, o MI-17, pois, não requerem tanta manobrabilidade, blindagem ou armamento especializado, oferecendo o apoio de fogo com canhões e foguetes.
- Algumas grandes mudanças nos conceitos que nasceram no Cobra aconteceram com o Tiger Europeu. A principal é a inversão da posição dos pilotos. O piloto vai na nacele dianteira e o artilheiro vai na traseira, mais elevada (particulamente acho que deve ser melhor para pilotar). Também tiraram a torreta de eletroópticos do nariz ou do mastro da transmissão e colocaram entre a cabine e o disco do rotor na versão HAD.
- quem mais trouxe novos conceitos foi o projeto KA-50/52 Hokum. Trouxeram os rotores contra-rotativos, modificando radicalmente o design da aeronave. Inicialmente se buscou a versão monoplace ( mas não vingou, pilotar a baixa altura e gerenciar um ataque é uma missãozinha desgraçenta que tem que ter obrigatoriamente dois caras, até com caças chegou-se a essa conclusão), mas o que foi para frente foi o projeto com dois pilotos lado-a-lado (que tem muitas vantagens em relação à coordenação de cabine comparado ao projeto em tandem). Também acabaram com o canhão de nariz completamente móvel. Instalaram um canhão com alguma movimentação escravizadomao setor frontal da aeronave ( conceito interessante, já que na prática dificilmente se trabalha pensando em atirar para o lado).
Uma verdadeira aula Rafael!
Concordo, Urubu...e por ai...
Realmente um bom texto do Rafael!
Edilson