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vi na  nete  e com  um  comentário interessante que reproduzo ao  final

lateraltraseira

frente

 

Quem têm defendido a adaptação da torre TORC 30 no blindado Cascavel 6x6, certamente não conhece o projeto dessa torre ARES, ou não entende nada sobre blindados, e isso sem entrar na questão de conceito operacional, que vou abordar em outra postagem futuramente.

A TORC 30 não têm escotilhas sobre a torre, para acesso e/ou evasão da tripulação, então têm a opção de sair todos os 3 tripulantes pela escotilha do motorista, ou, como me disse um funcionário da ARES durante a LAAD,que não quis que fosse identificado, seria necessário abrir uma porta lateral na blindagem do Cascavel para permitir um acesso mais fácil da tripulação.

Original Post

Replies sorted oldest to newest

Que gambiarra! 

Não é a mesma torre usada pelo Puma alemão. Eles optaram pelo calibre 30 na torre do Puma, ao invés do 40 usado no CV 90, justamente por não ter a necessidade frequente de remuniciar a arma, uma vez que ela é operada remotamente.

Pelo amor de Deus, existem trocentos fabricantes de veículos modernos e bem melhor protegidos e blindados que podem ser plataformas úteis para várias aplicações.

Deu para o Cascavel!

Bom dia, Moisés!

Já que o Puma foi mencionado (ou a sua torre).

O Puma pesa na sua versão melhor blindada 43 toneladas e eles fizeram a opção pelo canhão de 30mm pelos dois motivos citados, diminuição do peso e maior quantidade de munição transportada pois a preferência inicial era pelo canhão Bofors de 40mm.

O Puma tem peso muito maior do que, por exemplo, o Leopard 1A5 usado pelo EB. Isso porque foi dada prioridade para a proteção blindada devido à complexidade dos modernos campos de batalha.

Agora, investir uma grana alta para usar uma torre como a Torc30 (Elbyt) numa carcaça ultrapassada que pouco ou nada pode fazer num moderno campo de batalha é quase criminoso! O Cascavel com torre e tudo pesa em torno de 12 toneladas!

Que blindagem ele deve possuir com todo este peso?

Estas torres deveriam estar sendo compradas para equipar os Guaranis que, até onde eu sei, não passaram de meia dúzia adquiridas até agora.

Gambiarras à parte isto deve ser apenas uma ideia de vendedor surgida numa noite mal-dormida. Espero que fique somente nisso.

Abraços,

gemerim posted:

 

Estas torres deveriam estar sendo compradas para equipar os Guaranis que, até onde eu sei, não passaram de meia dúzia adquiridas até agora.

 

Meia dúzia de torres ou de Guaranis?

Os Guaranis já passam dos 300 mas, as torres....

E deveria ter um Guarani equipado com torre TORC 30 em cada pelotão de 5 viaturas, pelo QO.

Pelo menos é o que reza a lenda...

aqui, santo de casa nunca fez milagre, e não é agora que vai fazer.

Vi essa tosse na LAAD 2019 e entendo que se trata de um veiculo experimental, desenvolvida pelo CTex. , possivelmente com alguma tecnologia de fora. Algo válido para se desenvolver conhecimento técnico local.

Utilizaram um Cascavel como veiculo base justamente porque é o único veiculo que o EB tem em quantidade disponível, o que é também válido.

O que sempre se esquece (geralmente por desconhecimento) são as características originais do Cascavel. Um erro usual também nos muitos países que ainda os têm, justamente por sua simplicidade e eficácia. (vide a Líbia, onde quase cinquenta anos depois, ele ainda é efetivo para a função que foi proposto e construído).

Certamente todos sonham com um EB com Leos 2A7, Pumas e etc. Ou talvez M1's. Mas isso está fora da realidade. É só perguntar para quem têm a obrigação de manter os Leos I, não fosse o contrato da Kraus Maffei.

Quanto ao Guarani, o único comentário é ele com essa torre. Se sem ela já fica muito alto, imagino com ela.

Valls

Rogerio77 posted:
Moisés posted:

 Quanto ao Puma se cogitou que o veiculo poderia se tornar a base para um mtb tropical...

TAM II, a missão ? 

Bem, seria mais ou menos isso... Li na Edição 132, da Segurança e Defesa, na matéria Carros de Combate no EB: Encruzilhada sobre a opção de se comprar os Leo 2A4 ou se partir para uma solução nacional, com a KMW do Brasil estando disposta a juntamente com o EB "a desenvolver uma VBCCC sob medida para a necessidade nacional". O texto finaliza a matéria de que uma forma de acelerar  este desenvolvimento e diminuir os custos seria o de tomar como base o chassi de uma viatura já existente, similarmente ao que aconteceu com o projeto do TAM, com base no chassi do Marder...

Seria algo interessante pra começar pelo menos.  Mas as incertezas são muitas.

Se nos anos 80 não se deu prosseguimento aos projetos do Osorio e do Tamoio, será que se conseguirá recuperar este gap?

 

essas "joint ventures" já são bem manjadas. 

essas empresas estrangeiras têm projetos prontos e encalhados ou que são muito caros, e precisam arrumar compradores para diluir esse custo. o desenvolvimento do puma chegou a 4,4 bilhões de euros, e cada veiculo (pelado) custa quase 9 milhões de euros. 

agora mesmo estão procurando compradores para conseguir isso. a última noticia é uma suposta venda de mais de 100 para a romênia. 

o TAM é uma VTT disfarçada de MBT.

no caso brasileiro se receberia um projeto pronto (vide o guarani), com as características já definidas, com um custo maior do que o EB poderia assumir, e, pior, com todos os componentes tendo que ser importados. um filme já manjado.

Valls

Last edited by Valls

Não há Leos 2A4 disponíveis no mercado. Havia sim, dez anos atrás, quando o EB optou pelos Leo 1A5. Lotes ótimos de 2A4, como os que os holandeses venderam, foram adquiridos por outros países em excelentes condições.

Hoje não há mais Leos 2A4s disponíveis no mercado e as fontes que afirmam que o EB irá adquirilos não sabem explicar de onde viriam.

Desenvolver um MBT, então, é como a história do porta-aviões. Ficaria caríssimo, demoraria um século e quando ficasse pronto estaria defasado e o EB não teria grana para comprar - alguém já ouviu esta história?

Há no momento três cartas na mesa:

  • fazer o upgrade dos Leo 1A5, dos quais não há mais peça de reposição no mercado há anos. Seria necessário que trocar um monte de coisas, incluindo aí o motor. Ficaria caríssimo, continuaríamos com um tanque de blindagem fraca para os padrões atuais (pq nela não seria mexido) e vale lembrar que contrato de manutenção da KMW com o exército brasileiro termina em 2027;
  • pegar um lote de M1A1s (120 mm) oferecidos pelos americanos, estocados no deserto, botar para rodar e pagar com o financiamento FMS a perder de vista;
  • abrir mão de ter um MBT.

 Nenhuma das opções é ok, mas a que era, a aquisição dos Leo 2A4, deixou de ser há anos. This ship has sailed.

[   ]s

Sidney

Last edited by Sidney
Valls posted:

essas "joint ventures" já são bem manjadas. 

essas empresas estrangeiras têm projetos prontos e encalhados ou que são muito caros, e precisam arrumar compradores para diluir esse custo. o desenvolvimento do puma chegou a 4,4 bilhões de euros, e cada veiculo (pelado) custa quase 9 milhões de euros. 

Exato.

agora mesmo estão procurando compradores para conseguir isso. a última noticia é uma suposta venda de mais de 100 para a romênia. 

o TAM é uma VTT disfarçada de MBT.

YEP. Os hermanos que o digam.

no caso brasileiro se receberia um projeto pronto (vide o guarani), com as características já definidas, com um custo maior do que o EB poderia assumir, e, pior, com todos os componentes tendo que ser importados. um filme já manjado.

Né? Não vale a pena ver de novo...

Valls

Sidney posted:

Não há Leos 2A4 disponíveis no mercado. Havia sim, dez anos atrás, quando o EB optou pelos Leo 1A5. Lotes ótimos de 2A4, como os que os holandeses venderam, foram adquiridos por outros países em excelentes condições.

Hoje não há mais Leos 2A4s disponíveis no mercado e as fontes que afirmam que o EB irá adquiri-los não sabem explicar de onde viriam.

talvez de terceira ou quarta mão...... 

  • pegar um lote de M1A1s (120 mm) oferecidos pelos americanos, estocados no deserto, (reformar) e botar para rodar e pagar com o financiamento FMS a perder de vista

 

os iankes venderiam um 120 para nós ?   no deserto tem um monte de 105, que não traria vantagem adicional, fora dos problemas logísticos que traria.

vejo dois problemas graves nisso (entre outros) se ocorresse: o primeiro é a motorização, a tal da turbina Avco Lycoming, que não é mais fabricada e consome "toneladas" de gasolina de boa qualidade, e o EB padronizou o diesel.

e o outro é o canhão de 120mm,

ambos fora da cadeia de suprimento do EB.

 Sidney

seria lindo de ver no desfile de 7 de setembro, mas só isso.

Valls

Sidney posted:
 
fazer o upgrade dos Leo 1A5, dos quais não há mais peça de reposição no mercado há anos.
consta que estariam usando os Leos I belgas como fonte de peças e na compra dos alemães houve parte do lote que veio para isso também.

 

Sidney

Valls posted:
Sidney posted:

Não há Leos 2A4 disponíveis no mercado. Havia sim, dez anos atrás, quando o EB optou pelos Leo 1A5. Lotes ótimos de 2A4, como os que os holandeses venderam, foram adquiridos por outros países em excelentes condições.

Hoje não há mais Leos 2A4s disponíveis no mercado e as fontes que afirmam que o EB irá adquiri-los não sabem explicar de onde viriam.

talvez de terceira ou quarta mão...... 

De onde?

  • pegar um lote de M1A1s (120 mm) oferecidos pelos americanos, estocados no deserto, (reformar) e botar para rodar e pagar com o financiamento FMS a perder de vista

 

os iankes venderiam um 120 para nós ?   no deserto tem um monte de 105, que não traria vantagem adicional, fora dos problemas logísticos que traria.

Esta é a oferta deles. M1A1 com canhão de 120 mm. No deserto também tem um monte de 120 mm - o Marrocos comprou 200. E os blindados mais modernos usam este calibre, não? 

vejo dois problemas graves nisso (entre outros) se ocorresse: o primeiro é a motorização, a tal da turbina Avco Lycoming, que não é mais fabricada e consome "toneladas" de gasolina de boa qualidade, e o EB padronizou o diesel.

É a primeira vez que escuto falar que não tem peça para blindado americano. Você tem alguma fonte sobre isso? No mais, consome toneladas de qq coisa, foi feita para ser multicombustível. 

e o outro é o canhão de 120mm,

ambos fora da cadeia de suprimento do EB.

O Gripen tem uma cadeia de suprimentos totalmente diferente do F-5. Vamos manter o F-5 então? O próprio Leo 2A4 é outro tanque, totalmente diferente do Leo 1A5. E com canhão de 120 mm. Descartamos esta opção também porque a cadeia logística do EB não atende?

É simples: ou muda a logística para ter armamentos modernos ou viramos uma guarda de fronteira e abrimos mão de ter MBTs.

seria lindo de ver no desfile de 7 de setembro, mas só isso.

Respeito, mas discordo. O que seria factível, em sua opinião?

Last edited by Sidney

Rapaz, o negócio está feio... Com esta coisa de não termos questões fronteiriças, foi-se empurrando com a barriga o desenvolvimento do MBT made of brazil e agora nem os planos originais do Osório sem tem mais para recomeçar... Seria viável?https://warfare.com.br/wtm/edi...nque-brasileiro.html

 Ah, até os SK-105 dos FNs estão parados...

https://www.forte.jor.br/2018/...ao-fora-de-operacao/

 

Last edited by Moisés
Sidney posted:
Valls posted:
Sidney posted:

Não há Leos 2A4 disponíveis no mercado. Havia sim, dez anos atrás, quando o EB optou pelos Leo 1A5. Lotes ótimos de 2A4, como os que os holandeses venderam, foram adquiridos por outros países em excelentes condições.

Hoje não há mais Leos 2A4s disponíveis no mercado e as fontes que afirmam que o EB irá adquiri-los não sabem explicar de onde viriam.

talvez de terceira ou quarta mão...... 

De onde?

  • pegar um lote de M1A1s (120 mm) oferecidos pelos americanos, estocados no deserto, (reformar) e botar para rodar e pagar com o financiamento FMS a perder de vista

 

os iankes venderiam um 120 para nós ?   no deserto tem um monte de 105, que não traria vantagem adicional, fora dos problemas logísticos que traria.

Esta é a oferta deles. M1A1 com canhão de 120 mm. No deserto também tem um monte de 120 mm - o Marrocos comprou 200. E os blindados mais modernos usam este calibre, não? 

vejo dois problemas graves nisso (entre outros) se ocorresse: o primeiro é a motorização, a tal da turbina Avco Lycoming, que não é mais fabricada e consome "toneladas" de gasolina de boa qualidade, e o EB padronizou o diesel.

É a primeira vez que escuto falar que não tem peça para blindado americano. Você tem alguma fonte sobre isso? No mais, consome toneladas de qq coisa, foi feita para ser multicombustível. 

e o outro é o canhão de 120mm,

ambos fora da cadeia de suprimento do EB.

O Gripen tem uma cadeia de suprimentos totalmente diferente do F-5. Vamos manter o F-5 então? O próprio Leo 2A4 é outro tanque, totalmente diferente do Leo 1A5. E com canhão de 120 mm. Descartamos esta opção também porque a cadeia logística do EB não atende?

É simples: ou muda a logística para ter armamentos modernos ou viramos uma guarda de fronteira e abrimos mão de ter MBTs.

seria lindo de ver no desfile de 7 de setembro, mas só isso.

Respeito, mas discordo. O que seria factível, em sua opinião?

opinião cada um tem a sua. no caso dos aviões a quantidade é muito menor e a utilização diferente.

peças existem mas a questão é o fornecimento. a questão da turbina - a fabrica não existe mais e a manutenção é feita com peças estocadas em Anniston. e ela não queima diesel.

https://books.google.com.br/bo...0turbine&f=false

e por fim, o link do Moises sobre os SK da Marinha é ilustrativo.

Valls

O contrato de manutenção da KMW com o EB termina em 2027. A partir daí, além de não ter peças para o Leo 1A5, não tem manutenção. 

Querer manter o Leo 1A5 andando custará uma fortuna, e nos fará proprietários da versão M-41 do século 21. Mas, como dito, opinião cada um tem a sua.

Sidney

Moisés posted:

Rapaz, o negócio está feio... Com esta coisa de não termos questões fronteiriças, foi-se empurrando com a barriga o desenvolvimento do MBT made of brazil e agora nem os planos originais do Osório sem tem mais para recomeçar... Seria viável?https://warfare.com.br/wtm/edi...nque-brasileiro.html

 Ah, até os SK-105 dos FNs estão parados...

https://www.forte.jor.br/2018/...ao-fora-de-operacao/

 

Moisés, o Osório era um projeto que usava um monte de itens importados, a maioria dos quais não são mais produzidos. É inviável, ficou no passado. A própria idéia de desenvolver um MBT nacional também é inviável, porque não temos tecnologia para desenvolver aqui as partes principais (motor, canhão, etc.) então seria um montadão de peças importadas em cima de um provável casco já existente de alguém, como o Valls disse acima.

Além disso, tem a questão de tempo (levaria anos e anos projetar, desenvolver e produzir em série) e custaria alguns bons milhões de dólares a unidade, grana esta que o Brasil não tem, se considerarmos que precisariamos de algo entre 200 e 300 tanques. Esta conta bate em mais de 1 US$ bi, sem contar o desenvolvimento. 

[   ]s

Sidney

algumas considerações sobre o projeto do Osório.

primeiro, foi a unica e real oportunidade de termos um MBT digno do nome desenvolvido e fabricado no pais.

segundo, embora tivesse, originalmente, diversos componentes importados, ha que se fazer uma distinção. na parte de, digamos, hardware, praticamente tudo havia ou haveria disponível no pais. motor MWM, transmissão ZF , suspensão Dunlop, etc. todos tinham (e têm) fabrica no pais. o casco e a integração eram Engesa. e o canhão, a exemplo do EC 90, originalmente da Cockerill belga, seria fabricado pela mesma fábrica da Engesa.

já o software, e como acontece em todos os países ocidentais, havia e há fabricantes mundiais, com escala de produção e tecnologia, para fornece-los conforme as exigências do cliente do momento. era assim com o Cascavel e Urutu, como é com um sem numero de veículos ocidentais. no caso do EB, iria depender da disponibilidade de recursos para equipá-lo.

assim, contrariamente ao que comumente se afirma, o projeto era viável, como foram os outros, o que não ocorreu foi a combinação de fatores semelhante ao caso do Cascavel.

o resto é o que se conhece.

Valls

gemerim posted:

Os Guaranis já passam dos 300 mas, as torres....

E deveria ter um Guarani equipado com torre TORC 30 em cada pelotão de 5 viaturas, pelo QO.

Pelo menos é o que reza a lenda...

Acho que essa foi a melhor definição de QO que já ouvi em 30 anos de EB: lenda. 

Abraço do Jet 

E o projeto do Tamoio III? Poderia ser viável a sua produção com as devidas atualizações e para o quadro atual estratégico de nosso continente?

 

Last edited by Moisés

Boa tarde a todos,

Uma dúvida surgiu. Seria possível equipar o Abrams com um outro motor que não sua turbina? Um motor diesel de grande força e para o qual existam linhas de produção e peças de reposição? Não seria economicamente mais viável essa adaptação ou não existe como fazê-la sem degradar significativamente a performance do M1A1?

Outra questão. Fala-se muito em reequipar o EB com o Leo 2A4 mas estas unidades não existem mais. As demais versões (A5, etc.) também não existem ? Pergunto pois um tempo atrás li que os alemães encostaram uma quantidade considerável de Leos por questões orçamentárias. Alguém sabe informar se procede?

A questão do peso para deslocamento rodoviário destes blindados não é mais um problema?

Abraço a todos. 

Destino posted:

Boa tarde a todos,

Uma dúvida surgiu. Seria possível equipar o Abrams com um outro motor que não sua turbina? Um motor diesel de grande força e para o qual existam linhas de produção e peças de reposição? Não seria economicamente mais viável essa adaptação ou não existe como fazê-la sem degradar significativamente a performance do M1A1?

Outra questão. Fala-se muito em reequipar o EB com o Leo 2A4 mas estas unidades não existem mais. As demais versões (A5, etc.) também não existem ? Pergunto pois um tempo atrás li que os alemães encostaram uma quantidade considerável de Leos por questões orçamentárias. Alguém sabe informar se procede?

A questão do peso para deslocamento rodoviário destes blindados não é mais um problema?

Abraço a todos. 

Oi, vou responder com base no que andei lendo em fóruns especializados.

Abrams, turbina x motor diesel - existe até uma empresa que faz esta conversão. A GDLS (General Dynamics Land Systems) propôs o Abrams Dieselization Project. No entanto, esta questão não foi em frente, nem nos EUA, nem nos países que adquiriram o M1A1 e fizeram o upgrade, como por exemplo o Marrocos. Pelo que li, o custo da transformação é alto e há a questão dos custos de manutenção, que também seriam altos e não haveria empresa capaz de faze-los aqui. No caso da turbina, o que li é que se trata de um conjunto, um módulo completo que sai e é colocado outro no lugar. 

Leos 2 usados: atualmente há poucos disponíveis no mercado, seja 2A4, 2A5 ou outro. A crescente ameaça causada pela Rússia, que parece ter voltado aos tempos da guerra fria, deixou quem está por aquelas bandas de cabelos em pé, então quem tem não vende. O exército alemão parece que disponha de uma certa quantidade, mas vão transforma-los em outros tipos de veículos de apoio. 

Por fim: não há quantidades disponíveis suficientes em um único lote. Quem tem oferece 50/60 CC, e o EB precisaria de algo entre 150 e 200, pelo menos. Falam em 300. Aí seria necessário pegar um pouco aqui, mais um pouco lá, para ver se juntando dá a quantidade necessária. O problema é que são lotes de produção diferentes, com diferenças significativas entre si, então o pessoal da área de manutenção diz que seria um pesadelo logístico.

Aí vem a questão: quem tem tantos tanques usados assim disponíveis, de um só lote? Só os americanos. Chegaram a aventar a possibilidade dos israelenses e seus Merkavas, mas ninguém sabe informar quantos eles têm disponíveis e em que estado estão. Além disso pesa a questão do pagamento; no caso dos tanques americanos, há um mecanismo de financiamento que o Brasil já usou antes, o FMS - Foreign Military Sales, tipo um BNDES americano para facilitar a venda de seus armamentos. Itens de outras fontes provavelmente teriam que ser pagos sem estes financiamentos e aí, não haveria grana.

Ainda sobre a aquisição de usados: oficiais do exército brasileiro chegaram a visitar a Itália e a Suíça, para ver os Leo 1A5 que estes países possuem estocados (ver aqui), mas os relatos são de que estão em péssimo estado e não servem sequer como fonte de peças.

Deslocamento rodoviário – não temos condição de comprar tanques novos, ou poderíamos ir atrás de tanques mais leves como o Type 10 japonês. Tanto Leos 2 como Abrams tem um peso que exigirão a aquisição de veículos de transporte para eles, como os M1070.

 

esse texto é interessante para conhecer a diferenças da turbina comparado ao motor diesel, e sua inviabilidade para uso no EB. o destaque é meu.

Is it true that the Abrams tank is to be reequipped with diesel engines, since the gas turbines are so inefficient?

 
 I stumbled upon this question and felt I had something to add to the other answers so far.

1/ Is it true that the Abrams’ gas turbine is very inefficient?

Unfortunately yes. The Abrams is notoriously fuel-inefficient compared to other Western MBTs equipped with diesel engines.

For example, Sweden conducted comparative tests of the Leopard 2 and the M1A1 Abrams during the MBT 2000 program in 1984. During those tests, the M1A1 had a fuel consumption of 14.7 l/km (3,820km traveled at the cost of 56,488 litres of fuel). Meanwhile, the Leopard 2 had a fuel consumption of barely 7.2 l/km (3,730km traveled at the cost of 26,874 litres of fuel). In other words, the Abrams consumed twice as much fuel as the Leopard 2 to cover the same distance.

Leopard 2 TVM Max, the tank which won the MBT 2000 competition to become the new MBT of the Swedish Army (as the Stridsvagn 122).

In addition, keep in mind that the Abrams runs on JP-8, which is the standard jet fuel used by the US Military. In 2014, the US military spent 3.73$/gallon for JP-8 compared to 2.51$/gallon for diesel.

The Abrams’ turbines are also aging, with increasing maintenance costs. A 2002 study estimated that ~50% of the maintenance costs of the Abrams are currently focused on its gas turbine. I expect this figure to be even worse now.

In conclusion, the gas turbine used by the Abrams uses guzzles twice as much fuel as a comparable diesel engine. On top of that it uses fuel which is significantly more expensive than diesel. Finally, the turbines are aging and are becoming expensive to maintain.

2/ Is it true that the Abrams is to be re-equipped with diesel engines?

No, the US Military currently has no plans to re-engine the Abrams with diesel engines.

There have been several proposals to re-engine the Abrams with diesel engines in the past. For instance, General Electric once offered to re-engine the Abrams using the EuroPowerPack (a diesel powerpack used in the Merkava MkIV and the export variants of the Leclerc and Challenger 2). In 2013, GDLS (General Dynamics Land Systems) also introduced the Abrams Dieselization Project, a proposal to re-engine the Abrams using a licensed variant of the MT 883 diesel engine.

GDLS workers install a “Tognum America 12V883 diesel powerpack” (a licensed variant of the MT 883) into an Abrams as a part of the Abrams Dieselization Project

M1A2 diesel prototype during testing at the GDLS test range in Anniston, Alabama.

However, none of these proposals were successful. Neither the US Army or export customers of the Abrams are currently looking to re-engine the tank with a diesel engine.

The reason why the US Army is sticking to gas turbines despite their atrocious fuel inefficiency and high maintenance costs is mainly because of the extra performance these turbines allow compared to diesel engines. In particular, gas turbines provide significantly higher torque and horsepower at low RPM. In other words, a gas turbine has a lot more “grunt” at slow speeds or when accelerating. As a result, comparative tests have shown that the Abrams generally has a higher acceleration and handles better on rough terrain than the Leopard 2.

Graph illustrating the extra power provided by gas turbines over diesel engines at low RPMs

In short, a gas turbine is significantly more powerful than a diesel engine at low speeds and only marginally less powerful at high speeds.

Instead of re-equipping the Abrams with diesel engines, the US Military is currently looking into upgrading the AGT1500 turbine and potentially replacing it with another gas turbine in the long run.

For instance, in 2011, the US Army completed the TIGER program (Total InteGrated Engine Revitalization), which focused on reducing maintenance costs for the AGT1500 by 60% by developing a better maintenance and monitoring system.

At some point, the US Army also looked into replacing the AGT1500 with the LV100–5 gas turbine, which offered the same performance with 25–50% less fuel consumption. While the program was shelved in 2003, Honeywell CEO Darius Adamczyk mentioned in 2013 interview that the company was still in talks to finalize development of the new turbine for the Abrams sometime in the future.

However, engine/turbine size doesn’t actually mean much. What really matters is the size of the powerpack used in those tanks. A powerpack is essentially a single module containing the vehicle’s engine/turbine, its transmission, its fuel pump and other secondary systems. When designing a tank, the size of the turbine/engine alone is irrelevant. What really matters is the size of the entire powerpack around which the tank will have to be built.

A powerpack based on the MT 883 diesel engine. Notice how the diesel engine (in red) is only a fraction of the total powerpack.

And in that case, the Abrams’ powerpack is actually larger than the powerpack used by the Leopard 2, notably because of the size of the Abrams’ X1100-3B transmission.

Abrams powerpack size:

  • length 2680mm
  • width 1575mm
  • height 970mm

Leopard 2 powerpack size:

  • length 2270mm
  • width 1660mm
  • height 820mm

In particular, you’ll notice that the Abrams’ powerpack is significantly longer, which is reflected by the Abrams’ longer hull compared to the Leopard 2.

In conclusion, the reason why the Abrams hasn’t been re-engined with a diesel turbine is definitely not a result of engine dimensions (I’ve already mentioned how several diesel prototypes for the Abrams were successfully developed)

Valls

Last edited by Valls

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