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Originally Posted by Los:

Pq sera que nao deu certo?questoes economicas?

Na argentina e em varios outros lugares este aviao nao voa com esta configuracao??

O Gilson aqui trabalhou  com os P16H, será que ele nos brinda com essas informações?

Originally Posted by TEN GUSTAVO ROCHA:
O Gilson aqui trabalhou  com os P16H, será que ele nos brinda com essas informações?

 

Amigos,

 

O P-16 foi meu... "primeiro avião".

 

Mas eu só trabalhei com o motor, o famoso Wright Cyclone R-1820-82C (que é o mesmo do B-17, sendo que este é 82A, se não me engano), quando cheguei no Pama em 87.

Como eu era 3S novinho ("bucha"), trabalhava em três setores: desmontagem (ficava preto de óleo), montagem da seção traseira (onde ficam os acessórios, magneto, carburador, bomba de óleo, ventoinha de admissão e acoplamento do starter) e finalização (frenagem com arame) após aprovação em banco de ensaios.

 

Ver um P-16 dando partida é um espetáculo à parte: é pipoco e fumaça pra todo o lado, mas depois que pega aceleração, é a coisa mais bonita do mundo.

 

O ÚNICO contato que tive com o P-16H, foi durante uma formatura (nem lembro de quê ). Estava na tropa e no final (já havíamos passado pelo Diretor e Estado Maior, apontou longe, na pista de Marte, a figura inconfundível do avião. Só que ele veio rápido e baixo, rasante na pista, e ao invés da esperada barulheira da cavalaria dos 1820, somente um leve assobio. Entrou na perna de novo e pousou.  Já em "fora de forma", fui lá ver de perto no páteo.  

Informaram-me que a "modernização" não havia satisfeito os requisitos de operacionalidade exigidos pela FAB (não sei que requisitos eram esses). Para compensar o CG (devido à troca dos motores) colocaram trocentos quilos de lastro no nariz (normal). Outra característica negativa era a lenta aceleração do motor, típica dos turbo-hélices, o que dificultava a operação embarcado no Minas Gerais (foi o que ouvi, na época). 

Last edited by Gilson
Afirmativo! nas operações aéreas embarcadas é preciso criar o vento relativo no convés e isso se consegue aproando o vento (contra o vento) e aumentado a velocidade ao máximo, quanto mais vento relativo, mais segura a operação. 

Lamentável a FAB não ter ido adiante nesse projeto.

Enquanto isso... o A-11 estava fazendo uma barbaridade de fumaça. Seria por estar à toda avante ?

 

Não, os motores foram devolvidos para empresa que fez a modernização e os demais foram descartados. só existem os que focaram como monumentos. Pelo menos no PAMA-SP não estão.

Parece que os P-16 da FAB estão guardados, incluindo o turbo!

 

Originally Posted by TEN GUSTAVO ROCHA:
Não, os motores foram devolvidos para empresa que fez a modernização e os demais foram descartados. só existem os que focaram como monumentos. Pelo menos no PAMA-SP não estão.

Parece que os P-16 da FAB estão guardados, incluindo o turbo!

 

 

Isso, mesmo.

 

No Pama só ficou o 21, como monumento.

Tem um na TAM, outro no Musal e mais um em Santa Cruz.

Que eu lembro, a maioria foi pra leilão, como sucata. Devem ter algumas células espalhadas por aí.

Last edited by Gilson

Exato meu amigo Gilson! Não dei o devido crédito à fonte de informação! Foi justamente o nobre amigo que me deu essa informação em 2009, quando montei o P-16E e você me ajudou com muitas fotos e respondeu todas as minhas pregue tas sobre a garça, inclusive que o lastro que vocês utilizaram foram placas de metal oriundas de baterias!

 

Abraço.

 

 

Originally Posted by Gilson:
Originally Posted by TEN GUSTAVO ROCHA:
Não, os motores foram devolvidos para empresa que fez a modernização e os demais foram descartados. só existem os que focaram como monumentos. Pelo menos no PAMA-SP não estão.

Parece que os P-16 da FAB estão guardados, incluindo o turbo!

 

 

Isso, mesmo.

 

No Pama só ficou o 21, como monumento.

Tem um na TAM, outro no Musal e mais um em Santa Cruz.

Que eu lembro, a maioria foi pra leilão, como sucata. Devem ter algumas células espalhadas por aí.

Gilson,no musal tem dois.Um ,acho que o modelo A fica dentro do hangar com as asas dobradas e fora fica um modelo E,com as asas abertas, no tempo.

Originally Posted by TEN GUSTAVO ROCHA:

Exato meu amigo Gilson! Não dei o devido crédito à fonte de informação! Foi justamente o nobre amigo que me deu essa informação em 2009, quando montei o P-16E e você me ajudou com muitas fotos e respondeu todas as minhas pregue tas sobre a garça, inclusive que o lastro que vocês utilizaram foram placas de metal oriundas de baterias!

 

Abraço.

 

 

 

Nobre Ten Rocha,

 

A bem da verdade, não sou pesquisador ou estudioso de assuntos envolvendo a FAB, mas devido ao meu envolvimento com o plastimodelismo e com ilustrações, acabei, inadvertidamente, conseguindo algum acervo de fotos e informações  que sempre estarão à disposição de quem precisar. É assim que penso: as informações "retidas" comigo, não servem para nada, mas são elementos transformadores nas mãos de outras pessoas. O SO Alvarenga sempre coloca registros do tempo dele, assim como procurei retratar minha época, que aos poucos chega ao fim (espero minha reserva para breve). Espero que apareça alguém da nova geração para dar continuidade e nos manter a par do que acontecerá na Força.

 

Grande abraço e conte comigo sempre!

 

Last edited by Gilson
Originally Posted by Los:
Originally Posted by Gilson:
Originally Posted by TEN GUSTAVO ROCHA:
Não, os motores foram devolvidos para empresa que fez a modernização e os demais foram descartados. só existem os que focaram como monumentos. Pelo menos no PAMA-SP não estão.

Parece que os P-16 da FAB estão guardados, incluindo o turbo!

 

 

Isso, mesmo.

 

No Pama só ficou o 21, como monumento.

Tem um na TAM, outro no Musal e mais um em Santa Cruz.

Que eu lembro, a maioria foi pra leilão, como sucata. Devem ter algumas células espalhadas por aí.

Gilson,no musal tem dois.Um ,acho que o modelo A fica dentro do hangar com as asas dobradas e fora fica um modelo E,com as asas abertas, no tempo.

 

Então já são cinco preservados. 

É um bom número.

E vem aí os Trader C-1A para a marinha do Brasil.

 

DIRETORIA DE AERONÁUTICA DA MARINHA
EXTRATO DE CONTRATO Nº 1

Carta de Oferta e Aceite BR-P-SDI
Processo:NUP 63003.000415/2010-53; Objeto: Aquisição de 08 (oito) células de aeronaves C1-A Enquadramento: Decreto nº 3.831, de 1º de Junho de 2001; Partes: Acordo por Troca de Notas celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América. Valor: U$ 234.806,00 Vigência:
06/08/2010; Assinatura 06/08/2010. CA DILERMANDO RIBEIRO LIMA Adido Naval nos Estados Unidos da América e no Canadá.

EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 1
Carta de Oferta e Aceite BR-P-SDI Processo:NUP 63003.000415/2010-53; Objeto: Aquisição de 08 (oito) células de aeronaves C1-A Enquadramento: Decreto nº 3.831, de 1º de Junho de 2001; Partes: Acordo por Troca de Notas celebrado entre
o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados
Unidos da América. Valor: US$ 234.806,00.Vigência: 16/07/2010 ;Assinatura 16/07/2010. S CA DILERMANDO RIBEIRO LIMA Adido Naval nos Estados Unidos da América e no Canadá.

EXTRATOS DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
TCAL Nº 63003000194/2010-13; Objeto: Transporte de oito células de aeronaves C-1 ATRADER adquiridas junto ao Governo dos Estados Unidos da América por meio do programa FOREIGN MILITARY SALES -FMS CASE; Enquadramento: Caput do Art. 25, I
da Lei 8.666/1993; Justificativa:; Valor: U$ 99.969,00 (Noventa e nove mil, novecentos e sessenta e nove dólares americanos)DAT 11/03/2010. CMG RÔMULO BRANDÃO MAIA – Ordenador de Despesas. Ratificação: 11/03/2010 por CA NELSON GARRONE
PALMA VELLOSO – Diretor de Aeronáutica da Marinha

TCAL Nº 63003000238/2010-13; Objeto: Aquisição de cinquenta e seis capacetes de voo Enquadramento: Caput do Art. 25, I da Lei 8.666/1993; Justificativa:; Valor: U$ 99.512,00 (Noventa e nove mil, quinhentos e doze dólares americanos)DAT 24/03/2010. CMG RÔMULO BRANDÃO MAIA – Ordenador de Despesas Ratificação:
24/03/2010 por CA NELSON GARRONE PALMA VELLOSO – Diretor
de Aeronáutica da Marinha

TCAL Nº 63003000277/2010-11; Objeto: Visita técnica para inspeção
das células da aeronave S-2G Tracker no Uruguai Enquadramento:
Caput do Art. 25, I da Lei 8.666/1993; Justificativa:; Valor: U$7.991,00 (Sete mil, novecentos e noventa e um dólares americanos) DAT 31/03/2010. CMG RÔMULO BRANDÃO MAIA – Ordenador
de Despesas – Ratificação: 31/03/2010 por CA Nelson Garrone
Palma Velloso – Diretor de Aeronáutica da Marinha

 

Abraços aos amigos. 

Hercules de Araujo

 

Originally Posted by Los:

Vao ter que reativar o ferramental para mexer nos motores radiais??

Ou estes C-1 já são remotorizados??

 

Los,

 

TODO o ferramental e maquinário destinado aos 1820, de uso na FAB, foi vendido como sucata.

Last edited by Gilson

Alguma coisa, aqui:

 

http://www.naval.com.br/blog/2...o-tracker-o-retorno/

 

http://www.naval.com.br/blog/2...ronaves-c-1a-trader/

 

http://www.naval.com.br/blog/2...em-dezembro-de-2011/

 

 

 

 

"No Brasil, os Trader remotorizados com turboélice, serão usados para o transporte de pessoal e carga entre o NAe São Paulo e bases em terra, além de serem empregados no reabastecimento em voo dos jatos AF-1 Skyhawk do Esquadrão VF-1."

 

 

"No contrato está previsto a aquisição de células antigas de S-2F armazenadas no deserto pela Marinha dos EUA, a modernização dos sistemas propulsivos com a instalação de motores turbo-hélice Honneywell (ex-Garrett Air Recearch) TPE 331-14GR no lugar dos radiais originais..."

Last edited by Gilson
Originally Posted by TEN GUSTAVO ROCHA:
Originally Posted by Gilson:
Gilson, segue um pouco de nostalgia!

 

 

 

 

Esse avião representou o fim de uma era na FAB: a dos motores radiais. 

Hoje, turbo-hélices modernos, silenciosos e econômicos equipam a maior parte das anvs.

O R-1820 é um típico exemplar dos motores desenvolvidos pelos EUA para atuar na guerra e em suas várias versões equipou muitas anvs famosas como o Buffalo F2A, B-17, Helldiver, Dauntless, DC-3 (versões), etc. Eram motores onde a potência prevalecia sobre a aerodinâmica. Eram simples e confiáveis. Aceleração rápida, muita potência e manutenção facilitada.

 

O vídeo é fantástico e com certeza, traz boas recordações. Muitos dos que trabalharam com este motor, na FAB, já não estão mais entre nós, como o civil Djalma Marçal Camargo, com quem tive o privilégio de trabalhar durante muitos anos e teve a paciência de me ensinar apertar parafusos. 

 

Grato pelo vídeo (dá pra ver como o bicho era violento)!

Last edited by Gilson

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