E, para quem não sabe, pilotos brasileiros voaram missões de combate real em P-38, pela Força Aérea Dominicana, vejam aqui
Alinhados em frente a um dos Lockheed P-38J pertencentes à FAD, o contingente de instrutores brasileiros flanqueia o Cel. Fernandez da Fuerza Aérea Dominicana. Da esquerda para a direita os Comandantes: Guimarães, Barbosa, Itamar, Menna Barreto, o Cel. Fernandez, Martins, Ajuz e Braga. (Foto Arquivo Cmt. Nilton Miguel Ajuz)
Nilton Miguel Ajuz na cabine de um Mustang dominicano. (Foto Arquivo Pessoal)
O trecho que destaco no texto é o seguinte:
"Martins logo virou fã do P-38. “Era uma maravilha. Como um motor girava a hélice para um lado, e o outro para o outro, se tirava o efeito de torque. Para acrobacias era muito bom, seu comando hidráulico era macio. Fazia rolls bonitos, suaves, o P-38 parecia até mais leve que o P-47”, declara Martins. De fato, um P-38, apesar de seus dois motores, tinha um peso vazio de 5,8 toneladas; e um peso máximo na decolagem de 9,8 toneladas; o monomotor P-47 tinha 5 toneladas vazio e um máximo de 9,4 toneladas. Como comparação, o P-51 pesava apenas respectivamente 3,2 e 5,4 toneladas nessas condições. Não foi por nada que os dois maiores ases americanos da guerra, Richard Bong e Tommy McGuire, abateram 40 e 38 aviões, muitos deles os ágeis caças japoneses Zero, pilotando P-38 (um detalhe de terminologia: desde 1948, o prefixo “P” tinha sido substituído por “F” nos EUA – F-51 no lugar de P-51).
Outro fã do caça bimotor é Ajuz. “Eu preferia o P-38 porque dava mais conforto. Desde que fiz o curso no P-47 que eu era apaixonado por ele. O P-38 era um Cadillac, apesar de ser menos manobrável que o P-51. Em um confronto entre os dois, o P-51 faz curva por dentro, subia mais”, afirma Ajuz. E, pelo fato de a cabina do piloto estar isolada dos motores, o Lightning era bem mais silencioso que o Mustang."