Não precisa montar o AMX-T aqui, basta comprar os italianos que estão sendo desativados, trocar seus motores, instrumentos, e "boa".
AMX para LIFT
Durante o projeto ALX a FAB planejava usar a aeronave para substituir os Xavantes na função de transição para jatos. A experiência mostrou que os pilotos não podiam ir do ALX para os F-5 e Mirage com facilidade, pois o "gap" de envelope de vôo era muito grande. Usar o F-5 como LIFT também não deu certo por ser mais “zangado”. Já passar do ALX para o AMX foi bem mais fácil, pois era um jato mais dócil e o AMX-T/AMX-ATA foi até proposto como LIFT (Lead-In Flight Trainer). A Itália estudou usar o AMX-T na função com um lote de 51 AMX-T que não foi adquirido.
Com a retirada de serviço dos Xavantes uma opção seria usar o AMX biposto como LIFT aproveitando a retirada de serviço dos AMX italianos que poderiam ser comprados para a função. O Esquadrão1/4 GAV, Esquadrão Pacau, responsável pela transição para jatos, recebeu um total de doze aeronaves Impalas, sendo 10 monoplace (Impala Mk.2) e dois biplace (Impala Mk.1). Originalmente foram comprados como fontes de peças de reposição, mas estavam em condições melhores que os AT-26 Xavantes operando pela FAB. Os pilotos podem voar em aeronaves monopostos após a conversão o que significa que os AMX monopostos também podem ser usados na missão. A FAB já pensou em equipar o Esquadrão Pacau com o F-5E e F-5F para LIFT.
Um misto de AMX monoposto e biposto serviria visto que depois de solar a aeronave o piloto pode voar no monoposto. A vantagem seria uma padronização já com os AMX da FAB e já facilitava a transição nos esquadrões de AMX facilitando o processo de "download" do treinamento. A FAB já faz isso com o treino nos ALX nos esquadrões do Terceiro e com os pilotos chegando nos esquadrões de jatos bem experientes.
As células italianas têm as mesmas configurações estruturais e dos sistemas básicos da aeronave brasileira. As opções da configuração das aeronaves italianas seria direcionadas para a transição operacional com várias opções de modificações:
- Pouca modificação, como a instalações de novos rádios e com retirada de vários itens não necessários para a tarefa de transição como o radar, alerta radar, guerra eletrônica e canhão. O objetivo é diminuir os custos ao mínimo.
- Modernização parcial, com um padrão similar ao ALX, com aviônicos semelhantes, e sem sistemas sofisticados e caros do A-1M como o radar e sistemas de guerra eletrônica. A modernização de parte da frota de bispostos da FAB para este padrão cobriria os custos das células Italianas.
- Modernização para o padrão A-1M, bem mais cara e com o esquadrão também tendo outra função operacional de ataque.
O canhão Vulcan de 20mm pode ser mantido, retirado, desativado, ou trocado por um ou dois de 30mm. O motivo para retirada do canhão é não ser necessário para a missão de transição e diminuiria os custos. Casulos de metralhadora 12,7mm poderiam ser usadas para treinamento. O AMX é bem mais caro de operar que o Xavante, que também é considerado caro, e a retirada de sistemas desnecessários para a missão ajudaria a diminuir os custos ao mesmo tempo em que padronizaria a frota sem a necessidade de comprar um novo tipo de aeronave.
Os italianos tem 14 bipostos e 67 monopostos, sem considerar as perdas, estocados. A FAB tem 10 bipostos. Considerando a necessidade de dois bipostos em cada base então irão sobrar seis A-1BM para transição para jatos. As células italianas podem completar o estoque com pelo menos 10 bipostos e 10 monopostos. Os seis A-1BM podem ser usados para conversão operacional para o A-1AM sendo que está é a quantidade disponível em Santa Maria visto terem também a função de conversão operacional. Com pelo menos 25 aeronaves o esquadrão teria fôlego para operar por mais 20 anos e manter certa padronização com o resto da frota ao invés da introdução de um novo tipo de aeronave. O Esquadrão Pacau ainda teria uma certa capacidade operacional de ataque com uma aeronave bem mais capaz que os AT-26 Xavante.