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olha, até onde sei, haviam acordos com fabricantes externos, ao menos com a Revell (dai Kiko-revell o nome da empresa/produto). POr algum tempo os moldes eram enviados para cá e a Kiko tinha aquele tempo para injetar tudo o que pudesse antes de devolvê-los aos americano. Não sei quanto a tiragem mas, evidentemente tinham de se programar para ter um bom estoque de kits até receberem novamente o molde.

 

Quanto aos kits Heller ou Airfix (alguns kits Revell-kiko eram destes fabricantes) não sei dizer que o procedimento era o mesmo, com o envio dos moldes para serem injetados aqui.

As formas eram alugadas.  Uma vez aqui, a firma que alugava as formas, no caso a Kikoler, tinha aquele prazo do aluguel para injetar tantas cópias quanto conseguisse até a data da devolução.  As injetoras viravam 24 H...

Pra conseguir a coisa o Sr. Arno Kikoler foi até a Revell americana e fez um contrato de representação para poder usar o logo Revell aqui no Brasil.  Já a seleção dos modelos eram sempre modelos que estavam na "entre-safra" na matriz, e também aqueles que não interessavam mais por lá.

Faz muita falta o empreendedorismo e uma nova Kikoler por aqui...   No Mexico teve uma iniciativa semelhante, lá a empresa se chamava Lodela e injetou muitos kits Revell por lá diferentes dos daqui.

Last edited by Felipe C. Miranda

"Faz muita falta o empreendedorismo e uma nova Kikoler por aqui"

Sei não, em que pese meu apreço histórico pela empresa, a mim parece que o controle de qualidade da Kikoler aqui era aquém das correspondentes americanas e européias (Revell, Heller, Airfix).

 

Last edited by Fernando Estanislau
Felipe C. Miranda posted:

As formas eram alugadas.  Uma vez aqui, a firma que alugava as formas, no caso a Kikoler, tinha aquele prazo do aluguel para injetar tantas cópias quanto conseguisse até a data da devolução.  As injetoras viravam 24 H...

Pra conseguir a coisa o Sr. Arno Kikoler foi até a Revell americana e fez um contrato de representação para poder usar o logo Revell aqui no Brasil.  Já a seleção dos modelos eram sempre modelos que estavam na "entre-safra" na matriz, e também aqueles que não interessavam mais por lá.

Faz muita falta o empreendedorismo e uma nova Kikoler por aqui...   No Mexico teve uma iniciativa semelhante, lá a empresa se chamava Lodela e injetou muitos kits Revell por lá diferentes dos daqui.

de fato faz falta essa vontade de produzir (injetar) kits aqui hoje mas... no atual contexto politico e economico, além de uma certa aversão de alguns modelistas a "coisa nacional", trata-se de tarefa de elevado risco.... até entendo a relutancia em se investir no hobby por aqui....

 

no final, o que resiste são pequenas iniciativas como seus decais (por sinal, de ÓTIMA QUALIDADE!!!!!) ou alguns poucos entusiastas que fazem pequenas tiragens de kits em resina.

 

E pena que a realidade é que o hobby hoje é algo quase que um tipo de "seita secreta" onde apenas uns poucos acabam sendo "iniciados" para seguirem em nosso legado.....

Uma inciativa aqui teria que ser voltada para o mercado externo.  Não seria uma "coisa nacional" como por exemplo foi o Ipanema 1/48 da ELAGA.  Mas algo como foi a Kikoler.  Não repetindo os erros daquela, mas algo adaptado a realidade atual.  Por exemplo uma "Trumpeter / HobbyBoss do Brasil" para as Américas, instalada na Zona Franca de Manaus.  Sei que é um sonho, mas sonhar ainda é grátis...

Houve uma iniciativa que quase deu certo, que foi a Tamiya do Brasil, que veio pra ser exatamente assim, mas pra azar de todos nós, o empresário japones que veio pra cá, pra instalar a empresa, morreu pouco tempo depois que chegou, e foi um balde de gelo nessa iniciativa, que chegou a importar alguns kits como distribuidor, mas não chegou a injetar nada aqui,  e logo desapareceu.

Teve também a Masterkit, que inclusive injetou por aqui o Tucano T-27 da Premiere 1/72 e mais alguns kits de marcas diversas, mas durou pouco, não tenho conhecimento do que aconteceu.

Sei que o momento é ruim, a ladroagem está toda aí exposta e precisa ser desinfetada...  Mas um dia, quem sabe.  Essas idéias podem estar em gestação nesse momento, nós só ficamos sabendo quando afloram.

Last edited by Felipe C. Miranda

Me lembro bem que quem começou a acabar com o hobby no Brasil foi o Dr Delfin Neto quando era ministro da economia e taxou os ditos superfluos inclusos ai os kits, dai pra frente foi só ladeira abaixo várias lojas fecharam incluso ai a Kikoler e nenhuma fábrica se firmou mais aqui, agora não vale mais a pena injetar aqui, o custo é muito alto.

Last edited by REZENDE

Pois eu acho que aqui não tem é mercado.

Dou exemplo: a HTC importou , embalou e distribuiu uma série de kits com temas nacionais. Aposto que ela e todo mundo na época achou que venderia que nem pão quentinho, e imagino que o custo foi uma fração do que precisaria para o processo de implantação de uma fábrica.

Perguntem quanto tempo demorou para vender tudo e se ela quer fazer de novo... O FCM talvez saiba responder.

 

... a Estrela também importou, embalou e distribuiu kits Revell (P-47, F-117, etc), e eu juro que vi o presidente (?) diretor(?) da Estrela dando uma entrevista ao João Doria Jr. e dizendo que o melhor produto daquele Natal tinha sido "brinquedo revéu". Fica aí outro mistério: porque não continuou?

Last edited by Fernando Estanislau
Pessoal,
 
Acho que foram vários fatores, mas o principal é que anos atrás kits eram simples e baratos, mas hoje estão sofisticados e caros.
 
Com uma mesada se comprava um aviãozinho Revell com 2 dúzias de peças no supermercado e sobrava muito troco, hoje não tem no supermercado, o aviãozinho tem 218 peças, inclui interior, PE colorido, máscaras para pintura, decais para 8 versões e equivale, no mínimo, à umas 2 ou 3 mesadas!
 
E não se trata só de Brasil, lá fora os preços também estão salgados, um Hobby que era popular, agora é muito mais voltado para uma pequena elite.
 
Finalmente alguns fabricantes estão explorando isto, como Airfix e Meng, que andam lançando kits relativamente bons e baratos, no mais é difícil achar lançamentos com preços animadores.
 
PlastiAbraços
Fernando Estanislau posted:

Pois eu acho que aqui não tem é mercado.

 

Somos cada vez menos neste país, não há renovação, pelo menos no ritmo dos que deixaram o hobby ou faleceram, e estamos cada vez mais duros !

Se for levar a coisa nesse pessimismo, aqui não tem mercado pra nada que não seja ligado a carnaval, futebol e cervejada...  Além do mais, eu cá comigo acredito que fazer qualquer coisa pensando apenas no mercado local, em se tratando de um mercado de nicho como esse é, é sim abraçar o fracasso...  

Da mesma forma que uma loja de modelismo vai fechar logo as portas se ficar dependendo apenas de quem passa na porta (tem que vender pela internet), fabricar qualquer coisa HOJE EM DIA tem que visar o mercado internacional.  Eu posso falar por mim:  Na ocasião que comecei com a FCM, mais de 20 anos atrás, eu podia me dar ao luxo de me dedicar exclusivamente ao mercado nacional.  Hoje se não fosse as vendas que faço pra fora, eu já estaria trabalhando com outra coisa há muito tempo, e isso apesar de hoje os decalques terem muito mais qualidade que antes e não ter acontecido nenhum hecatombe na comunidade que tenha matado tantos modelistas...

É tudo uma questão de interesse e empenho,  assim como material de modelismo não é para o público em geral,  empreender nessa área também não é pra qualquer um.

Bom, pelo que vejo, o caminho seria pensar em CRIAR um novo público, preferencialmente novo (Crianças) com modelos simples e de temática atraente a eles (isto pensando em termos nacionais) a fim de poder sustentar uma linha para plastimodelistas experientes (e de vendas mais limitadas).

 

Realmente penso que existe sim um caminho porém, o problema sempre será o "custo brasil" e um certo "complexo de vira-latas" que poderiam tornar caros os modelos e ainda resultar naquele velho discurso do "nacional não presta!".

 

Para uma industria como a Estrela, que tinha uma infinidade de outros produtos que podiam amortizar os custos (ou num cenário positivo baixos lucros) seria sim uma opção investir, ainda que timidamente, no plastimodelismo.

 

Entretanto, sou levado a concluir que a empreitada não seria tão simples pois seria preciso conseguir parcerias para oferecer ainda alguns insumos básicos como tintas e mesmo cola (por que não kits básicos com kit simples, cola e tinta inclusos para estimular novos praticantes!?)

 

Só sei que se eu desse a sorte de levar essa bolada da mega sena sozinho, certamente iria lançar uma linha de BRINQUEDOS em plastico de carros e aviões de montagem super fácil (só encaixe) para ir ganhando a garotada (simples e baratos para serem "destruidos" em brincadeiras e de fácil reposição!). Imagine poucas peças, dispensando cola e pintura (esta ultima opcional é claro!)

 

depois de "iniciados" ao mundo do "montar coisas", ofereceria algumas opções de kits mais complexos com cola e tinta, simples e baratos....

 

e por fim, haveriam kits mais complexos para veteranos (nós) e quem escolher se aventurar por este mundo do plasti....

 

Isso sem mencionar conseguir que algum fabricante de tintas (Acrilex?!) fornecesse tintas adequadas.

 

e é claro... muita PUBLICIDADE!!!!!!!

lucraria com brinquedos e poderia custear kits de um bom nivel sem precisar de uma margem grande de lucro neles.

bom, sonhar não custa nada.....

Para quem acha que meus pensamentos são pessimistas, eu digo que são só realistas. 

FCM, vou fazer um paralelo pra você entender porque, na minha opinião, não vale a pena montar uma empresa de kits no Brasil. Seria o mesmo que você, ao invés de mandar imprimir seus decalques lá fora, gastasse milhares de reais comprando e aprendendo a operar uma grande impressora de alta tecnologia, do tipo que a Microscale ou a Cartograf usam. Será que a quantidade de decalques que você conseguiria fabricar geraria dinheiro suficiente para pagar o investimento? E geraria lucro para manter o negócio funcionando?

Da mesma maneira eu pergunto: ainda que a importação no Brasil seja complicada e cara, trazer as galhas já prontas e empacotar aqui não sai mais barato? Eu acho que sai, e você sabe quanto custa um molde: mesmo feito na China é muita grana.

Lá fora, cuja criação e manutenção de uma empresa é muito mais facilitada, já vi essa piada: "quer ficar milionário com plastimodelismo? ...comece bilionário."

Se lá tem boas empresas que quebram (Accurate, Heller, Classic Airframes), magine aqui. Você monta uma empresa e já de cara vai ter que lidar com registro e impostos. Se for comprar equipamento, vai ter que lidar com juros altíssimos do empréstimo, manutenção e insumos. Se tiver empregados, esses custam caro também. E vai ter que resolver o problema da distribuição.

Eu acho que na cabeça da gente tudo funciona, no mundo real é outra coisa. "se eu ganhasse na loteria" pertence ao reino da fantasia, é um pensamento que resolve qualquer problema, mas não existe gênio da lâmpada.

É preciso planejamento, e se ao planejar chega-se à conclusão que não é possível, o sujeito que for responsável não vai embarcar em canoa furada. Simples assim.

 

Pra mim pessimista é aquele cara que costuma dizer "o plastimodelismo está acabando", a "Tamiya tá ruim das pernas" e coisas do gênero. Eu acho que sou até otimista.

 

Não sou pessimista, sou observador. A cada evento que participo vejo que são sempre os mesmos modelistas, a esmagadora maioria com mais de 30 anos de idade (eu acho que 40 até) e, raras vezes, um garoto que monta por uns anos e desanima. 

Vocês já viram os jogos eletrônicos atuais ? É covardia querer competir com eles com algo que exija se sentar com disciplina e calma para fazer algo meramente decorativo. Eu mesmo, se tivesse coordenação pra jogar esses jogos, já teria parado de montar. Meu filho parou de jogar a alguns anos, chegou numa idade onde há coisas novas bem mais interessantes, mas quando ele jogava eu via uns jogos de guerra, como Call of Duty, que eu ficava louco. Quando eu tentei jogar me enrolei todo e voltei pros kits 

Fernando Estanislau posted:

Para quem acha que meus pensamentos são pessimistas, eu digo que são só realistas. 

FCM, vou fazer um paralelo pra você entender porque, na minha opinião, não vale a pena montar uma empresa de kits no Brasil. Seria o mesmo que você, ao invés de mandar imprimir seus decalques lá fora, gastasse milhares de reais comprando e aprendendo a operar uma grande impressora de alta tecnologia, do tipo que a Microscale ou a Cartograf usam. Será que a quantidade de decalques que você conseguiria fabricar geraria dinheiro suficiente para pagar o investimento? E geraria lucro para manter o negócio funcionando?

Da mesma maneira eu pergunto: ainda que a importação no Brasil seja complicada e cara, trazer as galhas já prontas e empacotar aqui não sai mais barato? Eu acho que sai, e você sabe quanto custa um molde: mesmo feito na China é muita grana.

Lá fora, cuja criação e manutenção de uma empresa é muito mais facilitada, já vi essa piada: "quer ficar milionário com plastimodelismo? ...comece bilionário."

Se lá tem boas empresas que quebram (Accurate, Heller, Classic Airframes), magine aqui. Você monta uma empresa e já de cara vai ter que lidar com registro e impostos. Se for comprar equipamento, vai ter que lidar com juros altíssimos do empréstimo, manutenção e insumos. Se tiver empregados, esses custam caro também. E vai ter que resolver o problema da distribuição.

Eu acho que na cabeça da gente tudo funciona, no mundo real é outra coisa. "se eu ganhasse na loteria" pertence ao reino da fantasia, é um pensamento que resolve qualquer problema, mas não existe gênio da lâmpada.

É preciso planejamento, e se ao planejar chega-se à conclusão que não é possível, o sujeito que for responsável não vai embarcar em canoa furada. Simples assim.

 

Pra mim pessimista é aquele cara que costuma dizer "o plastimodelismo está acabando", a "Tamiya tá ruim das pernas" e coisas do gênero. Eu acho que sou até otimista.

 

 

no final das contas, o problema maior acaba sendo a "elite modelistica" que se instalou por aqui. O quanto de gente que vejo detonando as lojas daqui, mesmo quando uma delas conseguiu trazer e vender kits a "preços da china no Brasil" era muito comum ver modelistas (arrotando riqueza com seus cartões internacionais!) dizendo que só comprava no exterior!!!!

 

Veja iniciativas como a da HTC que não mais se repetiu de tentar empacotar aqui alguns kits com temática nacional..... ou mesmo a Estrela que bem poderia ter tentado seguir com sua iniciativa.

 

Existe sim o "custo brasil" e ainda o "complexo de vira-latas" (vide o "caso Elaga": incentivaram o cara com seu Ipanema mas no final.........) mas o maior problema é a elitização que se fez deste hobby por aqui onde mesmo modelistas desprovidos de maiores recursos acabem sendo desencorajados a seguir pois só podem recorrer às "acrilex" ou "coralites" para pintarem seus modelos.......

... no final o que importa é comprar kit do exterior, fabricado no exterior pois o nacional NUNCA será bom o bastante!

 

bem, no final, só resta sonhar né?

 

Dollar nas alturas, burocracia e dificuldades para comprar lá fora (aos poucos que ousam fazê-lo!) e cada vez menos lojas nacionais (ou poucas virtuais com uma variedade minima!) fazem com que cada vez menos pessoas se mantenham no hobby.

Last edited by Anderson Salafia

Que jogos eletrônicos tem mais atração que plastimodelismo, concordo - mas sempre tiveram, e antigamente muitas outras coisas como jogar bola, carrinho de rolimã e papagaio também tinham. Na minha infância não era a maioria que gostava de Revell, muito pelo contrário. 

Se tem cada vez menos gente em concurso, pode ser que a falência seja do concurso, não do plastimodelista, porque ja cansei de ver gente que frequenta a lojas aqui em BH e não levam seus modelos pra exposição (por vários motivos).
Convenhamos que plastimodelismo não é barato, e criança adolescente quase nunca tem grana sobrando.

E continuo achando que plastimodelismo não está acabando coisa nenhuma. Quase todo mês tem uma empresa nova de kits aparecendo, e um lançamento novo toda semana. Como pode essa energia toda em uma área que supostamente está em declínio?

 

Fernando Estanislau posted:

Para quem acha que meus pensamentos são pessimistas, eu digo que são só realistas. 

FCM, vou fazer um paralelo pra você entender porque, na minha opinião, não vale a pena montar uma empresa de kits no Brasil. Seria o mesmo que você, ao invés de mandar imprimir seus decalques lá fora, gastasse milhares de reais comprando e aprendendo a operar uma grande impressora de alta tecnologia, do tipo que a Microscale ou a Cartograf usam. Será que a quantidade de decalques que você conseguiria fabricar geraria dinheiro suficiente para pagar o investimento? E geraria lucro para manter o negócio funcionando?

Te digo com toda a sinceridade Fernando, se eu tivesse grana suficiente pra isso, eu procuraria conhecer o equipamento que a MicroScale usa, pra comprar igual, trazer pra cá e imprimir aqui mesmo meus próprios decalques, e também oferecer o serviço para terceiros.   Mesmo sem ser uma gráfica, volta e meia me aparecem consultas de fora querendo imprimir decalques comigo...

Eu não te acho pessimista, mas engessado:  Quando falo em uma empresa como a Kikoler, voce considera no pacote todos os mesmos erros e equívocos, como que ignorando o aprendizado desse meio tempo.  E uma iniciativa pode sim ser como a da HTC.  A coisa não foi pra frente porque o Sr. Elie não quis se empenhar mais na coisa.   Quem conversa com ele rápido percebe o quanto ele é da turma dos pessimistas.  Assim como a Estrela não se dedicou mais a trazer kits.  Com a enormidade de brinquedos que eles tem, eles simplesmente não precisavam se importar com isso, já que os brinquedos vendem mais.

Qualquer tipo de mercadoria de nicho perde feio pra mercadorias de interesse geral, por isso empresários comuns, que tem o foco em maximizar os lucros, não vão se interessar.

 

Last edited by Felipe C. Miranda

"se eu tivesse grana suficiente pra isso" faz parte, como eu falei, da solução que só existe dentro das nossas cabeças.  

"Eu não te acho pessimista, mas engessado" - essa eu achei graça :-)

Last edited by Fernando Estanislau

Penso que hje  para montar este tipo de empresa depende-se mais de automatizar e conseguir isencão e incentivos fiscais,  tem de ser alguém da área que goste de plasti que sabe que irá trabalhar com um mercado restrito e como FCM disse mirando principalmente na exportação. 

No atual cenário nacional os impostos e encargos sociais são muito altos não há demanda interna o volume brasileiro para este tipo de produto penso ser muito pouco e tende -se a reduzir a cada ano. 

O custo lá fora é muito baixo, o que derruba a importação é o dollar, os impostos sobre este produto e o transporte, seria o ideal se  comprado em container fechado mas creio que os fabricantes lá fora queiram volume para este tipo de operação e isso nós não temos.

 

 

Marcio, tem um video mostrando os bastidores da Eduard. Não consegui encontrá-lo mas tenho certeza que alguém da APRJ sabe onde está.

Lá mostra uma senhorinha sentada operando uma máquina de silkscreen pneumática. Quando o silkscreen é automatizado, os resultados são muito bons. Não é igual a offset, mas é bem aceitável.

A máquina é grande, deve custar caro, mas menos que uma impressora de gráfica com cilindros para cada cor, etc.

Se você ou alguém pensa em iniciar uma pesquisa sobre isso, convém comparar os valores entre silkscreen e offset, e ir atrás de quem fabrica ou importa uma dessas no Brasil. Ah, ela tem que ficar em ambiente de umidade controlada, porque a diferença de um dia para outro muda o tamanho do papel, e aí o registro das cores já era.
E a fabricação e gravação das telas de silkscreen (que devem ser de fios de seção reta e não redonda) é bom que seja feita em máquina própria ou em firma especializada.
Mas, o problema maior, na minha opinião, é descobrir quem é que fabrica o tal papel gomado. A Sirap aqui no Brasil faz mas eu não acho bom. E tem que ser azul. Você que não é engessado sabe, FCM? :-D

Quem fabrica papel gomado industrial para silk-screen aqui no Brasil é a Santista, que vende rolos de 50Kg.  Assim me disse o Cândido da Seriart, eles lá e qualquer gráfica de silk-screen compra esses rolos e depois corta de acordo com as medidas de seu equipamento.  É o papel gomado usado nos meus decalques antigos, nos dos kits da Revell-BR, etc...  Aqui no Brasil só se produz papel gomado a partir de pepel branco.

Toda impressão de decalque é feita em silk-screen.  Existem equipamentos manuais, que é o que normalmente e usa em produções caseiras.  Equipamento semi automático, como é usado em gráficas profissionais aqui no Brasil e equipamento digital automático, como o usado em gráficas como a MicroScale e Cartograf.  Normalmente não se faz decalques usando quadricromia de off-set por conta da reticulagem da estampa que fica muito ruim em escala.  Só mesmo em imagens fotográficas, com degradês.  Normalmente a impressão de decalques é feita com cores reais, pro isso quanto mais cores, mais caro.  Nesse tipo de serviço, sela ele o manual caseiro ou o digital, é feita uma tela para cada cor, a diferença é que no manual o registro é no olhômetro, no digital é tudo feito pela máquina, o papel entra limpo e um lado e sai pronto do outro sem interferência humana.  Já vi uma maquina dessas na internet, é do tamanho de um ônibus...

Esse é o equipamento semi automático usado na Seriart, onde meus decalques eram impressos aqui no Brasil antes da MicroScale, era impressa uma cor de cada vez em todas as folhas, deixadas pra secar, pra depois imprimir a cor seguinte:

Essa é um exemplo de maquina automática, que imprime as cores em sequência:

Last edited by Felipe C. Miranda

"Toda impressão de decalque é feita em silk-screen"

Eu achava que as duas empresas Microscale e Cartograph não usavam silkscreen, usavam máquinas de offset, a diferença é que carregavam o cilindro com cada cor, em vez de quadricromia, e não usavam retícula, a cor ia chapada.

Se eu estiver enganado, (no site da Cartograph tá escrito "roll screenprinting"), e for pelo mesmo processo usando telas, é muito mais avançado do que pode crer minha vã filosofia.

Last edited by Fernando Estanislau

Não sei exatamente o processo, como é irrelevante dentro da minha realidade, nunca busquei essa informação.  Chamo de silk-screen de forma genérica por ser o que conheço, e ser o que é nas gráficas daqui, como pode ser visto na foto da Seriart.  Talvez o processo na Micro e na Cartograf seja por rolo, vai saber.  Só tenho certeza que, qualquer que seja o processo, é em cores reais e não quadricromia como no off-set.

Last edited by Felipe C. Miranda
Marcio Bernardi posted:

com tudo isso fica o que ja foi dito, um investimento desta tamanho para produzir "uma" marca não da, seria um investimento para competir com a microscale/cartograf 

E por quê não daria?  Porque seria um brasileiro e brasileiro só faz coisa inferior, mesmo usando equipamento à altura?   Olha a síndrome do vira-latas aí...

FCM já foi marca inferior, hoje está em pé de igualdade com Caracal, Fightertown e qualquer aftermarket do mercado.  

Por quê uma gráfica dedicada aqui no Brasil não poderia bater de frente com a MicroScale e com a Cartograf?  Só se for por complexo de inferioridade...

Last edited by Felipe C. Miranda

você não entendeu o que escrevi

montar uma empresa deste porte só para fazer FCM ("uma" marca) por exemplo, acho que não, agora montar uma empresa deste porte e competir com a microscale produzindo para terceiros sim.

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