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Temos alguns outros elementos que explicam melhor a importãnica das coomunicações em campo por parte das unidades blindadas alemãs:
- Interferência inimiga: Durante a guerra, tanto os alemães quanto os Aliados empregaram técnicas de guerra eletrônica para interferir nas comunicações inimigas. Os alemães desenvolveram equipamentos para detectar e contrariar os esforços de interferência inimiga, como dispositivos de anulação de interferência e receptores de rádio especializados.
- Comunicação com a aviação: Os sistemas de rádio nos tanques alemães também permitiam a comunicação com a aviação, facilitando a coordenação entre os tanques e o apoio aéreo. Isso era especialmente importante para a estratégia de Blitzkrieg alemã, que combinava ataques rápidos de tanques com apoio aéreo para obter vantagem tática.
- Rádios de longo alcance: Além dos sistemas de rádio internos dos tanques, os alemães também desenvolveram rádios de longo alcance para comunicação entre as unidades de tanques e as forças de comando e controle. Esses rádios, como o FuG 12, tinham maior potência e alcance, permitindo a transmissão de informações a grandes distâncias.
- Rádios de emergência: Os tanques alemães também eram equipados com rádios de emergência, como o Notek, que permitiam que as tripulações pedissem ajuda ou transmitissem informações urgentes em situações críticas. Esses rádios eram projetados para serem operados com facilidade e rapidez, garantindo uma comunicação eficiente em momentos de perigo iminente.
- Evolução tecnológica contínua: Durante a guerra, os alemães continuaram a aprimorar seus sistemas de rádio nos tanques, incorporando avanços tecnológicos e feedback das tripulações de tanques. Isso levou ao desenvolvimento de rádios mais compactos, eficientes e confiáveis, capazes de resistir às condições adversas do campo de batalha.
- Influência pós-guerra: Os avanços tecnológicos e os conhecimentos adquiridos com os sistemas de rádio dos tanques alemães durante a Segunda Guerra Mundial tiveram um impacto significativo no desenvolvimento de comunicações militares pós-guerra. Muitas das técnicas e tecnologias desenvolvidas pelos alemães foram estudadas e adotadas por outras nações ao longo do tempo.
Para entender melhor do porque as antenas não aparecem na maior parte das fotos de veículos alemães em combate, refere-se ao alcance dos seus sistemas de rádio padrão Fug 5 e Fug 7.
Então, temos que o alcance dos rádios alemães na Segunda Guerra Mundial variava dependendo de vários fatores, incluindo o modelo específico do rádio, a potência de transmissão, o terreno e as condições atmosféricas. O uso de antenas claro que era crucial para estender o alcance das comunicações.
Sem antena, o alcance efetivo dos rádios alemães nos tanques era geralmente limitado a distâncias relativamente curtas, variando de algumas centenas de metros a alguns quilômetros. Isso ocorria porque as antenas eram responsáveis por emitir e receber os sinais de rádio, ampliando a capacidade de transmissão e recepção dos rádios.
Ao estender a antena dos rádios, o alcance poderia ser significativamente aumentado. No entanto, o alcance exato variava dependendo do tipo de antena utilizada e das condições mencionadas anteriormente. Em média, com antenas totalmente estendidas, os rádios alemães poderiam alcançar distâncias de até 10 a 20 quilômetros.
É importante ressaltar que esses números são apenas estimativas gerais e não se aplicam a todos os modelos de rádio alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, o alcance real das comunicações poderia ser afetado por interferência inimiga, terreno montanhoso, densas áreas urbanas, vegetação densa e condições atmosféricas adversas, como tempestades ou neblina.
Os alemães enfrentaram desafios em manter a comunicação confiável em longas distâncias, especialmente em áreas onde a interferência era intensa ou em terrenos desfavoráveis. Portanto, eles frequentemente recorriam ao uso de estações de rádio de retransmissão para estender o alcance das comunicações e superar essas limitações.
Completando o raciocinio acima, temos que
- Frequências e bandas de rádio: Os rádios alemães utilizavam uma variedade de frequências e bandas de rádio para suas comunicações. As frequências mais comumente utilizadas incluíam VHF (Very High Frequency) e HF (High Frequency). A escolha da frequência dependia do alcance desejado, das condições atmosféricas e da disponibilidade de canais não interceptados.
- Rádios de comunicação interna: Os tanques alemães eram equipados com rádios de comunicação interna, permitindo a comunicação entre os membros da tripulação dentro do veículo. Isso era essencial para coordenar as ações do tanque durante o combate.
- Rádios de comunicação externa: Além dos rádios internos, os tanques alemães também estavam equipados com rádios de comunicação externa para se comunicar com outras unidades e comandos superiores. Esses rádios permitiam a transmissão de informações táticas, solicitação de apoio e coordenação com outras forças em campo.
- Técnicas de codificação e criptografia: A criptografia era uma parte importante das comunicações alemãs para garantir a segurança das mensagens transmitidas. A máquina de criptografia Enigma era amplamente utilizada para codificar as mensagens, tornando-as mais difíceis de serem interceptadas e decifradas pelos inimigos.
- Equipamentos de detecção e contramedidas: Tanto os alemães quanto os Aliados empregavam equipamentos de detecção e contramedidas eletrônicas para interceptar e interferir nas comunicações inimigas. Os alemães desenvolveram equipamentos para detectar e anular essas interferências, permitindo uma comunicação mais segura e confiável.
- Evolução tecnológica: Ao longo da guerra, os alemães continuaram a desenvolver e aprimorar seus sistemas de rádio. Isso incluiu o uso de rádios mais compactos, eficientes e confiáveis, além de técnicas avançadas de criptografia e antenas direcionais para melhorar o alcance e a segurança das comunicações.
As unidades blindadas alemãs usavam antenas estendidas sempre que atacavam em amplas frentes de combate, estando, principalmente, os Abteilung de Tigers I e Königtigers, ligados diretamente ao comando de Corpos de Exércitos. Olhando os veículos envolvidos na batalha de Prokhorovka, nota-se a existência de alguns veículos com antenas estendidas mas a maioria está sem antena, pois a geografia do local era plana e o ataque com os Tiger seguia o padrão do emprego de blindados em movimentação em cunha para romper as defesas soviéticas.
Quanto temos movimentação dentro de ambiente urbano ou areas boscosas, as antenas também estão, na maioria dos casos, recolhidas para evitar sofrerem danos.
Semelhante a outros sistemas de rádio, o FuG 5 dependia de uma antena para transmitir e receber sinais de rádio. A antena servia como componente crucial para enviar e receber ondas eletromagnéticas, possibilitando a comunicação entre o tanque e outros veículos ou centros de comando.
O tipo específico e a configuração da antena usada com o sistema FuG 5 em tanques podia variar. Em alguns casos, os tanques empregavam uma antena chicote ou whip antenna, montada externamente no veículo. Esse tipo de antena era normalmente constituída de uma haste ou mastro de metal que se estendia verticalmente a partir do casco do tanque. Era projetado para otimizar a transmissão e recepção de sinais dentro da faixa de frequência do sistema FuG 5.
O posicionamento da antena era importante para garantir a propagação eficiente do sinal e minimizar a interferência da estrutura metálica do tanque. As tripulações dos tanques tinham que estar atentas a quaisquer obstruções ou danos à antena que pudessem prejudicar as capacidades de comunicação.
Quanto às cores da antena, talvez tivessemos a ideia de que a maioria das antenas AFV alemãs da Segunda Guerra Mundial fossem pintadas em cinza escuro industrial, verde escuro ou preto acetinado pelo OEM, já que essas antenas eram feitas de tubo de cobre rígido pintado. Essas antenas eram um item removível/substituível, e os veículos muitas vezes carregavam peças sobressalentes, obtidas nos depósitos de acessórios e nas fábricas de equipamentos. Como outros itens anexados aos tanques alemães, como ferramentas, extintores, latas de gasolina, peças de lagartas sobressalente, etc., as antenas não faziam parte do blindado para serem pintadas no momento da montagem, mas eram instaladas posteriormente em um veículo acabado> Assim, é racional se pensar que continuavam na cor com a qual foram feitos.
Modernamente, as antenas americanas da Segunda Guerra Mundial e aquelas que aparecem em equipamentos mais modernos, eram e são feitas de vários materiais não metálicos e geralmente flexíveis. As antenas encontradas em tanques dos EUA na década de 1975, por exemplo, não eram pintadas, vindo em cores verde-oliva escura ou esverdeadas ou quase pretas, nada parecidas com o OD em que um veículo foi pintado. Pela flexibilidade que possuem, é claro que não segurariam a tinta por muito tempo.
O material mais recente, que inclui fibra de vidro e diversos plásticos, vem com cores tingidas. Todos esses itens também são adicionados após a montagem e pintura do tanque, então é aceitável achar-se que não são anexadas na cor pintada do tanque.