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80 anos depois, navio brasileiro torpedeado na Segunda Guerra é localizado

Após décadas de busca, Marinha encontra o naufrágio do Vital de Oliveira, torpedeado na Segunda Guerra Mundial; confira detalhes

Redação Publicado em 30/01/2025, às 18h55 - Atualizado em 31/01/2025, às 10h22 - Do site Aventuras na História

Após mais de oito décadas de esforços, a Marinha do Brasil anunciou a localização do naufrágio do "Vital de Oliveira", um navio brasileiro torpedeado por um submarino alemão durante a Segunda Guerra.

A descoberta foi realizada neste mês, na costa do estado do Rio de Janeiro, durante testes de mar com um navio de pesquisa que leva o mesmo nome da embarcação desaparecida, repercute O Globo.

A confirmação da localização veio após a obtenção de indícios sobre o paradeiro da embarcação. A Marinha, em colaboração com a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), planejou uma missão para validar as informações.

O Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira conduziu cerca de nove horas de sondagens na área suspeita, utilizando sonar de varredura lateral, e conseguiu identificar a presença do naufrágio por meio da análise do perfil subaquático.

A posição encontrada coincide tanto com as coordenadas previamente indicadas quanto com o local onde o navio foi atingido pelo torpedo.

A busca pelo "Vital de Oliveira" é parte de um esforço maior para preservar esse sítio arqueológico subaquático. Com a localização agora confirmada, explica O Globo, a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) informou que iniciará um projeto de pesquisa arqueológica visando o mapeamento tridimensional do naufrágio.

Além disso, há planos para realizar filmagens em 360 graus, proporcionando ao público acesso a informações detalhadas sobre os eventos ocorridos nas águas brasileiras durante a Segunda Guerra Mundial.

A descoberta do naufrágio ocorreu quase por acaso, quando mergulhadores identificaram fragmentos da embarcação enquanto tentavam ajudar um pescador. A partir daí, uma investigação mais aprofundada foi conduzida por mergulhadores experientes, que coletaram dados históricos para confirmar a identidade do naufrágio

O naufrágio

Estima-se que aproximadamente 270 pessoas estavam a bordo no momento da tragédia, incluindo adolescentes e até uma criança que atuavam como grumetes.

O ataque ocorreu na noite de 19 de julho de 1944, quando um torpedo disparado por um submarino da Kriegsmarine atingiu o "Vital de Oliveira", causando estragos devastadores.

A explosão resultou em pânico entre os tripulantes, enquanto muitos dormiam no interior da embarcação. O impacto provocou o bloqueio das rotas de fuga e levou à morte diversos militares.

Naquele trágico episódio, aproximadamente cem homens perderam suas vidas devido ao ataque do U-861. O "Vital de Oliveira" foi o único navio militar brasileiro afundado por forças inimigas durante o conflito e repousa atualmente a 55 metros abaixo da superfície do mar.

Ainda que sua localização tenha sido revelada, as condições adversas do ambiente marinho colocam em risco a preservação dos destroços. Apesar da importância histórica da embarcação, a Marinha não possui planos imediatos para resgatar os restos submersos, ressaltando os desafios enfrentados na preservação desse importante legado.

Last edited by Rogerio77
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Fico feliz em saber que ainda tem gente interessada em resgatar a história da MB ao longo de nosso litoral  durante a Segunda Guerra. É algo pouco lembrado.

Abaixo fotos dos dois Vital de Oliveira, o que foi afundado e o atual.

vital de oliveira

vital de oliveira h39

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  • vital de oliveira

Ontem ainda estava lendo uma Revista Marítima antiga com a entrevista de um Almirante. Ele falava que, quando se escreve/fala de II Guerra, a Marinha é sempre a esquecida, apesar de terem atuado desde 1942, sem descanso, até muito depois do fim de guerra, em centenas de comboios, e com um sacrifício imenso. O entrevistado participou de 19 comboios no "Bahia" cruzando o Atlântico, com grande risco, pois os Uboat ainda estavam ativos.

Surpreendente essa descoberta principalmente pela data do afundamento. Para mim eu achava que em Julho de 44 não tinha mais essa presença de U-Boots na nossa costa.

Assisti a 2 documentários no YouTube sendo um focando na Marinha.

https://youtu.be/OOIyHqssHmk?si=NyHJdvjgK9XKoEZm

Last edited by Moisés
@Staffa posted:

Ontem ainda estava lendo uma Revista Marítima antiga com a entrevista de um Almirante. Ele falava que, quando se escreve/fala de II Guerra, a Marinha é sempre a esquecida, apesar de terem atuado desde 1942, sem descanso, até muito depois do fim de guerra, em centenas de comboios, e com um sacrifício imenso. O entrevistado participou de 19 comboios no "Bahia" cruzando o Atlântico, com grande risco, pois os Uboat ainda estavam ativos.

Verdade verdadeira. O pouco que se fala aborda a FEB e a FAB na Itália. Sobre o ocorrido em nosso litoral quase nada.

Tem um  bom site sobre o tema (em inglês).

https://www.sixtant.net/2011/

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@Moisés posted:

Surpreendente essa descoberta principalmente pela data do afundamento. Para mim eu achava que em Julho de 44 não tinha mais essa presença de U-Boots na nossa costa.

Assisti a 2 documentários no YouTube sendo um focando na Marinha.

https://youtu.be/OOIyHqssHmk?si=NyHJdvjgK9XKoEZm

Esse submarino estava baseado em Bordeaux, na França. Como essa base foi evacuada em agosto de 1944, isso aí foi bem no final da presença deles por aqui. Na U-boat.net está indicado que ele afundou um navio americano mais ao sul em 24/07 e depois mais três no Oceano Índico em agosto/setembro. Depois disso ele operou a partir da Noruega.

Olha ele aqui.

u-861

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@paulors posted:

Esse submarino estava baseado em Bordeaux, na França. Como essa base foi evacuada em agosto de 1944, isso aí foi bem no final da presença deles por aqui. Na U-boat.net está indicado que ele afundou um navio americano mais ao sul em 24/07 e depois mais três no Oceano Índico em agosto/setembro. Depois disso ele operou a partir da Noruega.

Olha ele aqui.

u-861

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Caramba! Incrível que com toda virada na maré e manutenção das patrulhas no Atlântico eles ainda continuavam a dar trabalho...

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