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Originally Posted by Fernando Galdiano - Ribeirão:

Paulors, você tocou no ponto X da questão.

 

Tem uma galerinha que se você falar que pintou com acrilex, aerografou com xing-ling sagyma e fez photoetched de latinha de skol, o kit tá uma porcaria, por mais que esteja bem pintado e detalhado. Pode ser o melhor trabalho jamais visto naquele tanque que os "elite-modelistas" vão torcer a boca e achar que o kit tá uma porcaria.

 

Agora....experimenta falar que você usou PE´s da Eduard, lagartas da Fruimodel, tinta Warcenic ou Tamiya, aerógrafo Iuáta ultra-top-mega-blaster-master que tem uma meia dúzia que aplaude de pé e só falta te dar um beijo. Você se transforma automaticamente em "sangue-azul"  E o kit pode até estar uma porcaria...mas pra eles, só de você falar que usou tudo o que há de melhor e mais caro na finalização do kit eles acham lindo !

 

É uma categoria de plastimodelista que são os "modelista-ostentação"

 

 

 

De gente assim eu fico longe. Nem é por falta de dinheiro, não. Mas numa época em que todo mundo está correndo atrás do dinheiro, você ficar ouvindo lorota de que com o aerógrafo xyz de 900 reais o kit fica mais bonito dá até vontade de socar o nariz do palhaço.

 

Dinheiro é muito bom, mas quando a pessoa tem bastante (que Deus a abençoe e que faça bom uso dele, talvez até caridade vem em quando que não faz mal a ninguém) e faz questão de ficar afirmando isto pros outros (seja dizendo que tem o aerógrafo mais fodástico que existe à venda ou que compra ferramentinha de 700 reais pra fazer rebite em kitinho na 1/72) e fica menosprezando quem não tem grana pra comprar este tipo de ferramenta "essencial" ao hobby  e critica o seu trabalho nos kits não merece aplauso e nem consideração. Merece pena...dó. Este tipo de pessoa precisa deste tipo de "atenção", precisa se autoafirmar perante os outros plastimodelistas. Menospreza os kitinhos feitos com aerógrafo xingling mas "lambe-as-boTas" de quem pinta com Paashe ou Iuáta.

 

Voltando ao assunto do tópico...

 

Meng é ótimo kit !

 

Fica melhor quando pintado com aerógrafo iuáta ultra-mega-top-blaster...que por alguma coincidência do destino...não é pra qualquer um comprar...só compra os caras mais fodásticos do meio plastimodelístico. 

 

 

 

BRAVO !

Chagas, eu achei lindo este seu projeto aí ! 

 

Mas temo lhe informar...

 

se você não fizer esta pecinha num M-34 Manrod (que custa "módicos" 2.300 reais) ela não vai ficar boa, não.

 

Tô brincando, Chagas ! O importante é se divertir e ter prazer no hobby. Se foi feito com esta trapizonguinha aí (que é show de bola) ou um mini-torno de quase dois contos e meio de reais não interessa.

Parabéns pela inventividade, que pra uns é inventividade mas pra outros é "mendigomodelismo"

 

Estou procurando figuras de tripulação do T90 da Meng mas são figuras "modernas". 

 

 

 

 

 

 

 

Fernando,

 

Para mim o mais importante é o resultado final, não importa se foi feito de forma simples e barata ou mais complicada e cara. Se não ficar como eu quero de um jeito, eu faço de outro. Mas é claro que eu prefiro a maneira simples e barata.

 

Eu ainda não tinha pensado nessa questão sob o ângulo que foi exposto agora. Nem sabia que essa babaquice existia - um modelo ser menosprezado porque o autor deixou de usar insumos caros. Se o resultado ficou realmente bom, que diferença faz, não é?

 

Já vi, num desses fóruns estrangeiros, um cara aplicar todos, e eu quero dizer todos mesmo, os acessórios possíveis num modelo de tanque. Saiu a maior porcaria. Quis bancar o catzo da galáxia e quebrou a cara

 

E também, há muito tempo, acho que na época da Hobbylândia (no Rio) eu soube que um modelista das antigas, daqueles habituados a construir um modelo do zero, havia refeito as asas de um caça alemão na escala 1/32. Sabe de quê? De uma tampa velha de privada, cuidadosamente cortada, lixada, com todos os "scribings" e rebites feitos. E o resultado tinha sido ótimo. E agora?

 

Carlos, baseado nisso que tu disse, quando eu costumava participar e coordenar GBs eu vivia babando nos kits montados pelo Mano. Ele pegava um simples chassi de um Hummer, por exemplo, e transformava em outra coisa completamente nova, e mais, sem altos custos, com plasticard. Ele produz o próprio kit, não precisa nem vir injetado, é uma coisa de maluco. Barato, diferente e único, num Open chama a atenção, não precisa nada mais que sua genialidade, não precisa de materiais caros, penduricalhos, ele faz na unha, assim como você tá fazendo no teu satff car.

 

Outro que fabrica kits é o Serra (Panzerserra). As coisas que ele faz são insanas. É Dentista, deve ter cheirado muito produto tóxico nos tratamentos e deu uma bagunçada na cabeça dele. Picota kits, canibaliza, cria, faz scratches, cria frankensteins e no final fica fabuloso. E vai deixar sua coleção de herança pra mim, espero...

 

Pra esses dois não precisa Meng, AFV, Dragon, nada, eles criam seus kits.

Originally Posted by Carlos Chagas:

E também, há muito tempo, acho que na época da Hobbylândia (no Rio) eu soube que um modelista das antigas, daqueles habituados a construir um modelo do zero, havia refeito as asas de um caça alemão na escala 1/32. Sabe de quê? De uma tampa velha de privada, cuidadosamente cortada, lixada, com todos os "scribings" e rebites feitos. E o resultado tinha sido ótimo. E agora?

 

Já viu esse? 

 

http://culttvman.com/main/on-t...wns-phantom-cruiser/

 

Originally Posted by Adrix:
Originally Posted by Carlos Chagas:

E também, há muito tempo, acho que na época da Hobbylândia (no Rio) eu soube que um modelista das antigas, daqueles habituados a construir um modelo do zero, havia refeito as asas de um caça alemão na escala 1/32. Sabe de quê? De uma tampa velha de privada, cuidadosamente cortada, lixada, com todos os "scribings" e rebites feitos. E o resultado tinha sido ótimo. E agora?

 

Já viu esse? 

 

http://culttvman.com/main/on-t...wns-phantom-cruiser/

 

PQP!!!!

 

Show de bola!

  Pois é Chagas, acredite ou não, tem pessoas que acham que se vc não compra resinas e PEs para os modelos e resolve fazer scratch, vc não deveria ter este hobby pq vc "não tem condições financeiras" de praticá-lo!!!!! Para estes "mentores" uso a filosofia da vaca.... Kkkkkk

 

  Um abração, meu caro.

  Claudio Moura

Já fui admoestado até por usar tinta automotiva.O sujeito me disse q com "tanta tinta apropriada" pq eu usava automotiva...

Em tempo, só tenho um kit da Meng(um Merkava q ganhei em sorteio on-line do site Spruemaster)q ainda não montei.Na caixa é maravilhoso, pelos reviews é excelente.

Mas na boa...tô me divertindo um monte montando um M47 da Italeri e usando até pedaço de antena prá fazer peças.Ah! e vou pintar com automotiva...

 

Abraço à todos.

Last edited by Bradley

É isso mesmo, Oswaldo. Como diz o velho clichê, "A necessidade ...etc."

Quem já teve que fabricar peças, por puro amor ao ofício, não se aperta demais quando aquilo que precisa não existe pronto ou está fora do alcance.

 

Quando comecei a montar modelos pra valer, ainda não existia um milésimo do que existe agora. Para mim e para muita gente, isso estimulou a capacidade de produzir as próprias peças, aos trancos e barrancos, até que um dia se acerta a mão. Daí em diante os limites são menores.

 

Já postei aqui algumas destas fotos faz tempo, mas como tenho muitas não sei se estou repetindo algumas. Isso é um diorama 99,99% feito em scratch, em escala 1/9, de um laboratório de um alquimista europeu, do final da Idade Média. Foi feito para a Fiocruz, e foi parte de um projeto grande no qual trabalhei naquela Fundação, por volta de 2.000.

 

Serve para demonstrar que as mesmas técnicas de construção de peças, usadas em plastimodelismo de militaria, funcionam igualmente para temas diversos.

 

 

 

O cachorro, feito em gesso, é aquele 0,1% da porcentagem que mencionei. Comprei pronto de um artesão, que vendia coisas perto do restaurante da Fundação. Mas eu retirei uns panos que vieram colados nele, melhorei a textura do pelo, repintei o bicho, e ainda plantei-lhe os bigodes, feitos de sprue esticado de plástico transparente.  E o tamanho da raça representada casou certinho na escala do diorama.

 

 

Aqui sim, dá para fazer efeitos de envelhecimento, sem medo de ser feliz.

 

Parecem de papel? Mas não são, papel aqui era proibido por questões de conservação do trabalho. Estava no contrato.

 

 

Este globo, feito a partir de uma bola branca de bilhar, tem todos os paralelos, meridianos e contornos geográficos como eram vistos no séc. XVI, pintados à mão. Um trabalho legal de pesquisa, feito ainda sem a Internet.

 

 

Descrever como foi feito tudo isso daria uma revista inteira.

Só a pintura desta tapeçaria, já fixa no lugar, me tomou umas 2 semanas.

 

 

O diorama completo como ficou. Descrever tudo encheria um livro.

 

 

Last edited by Carlos Chagas

... olhando esse dio do Chagas fico pensando nos "modelistas" coladores de peças e que se acham o ó da peteca roxa... coitados. Aqueles que tem chilique para acertar o FS do cu da figura seiscentista... Há que se ter muita pena deles.

Originally Posted by Bradley:

Já fui admoestado até por usar tinta automotiva.O sujeito me disse q com "tanta tinta apropriada" pq eu usava automotiva...

 

Abraço à todos.

 

As tintas que uso mais, como o Dark Yellow, o Dark Green, o Red Brown e o Panzer Gray são todas automotivas.

 

Fiz chips usando tintas Tamiya, fui numa loja de tintas que faz tintas aqui pra empresa, e o técnico fez um litro de cada.

O cara pegava um chip e ia comparando naqueles catálogos até achar a cor mais próxima, daí ele fazia aquela cor e ia ajustando até ficar praticamente igual.

Paguei, na época, uns 20 reais cada litro, enquanto o frasco de 23 ml da Tamiya custava uns 10,00. Deve durar até o fim da minha vida, pelo menos.

 

 

Interessante como o tpc desviou-se para um rant sobre "modelismo pau-a-pique" x "modelismo de elite".

 

Na minha humilde opinião, todas as técnicas e criatividade são válidas, DESDE que o critério seja real. O que acontece é que muita gente inventa "criatividades" (ou usa equipamento ruim) e às vezes não fica bom, mas o gaiato se esconde por trás de "preconceito contra "pobres"". Parece até campanha política.

 

Eu creio que tem espaço para improvisações e para aftermarkets prontos, o que importa é o quanto o modelista está disposto a (ou pode) investir em tempo e $ - mas o resultado tem de ser bom.

 

Por isso, um interior da SBS mal colado e pintado pode sim perder de um interior em scratch - como aconteceu e sempre acontece nos concursos.

 

Meus 5 centavos de R$.

 

[]´s

 

X

Last edited by X-cão
Originally Posted by X-cão:

Interessante como o tpc desviou-se para um rant sobre "modelismo pau-a-pique" x "modelismo de elite".

 

Na minha humilde opinião, todas as técnicas e criatividade são válidas, DESDE que o critério seja real. O que acontece é que muita gente inventa "criatividades" (ou usa equipamento ruim) e não fica bom, mas se esconde por trás de "preconceito contra "pobres"". Parece até campanha política.

 

Eu creio que tem espaço para improvisações e para aftermarkets prontos, o que importa é o quanto o modelista está disposto a (ou pode) investir em tempo e $ - mas o resultado tem de ser bom.

 

Por isso, num concurso, um interior da SBS mal colado e pintado pode sim perder de um interior em scratch - como aconteceu e semre acontece nos concursos.

 

Meus 5 centavos de R$.

 

[]´s

 

X

Pode usar Acrilex????? 

Originally Posted by oswaldo antonelli:

Pode usar Acrilex????? 

Pode - vide os trabalhos do Brettas.

 

O que não pode é dizer que é simples, trivial e que resolve todos os problemas do modelista, como alguns "jênios" colocaram aqui.

 

Tem gente que se adaptou muito bem, a Acrilex lançou tintas mais "amigáveis" para o modelista, que dão menos trabalho para usar.

 

Mas em geral, conforme o modelista ganha confiança e habilidade, ele parte para tintas e equipamentos melhores.

 

Não acreditam? O X-cão é um reaça elitista da zélite branca imperialista de zóio azul?

 

Proponho que todos façam um exercício: no próximo concurso (no caso, o Open do GPC, dia 16), olhem com calma e de perto os modelos na mesa, e comparem-nos. Depois, procurem conversar com os modelistas e vejam o que eles usaram. Não parem no primeiro modelo, vejam uns 4 ou 5 pelo menos, e depois postem aqui suas observações.

 

Querem ir mais a fundo? Observem dessa mesma maneira as junções de asa com fuselagem, metades de canhão, marcasde injeção na carroceria. Conversem com os modelistas, e perguntem qual foram as coisas mais difíceis de fazer, ou quais os problemas que o kit tem.

 

E depois vejam - ainda de perto e com calma - os que foram premiados nas suas Categorias. Esperem o modelista ir tirar o modelo da mesa, para conversar com ele.

 

É uma boa maneira de ter uma perspectiva real de como as coisas funcionam.

 

Ah, e kits da Meng geralmente são muito bons.

 

[]´s

 

X

Last edited by X-cão
Originally Posted by X-cão:

Na minha humilde opinião, todas as técnicas e criatividade são válidas, DESDE que o critério seja real. O que acontece é que muita gente inventa "criatividades" (ou usa equipamento ruim) e às vezes não fica bom, mas o gaiato se esconde por trás de "preconceito contra "pobres"". Parece até campanha política.

Simplezinho assim. 

Ou inveja mesmo. Tá cheio por aí. Desde os que compram modelos prontos de terceiros para concorrer em eventos e dizem que são os próprios autores, até os que não avançam além do nível básico por que simplesmente não têm jeito para a coisa, e resolvem descarregar suas frustrações nos outros.

Originally Posted by Leo Hack:
Ou inveja mesmo. Tá cheio por aí. Desde os que compram modelos prontos de terceiros para concorrer em eventos e dizem que são os próprios autores, até os que não avançam além do nível básico por que simplesmente não têm jeito para a coisa, e resolvem descarregar suas frustrações nos outros.

Sim, tem esses - mas o que me deixa infinitamente fudido é quem rouba medalhas de modelos premiados, no fim dos concursos. 

 

Isso é o fim do mundo! 

 

[]´s

 

X

Vou dar um depoimento aqui sobre minha experiência modelística com o Carlos Chagas, quando lá pelo começo da década passada, fui visitar o seu "covil", quando ví de perto seus trabalhos e qual importante lição que tirei disso.

 

A sensação que tive quando saí de lá é que a primeira coisa que deveria fazer quando chegasse em casa seria jogar todos os meus trabalhos fora, tamanha a impressão que tive da quase perfeição com que o Chagas elabora seus. 

 

É indescritível. Tem que passar por isso para entender bem o que eu estou dizendo. Mas enfim, depois de uma reflexão sobre isso, cheguei a conclusão que primeiro que o Carlos e alguns outros que contamos na metade nos dedos de uma mão só, são exceções à regra e não devem servir parâmetro para nós, mortais, a não ser para tentarmos melhorar sempre.

 

Segundo por que se a maioria esmagadora, eu incluído, tentar fazer o mesmo se frustrará amargamente. Deixo o Chagas e essas avis rara do modelismo lá, quietinhas, só tirando as dúvidas com eles, kkk! 

 

E terceiro, que se eu pinto minhas figuras e meus tanquinhos como hobby, para satisfação pessoal, por que entraria nessa paranoia de "tenho que fazer igual a A,B ou C?

Eu, pelo menos sei dos meus limites. Sendo assim, resolvi me dedicar ao hobby tentando me aperfeiçoar sempre, afinal, não é por que é um hobby que eu vou fazer de qualquer jeito, mas sempre tendo em vista que tudo isso é apenas para a minha satisfação pessoal.

 

Um abração, Chagas. Vc sabe que é tudo no amor.

 

 

Last edited by Leo Hack

A realidade é uma só, não depende de marca, nem de kit, nem de tinta, seja Meng ou a mais alta potência na fabricação de pigmentos com o mais batuta dos aerógrafos. O que vale mesmo é o modelista.

 

Vendo a arte do Carlos Chagas nesse diorama e nas suas pinturas, os scratches perfeitos do Mano com uma simples placa de estireno, os kits únicos do Serra, as pinturas em Acrilex do Brettas, os dioramas do Gemerin, os aviões e helicópteros do Shepard, os navios do PauloRS, isso só um pouco de nomes tirados daqui mesmo, da WK, fica mais do que provado que não há necessidade de abusos em compra de acessórios, kits e tintas, basta saber o que faz com o que se tem à mão.

 

De nada adianta um belo navio na 1/350 com todos os decks de madeira, PEs, fios, figuras e aviões na escala se você não souber o que fazer com isso, vai ser apenas um kit caro, não uma certeza de ser o melhor.

 

Como disse o X-Cão, encher de PEs num avião e deixar a junção das asas com uma fresta, abusar nos acessórios em um blindado e deixar o cano com marca de injeção, pra que serviu o gasto? Sobrou kit e faltou experiência ao modelista.

 

Portanto, entendo esse tópico principalmente para se trocar essas impressões. Que a Meng é uma boa marca, isso todos (menos um lá no começo) concordam, o que varia é a força de percepção do hobby que cada um tem.

 

E mais, modelista bom é aquele que sabe que sabe e é humilde o suficiente para não se vangloriar ou ficar botando banca, nem pelos kits, nem pelas ferramentas, nem pelo resultado final.

Originally Posted by oswaldo antonelli:

E mais, modelista bom é aquele que sabe que sabe e é humilde o suficiente para não se vangloriar ou ficar botando banca, nem pelos kits, nem pelas ferramentas, nem pelo resultado final.

  Disse tudo, meu caro Oswaldo!!!

 

  Um grande abraço.

Originally Posted by X-cão:
Sim, tem esses - mas o que me deixa infinitamente fudido é quem rouba medalhas de modelos premiados, no fim dos concursos. 

 

Isso é o fim do mundo! 

 

[]´s

 

X

Cara, pior que tem. No evento da APRJ mesmo se não me engano, já houve disso.

 

Gostaria de saber o que leva alguém a fazer isso, quando ele mesmo sabe onde e como conseguiu o "prêmio".

 

Se bem que eu nem deveria me surpreender, pois não duvido que quem compra modelos de terceiros e trata como se fosse de sua autoria por exemplo, sucumba à tentação de levar o prêmio alheio para casa. 

Antes de mais nada, muito obrigado a todos pelos comentários.

 

A coisa que mais gostei foi ver o Oswaldo e o Hack no mesmo tópico, sem briga. (E aqui, na mesma frase, também!).

 

Até hoje eu morro de rir com aquela paródia desbocada do Jornada nas Estrelas, pqp.

 

E ainda continuo afirmando que qualquer modelista consegue fazer tudo isso, é só querer. Desenhar bem é mais difícil do que montar modelos. Pois há cerca de um ano eu estou dando lições de desenho para um adolescente, filho de um velho amigo, depois de muita insistência por parte deles.

 

O garoto chegou aqui com desenhos do tipo daquele "olho parecendo um peixe fossilizado" que todo amador consegue rabiscar, e já evoluiu para desenhos bem razoáveis de assuntos diferentes. Já está fazendo retratos aceitavelmente parecidos, e sucesso na escola entre os colegas e as colegas. Vai se dar bem com as garotas logo logo, eheh.

 

Ele está aprendendo como se faz porque eu mostro a ele, ao vivo, as manhas de desenhar. Faço ele treinar até a lição entrar na cachola dele. Na última aula mandei ele desenhar uma mesma orelha umas oito vezes, até que saísse certo. E saiu. Ele ficou feliz da vida.

 

Então acho que mostrando ao vivo algumas das técnicas, passo a passo, qualquer um que já tenha montado meia dúzia de modelos e não tenha problemas graves de coordenação motora, também consegue fazer igual. E por que não, se isso aí não é feito por passe de mágica??

Carlos Chagas, esse teu diorama é uma obra de arte. Só imagino o trabalho que deu para pintar a toalha. O resultado, porém, deve ser muito gratificante. Muito lindo, parabéns.

 

Prêmio do dia vai para o Jean que disse: "...Aqueles que tem chilique para acertar o FS do cu da figura seiscentista...". Perfeito.

 

Sobre acrilex, colega comentou que as tintas que vem nuns tubos maiores tem um resultado legal, quero comprar umas para testar.

meus dois  tostoes -  fico  feliz  que  o chagas  esteja  passando  tecnicas e aulas  para  um  pupilo pois depois  de  seu  infarto  fiquei  com medo  de  esta arte se ir , não  tinha  visto este  diorama,  mas  vi  umas  outras   coisas  dele na FIOCRUZ  que   tb são coisas  de passar  horas  vendo, coincidentemente  recentemente  perdemos  um  outro  modelista nos  EUA (sheperd paine  )  que  tb  era  um artista em dioramas  -  e   eu nunca  vi  ele   (alem dos livros escritos) fazer  qq  workshop ao vivo (se fez desconheço)- e aqui no Brasil estamos  a  beira  de  um  evento,  no  qual  vão vir  dois modelistas de  renome  de fora pra mostrar  técnicas, e  pensei  tá  na  hora Chagas de  vc  escrever  algo ou passar a ser convidado para  expor tecnicas  tb em alguma exposição - alias  já  passou da  hora - ALÔ APRJ !  fica a dica - pronto terminei

Ele está aprendendo como se faz porque eu mostro a ele, ao vivo, as manhas de desenhar.

 

Este foi o principio que levou a APRJ a ter uma sede própria, você pode explicar uma técnica ou o uso de uma ferramenta ou como usar um produto mil vezes, e ainda assim o cara vai entender muito melhor se ele te ver fazendo apenas uma vez.

 

Eu vi mais de uma vez sócios que chegam lá com trabalhos muito primários, e em pouco tempo apresentaram progressos notáveis, esta é a graça de estar em grupo, poder dividir o conhecimento.

 

Além disso num grupo grande tem sempre alguém que te mostra alguma coisa que você não sabia, por mais tempo que você tenha no hobby.

Eu só agora li todo o tópico e uma coisa que me causou estranheza foi este patrulhamento contra os aerógrafos Iwata.

 

Eu gosto de aerógrafos (uma ferramenta magnificamente infernal) e acompanho quase todos os tópicos que falam deles por aqui. Não me lembro de ninguém ter dito que precisa ter um destes para fazer um bom trabalho. De onde veio esta história?

X-Cão, deixe-me te perguntar uma coisa, apenas por curiosidade mesmo. Se mais alguém souber, por favor não hesite em responder que vai contribuir da mesma forma, ás vezes é uma curiosidade de mais colegas de hobby.

 

Num OPEN, a exemplo do GPC.

 

O modelista A chega com um kit da Meng. Um T90 vai...pra não sair do assunto.

 

O modelista A chega com o T90 dele. Com esteiras fruimetal, cano de alumínio, toneladas de PE´s. Se inscreve e vai conversar com os amigos.

 

O modelista B chega com outro T90. Com SOMENTE as peças originais e OOB mesmo. Se inscreve e vai conversar com os amigos também.

 

Curiosidade 1:

 

No ato da inscrição, alguém da organização olhará o kit, e o classificará em sei lá...iniciante, médio, master, Senior ?  Ou é feita simplesmente a inscrição e pronto ? É feito algum questionamento ao modelista sobre os upgrades que ele fez no kit ou se montou OOB ?

 

Curiosidade 2 - esta para quem foi ou será jurado um dia, em algum Open.

 

No momento de julgar o kit, os jurados tem algum tipo de "peso" na hora das notas ? Quero dizer, ao confrontar dois kits T90 , o que veio absolutamente cheio de "upgrades" REALMENTE pode ser colocado e nivelado a ponto de (justamente) ser julgado ruim perante um kit OOB ?

 

Já presenciou situações assim (acredito que sim, é lógico) em que um kit cheio de penduricalhos não levou nem medalhinha e um kit OOB conseguiu pontuação melhor ?

 

Mais uma vez, não entro no mérito de gostar ou não de upgrades e nem se o kit fica melhor ou não. Não é este o cerne da minha dúvida.

A minha dúvida é com relação a situações hipotéticas (ou nem tanto assim) que podem ocorrer em um julgamento de kit em Opens mundo afora. E existirem os modelistas que compram o kit por 100 e gastam 800 em upgrades e competem "lado a lado" com o modelista iniciante, por exemplo, ou com o modelista que monta OOB.

Last edited by Fernando - Ribeirão

Gagá, não sei se responderei bem sua pergunta, mesmo por que ela foi endereçada ao X-cão, mas vou pelo que entendo...

 

Num Open quem faz a inscrição é o modelista. Cabe a ele dizer se seu kit é de iniciante, kids ou principal, não ao grupo que promove o Open, assim entendo eu. E prova disso é que tem gente que monta kits a mais de quinze anos e já passou dos quinze anos pelo menos duas vezes e meia e continua inscrevendo kits como iniciante em Opens (até levando pra casa prêmios para kids...). Acho que vai da consciência de cada um, da honestidade em dizer em que categoria ele se classifica.

 

Sobre como está o kit, se é OOB ou cheio de acessórios, entendo que de nada adiantaria esteiras e canos de metal, PEs, resinas, pigmentos e tintas das mais conceituadas se o modelista não dominar as técnicas corretas para usá-las. Fazer um kit com tudo isso e deixar cheio de frestas, marcas de injeção, cola escorrida e digitais na pintura vão fazer, acredito eu, que qualquer juiz prefira um OOB honesto e bem montado a um kit caríssimo na aquisição mas pobre na montagem. Eu mesmo já ganhei uma medalha de primeiro lugar numa categoria num dos Opens que fui e um amigo que ficou com o segundo - que achei muito bem montado, por sinal - questionou e apontou seu cano de alumínio e o meu de plástico. O juiz mostrou a ele que o cano de alumínio dele estava limpinho e na cor por dentro e o meu simulando um cano que já disparou, com fuligem, ele agradeceu e me perguntou como fiz.

 

Há, porém, que se reconhecer, e mais uma vez acredito que um juiz deva pensar assim, que quem sabe lidar com PEs, upgrades de resina e pigmentos mais sofisticados domina técnicas de modelismo que talvez muitos outros não dominem, acho que isso deve ser levado em conta. Serve, nesse caso, como um incentivo para que os demais aprendam novas técnicas e o dominio de novos materiais.

 

Veja bem, minhas colocações são apenas suposições, nunca participei da organização ou julgamento de um Open, mas entendo que assim deva ocorrer.

Last edited by oswaldo antonelli

Oswaldo, agradeço a sua resposta. Perguntei pro X mas gostaria de ler outras respostas também. Acredito que contribui muito. Eu entendi o seu ponto de vista. Concordo contigo, mas um kit com PE´s tem muito mais "detalhes" (portinholas, fivelas, cintas de tanques de combustíveis, cintas do tubo do canhão) que um kit OOB. E qual é a relevância deste tipo de "charme" que um kit pode ter em relação a outro, num julgamento.

 

Basicamente não quero levantar nenhum tipo de suspeição sobre os critérios de julgamentos de kits em Opens. BEM LONGE DISTO.

A dúvida que eu tenho é apenas isto. Uma dúvida mesmo.

Gostaria de saber como é feito. E qual é a conduta de um juiz (qual é ou qual deveria ser) perante o "impasse" de julgar dois kits com características de montagens muito discrepantes (por conta dos upgrades de um em relação á montagem OOB do outro).

 

É isto.

 

Perguntando na boa mesmo. Tranquilo.

 

Melzi...MENG é bom !!

Vou te falar por experiência própria de quem já julgou militaria, acredite ou não, quando você tira os erros mais básicos, como estes que o Oswaldo citou, sobra muito pouca coisa. Uma coisa é olhar os modelos passando os olhos sobre a mesa, outra muito diferente é examina-los bem de perto procurando os defeitos.

 

Esteiras isso ou aquilo, photoetches e outros badulaques em geral, muitas vezes acabam mais prejudicando do que ajudando. PEs, por exemplo, são difíceis de lidar e quem olha de perto vê todos os empenos e amassados. E o uso indiscriminado muitas vezes acaba dando menos realismo que as peças injetadas.

 

Além disso vale lembrar que depois de pintado a maioria destes acessórios perde o efeito, dai você ver tanta foto dos modelos com PEs aplicados sem pintura, depois de pintar fica difícil ver onde eles estão.

 

No fim das contas, uma montagem correta, uma boa pintura, técnicas de envelhecimento bem aplicadas (isso é mais difícil do que parece) tem muito mais peso do que este acessório ou aquele.

 

Ps. Oswaldo aqui no Rio ninguém é iniciante com mais de 15 anos, pode até ser injusto com alguns, mas preferimos que crianças e jovens não concorram com adultos. Também não existe premiação classificatória, todos recebem um premio de incentivo e só.

 

 

Last edited by Augusto

Augusto, muito justa essa questão dos iniciantes e kids.

 

Inscrever-se um marmanjo de 30 e tantos anos como iniciante por ter montado pouco é totalmente descabido. Iniciante é quem fez o primeiro kit. No segundo já não vale mais, mas tem gente que se inscreve assim pra garantir um julgamento menos "rigoroso", por assim dizer.

 

E dando-se um prêmio de incentivo para todas as crianças (realmente crianças, com menos de 15 anos, não inscrito como tal ou como iniciante sem ser) é uma boa forma de mantê-las no hobby, boa ideia.

Uma coisa é certa: se a proposta dos concursos de plasti é agraciar os modelos que chegam mais próximos da realidade (por isso é que são modelos em escala), entre dois ótimos modelos com condições de ganhar o primeiro lugar, não tenho dúvidas que o que estiver mais detalhado levará, e isso implicará naquele trabalho que recebeu mais melhoramentos e adicionais.

 

Outra coisa: tenho um bom tempo de plasti, já participei de um monte de eventos aqui no RJ e fora, posso dizer que tive a oportunidade de conversar com os melhores modelistas conhecidos e posso afirmar que NENHUM deles, que investem pesado no hobby, que compram trocentos adicionais e quilos de PEs para seus modelos o fazem para se mostrar ou algo do gênero. TODOS fazem isso por que gostam, por que têm prazer.

O próprio Augusto como ele mesmo já disse, é fissurado por aerógrafos. Já perdi as contas de quantos o ví vender, quantos comprou e creio que ele deve ter uns dez em casa. Ele simplesmente curte isso e pode investir quantias razoáveis nisso. 

 

E aí? é razoável rotulá-lo de esnobe, metido e cabeça de mamão por isso e questionar quanto ele gasta ou deixa de gastar com isso?

Last edited by Leo Hack
Originally Posted by Fernando Galdiano - Ribeirão:

Oswaldo, agradeço a sua resposta. Perguntei pro X mas gostaria de ler outras respostas também. Acredito que contribui muito. Eu entendi o seu ponto de vista. Concordo contigo, mas um kit com PE´s tem muito mais "detalhes" (portinholas, fivelas, cintas de tanques de combustíveis, cintas do tubo do canhão) que um kit OOB. E qual é a relevância deste tipo de "charme" que um kit pode ter em relação a outro, num julgamento.

 

Basicamente não quero levantar nenhum tipo de suspeição sobre os critérios de julgamentos de kits em Opens. BEM LONGE DISTO.

A dúvida que eu tenho é apenas isto. Uma dúvida mesmo.

Gostaria de saber como é feito. E qual é a conduta de um juiz (qual é ou qual deveria ser) perante o "impasse" de julgar dois kits com características de montagens muito discrepantes (por conta dos upgrades de um em relação á montagem OOB do outro).

 

É isto.

 

Perguntando na boa mesmo. Tranquilo.

 

Melzi...MENG é bom !!

 

 

O julgamento é por eliminação.

 

O kit pode ter tanto PE que nem passa em detector de metais sem apitar, mas se a gente olhar com atenção ( e digo pra você que uma coisa é olhar do lado de fora da faixa, e outra, quase colar o nariz no kit pra julgar), e tiver uma fresta no canhão, já era.

Mesma coisa se os roletes ou pneus não estiverem todos tocando no chão.

 

Do site do próprio GPC:

 

"5 DO JULGAMENTO

 

 

5.1 OS CRITÉRIOS DE JULGAMENTO

 

A Comissão Julgadora adotará os critérios gerais praticados pela International Plastic Modelers Society (IPMS) como parâmetros de avaliação dos modelos inscritos. Para maiores informações sobre critérios de julgamento, visite o site http://www.ipmsusa.org 5.1.1

 

Primeiramente serão observados itens como alinhamento, colagem, masseamento, lixamento, transparências, qualidade da pintura, decais, detalhamento, correções e/ou alterações. Adequação histórica, aspecto geral do modelo e criatividade serão considerados como critérios de desempate."

 

Só seguindo isso, o que já elimina de kit não é brincadeira.

 

Mas acho que o quer saber é se no fim de tudo, restarem dois kits disputando o ouro, um cheio de PEs e resinas e outro, OOB, certo?

 

Sinceramente, não sei dizer. O resultado final de um kit OOB pode ser mais real do que um cheio das traquitanas, nesse caso, o OOB leva o ouro. Se por outro lado, acontecer isso com o cheio de traquitana, o ouro é dele, mas só dá pra falar lá na hora, vendo lado a lado.

 

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