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O alerta foi dado pelo presidente do Sindicato Nacional das Empresas de NavegaÇão MarÍtima (Syndarma), Bruno Lima Rocha, durante seminÁrio realizado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). Lima Rocha disse que hÁ duas ameaÇas à navegaÇão de bandeira brasileira – que foi afastada das linhas externas e estÁ limitada à atuaÇão na costa, a cabotagem. O primeiro mal para o setor poderÁ vir do porto uruguaio de Águas profundas de Rocha – que, por incrÍvel que possa parecer, estÁ prestes a ser financiado pelo BNDES.

 

Com isso, armadores estrangeiros usariam meganavios atÉ o paÍs vizinho, fazendo com que os navios verde e amarelos atuassem apenas como complementares aos estrangeiros. O segundo desafio É ainda maior: o Uruguai, que integra o Mercosul mas não assinou tratados de navegaÇão, daria cobertura aos gigantes da navegaÇão mundial, seja de modo informal ou criando um registro local de baixo custo. Isso arrasaria a navegaÇão brasileira, que hoje É inexistente nas rotas externas e se resume à cabotagem.

 

O encontro foi promovido pela Comissão de Direito MarÍtimo da OAB-RJ, presidida por Godofredo Mendes Vianna, do escritÓrio Kincaid Mendes Vianna, de grande tradiÇão no setor. Lima Rocha mostrou que, em geral, o custo da navegaÇão brasileira É o dobro do vigente para armadores internacionais: US$ 8 mil lÁ fora e aqui US$ 17 mil diÁrios. Informou que os estrangeiros tanto operam com bandeira de conveniÊncia – registro de navios em paÍses que excluem Ônus fiscais e direitos trabalhistas, como LibÉria e PanamÁ – ou por segundos registros; nesses casos, paÍses sÉrios, como FranÇa, Inglaterra e Noruega, criam condiÇÕes para que seus navios operem a baixo custo.

 

Segundo Lima Rocha, o governo brasileiro tem de barrar as duas ameaÇas, tanto cortando financiamento ao novo porto como impedindo entrada no Brasil de estrangeiros de fora do Mercosul, atravÉs de subterfúgio via Uruguai, pois isso seria o fim da marinha mercante brasileira. Para ressaltar a seriedade da questão, declarou:

– Se o Brasil criasse um segundo registro, com urgÊncia, nem isso nos atenderia, pois passarÍamos a operar como novatos nas novas condiÇÕes, enquanto os gigantes da navegaÇão mundial estão 30 anos à nossa frente. Seria o mesmo que pÔr uma crianÇa para lutar MMA contra um adulto – declarou Lima Rocha.

 

Hoje, o Syndarma engloba 56 empresas, que empregam 14 mil pessoas – sendo 12 mil marÍtimos – e que operam frota de 57 navios na cabotagem e 226 no setor de apoio marÍtimo. O Syndarma completarÁ 80 anos em outubro prÓximo. Lima Rocha explicou que, na navegaÇão brasileira, empresas que tÊm frota prÓpria – existente ou encomenda – tÊm direito a usar unidades estrangeiras em substituiÇão. Isso, no entanto, não É totalmente utilizado. A frota interna É de 616 mil toneladas e ainda poderiam ser alugados do exterior, em condiÇÕes especiais, mais 470 mil toneladas em navios. JÁ se quiserem importar, os armadores teriam de pagar impostos de 48,97%.

 

Lembrou Lima Rocha que a lei da navegaÇão É liberal, pois admite empresas brasileiras de capital estrangeiro sem qualquer preconceito, ao contrÁrio do que ocorre na aviaÇão e em outros setores. Sobre mão-de-obra, o Syndarma denunciou carÊncia hÁ alguns anos, mas Lima Rocha garante que a Diretoria de Portos e Costas da Marinha (DPC) fez excelente trabalho, e hoje “a carÊncia de tripulantes diminuiu”.

 

FONTE: Monitor Mercantil

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Eu entendi que, por havermos deixado nossa indústria naval ir à bancarrota, por não termos infraestrutura de portos tanto para entrada quanto para saída de bens e produtos, por nosso desgoverno investir na opção ideológica (Mercosul), como dizem os entendidos, ao invés de investir no pragmatismo na aplicação de recursos (mais um porto dos outros? Tudo bem, é empréstimo como dizem os especialistas, mas será que não avaliaram a possibilidade de ser contraproducente) e comércio internacional, vamos tomar na tarraqueta, como sempre.

 

Lógico, há um que de chororô protecionista implícito nessa estória, mas não deixa de ser sintomático como nosso país não avança absolutamente nada nessas questões. Simplesmente não temos planejamento e gerência de qq espécia, nem se curto quanto mais médio e longo prazos.

Last edited by Lucianocf

A derrocada da navegação de cabotagem no LisarB começou no governo Sarney com o confisco dos navios do Lloyd Brasileiro por dívidas do governo, sendo definitivamente encerrada no governo FHC. 

 

Segundo Lima Rocha, o governo brasileiro tem de barrar as duas ameaças, tanto cortando financiamento ao novo porto como impedindo entrada no Brasil de estrangeiros de fora do Mercosul, através de subterfúgio via Uruguai, pois isso seria o fim da marinha mercante brasileira.

 

 

Este é o ponto. Alguém tem dúvida sobre como agirá o governo de Pindorama?

O velho problema do capitalismo à brasileira: chororô contra a livre concorrência em nome do nacionalismo.

 

Então, mais uma vez, devemos financiar, com o dinheiro público e medidas protetivas, algum segmento econômico em declínio em nome do nacionalismo ? Não com o meu dinheiro.

 

Adaptem-se à concorrência e busquem investimento no mercado (e não no Estado).

 

 

 

 

 

Originally Posted by Staffa:

O velho problema do capitalismo à brasileira: chororô contra a livre concorrência em nome do nacionalismo.

 

Então, mais uma vez, devemos financiar, com o dinheiro público e medidas protetivas, algum segmento econômico em declínio em nome do nacionalismo ? Não com o meu dinheiro.

 

Adaptem-se à concorrência e busquem investimento no mercado (e não no Estado).

 

 

 

 

 

 

 

incentivar a livre concorrência e deixar que o empresariado brasileiro SE VIRE para fazer frente à concorrência é uma coisa....

 

 

....agora DAR DINHEIRO EM EMPRESTIMOS PARA A CONCORRENCIA ACABAR COM A GENTE, isso é burrice das grandes!!!!!

 

não investir no setor é uma coisa, mas investir justamente NA CONCORRENCIA!? isso é absurdo!

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