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Nas quinas da junção da placa de proteção frontal com as laterais onde as soldagens eram feitas, e são bem evidentes, gostaria de saber se o zimmerit também era aplicado cobrindo essa parte?

Nas fotos que vi na net não cheguei a perceber esse detalhe.

[]s.

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@Zé Victor

Lembre que embora o Elephant tivesse Zimmerit, o Ferdinand não tinha.

Em resumo, primeiro fizeram o Fedinand, como ele passou por maus bocados em Kursk, recebeu diversas melhorias, entre elas o Zimmerit.

A maior diferença visual entre os dois, foi a instalação de uma metralhadora no casco ao lado do motorista, mas houveram diversas outras, menores.

PlastiAbraços

@Zé Victor posted:

Sem querer, mas já abusando, não teria uma imagem maior também da segunda foto. Ou outra similar mostrando a lateral do bicho.



Oi Zé,

Vou dar uma olhada no fim de semana se tenho alguma coisa e coloco aqui depois.

@Rubens posted:

Lembre que embora o Elephant tivesse Zimmerit, o Ferdinand não tinha.



Oxe! E no kit acompanha decais do zimmerit.

A metralhadora que você comentou não sei, mas vou olhar.

[]s.

Last edited by Zé Victor
@vonpaulus posted:

Parece que sim. E até faz sentido não deixar uma fatia de metal sem cobertura, já que a ideia da pasta era criar uma superfície rugosa e não metálica.

Sem dúvida. Mas o que passou pela cachola e se o zimmerit teria uma boa adesão nas soldas que as quinas/junções que mencionei são bem visíveis.

[]s.

@Zé Victor posted:

Nas quinas da junção da placa de proteção frontal com as laterais onde as soldagens eram feitas, e são bem evidentes, gostaria de saber se o zimmerit também era aplicado cobrindo essa parte?

Nas fotos que vi na net não cheguei a perceber esse detalhe.

[]s.

Zé Victor, bem resumidamente...

No final de 1942, a infantaria alemã, por meio de equipes de "matadores de tanques", começou a usar em campo uma mina antitanque que se fixava ao alvo por meio de ímãs.

De imediato, algumas cabeças, que, aparentemente, não tinham o que fazer, ou queriam ganhar algum dinheiro a mais da Wehrmacht, criaram possibilidade dos Aliados copiarem esta arma, e a aplicassem nos tanques alemães.

Após algumas sugestões infelizes, como "durante o inverno, despejar água sobre o veículo para formar uma espessa camada de gelo" ou "pintar com asfalto ou alcatrão cobrindo com entulho fino", a firma Zimmer AG, grande fabricante de tintas, desenvolveu um material que foi testado, pela primeira vez, no centro de desenvolvimento, em Kummersdorf, em 5 e 8 de junho de 1943. Em 30 de junho, foi decidido iniciar os testes e treinamento de tropas com 4ª Divisão Panzer e 7ª Divisão  Panzer.

Embora não fosse totalmente antimagnético, a espessura da pasta, 6 mm, e a sua aplicação padronizada na própria fábrica pretendiam reduzir a capacidade do ímã de aderir ao tanque.

Os veículos que foram submetidos ao processo de usar zimmerit foram o Pz IIIN, Pz IV G-J, Tiger E versões Mid e Late, Tiger B, canhões de assalto, veículos autopropulsados Sturmtiger, Jagdtiger, Jagdpanther, Stug III, JagdPanzer e alguns outros veículos.

O processo de aplicação levava até 4 horas e um Tiger I usava 200 kg dessa pasta, enquanto um Pz IV ausf G usava 100 kg.

O Zimmerit era aplicado em todas as superfícies verticais e inclinadas, exceto onde impediria a operação normal (como dobradiças, peças automotivas e lagartas) ou onde minas magnéticas não danificariam seriamente o veículo (como lâmpadas, ferramentas e saias laterais). Era aplicado, no entanto, nas superfícies atrás das schürzen. Às vezes, também era aplicado a torres, embora as minas magnéticas não pudessem ser facilmente anexadas a elas pela infantaria. Existem também alguns exemplos de Zimmerit que foram aplicados nas próprias schürzen, numa clara demonstração de trabalho de campo.

Sua aplicação, iniciada, segundo alguns autores, em Agosto, por outros em Setembro, e outros colocam o início de dezembro de 1943, durou até setembro de 1944, supostamente por permitir, pela presença de benzeno na sua fórmula, incêndios no veículo quando atingido por disparos do inimigo.

Acho, pessoalmente, que os alemães viram a bobagem e o gasto que tiveram com algo completamente idiota e arrumaram, como todos os políticos, inclusive militares, quando pegos fazendo besteiras, uma desculpa para liberarem a indústria de tamanha e inútil perda de tempo.



Quanto a aplicação de zimmerit em ângulos, esses eram mantidos normalmente da forma como tinham sido projetados e fabricados. A função do zimmerit, tem que se enfatizar esse ponto, era apenas de revestimento de superfície, não de reforço de blindagem.

Alguns exemplos do citado acima:

E uma rara foto de um Sherman com aplicação completa de zimmerit.

Um abraço e um bom fim de semana para nós e nossas famílias.

Boa tarde, Zé Victor e colegas!

Como estou lendo um trabalho sobre a Batalha de Kursk, encontrei dados interessantes sobre o desempenho dos Jagdpanzer Elephants, dos Panzerjäger-Rgt 653 e 654 nesta batalha.

Talvez ajude numa melhor compreensão da realidade.

É evidente que, por ser um veículo novo e ainda não provado em combate, teria as suas limitações postas à prova. Porém, ao contrário do que a propaganda divulga (e alguns historiadores mal-informados também), esses veículos tiveram bons números nos combates em que se envolveram.

De acordo com Münch (KH). Estes dois regimentos destruíram, entre 5 e 27 de julho de 1943, 502 carros de combate soviéticos (320 pelo Rgt. 653), mais de 200 canhões antitanques e cerca de 100 canhões de campanha. As perdas totais de Elephants nestes combates foram de 19 veículos, 13 do Rgt.653; de um total de cerca 90 empregados.

Apesar de haver alguns desencontros nestes números, eles vieram de relatórios de combate analisados pelo autor e revelam que a sua participação foi bem melhor do que se pensava anteriormente.

Abraços

Pessoal,

Vejam bem, para os alemães foi embaraçoso, pois consideravam os Ferdinands como "indestrutíveis", mas por um ponto de vista mais normal, fizeram um belo estrago, fossem Ferdinands ou Elephants.

Afinal no total foram produzidos apenas uns 90 Ferdinands e pouco mais da metade, foi transformado em Elephants.

PlastiAbraços

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